Oathkeeper II escrita por Denise Miranda


Capítulo 5
Jon


Notas iniciais do capítulo

Esqueçam do final que Jon teve na Dança dos Dragões. Talvez eu coloque aquela parte mais para frente mas, por ora, eu tenho planos para o nosso bastardinho preferido. UHAUAH



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Jon acordou com seu Meistre dizendo que um corvo branco chegara. Os Meistres da cidadela enviavam corvos brancos apenas para um propósito: avisar a mudança de estação. O inverno chegou, pensou o Senhor Comandante, sombriamente.

O frio na Muralha estava mais congelante do que o comum, mas aquela parecia uma manhã boa. Os selvagens estavam finalmente se adaptando, e seus homens pareciam cada vez menos descontentes. Muitos ainda o olhavam carrancudos, e Jon as vezes ouvia sussurros que continham as palavras "Meio-selvagem" ou "Vira-casaca", mas ele não mais se importava com o que os outros pensavam. Falem o quanto quiser, pensou. No final, quando os Outros chegarem, não existirão mais selvagens ou homens da Patrulha da Noite. Apenas uma guerra entre os vivos e os mortos.

Sabia que, se deixasse os selvagens do outro lado da muralha, a maioria morreria. Mais de um milhão de selvagens morreriam. E então, eles se levantariam. Melhor tê-los lutando com seus irmãos da Patrulha da Noite do que lutando contra eles. Os selvagens tem o mesmo propósito que nós, pensou Jon. Eles querem lutar pelo lado que luta pelos vivos.

E como se mata algo que já está morto?, não conseguia deixar de se perguntar. Como se vence uma batalha onde tudo pode te ferir, mas apenas vidro de dragão fere o inimigo?

Jon saiu pelo pátio, onde viu um de seus irmãos juramentados ensinando os outros a lutar e se defender. Todos usavam espadas de madeira sem gume.

– Senhor comandante. - Pype chegou ao seu encontro, correndo. Quando parou, estava ofegante. - Um navio chegou para o senhor.

– Obrigado, Pype. - Respondeu Jon, dando um sorriso cansado.

Jon se dirigiu para uma das carroças e pediu para que um de seus irmãos o levassem para Atalaialeste do Mar, onde sabia que o navio se encontrava.

– Entre, Lorde Snow. - Disse o homem. - Certifique-se que está bem protegido. Se em Castelo Negro está frio, imagine em Atalaialeste do Mar, onde os ventos são mais fortes, por conta do porto.

– Eu já estive no topo da Muralha, senhor. - Respondeu Jon, sua voz dura pelas lembranças da batalha entre a Patrulha da Noite e os selvagens. Oh, Ygritte.– Pode apostar que não existe vento mais gelado do que o que sentimos lá de cima.

O homem deu uma gargalhada, antes de dizer:

– Acredito no senhor. O inverno está chegando. - Disse, enquanto fazia os cavalos começarem a trotar.

– O inverno chegou. - Corrigiu Jon.

xxx

Seguiram para o leste ao longo da Muralha, onde era localizado Atalaialeste do mar. Antes, aqui tinha menos de 200 homens, Jon se lembrou. Agora, a Fortaleza estava cada vez com mais pessoas. Mais selvagens do que homens da patrulha, Jon percebeu, mas ainda sim, eram homens vivos. Não mortos. E isso já era bom o bastante.

Jon agradeceu ao homem e desceu da carroça. Estava realmente mais gelado em Atalaialeste do que em Castelo Negro, mas Jon não se importava. Já estive muito além da Muralha, sei suportar o frio. Mexeu a mão que brandia a espada, afim de deixá-la mais flexível, e foi de encontro ao navio que chegou ao seu comando.

– Olá, Lorde Snow. - Disse o capitão do navio, dando um sorriso amarelo para o mesmo. - Seus vidros de dragões chegaram.

Jon ficou feliz em saber. Essa é a nossa única esperança de vencer os Outros. Até que eu estou começando a saber das coisas, Ygritte, pensou. Quase conseguia ouvi-la dizer "você não sabe nada, Jon Snow" e teve a impressão de uma mão gelada apertar seu coração. Mas sabia que era só tristeza.

Mandou um de seus homens da Patrulha da Noite carregar os vidros de dragão até a carroça, para poder enviá-los à Castelo Negro. O inverno chegou e, com ele, a batalha. Uma guerra está se aproximando, posso senti-la em meus ossos, refletiu Jon, enquanto olhava para o céu nublado.

Ao chegar novamente no Castelo Negro, Jon levou todas as armas achadas com vidro de dragão para um de seus ferreiros, afim de repará-los, ver se havia algum defeito nas lanças, espadas, flechas entre outras armas. Se Ygritte estivesse viva, eu daria várias flechas de vidro de dragão para ela, pensou Jon. Sabia que não deveria pensar em sua selvagem beijada pelo fogo, mas era impossível. Eu a amava. Não, se corrigiu. Eu ainda amo, se lamentou, enquanto se dirigia para a Torre do Rei, onde era seu novo aposento.

Chegando lá, decidiu que tinha que tirar Ygritte de seus pensamentos por ora. Tinha decisões importantes a tomar. Procurou um pergaminho, pena e tinta, e começou a escrever:

O inverno chegou. E, com ele, os Outros. A Patrulha da Noite defende o reino dos homens, mas não podemos defendê-los sem homens. Aceitamos todos que queiram se juntar a nós. Venham em menos de uma quinzena.

Comandante Jon Snow

Selou o pergaminho e fez mais cópias iguais. Após terminar todas, entregou ao seu Meistre:

– Alimente os corvos. - Pediu. - Todos eles voarão essa noite.

O Meistre assentiu e levou os pergaminhos. Ouvi dizer que essa Rainha de Prata possui três dragões, pensou Jon com seus botões. Bem que ela podia vir voando com eles. Um sopro de dragão ajudaria a combater os Outros. O bastardo riu consigo mesmo. Nunca tinha conseguido o apoio daquele que sentava a bunda no Trono de Ferro e sabia que dessa vez não seria diferente. Estava contando com o apoio das outras Casas, principalmente com as do Norte, não com Daenerys Targaryen.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado! Comentem, por favor



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