Oathkeeper II escrita por Denise Miranda


Capítulo 48
Jaime


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!



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Havia muito tempo que Jaime não se sentia tão sujo, mais precisamente desde que saiu de Harrenhal.

Brienne... Pensar em sua dama já havia se tornado um hábito a muitos anos, principalmente agora que se encontrava em uma cela, preso pela mulher Daenerys, enquanto Brienne estava em outra.

Não conseguia deixar de se culpar por toda essa situação. Como pude ser tão estúpido? Arriscar minha vida pelo meu irmão... O homem que matou meu pai, pensou. Seu coração se apertou ao lembrar que teve uma grande e boa participação na morte de seu pai.

Tyrion pelo menos matou nosso pai de propósito, a voz de Cersei ecoava pela sua cabeça. Você o matou sem querer.

Em um ataque de fúria, Jaime socou a parede da cela. Gritou ao sentir a dor em seu punho, junto com o sangue escorrendo de seus dedos. Mas parecia melhorar sua dor. Julgava ser um castigo que merecera. Socou de novo. E de novo.

– Puta!

Parou de socar a parede. Jaime ouviu, ao longe, vozes. Onde, exatamente, não sabia dizer. As celas eram escuras, e o Lannister já havia perdido a noção de tempo e espaço. Mas sabia com quem esse homem estava falando.

Mais vozes.

– Brienne! - Jaime fala, quase em um sussurro, como um mantra, para si mesmo. Leva suas mãos até a grade. - Brienne! - Quando se dá por si, já está gritando o nome da dama. - Brienne! - Grita novamente, puxando as barras de ferro sem nenhum efeito, como, se assim, fosse capaz de sair e protegê-la.

Um homem surgiu em sua frente. Julgando a escuridão da cela, Jaime não conseguiu reconhecê-lo muito bem, mas percebeu que o mesmo estava com o nariz e boca sangrando.

– O que você quer, Regicida?

– Quem estava gritando? - Pergunta Jaime, entre dentes cerrados.

– Uma mulher grande e enorme. Alegou que estava grávida. - O homem lhe deu um sorriso vermelho. Ele sabia com quem estava falando e de quem estava se referindo. - Chutei a barriga dela e acabei com o problema.

Antes mesmo que o homem pudesse terminar sua frase, Jaime agarrou-o por entre as grades, levando sua mão esquerda até a garganta do homem, apertando-a com todas as forças que ainda lhe restavam.

O homem demora, mas consegue se libertar. Estava branco de medo, Jaime podia perceber. Covarde, o Lannister pensou, amargurado. O homem se afastou rapidamente das grades, e logo desapareceu no breu.

Jaime senta no chão, exausto e tremendo de raiva. Leva as mãos ao rosto e, derrotado, começa a chorar.


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Notas finais do capítulo

Feliz ano novo



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