In My Veins escrita por Jennifer


Capítulo 9
Tudo pode mudar


Notas iniciais do capítulo

Cheguei com mais um capítulo, me atrasei um dia, porém aqui estou. Se divirtam!



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Cheguei ao salão como se estivesse em uma corrida, eu temia por mim, mas principalmente por Theo. E se Oliver resolvesse que quer ter uma relação com ele? E se ele fosse na justiça? Tantos e se que quase não reconheci a mulher que vinha em minha direção.

“Ai meu Deus, Lyla. Você está tão linda.”

“Eu poderia dizer que esses anos apenas te deixaram melhor, porém ainda estou magoada da sua partida repentina, Felicity. “

“Menino ou menina?” -pedi enquanto colocava as mãos em sua barriga.

“Decidimos que vai ser surpresa. Lyla e eu escolhemos esperar pelo nascimento.”

“Eu tentei, mas não consegui...” -sinto um leve cutucar de Laurel e quatro olhos curiosos em minha direção.

Eu preciso aprender a controlar a minha boca!

“Eu quis dizer que minha mãe tentou, ela tentou esperar. Só que não deu, é, é isso.”

Diggle e Laurel sabiam quando eu estava mentindo, e dessa vez não fora diferente. Porém eles preferiram deixar o assunto morrer.

É obvio que eu vou contar a eles, amo esses dois. Só que em uma festa, no qual o pai do meu filho está presente não é um lugar ideal.

Enquanto conversávamos em um canto afastado do palco, com Ray que havia se juntado a nós, ouvimos o “apresentador da noite” anunciar o próximo orador. E sim era Oliver! Eu terei que ouvir esse homem falar sobre ser bom, ser caridoso por pelo menos meia hora.

Que hipocrisia!

Eu devo ter matado alguém, ter feito muita coisa errada na minha vida passada, se isso existe, para merecer isso.

“A dois anos atrás essa cidade foi corrompida, por corruptos que assumiam todo o poder, por pessoas dispostas a tudo por dinheiro e diversão. Starling City estava doente e ainda está, eu acredito na cura. Tudo pode mudar...”

De repente, Oliver olhou para mim pela primeira vez desde que começou seu discurso. Seu olhar me deixou sufocada, desconcertada em meio a toda essa gente. Não fazia ideia do que isso significava, do que esse sentimento aterrorizante era, mas eu sabia que não poderia continuar aqui.

Vendo ele agir como se tudo aquilo não tivesse acontecido, como se fosse normal encontrar sua ex namorada, a qual você abandonou grávida. Isso não era normal e nunca seria. Oliver Queen quebrou meu coração, destruiu todos os meus sonhos, disse não a uma criança que precisava de um pai. Oliver fala em mudança, mas não adianta mudar só quando necessário, não adianta aparecer como se tudo fosse diferente e ao mesmo tempo tão igual.

“... Eu sei que as pessoas podem mudar, eu acredito em Starling e eu acredito em seu povo. Sempre...”

Senti uma mão encostar na minha, olhei para o lado e vi Ray e Laurel me observando com atenção.

“Acho que nós já podemos ir, não? Você já enfrentou muito por uma noite e aposto que tem um garotão em casa louco por um abraço.”

Sorri ao lembrar de meu filho e logo assenti para Ray, indicando que queria ir embora.

“Nós só vamos dar adeus a alguns conhecidos, e já voltamos.”

Laurel disse saindo com Ray. Aproveitei que avistei Diggle e Lyla sentados em uma mesa afastada e fui me despedir de meus amigos. Como eu senti saudades...

“Hey, já está indo?”

Lyla percebeu minha intenção.

“Sim, já tive muito essa noite e preciso de uma noitada na cama... Quer dizer, dormindo, é óbvio que é dormindo. Sozinha. É, enfim... Nós temos que marcar alguma coisa, se atualizar sobre a vida, eu tenho algo importante pra lhes falar e é claro eu também quero aproveitar para ficar com a minha família do coração, que agora vai trazer mais um membro.”

Falei tocando a barriga de Lyla com carinho, vi Diggle sorrir como um bobo para a mulher e seu filho que ainda nem nasceu.

Não senti inveja nem nada do tipo, tudo o que eu mais amava era vê-los felizes, porém não pude evitar o pensamento de isso poderia ter acontecido comigo. Tenho todo o amor possível com meus amigos e minha mãe, assim como Theo; porém eu via em seus olhos, com o passar dos anos, que ele sentia falta de um amor. Ele sentia falta de um pai.

“Bom, eu tenho que ir. Vou esperar aqueles dois lá fora, porque parece que vão se despedir de meio mundo.”

Rimos com meu comentário.

“Felicity, eu sinto muito por não ter comentado nada antes sobre Oliver, mas é que...”

“Está tudo bem Diggle, quer dizer, não completamente. Só que Oliver faz parte do meu passado e eu quero viver no presente. Aliás, essa é a cidade do Oliver Queen, uma hora ou outra o reencontro seria inevitável.”

“Eu sei, e eu te entendo. Mas você devia tentar ouvi-lo, sei que ele não merece depois de tudo...”

É claro que Diggle sabia, apesar de trabalhar para Oliver eles eram amigos e seria impossível ele não saber de tudo o que aconteceu.

“E provavelmente nós iremos conversar sobre isso, mas não tem que ser agora, nem amanha, nem tão logo assim. Não sei quanto tempo vou ficar aqui, mas sei que precisamos conversar. E de uma vez por todas concluir tudo. Enfim, agora tenho que ir, até breve.”

Abracei-os e rumei a saída, para esperar Ray e Laurel, aproveitei e assim que cheguei pedi ao manobrista o carro de Ray, para tornar as coisas mais rápidas.

Eu realmente precisava de um ar, respirar calmamente como se todos os meus problemas não existissem. Resolvo ligar para minha mãe para me acalmar ainda mais, preciso ouvir a voz de Theo e saber que tudo continua bem.

“Felicity? E aí minha filha? Se divertiu.”

“Claro... Claro, mãe, está tudo bem aí? Pode passar para o Theo?”

Ouvi minha mãe falando algumas coisas e logo passando o celular para o Theo.

“Mamãe, mamãe, a vovó é demais. Acredita que ela me deixou comer sorvete hoje, de chocolate e baunilha.”

“Ela fez o que?” -Elevei minha voz. “Depois eu falo com sua avó, agora eu quero saber de você, como foi o resto da sua noite, tirando a parte do sorvete.”

“Eu adorei, vovó Donna brincou muito comigo, me contou histórias. Foi muito divertido.”

“Que ótimo meu amor, daqui a pouco eu chego em casa pra te dar um beijo, um não, um milhão. Agora eu tenho que desligar porque meu telefone está quase sem bateria. Te amo.”

“Também te amo mamãe. ”

Desligo meu celular morrendo de saudades de meu filho. Sinto um aperto no peito, um medo de que ele possa se afastar de mim...

Onde o Ray e a Laurel se meteram?

Viro-me em busca de ver se eles estão chegando quando me deparo com uma conhecida figura me encarando com um olhar.... Triste?!

“O que é que você está fazendo aqui? ”


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Notas finais do capítulo

E aí? Quem será que apareceu? Muito Obrigada pelos comentários, ainda não consegui responder, mas mesmo assim obrigada. Comentem e até terça.



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