In My Veins escrita por Jennifer


Capítulo 7
Uma chuva de conhecidos meteoros


Notas iniciais do capítulo

Voltei e agora com um capítulo novo, obrigado por quem comentou, logo logo eu respondo. Aproveitemm :) e qualquer erro me perdoem e avisem, corrigi as cinco da manhã alguns, mas eu estava meio dormindo



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Parecia que eu tinha entrado em um daqueles livros de contos de fadas; talvez eu nunca me acostume com essas festas, repletas de pessoas elegantes conversando com um sorriso discreto no rosto, com suas risadas polidas. Se eu ouvisse algo engraçado em uma festa como essa as pessoas pensariam que existe um animal por aqui, afinal parece que um ruído por menor que seja seria a diferença.

Eles dizem que tudo isso é pelas doações, pelas crianças, até parece. A maioria das pessoas aqui só pensa no quão favorável as coisas podem ficar após sua generosa doação.

Um garçom se aproxima de mim, Laurel e Ray oferecendo-nos uma bebida que não tive tempo de reconhecer, apenas recusei e voltei a observar o lugar.

Várias pequenas mesas com decorações, fotos do Glades, de lugares que precisam do dinheiro para a restauração. Uma leve música toca no fundo, acalmando os pequenos sussurros de cada cidadão aqui presente. Pergunto-me se em meio a essas pessoas ele não está aqui. Odiaria a possibilidade de encontra-lo, porém eu sou uma mulher e toda mulher gostaria de ver seu ex pelo menos um por cento te admirando, olhando aquilo que perdeu e nunca mais terá.

Só que eu também sei que no momento em que eu olhasse em seus olhos eu me perderia. Oliver Queen era a perdição, eu já me perdi uma vez e agora que fui encontrada não quero correr o mesmo risco.

“Não precisa se preocupar Licity, eu fiz uma pequena investigação. Ele nunca vem nesses eventos. ” – e como se lesse meus pensamentos Laurel me acalma com suas palavras. Ao mesmo tempo em que fico um tanto quanto desapontada.

Isso é um evento beneficente, ele é um CEO, isso realmente demonstra que ele não mudou nada

Esquece isso Felicity, esquece ele.

Ah como eu amo minha consciência.

...



Depois de muitos discursos, de um pequeno leilão no salão central eu finalmente consegui um momento de paz. Eu sou uma mãe, e fiquei tanto tempo focada só nisso que acabei esquecendo como aguentar duas horas sob um salto.

Sento-me em um grande balanço, num também grande pátio desta mansão e retiro meus sapatos.

Por um momento deixo-me levar pelo lindo céu que me acalma, quando era mais nova sempre fazia isso. O céu me acalmava, ver essa imensidão infinita me fazia pensar que somos tão pequenos e não sabemos de quase nada do mundo, da vida e isso me dava esperança de continuar, de querer desvendar os mistérios que nos rondam, eu amava ver e descobrir mais sobre os mistérios que ocorriam no espaçog. Claro que minha paixão sempre foi um belo computador, com o melhor sistema do universo, poder desvendar essa máquina.

E eu sempre fui boa nisso, mas virar uma mãe tão cedo me deixou assustada, apesar de formada em MIT eu queria estar todos os momentos com meu filho. Então abdiquei de meus sonhos de adolescentes porque agora a realidade mudou e o amor por meu filho me fez perceber que ele merecia muito mais do que uma mãe solteira/triste/abandonada, ele merecia amor, e é isso que eu venho dado a ele, junto com todos os meus amigos.

Sinto o vento tocar meus cabelos enquanto continuo perdida em meus pensamentos.

É tão confortável ficar com os pés nessa grama. Eu poderia morar aqui.

“Eu só acho que o dono da casa não ia gostar muito de uma intrusa em seu jardim.” –ouvi uma conhecida voz falar enquanto sentava-se ao meu lado no balanço e com um belo sorriso, ele continuou. “Olá Felicity, senti sua falta.”

Eu reconheceria essa voz até se eu estivesse em um coma. Quer dizer talvez não, porque não é cientificamente comprovado, tipo com 100% de certeza, que pacientes em coma tem a habilidade de escutar tudo aquilo que está acontecendo, imagine então reconhecer vozes. Quero dizer, eu não escuto nem quando falam comigo enquanto durmo, imaginem em um coma, existe apenas uma voz capaz de me acordar de um sono, pode ser por um choro sussurrado, mas Theo. A voz do meu menino eu sempre ouço. É talvez em um como os filhos possam ser ouvidos, porque não tem nada maior que o amor de uma mãe, de um pai por um filho.

“Felicity, vai dizer que esqueceu de mim?”

Chacoalho minha cabeça, espantando os pensamentos nada a ver que surgiram. É claro que o reconheço. Ah, isso eu deveria dizer em voz alto, e isso eu não digo...

“Diggle, eu nunca esqueceria de você.” –sorrio enquanto o abraço.

Se tem uma coisa que eu sinto muito a falta, e quem tem a ver com o Oliver é esse homem. Só agora percebo o quanto senti sua falta...

“Quase achei que...” –interrompo-o no meio de sua fala com mais um abraço, dessa vez um extremamente apertado. Se ele não fosse mil vezes mais forte eu o teria esmagado. Depois de alguns segundos nos soltamos.

“Desculpa, é só que... Eu realmente senti a sua falta.”

“Eu também, Lyla então. Ela pirou quando você partiu sem se despedir”

“E eu sinto muito por isso, eu só precisava ir. Foi muito impulsivo eu sei e eu me arrependo disso, não de ter ido embora. Eu fiz a coisa certa, né? Quer dizer é, eu sei que é. Enfim o que eu estou querendo dizer é que eu senti muita saudade de vocês e que eu me arrependo de partido sem falar nada a vocês e acabar por não manter contato.”

“Está tudo bem Felicity, eu te entendo. Talvez a Lyla fica mais irritada quanto te ver, mas você pode conseguir imaginar, hormônios de gestante...”

“Espera... O quê?” - não consigo me conter e o abraço de novo. “Caramba, eu estou muito feliz por vocês, não acredito que... Quantos meses? Ela está aqui? Eu preciso ver ela!”

Diggle sorri, como um papai orgulhoso enquanto fala, eu deveria ter notado esse olhar logo que ele chegou.

“Cinco meses, decidimos ser uma surpresa o sexo e sim ela está aqui. Vamos?”

Ele levantou, enquanto cedia o braço como um verdadeiro cavalheiro. Lyla, nunca deixe esse homem escapar.

Depois de um dois passos juntos, me dei conta de um fato inevitável.

Diggle, até onde eu sei, é o segurança/motorista/amigo do Oliver e se ele está aqui, isso quer dizer que o Oliver também pode estar.

Ok, eu sei que fingi estar preparada, mas eu não estou.

“Está tudo bem?” –perguntou-me ao perceber que parei sem mais nem menos.

“Diggle, ele... Você trouxe o Oliver até aqui?”

“Não, eu não sou mais um empregado do Oliver, ele e...”

Suspirei em alivio.

“Menos mal, não quero ter que olhar para a cara dele. Não hoje, eu sei que vai ser inevitável; mas vamos adiar esse dia por enquanto...”

“Felicity, Oliver e eu ainda somos amigos, eu apenas não trabalho mais pra ele.”

Oh, droga.

“Ok, que vergonha.” –eu ri e ele me acompanhou. “Eu aqui falando mal do seu amigo, eu entendo esse código de Brothers aí e super apoio, vou tentar não jogar meu veneno contra ele sob você.”

“Não, o que eu quis dizer é que...”

“Que o amigo dele veio a festa. ” –Ele sorriu antes de continuar. “Boa noite Felicity, fico feliz em te ver.”

Eu não precisaria nem olhar para saber quem era, ou escutá-lo, uma vez que sua presença sempre foi notável. Mas olhá-lo sempre acabou comigo, aqueles olhos azuis que pareciam ler cada estrutura do meu corpo no passado; e desta vez não foi diferente, ele não desviou seus olhos. Esperando uma reação, uma fala.

Vamos lá Felicity, você até tentou ensaiar esse momento anos atrás. Agora só fique normal...

Esse é o problema consciência, eu não sei ser normal perto dele.

Retirando todas as forças das minhas mais profundas entranhas e após um longo suspiro, eu conseguir abrir minha boca.

“Oliver...”




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Notas finais do capítulo

Não me matem, o reencontro oficial vai ser no próximo e esse só sai semana que vem. Não prometo o dia, mas vai ser semana que vem. Comentem, beijos...



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