Not Just A Girl. escrita por Clary07pmore


Capítulo 11
Capítulo 11 - Just a Smile.


Notas iniciais do capítulo

Ultimo capítulo pelas próximas duas semanas (ou não, se eu puder entrar enquanto viajo posto cap novo) pois viajo na terça agora e só volto dia 24!
Enfim, muuuuuuito obrigada a todos os coments no capítulo passado, sério, amo muito!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/571114/chapter/11

O almoço acontecia num jardim enorme, estilo colonial. Davina não sabia dizer em que exata parte de Nova Orleans ele ficava, porque durante a viagem de casa até o local, Davina pôs sua música no máximo para não ter que escutar sua mãe. Às vezes olhava pelo retrovisor para Freya que ria de sua insistência em ser rude, o que fazia Davina sorrir.

Mas até mesmo para Davina, que desprezava tudo que envolvia sua mãe, não admirar aquela paisagem era difícil.

Havia algumas torres no lugar, por onde se passava para entrar, quase como um labirinto. Em algumas das curvas do caminho havia espelhos, onde Davina reparava vagamente em sua aparência. Estava arrumada, mas como uma jovem dama, e não como uma princesa da época real. Usava um vestido que ia até acima dos joelhos cor de creme, e seu cabelo bem escuro fazia um belo contraste de cores. O vestido era tomara-que-caia com um pequeno cinto pastel na altura do busto. Seu pano era leve e macio, e formava ondas aos passos de Davina, mas nada a altura do lugar onde se encontravam.

No final da exagerada passagem, a vista de Davina se abriu a um vasto canto, com mesas estrategicamente posicionadas em relação ao palco, onde se encontrava um piano e um violoncelo, e em relação a uma comprida mesa onde se encontravam os comes e bebes.

Logo ao chegar, uma horda de mulheres da “alta sociedade” rodearam Davina, sua mãe e Freya, que as acompanhava a pedido (ou apelo) de Davina. Todas falavam ao mesmo tempo, o que tornava difícil a compreensão, mas pelo que Davina conseguiu capitar, todas estavam muito felizes de ter Morghanna no almoço e maravilhadas por ver Davina tão grande.

Após pegarem seus pratos e sentarem, Davina mal tocou na sua comida. Realmente, o campo era lindo. Arvores se estendiam ao longo das colinas, porém, perto de onde Davina estava se via vários arbustos com rosas, parecendo que foram pintadas a mão e os arbustos foram colocados em seus devidos lugares, para que uma atmosfera climática fosse formada.

– Ele já vai chegar Davina. Calma! – Freya sussurrou no ouvido de Davina, que largou o garfo no prato e lançou um olhar mortal em Freya, que gargalhou.

– Você está bem Davina? – Morghanna interrompeu a conversa em grupo que ainda acontecia, desde a hora em que chegaram.

– Claro. A propósito, a comida está maravilhosa. Muito obrigada! – Davina respondeu com sua melhor atuação, chocando até Freya. Dirigia-se mais as outras mulheres, que ficaram encantadas com as palavras de Davina, como se fosse a primeira vez que viam uma menina falar. Comentários como “Sua filha é um anjo!” foram ouvidos, o que fez Davina rir internamente. Morghanna lançou a Davina um olhar agradecido, que como sempre foi ignorado com sucesso.

– Eu vou me juntar às meninas perto do concerto, se importa? – Morghanna perguntou a Davina enquanto suas amigas se direcionavam para mais perto do palco.

– Eu? Imagina! Vai lá, pode ir. – Davina respondeu apressadamente e quase com ironia, fazendo Freya reprimir uma risada. Morghanna apenas sorriu meio incerta e foi se juntar as outras, aliviando Davina.

Um tempo se passou e Davina apenas conversava com Freya e comia de pouco em pouco, por pura falta de fome. Em uma de suas rondas pelo campus, viu um homem de costas que não era nem um pouco estranho para Davina, que logo pediu licença para Freya e foi atrás dele.

– Josh! – Davina o apertou por trás, fazendo o virar com um susto.

– Davina! – Ele exclamou ao ver quem o chamava e a abraçou. – Nunca achei que ia te encontrar aqui. Não me diga que veio com sua mãe? –

– Se você não visse, não acreditaria não é? – Davina ergueu as sobrancelhas sorrindo, fazendo Josh rir. – E seu namoradinho, não veio? –

– Eu sei que você quer muito conhecer ele D, mas vai ter que esperar. – Josh respondeu meio sem graça.

– Pelo que você diz ele é legal, gato, corajoso (como a maioria dos lobisomens que conheci) e agora misterioso também? – Davina comentou e Josh riu.

– Davina, não é aquele que ajudou você no outro dia? – Josh apontou para uma mesa que estava distante dali, atrás de Davina, que ao se virar, deu de cara com os profundos olhos azuis.

– Kol – Ela confirmou para si mesma, porém em voz alta. – Como sabe que foi ele que me ajudou? –

– Você fala como se eu não tivesse feito o Marcel falar tudo o que sabia sobre o seu incidente da noite retrasada. – Josh revirou os olhos e Davina sorriu. – Eles são perigosos Davina. Toma cuidado. –

– Mas eu não vou fazer nada! – Davina ergueu as mãos em rendição e Josh riu.

– Você quer ir falar com ele. Vai logo. – Antes que Davina pudesse responder, uma mão tocou seu ombro.

– Davina! Está melhor? – Davina se virou e deu um meio sorriso para Rebekah. Era realmente bonita, seu cabelo estava preso em um coque e usava um vestido de alças amarelo. – Mais tarde se você puder passar lá em casa, tem alguns assuntos que gostaria de falar com você, ok? –

Davina hesitou. Ela gostava de Rebekah, parecia ser uma boa pessoa, mas ainda assim era irmã do Klaus, então não se sabia o que esperar. Ela não parecia estar pedindo mesmo, então Davina fez que sim com a cabeça.

– Ok. A noite está ótimo. – Ela concluiu e sorriu.

– Você está linda. – Rebekah piscou para Davina e se virou, voltando para mesa.

– Bela cunhada que você escolheu Davina. – Josh comentou com Davina quando Rebekah saiu.

– Você tem um lugar reservado só pra você no inferno sabia? – Davina retrucou e os dois riram.

Davina tornou a olhar para Kol, que fez sinal para que Davina fosse para a entrada do campo.

– Josh, eu volto já. – Davina entregou o copo que segurava na mão de Josh, um pouco distraída.

– Você está bem? – Josh perguntou um pouco preocupado.

– Sim! Só quero sair um pouco. Fazer caridade para dona Morghanna cansa. – Davina desviou o assunto e Josh riu, suspeitando um pouco, mas deixando passar.

Davina rumou para saída, que era uma grande porta de vidro que dava dentro do labirinto novamente. Ela entrou, caminhou um pouco e parou perto de uma pilastra, se perguntando se realmente estava fazendo aquilo.

E se Josh estivesse certo, e ele fosse mesmo perigoso? No momento, Davina não ligava muito para isso, mas ficaria mais atenta perto dele.

– Pela sua cara, não preciso nem perguntar se está gostando do almoço. – Davina sentiu a voz de Kol arrepiar sua nuca e se virou para o rapaz contendo um sorriso.

– Pela observação, vejo que anda reparando muito em mim. – Davina rebateu e Kol sorriu.

– Tem olhos bons. – Kol completou sem perder a pose.

– Por que não foi falar comigo lá fora? – Davina perguntou cruzando os braços.

– Digamos que aquele seu amigo vampiro não faz parte do meu fã clube. Nem sua mãe. – Kol comentou dando ombros e Davina riu.

– Pelo visto, pouca gente na cidade faz. Por que veio? –

– Posso não ser muito querido pelas mães ou amigos protetores, mas conquisto desde as moças até as idosas. – Davina balançou a cabeça negativamente sorrindo e Kol se permitiu sorrir. – Bom, Elijah estava doente e Klaus consegue ser mais indesejado e amedrontador do que o diabo em pessoa. Rebekah não queria vir sozinha e sobrou para mim. E você? -

– Qualquer coisa para Morghanna me perturbar menos. – Davina respondeu e Kol concordou com a cabeça.

– Davina Claire, somos dois com problemas de péssima maternidade. – Kol disse um pouco distante, e Davina sorriu. – Mas eu ainda acho que parte de você adorou ter me encontrado aqui. –

– Bem que você queria! – Davina não conteve a risada, e Kol se sentiu intrigado ao ouvi-la. – O que te faz pensar isso? –

– O fato de você ter saído de lá porque eu a chamei. – Ele respondeu com um tom brincalhão e convencido.

– Eu teria saído de lá por qualquer coisa. – Davina retrucou, erguendo o cenho.

– Mas queria que fosse por minha causa, e sabe disso. – Dito isso, Kol se aproximou de Davina, e por um momento, ela se encontrou numa encruzilhada que prendeu sua fala.

Um incrível e estonteante beijo teria se concretizado ali mesmo, se não fosse pelo pigarreio de Freya que cortou o clima.

– Davina, estava me perguntando onde você estava. – Freya disfarçava muito bem a vontade de rir detectada em sua voz por Davina.

– Boa tarde, senhorita Bornnier. – Kol a cumprimentou. Ele e Davina davam meios sorrisos em algo entre sem graça e descontraído, mas ainda assim não se afastavam.

– Está tudo bem Freya. – Davina comentou.

– Claro que está. – Freya ergueu o cenho deixando milhões de suposições no ar, trazendo pequenas risadas em Davina e Kol. – Nós vamos embora daqui a pouco, fique atenta. – E com essa deixa, Freya os deixou sozinhos novamente.

– Desculpe por isso. – Davina sorria em quanto pensava em tudo que ouviria de Freya mais tarde. Kol sorriu.

– Sem problemas. Te busco as 20h ok? –

– Buscar? Para que? – Davina se surpreendeu talvez um pouco demais.

– Também não sei, Rebekah que pediu. – Kol deu de ombros e Davina riu.

– Que bom irmão, faz as coisas assim sem nem se aprofundar. – Davina o provocou.

– Qualquer oportunidade de estar perto de você, Davina Claire, é um bom negócio para mim. – Kol piscou com um sorriso desafiador em seu rosto e saiu, deixando Davina se punindo por sentir algo por um simples sorriso.

Agora que estava se acostumando com o jeito espertinho e arrebatador de Kol, Davina se recompôs em segundos e voltou ao almoço, com o humor sem dúvida bem melhor.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que gostem, até a proximaaa!
X.O.X.O.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Not Just A Girl." morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.