Sociedade Secreta de Anti-Heróis escrita por Fernanda Melo


Capítulo 13
O Futuro é Tão Incerto


Notas iniciais do capítulo

Peço desculpas pelo atraso devido a ocupação com os estudos eu meio que me perdi, mas agora voltei e tentarei postar o próximo capítulo mais rápido possível.
Bjos, até mais!



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Todos estavam em suas devidas posições, Diggle e Pistoleiro inspecionavam cada um uma saída para evitar que os vilões fugissem dali.

– Esqueça as regras. – Diggle disse pelo comunicador assustando o homem do outro lado.

“- Tem certeza, tenho o costume de não errar.”

– A regra principal é ferir, se não pararem...

“- Eu os mato, entendi.” – O Pistoleiro interrompeu o homem e em seguida houve o silêncio.

Roy e Oliver invadiram o local juntamente com Tigre de Bronze pegando os vilões já preparados para uma luta, eles tinham suas câmeras de segurança também e um aliado quase a altura de Felicity, mas Oliver acreditava que não haveria mais ninguém que fosse melhor que ela, mas por ela estar sentindo-se abalada com estas ameaças estava atrapalhando o seu serviço esplêndido que ela sempre realizava.

Oliver quase foi surpreendido por Carrie com uma flecha em sua perna se não fosse pela rapidez de Barry em chegar no local.

– Esqueceram de me chamar para a festa. – Ele disse divertido.

– Achei que daríamos conta. – Oliver disse em meio sorriso de agradecimento. – Ei cuidado. – Oliver mal acabou de dizer e logo à frente Leonard disparou um raio congelante em direção ao velocista escarlate, ele não poderia simplesmente fugir, ajudou Oliver a sair do local onde Capitão Frio havia mirado. Uma chuva de tiroteios fora iniciada, Prisma estava no meio entrando no campo de visão sem medo de ser atingido, quando sua munição acabou ele sorriu, ele tinha uma escapatória Flash e Arqueiro sabiam qual era seu truque por debaixo da manga.

Antes que ele chegasse a tirar seus óculos Barry segurou seus braços, mas era tanta coisa acontecendo e sua atenção não deveria ficar focada somente naquele homem. Ele foi surpreendido por Leonard e aquela sua arma congelante antes criada por Cisco.

– Chegou sua hora Flash. – Ele mirou no peito do velocista e no mesmo instante Barry agradecia por ter seus poderes, Bivolo estava amarrado no chão e Leonard sem sua preciosa arma.

– Agora chega. – Barry disse. – Acho que vocês têm um lugar para voltar. – Barry concluiu prendendo as mãos de Leonard para trás. Logo um silêncio foi estabelecido e Oliver achou aquilo estranho, estava somente esperando um zunido de uma flecha passando rasante perto de si, barulhos de disparos até mesmo uma explosão, mas nada aconteceu.

– Diggle?

– Eles fugiram Oliver. – Diggle disse com dificuldade, estava um pouco cansado e com poucos machucados.

Pistoleiro seguia o rastro de sangue que se fez através do ferimento de um dos vilões que fugiram, aquele rastro adentrou ao mato alto e ele parou de seguir dali quando ouviu seu nome ser chamado.

– Não siga eles. – Diggle disse enquanto caminhava do modo que podia até o homem.

– Está duvidando da minha capacidade de caça Sr. Diggle?

– Nenhuma, mas Slade é imprevisível e Carrie, pode não parecer, mas consegue às vezes ser pior que ele. – Ele fez uma pausa. – Quem você acertou?

– A ruivinha. – Ele sorriu vitorioso.

– Diggle para onde eles foram? – Oliver se aproximou vendo o rastro de sangue no chão. – Você os acertou.

– Eu nunca erro Sr. Queen.

– Oliver. – Diggle apoiou sua mão no peito de Oliver quando o mesmo começou a andar na direção do rastro. – Não acho que seja uma boa idéia.

– Diggle essa era nossa única chance, eu prometi para ela que isso acabaria hoje.

– Então não faça promessas que não possa cumprir Arqueiro. – Pistoleiro olhou friamente para Oliver enquanto caminhava na direção do carro. – Pelo o que eu vi daqueles dois, percebi que são um grande problema e se eu fosse você começava a rezar pela pobre alma de sua namorada.

– Seu filho da mãe. – Oliver perdeu o controle quando ouviu aquilo, acertou um soco no rosto de Pistoleiro que nem ao menos reagiu, Diggle afastou Oliver dali enquanto a vontade do mesmo era acabar com aquele homem inconveniente.

– Eu disse que devíamos segui-los, mas seu amigo não aceitou a idéia disse que era perigoso demais.

– Então vamos agora. – Oliver disse olhando firme para o Pistoleiro.

– Oliver. – Diggle tentou intervir, mas o homem estava nervoso demais.

– Não diga o que eu devo fazer quando alguém que eu amo está em perigo devido a um erro meu Diggle. Eu vou atrás deles antes que seja tarde demais.

Oliver virou-se e começou a caminhar ao seu lado estava Pistoleiro e logo atrás, correndo até eles estava Roy a pedido de Diggle.

A caminhada pelo local não foi muito longa o rastro de sangue parou por certo caminho e as pegadas arrastadas de Carrie também quando o grama ficou um pouco mais densa. Eles chegaram a um ponto no meio do nada sem sinal de nenhum dos dois e mais uma vez deixando os heróis sem opção alguma a não ser voltarem para casa.

***

– Aqueles filhos da mãe. – Carrie dizia enquanto pressionava um pano contra a ferida de bala em sua perna.

– Eles morderam a isca e priorizaram as nossas distrações, devemos agradecer ao Leonard e a Bivolo quando isso acabar. – Slade sorriu enquanto preparava um kit de primeiros socorros.

– Nós somos bem espertos, eles não vão nos encontrar aqui, existem pessoas loucas para tudo nesse mundo. – Carrie referiu-se ao esconderijo subterrâneo onde estavam, havia sido construído muito tempo atrás por um ex militar no qual agora estava fazendo parte do mundo do crime.

– Eu posso tirar isso, mas vai doer e muito.

– Não tenho outra opção. – Ela disse dando permissão para que ele prosseguisse com o plano. Ele tirou a mão dela que estava sobre o machucado com cuidado e lhe ofereceu uma garrafa de uísque que estava por perto, ela bebeu alguns goles e em seguida ele pegou jogando um pouco na ferida e na pinça, quando sentiu o objeto encostar-se à bala alojada ele a puxou e em momento algum ouviu Carrie gritar se assustando certos momentos achando que ela havia desmaiado, mas ela era tão doentia que sentia dor sem nem ao menos se expressar.

– Você é durona. – Ele disse enquanto terminava de suturar o machucado. – Qual será o próximo passo?

– Vamos esperar dois ou três dias, preciso da minha perna para a tacada final.

– Então já vamos pular para o cheque mate?

– Cansei de brincar de boneca, agora é hora da guerra começar de verdade.

– Certo e como faremos isso? A loirinha está sendo vigiada pela Canário e em tempo integral pelo Oliver, temos que nos preocupar com o tal do Flash sempre indo e vindo. Acho que eles tem cartas na manga.

– Acha que deveríamos analisá-los melhor?

– Não temos tempo, eles estão se aproximando demais de nós. Devemos agir antes que eles virem o jogo.

***

Quando Oliver chegou em casa até mesmo o simples ato de abrir a porta parecia difícil. Agradeceu a ajuda de Lyla e Laurel. Caminhou até o quarto da mulher e a viu ela dormindo tão tranquilamente, seus cabelos soltos e seu rosto angelical, desejou por um momento nunca ter entrado no caminho dela, onde estava com a cabeça quando começou a pedir ajuda dela? Ele queria poder voltar no tempo e concertar aquele drástico dia que pediu que ela injetasse a cura em Slade porque aquela luta era dele e não dela, quando tentou caminhar silenciosamente pelo quarto ela despertou assustou a principio ao ver o homem parado a sua frente, mas seu coração se acalmou quando avistou aquele belo sorriso e sentiu aquelas mãos firmes sobre sua pele.

– Você me assustou.

– Me desculpe. – Ele suspirou pesadamente.

– Por que sinto que essa desculpa não é somente por ter me assustado agora?

– Porque é por um monte de coisa, por ter lhe assustado, ter chegado tarde para o nosso jantar, não ter conseguido pegá-los principalmente.

– Está tudo bem, estamos juntos. – Ela sentou-se na cama de frente para ele. – Ainda é tarde para dar um passeio no parque?

– Não acho que seja uma boa idéia. – Oliver concluiu.

– Por favor, eu passei o dia inteiro aqui dentro. – Ele tentou não se deixar levar por aqueles olhos piedosos de sua amada, mas era um ponto fraco a ser treinado. Ele levantou-se e estendeu a mão para ela que aceitou. Eles saíram do apartamento e foram para o carro, ele tinha um lugar que queria mostrar para ela. Um lugar onde ele e Tommy mantinham como o clube secreto deles quando queriam trocar idéias e ouvir musicas no ultimo volume.

Era o ponto mais alto da cidade, onde tinha antenas de transmissão, era bem longe e mantinha a vista mais bela da cidade, eles desceram do carro e ele sentou-se no banco que eles haviam construído alguns anos atrás, Oliver chamou Felicity para que sentasse com ele. Com ela em seu colo e com um dos braços em torno de seu pescoço ele lhe roubou um beijo.

– Sabe aqui era o local onde somente eu e Tommy vínhamos. Era o nosso lugar de repouso do mundo lá fora.

– Eu entendo.

– Fazia muito tempo que não vinha aqui.

– A vista é bonita. – Ela olhou profundamente nos olhos dele. – Estamos parecendo um casal de adolescentes.

– Se eu fosse adolescente não estaria conversando com você neste exato momento. – Ambos riram, Oliver gostava de fazer de seu passado de garoto rico uma verdadeira piada na frente dela, até porque aquela vida não fazia mais sentido para ele e certas coisas pareciam uma verdadeira comédia.

– Provavelmente eu não olharia nem na sua cara.

– Eu não era do tipo de rico que pegava no pé ou fazia piadas dos outros.

– Fico mais feliz em saber disso. – Ela sorriu e o beijou. – Eu era bem quieta, você nem notaria minha presença.

– Com certeza esses olhos me chamariam a atenção. – Ele olhou pensativo, gostaria de imaginar como seria se tivessem se conhecido na época do colégio, provavelmente seria melhor continuar como estavam, naquela época teria a capacidade de estragar as coisas de modo pior de como quase estragou há algum tempo atrás. – Eu já te disse que te amo demais?

– Já sim e eu adoro ouvir isso. – Ela encostou sua testa na dele acariciando sua nuca.

Eles passaram um tempo observando o céu e aproveitando o silêncio. Sentiram-se melhor com a tranqüilidade e por um instante quase chegaram a acreditar que estavam livres de qualquer ameaça eminente.

– Felicity.

– Hum. – Ela disse ainda de olhos fechados.

– Acho que devemos voltar.

– Concordo deve estar cansado. – Ela soltou um grito quando ele a levantou, tirando seus pés do chão de uma só vez. - Eu ainda sei andar.

– Eu estou tentando ser romântico.

– Eu sei e eu estou tentando lhe irritar.

– Não deveria ter feito algo desta maneira agora fiquei realmente enfurecido com você. – Ele brincou a colocando no chão e depositando vários e rápidos beijos. - Agora vamos, merecemos um descanso.

– Não sei você, mas eu não vou conseguir dormir depois disso.

Oliver a encarou esperando para ver se ela havia se enrolado novamente ou se ela havia mesmo insinuado para ele algo no qual ele havia gostado muito, ele abriu um sorriso e ela fechou seus olhos.

– Você se enrolou. – Ele confirmou segurando a cintura da mulher.

– É. – Ela respondeu um pouco envergonhada.

– Mas devo deixar claro que gostei do modo que entendi. – Ele beijou mais uma vez os lábios dela antes de lhe abrir a porta, Felicity apenas sorriu sem dizer nada.

Quando voltaram para o apartamento ele colocou o casaco no lugar de sempre assim como a mulher caminhou até o quarto ao lado dela.

– Felicity? – Ele esperou que ela o olhasse e manteve aqueles olhos de piedade para lhe pedir um favor. – Será que pode pegar algo no bolso esquerdo do meu casaco, esqueci de tirar de lá.

– Claro o que é? – Ela disse tirando um objeto lá de dentro.

– Algo que deveria já ter lhe entregue há muito tempo.

Com a curiosidade a mil Felicity foi até o casaco e procurou por algo e quando achou ficou surpresa e mal conseguia se mover, aquela caixinha de veludo só queria dizer uma única coisa.

– Oliver, o que... O que é isso? – Ela perguntou com as lágrimas nos olhos, Oliver sorriu se aproximando, pegou a mão da mulher a segurando firme.

– Você aceita se casar comigo?

Aqueles segundos seguintes foram os mais longos na existência de ambos, tão logo Felicity sentia-se a mulher mais realizada na face da terra, mas ao mesmo tempo a mais incapaz de aceitar aquele pedido. Logo ela se lembrou da conversa que teve com Diggle o modo como disse que não suportaria fazê-lo sofrer se tudo isso acabasse mal e um pedido de casamento agora só tornaria as coisas ainda piores.

– Não posso aceitar. – Ela deixou a caixinha sobre a mesa de centro e correu para seu quarto Oliver foi atrás, mas ela trancou a porta com a chave, chamou por seu nome diversas vezes e seu coração apertou quando ouviu os soluços dela invadirem o silêncio do ambiente. Ele não entendia o motivo dela estar agindo assim, apenas queria poder ficar ao seu lado e reconfortá-la. Sempre pensou que fosse isso que ela queria, ter uma certeza de uma vida ao lado dele, mas ele tinha que admitir que agora não tivesse mais como ter certeza disso.

– Felicity, por favor, abra a porta. – Ele encostou sua testa contra a porta esperando que ela o atendesse. – Eu te entendo, entendo que esta com medo e que o futuro agora é uma incerteza, mas nós deveríamos aproveitar o hoje, enquanto ainda temos um ao outro.

Segundos depois se ouviu o barulho da tranca e a porta ser aberta.

– Eu não quero que você deposite em mim a sua vida. Não quero que dependa de mim para poder seguir adiante. – Ela enxugou algumas lágrimas. – Eu conversei com Diggle hoje e eu disse a ele que meu maior medo não era morrer e sim machucar vocês.

– Você é incapaz de fazer isso Fe... – Ele parou no momento que sua ficha caiu, ela disse feri-los não no sentido físico, mas sim do emocional. – Você não vai morrer.

– É o que eles querem me matar, acham que este é o seu único meio de pagar pelo o que fez. Sofrendo pelo resto da vida. E eu queria, queria mesmo poder lhe proporcionar tudo Oliver, amaria me casar com você, adoraria ter uma lua de mel e sair disso daqui um pouco e depois de algum tempo planejarmos uma família. – Ela parou e enxugou uma lágrima que escorria do rosto do homem e em seguida mantendo ambas as mãos na bochecha dele. – A nossa família, ver nossos filhos, imaginar qual cor de cabelo eles herdariam. – Ambos sorriram involuntariamente mesmo com a tristeza pairando sobre eles. – E brigar devido à escolha dos nomes. Ficarmos felizes juntos quando eles crescerem e ensiná-los a serem boas pessoas. Isso tudo seria um sonho realizado Oliver e eu juro que aceitaria esse casamento agora, mas o nosso futuro não é mais certo.

– Podemos fazê-lo se tornar certo, basta você aceitar. – Ela gesticulou um não. – Por favor.

Ela o beijou calorosamente como se nunca mais aquele ato fosse se repetir, como se eles estivessem se despedindo e que naquele momento um partiria de viagem para longe por um longo tempo. Naquele momento Felicity tinha certeza de duas coisas apenas: Slade e Carrie poderiam matar Oliver e ela sofreria pelo resto da vida devido a isso ou eles a matariam e assim ele carregaria aquele fardo enquanto vivesse, pois ela conhecia o homem que vivia com ela, ele se culparia, se desprezaria por não ter defendido a mulher que um dia amou.


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