Sociedade Secreta de Anti-Heróis escrita por Fernanda Melo


Capítulo 12
Mantenha a Cabeça Erguida


Notas iniciais do capítulo

Capítulo saindo adiantado, tenham uma boa leitura. Bjos!



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Durante o dia seguinte Oliver observava as câmeras via satélite, a movimentação deles enquanto o esquadrão suicida se preparava para o ataque. Diggle dava as coordenadas para eles de como seria o ataque, enquanto Roy ainda verificava seus equipamentos. Laurel havia ficado com a responsabilidade de cuidar de Felicity durante o dia e Lyla levaria a loira para onde ela precisasse para manter a presença de Laurel em surdina. Todos eles estavam interligados ao comunicador, Lyla se comunicava com John a todo o momento enquanto Laurel fazia o mesmo com Oliver.

Felicity neste momento estava a caminho do hospital para visitar Palmer. Lyla lhe esperou na porta quando ela entrou no quarto do homem. Ray já se sentia melhor reclamava com os enfermeiros por ainda não ter recebido alta apenas parou quando viu a mulher ali parada, abriu um largo sorriso e se apressou em cumprimentá-la.

– Como vai Srta. Smoak?

– Bem obrigada Sr. Palmer. – Ela brincou, ficou um pouco mais tranqüila em vê-lo bem já reclamando com as pessoas e sendo tão elétrico quanto costumava ser. – Vejo que já está melhor.

– Foi apenas um incidente de percurso nada com o que se preocupar. Aquele cara tem uma mira terrível.

– Ray, olha como fala, até parece que queria ser atingido na cabeça ou no coração, você é louco? – Ele não pôde evitar de sorrir, ela ficou meio sem jeito, ele tinha esse poder sobre ela.

– É bom ver que alguém se preocupa comigo. Você ainda gosta de mim Srta. Smoak?

– Gosto. – Ela pausou. – Não desta maneira. Não sei qual maneira que você está pensando Palmer, mas jamais ficaríamos juntos, não é que você não seja uma boa pessoa, adoro quando está por perto... – Ela parou e respirou, contou até três antes de olhar para ele novamente que tinha um enorme sorriso embasbacado em seu rosto. – Somos amigos, gosto de você por isso.

– Você fica linda quando se enrola em suas palavras. Com todo o respeito, não quero que seu namorado fure meu outro ombro. – Ambos riram da situação, Felicity no fundo sabia que se Oliver perdesse o juízo ele seria capaz de perfurar o outro ombro de Ray com uma flecha.

– Srta. Smoak temos que ir. – Lyla apareceu na porta delicadamente e Ray arqueou suas sobrancelhas a espera de respostas.

– Oliver disse que seria melhor ter um segurança particular. Se você não se lembra foram dois atentados em menos de uma semana.

– Tenho que concordar com Oliver desta vez, não se preocupe irei dobrar a segurança da empresa também, não estou a fim de parar em um hospital mais uma vez. – Ele brincou e ela sorriu para ele. Apesar de agora amigos Ray ainda nutria um súbito amor por Felicity guardado dentro de si, ele sentia que tinham sintonia, mas nenhum dos dois conseguiria permanecer em um relacionamento. Pois ele sabia que ela ama Oliver mais do que tudo nesse mundo e ele, mesmo querendo mudar isso, ainda amava Anna incondicionalmente.

***

– Estou saindo com ela do hospital. – Lyla disse mantendo-se atenta olhando para cada pessoa suspeita em cada canto duvidoso.

“- Eles ainda estão todos no esconderijo, mas permaneça atenta eles tem pessoas trabalhando para eles por fora.”

Diggle disse enquanto acertava seu coldre axilar embaixo de sua jaqueta enquanto mantinha outro em sua perna direita. Ele demonstrava assim como Oliver e Roy que queriam vencer aquela guerra.

– Pode deixar. – Lyla respondeu adentrando o carro. Lyla conseguia manter sua atenção em vários pontos em principal no olhar preocupado de Felicity pelas ruas da cidade. – Eu sei que deve estar sendo difícil, mas eles vão conseguir, farão de tudo para acabarem logo com isso.

– É tudo que mais quero. – Ela esboçou um sorriso quase sem vida estava implorando para que aquilo acabasse e que pudesse enfim retomar sua paz. Ela chegou em sua casa e foi preparar algo para que elas pudessem comer com a ajuda de Lyla, Laurel estava voltando daquele momento do corredor.

– Aconteceu algo? – Lyla questionou.

– Ouvi um barulho estranho, mas são os vizinhos estão de mudança.

– Tomara que o próximo vizinho seja mais simpático. – Um tom de ironia foi sentido por ambas as mulheres, Laurel sorriu, ela estendia bem o que era aquilo sofreu durante dois anos com vizinhos perturbadores. – Isso está parecendo uma festa do pijama, aquelas da qual eu nunca tive. – Felicity constatou fazendo ambas sorrirem.

– Sério? – Lyla perguntou.

– Eu não era do tipo popular, gostava de ficar perto dos computadores do que das pessoas. – Ela disse sentando-se no sofá com uma xícara de café enquanto esperava algo cozinhar no fogão, ela precisava daquilo de um café bem forte para suprir suas noites em claro.

– Eu já dormi na casa de umas amigas quando novinha, mas depois minha prioridade foram outras. – Disse Lyla. – Soube desde cedo que queria ir para o exercito. – A mulher sorriu lembrando-se de si. Felicity e Lyla encararam Laurel na espera de respostas que ela também contasse sobre algo.

– Eu era a filha do detetive. – Ela deu de ombros. – Já dormi na casa de algumas amigas com o intuito de terminar em festas, mas quando meu pai descobria era um caos.

Ambas riram da conversa em seguida voltaram a se concentrar no foco principal a proteção de Felicity, quando o almoço estava pronto ela nem ao menos quis tocar no prato estava sem fome e no mesmo instante recebeu uma ligação de Oliver ela foi para seu quarto em busca de privacidade e fechou a porta.

– Ei. – Ela disse serenamente, mal podia imaginar que o homem do outro lado da linha abria um largo sorriso ao ouvir sua voz.

“- Está bem?” – Ela observou pela janela o céu tinha um tom azul maravilhoso, porém não parecia tão bom para ela quanto para as outras pessoas.

– Está sim. – Ela suspirou pesadamente.

“- Você não me engana Felicity.” – Ele esperou para que ela dissesse algo, esperou até tempo demais.

– Eu adoro quando você fala meu nome assim. – Ela sorriu mesmo que ainda seu olhar portasse toda a tristeza acumulada em seu peito.

“- Meu amor, você quer conversar?” – Ele se distanciou de Diggle o homem já olhou com aquela expressão preocupada e Oliver sabia que se não saísse de lá ele seria bem capaz de tomar o celular de sua mão. “- Pode falar não precisa ter medo.”

– Você deve estar ocupado. – Ela olhou para os lados tentando afastar as lágrimas, mas o ato foi em vão.

“- Na verdade não. Pode falar, é sério.” – Na verdade Oliver havia mentido estava apenas com sua calça do arqueiro ainda teria que vestir sua camiseta e organizar suas flechas, porém ele não se importava.

– Quando isso acabar a noite será que nós poderíamos sair? Como um casal normal?

“- Está me convidando para jantar Srta. Smoak?” – Ele sorriu feliz com o convite, e sentiu-se bem ao ouvir a risada doce de sua namorada, porém ali não havia apenas uma alegria de seu pequeno ato de humor, havia um pouco de preocupação em tudo que Felicity fazia agora.

– Estou tentando ser um pouco audaciosa, mas não precisa ser necessariamente um jantar. O que me diz?

“- Maravilhoso.” – Ele mantinha aquele sorriso bobo nos lábios, enquanto mantinha os olhos em dois monitores um que exclusivamente tomava conta do armazém abandonado e outro que tomava conta da fachada do prédio onde Felicity morava. “- Mas tem certeza que é apenas isso?”

– Poderemos conversar melhor mais tarde. – Ela sorriu involuntariamente.

“- Tudo bem vou esperar ansiosamente.” – Ele sorriu desviando seu olhar para Diggle por poucos segundos que logo me chamou a atenção para o monitor. “- Meu amor, conversamos depois está bom? Te vejo mais tarde.”

– Está certo.

“- Esteja deslumbrante para mim.”

– Sempre Sr. Queen. – Ela sorriu e desligou o telefone sabia que pelo tom de voz do Oliver alguma coisa estava acontecendo, porém estava tão cansada que não queria saber, não procurou saber o que era, queria um pouco de paz somente isso. Ela poderia invadir o sistema do covil por seu tablet, mas não estava disposta a perder este pouco de paz.

***

– Ele está saindo do armazém, sozinho Oliver. – Diggle disse apressadamente.

– Ele irá fazer alguma coisa.

– O que vamos fazer? – Roy pergunta intervindo.

– Vocês nada, eu vou segui-lo, ver o que ele quer. Dig preciso que você seja meus olhos e ouvidos hoje.

– Pode deixar. Tome cuidado.

***

Oliver pilotava rapidamente pelo local que Diggle lhe indicava chegou a travar seu maxilar quando três ruas deram compatibilidade com sua suspeita, logo estaria perto do apartamento de Felicity. Ele parou a moto em um lugar mais distante e subiu para o terraço do prédio da mulher e se escondeu esperando quando Slade desse as caras.

Pouco tempo depois ele observou cada centímetro dali e avistou aquela mesma máscara que lhe tirou o sono durante muitas noites, ele estava de volta, logo no edifício à frente. Arqueou seu arco e empunhou uma flecha na mira exata do homem e soltou. Era como se aquela flecha fosse à direção de Slade em câmera lenta, mas seu coração parou e fez com que o Arqueiro duvidasse de seu potencial de luta naquele momento. Slade tirou sua espada e em um gesto simples desviou a flecha de sua direção.

Oliver não sabia se deveria lutar com ele naquele momento ou se deveria esperar, sentia raiva, medo, uma angústia lhe tomar e mesmo que esforçasse seus pés não saíam do lugar. Slade o observava de longe assim como ele estava fazendo naquele exato momento.

– Vamos decidir isso lá em baixo garoto. – Ele gritou com toda força, com toda raiva ele desejava acabar com Oliver Queen ali mesmo como ele havia acabado com a vida de Shado na ilha.

***

– O que ele está fazendo Diggle?

– Não sei Roy. – Diggle quase estava tendo um ataque de pânico. – Oliver não vá até ele.

“- Você se lembra que certa vez disse que me devia uma?”

– O que isso importa agora Oliver? Não desça desse prédio ele irá acabar com você.

“- É hora de você cumprir com sua promessa John.” – O homem sorriu por trás do capuz. “- Cuide da Felicity por mim.”

– Ei você é louco? Você quem deve cuidar dela Oliver, não eu. Oliver, não ouse me assustar mais uma vez e ouvir que você morreu pela milésima vez, eu juro que desta vez eu te mato. – Diggle disse nervoso e Roy escutando a conversa se preparava para sair do local diretamente para outro ponto específico, esperava apenas o consentimento de seu amigo. – Você não vai deixá-la sozinha de novo, você tem que ficar por ela Oliver.

“- Eu vou lutar enquanto puder.” – Neste momento ele desligou o comunicador e Diggle assentiu com a cabeça para Roy que saiu em disparada para o local. Desta forma ele sentiu que ficaria louco, Oliver era uma explosão de sentimentos e aquilo atormentava Diggle que gostava de uma coisa constante.

Ambos se encontraram na rua os poucos carros que passavam pararam, as pessoas assustadas corriam enquanto ao ouvir a movimentação Felicity ainda curiosa chegou à janela para poder saber o que acontecia. Seu coração quase parou quando ela avistou Oliver de longe e logo adiante Slade.

Lyla foi informada por Diggle sobre o que estava prestes a acontecer com um sinal ela indicou a janela para Laurel que logo se aproximou e avistou a cena lá em baixo. Correu para se trocar enquanto Lyla ia na direção do quarto de Felicity.

“- Não deixe que ela saia daí Lyla.”

– Pode deixar John, ela está no meu campo de visão.

“- Se preciso tranque-a no banheiro.” – Diggle disse sério enquanto assistia atento ao que acontecia, todos estavam apreensivos, nervosos, aflitos.

Lyla no momento observava Felicity estava a um fio de pedi-la para sair de perto da janela não podiam contar com a sorte, mas a loira lhe fez o favor assim que viu que a luta se iniciava ela caminhou até a cama passando as mãos pelo cabelo. Sentou-se e fechou seus olhos apenas esperando que quando os abrisse tudo, tudo mesmo, desaparecesse.

Oliver e Slade travavam uma luta intensa havia troca de socos e chutes. Oliver tentava manter uma distancia melhor para atirar suas flechas, mas Slade não permitia que aquilo ocorresse, então, com seu arco ele conseguia impedir que Slade finalizasse os golpes com sua espada. Em um momento apenas foi quase tudo a perder, Oliver se desconcentrou, olhou para o apartamento dela pensando se ela estaria vendo aquilo, Slade agiu rápido e o chutou fazendo seu corpo impulsionar para longe, ele aproveitou para lhe deferir outro golpe quando foi surpreendido por trás.

Laurel, agora portando o traje de Canário Negro, comprou a briga com o tão temido Exterminador, ambos lutavam como um singelo passo de dança, quase havia sintonia se Slade não mantivesse tanto ódio em cada ato, ele conseguiu acertar um soco no abdômen da mulher que por sorte conseguiu desviar da espada do homem, ela ainda conseguiu observar o rasgo novo que sua roupa havia recebido no braço e a linha tênue de sangue que escorria dali.

Slade somente parou quando percebeu que estava ficando em desvantagem quando ali apareceu Arsenal em uma moto portando um garupa com uma máscara negra que cobria quase todo seu rosto deixando somente seu nariz e lábios de fora, em um de seus olhos havia algo vermelho que lhe chamou a atenção. Enquanto Arsenal fazia uma manobra rápida o Pistoleiro ergueu seu braço na direção do homem e atirou. Exterminador poderia não ter mais o mirakuru correndo em suas veias, porém ele aprendeu a sobreviver antes desta droga ser injetada em si.

Em um salto preciso ele conseguiu sair do local atingido pelas balas a tempo, sentiu um zunido passar de raspão em sua máscara, manuseou sua espada girando-a em sua mão impedindo a trajetória de outras balas, não conseguiu ver quando o plano arquitetado havia dado certo, Roy ergueu seu arco e na lateral Laurel se aproximava com seu bastão ele focou nesses três e mal pressentiu quando foi atingido por três flechas em suas costas.

Seu grito estridente tomou conta da rua assim como a fumaça de uma bomba na qual ele havia jogado no local. Todos ligaram sua atenção para um ataque surpresa. Oliver se levantou chamando por Laurel e se comunicando com Roy pelo comunicador o mesmo partiu para o covil enquanto os outros foram para o apartamento de Felicity, não havia mais nada a fazer, Slade havia fugido mais uma vez.

Oliver adentrou o local nervoso, não acreditando que havia deixado o homem fugir de suas mãos, tinha tudo para conseguir aquele feito, mas parecia que estavam sempre um passo a sua frente. Lyla que estava no quarto caminhou até a sala preocupada com a movimentação e abaixou a guarda quando viu quem estava por lá.

– Ela está no quarto. – Lyla disse com um singelo sorriso.

Oliver olhou para a porta ao fim do pequeno corredor, respirou fundo ainda segurando seu arco. Ele havia falhado desta vez, ele que tanto tomava conta desta cidade, capturando os vilões de onde nasceu por eles terem falhado com sua cidade e agora ele havia falhado com a mulher de sua vida.

Ele caminhou a passos lentos até o quarto encostou-se à batente da porta e a viu com os braços entrelaçados a sua perna e de cabeça baixa. Caminhou até a cortina a fechando e em seguida indo até ela. Tocou sua mão e ela rapidamente levantou seu olhar para ele e sorriu.

– Eu não consegui, me desculpe.

– Está tudo bem. – Ela disse segurando a mão dele firmemente, ele sentou-se ao seu lado e a trouxe para mais perto. – Deveria trocar de roupa vigilante. – Ela sorriu com a cabeça encostada em seu peito.

– Me desculpe Srta. Smoak. Prometo que trocarei a roupa de cama.

– O que vamos fazer agora? Irá voltar para o covil?

– Não. – Ele pegou o celular de seu bolso. – Diggle? Você pode preparar o pessoal? Ótimo, obrigado. – Ele sorriu desligando a chamada. – Vou tomar um banho.

– Tudo bem. – Ambos se beijaram como adolescentes apaixonados, ele não podia negar que percebera o comportamento de Felicity, estava bem humorada, mais tranquila mesmo depois de Slade ter fugido, ele a observou mais uma vez antes de entrar para seu banho gravando aquele rosto tão sereno em sua mente.

***

– Então alguma movimentação?

– Tem algo que está me preocupando Oliver. Slade desapareceu em um beco monitorei todas as câmeras pelo local, mas não o vi sair e até então ele não voltou para o armazém.

– Seria maldade da minha parte imaginar que ele tenha morrido pelo caminho? – Oliver perguntou mesmo sabendo que era idiotice ter esperança naquilo.

– Não, seria inocência mesmo. – Diggle sorriu. – E Felicity?

– Ela me pareceu estranha, fiquei preocupado conversei com ela, mas parece que ela...

– Está se fechando. – Diggle completou antes de o amigo terminar de dizer.

– É, disse que prepararia um jantar mais tarde para ela e conversaríamos e ela disse que queria ter um tempo como casal comum. – Oliver observou quando o amigo pegava algum monte de chaves.

– Ela está tentando fugir Oliver. Ela não quer mais acreditar ou continuar na realidade que ela está vivendo ela apenas quer ficar ao seu lado com uma vida normal. – Oliver suspirou com pesar.

– Agora você entende o motivo pelo qual eu a afastava todos os dias?

– E você vai fazer o que terminar o que custou a começar?

– Não, para a minha sorte eu estou ainda mais apaixonado por ela e não conseguiria viver tranqüilo se a deixasse ainda mais agora nessa situação.

Oliver estranhou quando o amigo levantou e vestiu sua jaqueta e começou a dar os primeiros passos em direção a escada.

– Aonde você vai?

– Tenho uma amiga em uma situação complicada que precisa conversar. – Ele sorriu cúmplice e subiu rapidamente cada degrau e Oliver sorriu agradecido pelo amigo que conquistara naquela maluca jornada.

***

A campainha tocou e cuidadosamente Lyla observou quem era ao ver John abriu sorridente.

– Não deveria estar com os outros?

– Já estou voltando. – Ele sorriu e a beijou rapidamente enquanto fechava a porta atrás de si. – Soube que Felicity não está no seu melhor dia e como irmão mais velho me sinto na obrigação de ser a voz da consciência. – Lyla arqueou as sobrancelhas e sorriu, sempre ouvia quando Diggle chegava em casa contando os famosos casos de Oliver em relação ao seu distanciamento da Felicity ou alguns casos de Roy, mas ele sempre terminava com um sorriso em seu rosto por ter ajudado de alguma forma.

– Ela está no quarto, desde que voltamos do hospital. – Ele assentiu e começou a caminhar até o quarto. – Dig. Tente trazê-la para comer algo, até agora ela não colocou nada no estômago.

– Essas crianças realmente precisam de um irmão mais velho.

Ele caminhou e bateu cautelosamente na porta e logo depois de ouvir uma voz delicada lhe permitindo entrar ele a abriu e avistou a loira amarrando um rabo de cavalo bagunçado.

– Dig? Trocou de turno com alguém? – Ela brincou sorrindo para ele enquanto ajeitava mais uma vez o lençol de sua cama.

– Não, dei uma pausa no meu turno de segurança negro uma amiga precisa de mim.

– Ah sim. – Ela disse arqueando as sobrancelhas. – O que necessariamente?

– Não sei, diga você Felicity. Oliver está preocupado com você e posso garantir que não seja somente ele, mas você sabe como esse cabeça dura te ama.

– Eu estou bem John.

– Não minta para mim. – Ele a olhou ainda mais sério e como uma garotinha assustada ela desviou o olhar do dele, ele percebeu quando ela engoliu seco e quando suas estruturas quase se abalaram. – Felicity pode falar eu sou seu amigo, a voz da consciência, lembra?

– E como. – Ela sorriu mesmo que por pouco tempo.

– Então o que está perturbando este coraçãozinho?

– Carrie, Slade, Leonard, Bivolo também. – Ela olhou para o teto tentando conter as lágrimas de pânico que teimavam em querer rolar sempre quando ela pronunciava o nome deles. – Eles estão me enlouquecendo Dig e a única coisa que eu quero é que isso tudo acabe.

– Todos nós. – Ele segurou a mão dela. – Ando preocupado com você, assim como Oliver, pois somos uma família não é mesmo? – Ela sorriu assentindo. – Você não está sendo mais a mesma Felicity, mas sei que está tentando ser forte, qualquer pessoa no seu lugar não agüentaria o que está acontecendo, você tem coragem.

– Queria que somente isso bastasse.

– Nós vamos te proteger e ninguém irá lhe fazer mal algum eu prometo. – Ele tocou os ombros dela.

– Eu não estou preocupada comigo. – Ela inclinou a cabeça para o lado e Diggle suspirou então entendendo o motivo real da loira estar tão preocupada. – Roy me olha com olhar de perdão todas as vezes que nos encontramos, Ray está no hospital, você levou uma flechada e Oliver... – Ela não conseguiu segurar sua voz já estava embargada. – Oliver já está sofrendo com os danos.

– Não deixe que ele sofra com a bomba maior, lute por ele assim como ele luta por você.

– Eu teria que passar mais que cinco anos em Lian Yu. – Ela brincou quebrando a tensão do ambiente. – Eu entendo Dig, eu sei que devo lutar, mas neste momento, hoje eu não tenho mais forças, minha mente precisa de uma trégua.

– Eu entendo, mas fico mais tranqüilo em saber que você está disposta a lutar.

– Eu não sou muito de desistir das coisas. – Diggle abriu um largo sorriso e abraçou a loira.

– Se cuida Barbie, temos muita estrada para percorrer ainda juntos.

***

– Estamos prontos Oliver. – Roy disse colocando sua máscara, todos já estavam preparados com seus equipamentos seria agora que tentariam acabar com toda aquela organização terrorista de Carrie. Oliver assentiu colocando seu capuz e ajustando sua aljava, todos caminharam em direção a van enquanto ele permanecia alguns passos atrás para poder dar a ultima olhada sem que ninguém percebesse no que ele carregava no lado de dentro da jaqueta do arqueiro. Uma foto, uma linda foto de Felicity que ela nem imaginava que ele houvesse pegado sem sua permissão apenas precisava ver seu rosto enquanto caminhava para a escuridão daquela forma parecia que havia uma luz no fim ele seguiria para ir de encontro a ela, sempre.


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