Sociedade Secreta de Anti-Heróis escrita por Fernanda Melo


Capítulo 10
A Visita de Donna Smoak


Notas iniciais do capítulo

Voltei trazendo um capitulo grandinho para vocês, as idéias não tinham fim, também o motivo é minha alegria de amanhã ter nossa queridíssima série de volta.
Boa leitura.



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Durante a madrugada Felicity acordou sentindo algumas dores pelo corpo, Oliver a explicou que teria que ficar em observação por este período devido a pancada que levou na cabeça quando Roy lhe atacou contra o chão, além disso, não tinha nada de tão grave que atraísse extrema preocupação. Sua cabeça parou de latejar somente quando os enfermeiros lhe deram o remédio, seus exames foram apresentados pelo médico indicando que não havia nada de preocupante e dando as devidas instruções de cuidados que ela deveria ter com seu punho.

Felicity pestanejou tinha trabalho para fazer e aquilo ali roubaria muito seu tempo. Durante um tempo ela ficou apenas observando Oliver seu rosto, seus traços. Não estava admirando sua beleza como costumava fazer, mas agradecia por ele não ter feito o que ela imaginava que um dia Oliver faria quando algo de ruim lhe acontecesse. Ela pensou nas hipóteses de expulsá-la do time, ir embora e não voltar ou até mesmo cortar a relação de namorados, amigos e parceiros. Ele percebeu o ato dela e sorriu aquele sorriso que Felicity nomeou de ‘sorriso de super modelo’ que Oliver sempre dava quando estava por perto.

Ela suspirou apaixonadamente e fechou os olhos pensando quando é que acordaria daquele sono e não o veria ali ao seu lado, mas aquilo era sua mais nova realidade e teria que se acostumar com as mudanças de Oliver.

– O que foi amor?

– Eu... Nada, estou apenas te observando. – Ela sorriu. – Gosto quando você sorri assim pra mim.

– Está tudo bem? Mesmo?

– Sim. – Ela concordou sorrindo tentando lhe passar confiança. – Quantas horas?

– 4h 25min irá amanhecer em poucas horas. – Ele disse rodeando o quarto enquanto mexia em seu telefone.

– Você está preocupado.

– Estou perguntando para a Laurel se está tudo bem aos arredores do hospital. – Ele caminhou até a cama dela e beijou o topo de sua testa acariciando com o dedo levemente o local onde havia um machucado. – Isso vai ficar um pouco roxo.

– Está muito feio?

– Não, é apenas um machucado pequeno em sua testa. Fiquei mais preocupado quando Roy acertou um chute em seu abdômen, você poderia ter fraturado algumas costelas.

– Mas não aconteceu, o máximo que estou é me sentindo um caco e cheia de roxos por todo meu corpo.

– Ela me enganou, conseguiu fazer o que queria e eu nem desconfiei, não fui esperto para saber que era tudo uma distração.

– Nós não fomos, no fundo eu senti que algo estava errado, eles estavam se escondendo bem conseguindo fugir do ponto de visão e de repente ela aparece assim do nada e achamos que podemos capturá-la.

– Esse erro não vai mais se repetir você não sabe, mas conversei com Barry e logo depois com Diggle e achei melhor o arqueiro tirar férias em combater o crime nas ruas, vou ficar com você de agora em diante.

– Mas... Oliver você. – Oliver a interrompeu com um simples toque.

– A decisão já foi tomada e avisei os outros, um grande amigo me disse que isso era o certo a se fazer e estou determinado a escutá-lo desta vez.

***

Quando amanheceu Oliver nem havia percebido que havia pegado no sono debruçado sobre a cama, acordou assustado com o toque do telefone de Felicity quando levantou as pressas sentiu a dor incômoda da má postura que havia dormido, procurou pelo telefone e o atendeu rapidamente antes que ela acordasse, era Ray Palmer.

“- Pensei que não quisesse falar comigo.”

– Eu realmente não queria. – Ao ouvir a voz masculina do outro lado da linha Ray fez questão de tirar o celular de sua orelha e conferir se havia feito ligação para o numero certo.

“- Está tudo bem Oliver?” – Ray perguntou meio preocupado, normalmente Felicity não permitia que ninguém atendesse seu celular.

– Felicity não irá trabalhar hoje Palmer, ela está internada.

“- Como assim? O que aconteceu?”

– Longa história, mas nós fomos abordados por bandidos enquanto saíamos da boate. Eles nos agrediram, mas ela está bem agora.

“- Tudo bem, me avise qualquer coisa e diga para ela tirar o tempo necessário para se recuperar. Ah e mande melhoras.”

– Está certo obrigado. – Oliver disse observando a mulher dormindo logo a sua frente, não imaginando como ele estava conseguindo se controlar conversando com Palmer ao mesmo tempo em que se lembrava daquele desastroso beijo que teve que presenciar entre ambos. Mas ele mereceu, no fundo sabia disso, havia perdido tempo em dizer para ela o tanto que a amava e insistindo que era perigoso para ela ficar ao seu lado, mas o que importava naquele momento é que estavam juntos.

***

Quando chegaram em casa Oliver começou a preparar o almoço enquanto Felicity tinha apenas uma obrigação imposta por ele, ficar quieta descansando. Ela sentou-se no sofá passando freneticamente os canais da TV enquanto o homem mantinha um olho na comida e outro nela que emanava um tédio imenso.

Quando a campainha tocou ela ameaçou a se levantar, mas Oliver foi mais rápido e indicou para ela o sofá para que ela voltasse a se sentar, bem a contra gosto ela obedeceu bufando.

– Donna como vai? – Oliver cumprimentou a mulher com um singelo abraço, a jovem loira não acreditando muito no que acabara de escutar olhou rapidamente na direção da porta.

– Mãe? O que está fazendo aqui?

– Eu teria vindo ontem, mas não deu, como você está querida? Olha estes hematomas.

– Mãe eu estou bem. Como soube do que aconteceu?

– Pressentimento de mãe, quando tiver filhos você entenderá o que é isso. Resolvi ligar para seu celular para confirmar se estava tudo bem e como confirmação do meu mau pressentimento foi este rapaz que atendeu ao seu celular.

– Porque não me disse?

– Eu acabei me esquecendo, me desculpe. – Ele lançou um olhar de piedade para a mulher.

– Felicity, ele fez a coisa certa.

– Mãe pode nos dar um minutinho? – Felicity se levantou puxando Oliver pelo braço até o quarto. – O que deu em você? Não devia ter deixado ela vir até aqui.

– Como se eu tivesse comando sob uma Smoak. – Ele se queixou. – Tentei mentir, mas sua mãe é mais insistente que você e ela acabou percebendo que eu estava mentindo.

– Oliver. – A voz de Felicity parecia um pouco embargada, Oliver a trouxe para mais perto com cuidado, abraçando-a carinhosamente. – E se eles tentarem fazer algo contra minha mãe?

– Não vão, não vou deixar que isso se repita. Você confia em mim? – Ele ergueu o rosto dela segurando delicadamente seu queixo. Ela concordou e em seguida ele selou seus lábios ele teria que fazer tudo ficar bem.

Ambos caminharam de mãos dadas para a sala enquanto Donna estava cuidando das coisas na cozinha.

– Donna não precisa de incomodar.

– Onde aprendeu a ser tão prendado?

– Passei algum tempo longe de casa. – Ele sorriu e em seguida olhou para Felicity que mesmo sorrindo mantinha em seu olhar a mais pura preocupação. Oliver parou por um tempo para olhar de quem era a chamada em seu celular.

– É a Speed, me esqueci que havíamos combinado de nos encontrar ontem.

– A chame para almoçar. – Felicity sugeriu e Oliver ficou feliz com a idéia.

– Quem é Speed?

– É a irmã dele. – Felicity respondeu séria.

– Você poderia ao menos ficar um pouco feliz em me ver.

– Eu estou feliz mãe, é que eu ainda estou anestesiada com tudo que aconteceu.

– Oh filha, não fique assim. – Donna trouxe a filha para um abraço aquele tão cheio de carinho. – Que belo homem você arranjou hein?! Oliver Queen.

– Mãe. – A loira repreendeu a atitude da mãe sentindo seu rosto queimar de vergonha e por medo de Oliver acabar ouvindo aquilo.

– O que foi? Ele é lindo, você está pegando ele a muito tempo?

– Mãe.

– Deixe de ser tímida Felicity, sou sua mãe é natural conversarmos sobre estas coisas.

– Não é não. O que eu fiz para merecer isso?

– Sofreu um assalto, afinal como aconteceu?

– Eu... Eu.

– Você, você?

– Estávamos saindo da boate da minha irmã, que na verdade ainda também é minha. – Oliver interrompeu enquanto guardava o telefone no bolso. – Não devíamos ter ficado tanto tempo parados no lado de fora. Apareceram dois homens encapuzados e nos abordaram um apontou a arma para minha cabeça. – Oliver fingiu estar ainda em choque.

– Oh e como conseguiram escapar? A polícia chegou ao local?

– Não. Felicity ficou um pouco nervosa com a situação e um dos ladrões ficou irritado com isso e começou a agredi-la, não consegui pensar direito eu apenas parti pra cima deles, não agüentaria perdê-la. – Apesar de toda a mentira o final da história foi a mais pura verdade e ela podia sentir vendo o olhar dele sobre si.

– Fico feliz que minha filha tenha conseguido alguém que a ame tanto assim.

– Ela ainda consegue ter o amor maior e mais puro que o meu, nem sempre fui merecedor desse amor Donna, mas todos os dias eu sou grato a ela por ainda não desistir de mim. – Donna sorriu com as lágrimas ameaçando a embaçar sua visão. – Obrigado por ter me dado este presente maravilhoso. – Oliver beijou a testa de Donna carinhosamente, ele realmente queria demonstrar sua gratidão em relação a ela.

Pouco tempo depois Thea apareceu para o almoço preocupada observou o irmão e perguntou o que aconteceu, ela havia levado flores para Felicity que ficou agradecida pelo ato colocando-as em um vaso em sua sala.

– Mas que loucura eu te vi chegando na boate, mas não te vi sair.

– Eu tenho este hábito.

– De sumir eu já sabia. – Thea concordou rindo da situação. – Mas fico feliz que vocês estejam bem, não gostaria que nada acontecesse com meu irmão e muito menos com você Felicity.

– Estou me sentindo enciumado, acho que senti um carinho a mais quando você disse “e muito menos com você Felicity”. – Oliver brincou fazendo todos na mesa rirem.

– Eu só quero saber quando será o noivado. – Thea brincou, mas o ato pegou Felicity de surpresa fazendo a mulher se engasgar com a comida. Oliver lhe ofereceu água. – Acho que não sou somente eu que acho vocês perfeitos juntos.

– Não sei, Donna o que você acha sobre isso?

– Acho maravilhoso.

– Perfeito então. – Oliver olhou para Felicity que ainda se mantinha espantada.

– Como assim perfeito? – Felicty questionou.

– Apenas perfeito. – Ele beijou a bochecha de sua namorada.

***

– Ollie sempre foi muito bagunceiro. – Thea declarou na conversa animada que mantinha com Donna logo após o almoço que também contava algumas coisas sobre Felicity na sua época de infância. A moça por sua vez afundava seu rosto na curva do pescoço do homem, definitivamente estava morrendo de vergonha para olhar nos olhos de qualquer pessoa. – Mas sempre teve um bom coração.

– Eu sou um bom homem. – Ele brincou cheirando mais uma vez o cabelo de Felicity, havia criado certo vício com o cheiro de seu shampoo achava extremamente delicioso.

– Isso não tira o fato de que você era uma criança encapetada.

– Sabe sempre me achei sortuda por ter tido Felicity, quando pequena nunca me deu trabalho, sempre muito empenhada, estudiosa, sempre foi meu orgulho. – Donna olhava para a filha com um grande sorriso nos lábios e Felicity se manteve feliz por ouvir aquilo de sua mãe, sabia que ela sentia isso tudo de si, porém adorava ouvir da boca dela. – Mas na adolescência esta menina me deu trabalho.

– Você? – Oliver a olhou duvidoso. Ela revirou os olhos como se não quisesse dizer sobre o assunto, porém Oliver estava à espera assim como Thea também. – Estamos esperando não é mesmo Thea?

– Com certeza, nunca imaginei você revoltada na adolescência Felicity.

– Que época terrível. – Ela dizia se lembrando daquelas roupas, de seu cabelo, a maquiagem pesada e a forma como ficava sozinha se tornando a solitária do colégio. – Eu vestia roupas esquisitas e tinha mechas roxas no cabelo, passava maquiagem com exagero, está bom assim para vocês?

– E os namorados?

– Oh, por favor, não ouça isso. – Felicity tapou os ouvidos de Oliver fazendo com que ele risse do ato. – Eu definitivamente agora estou morrendo de vergonha.

– Ah eu quero ouvir, isso parece interessante. – Oliver brincou, todos riam menos Felicity que estava à beira de sofrer um ataque cardíaco.

– Não, por favor, não.

– Eles eram tão ruins assim? Iguais ao... – Oliver parou e olhou de relance para Donna enquanto Felicity o observava, achou que não deveria ter tocado naquele assunto, já falaria de Cooper, se até mesmo Felicity acreditava que ele estava morto Donna então.

– Cooper era genioso demais, isso acabou com tudo. – Ela o observou enquanto tocava no assunto de seu ex namorado, o modo como ele estava agindo naturalmente, talvez aquilo fosse porque ele não sentia em Cooper o perigo que sentia em Barry ou em Ray, os três sempre muito inteligentes com assuntos que prendiam Felicity, homens bem sucedidos enquanto ele era um ex bilionário, sem emprego e que não completou os estudos, mas ele tinha a maior riqueza que nenhum deles portava o amor correspondido.

***

Oliver e Felicity insistiram para que levassem Donna de volta para casa a mulher tentou a todo custo recusar até que Felicity deu um ultimato e ela não contrariou a filha. Ela percebeu que a filha estava com medo, medo de acontecer algo com a mãe e Donna acreditou no fundo que ela estava ainda traumatizada devido ao “assalto” e ficou preocupada com a filha, mas ela ficava a cada minuto mais tranqüila quando via que Felicity não estava sozinha que tinha quem cuidasse dela.

Oliver a todo momento observava a mulher ao seu lado para ver se ela estava bem, ela cochilou durante o caminho, em uma pausa obrigatória Oliver atendeu o telefonema de Diggle perguntando sobre a moça e toda vez que ele a observava Donna percebia o seu sorriso. A mãe estava, então, mais tranqüila sua filha tinha a proteção do namorado, amigos que estavam dispostos para ela a qualquer momento, não ficaria tão preocupada assim, mas seu coração ainda estava apertado um pressentimento ruim talvez ou mera preocupação desnecessária de mãe.

Quando chegaram, Oliver desceu como todo bom cavalheiro e abriu a porta para Donna. Se ele realmente era assim ou simplesmente queria agradar a sogra Donna teria que passar mais tempo com ele para saber, mas para ela, ele é um ótimo rapaz.

– Oliver, você é um bom homem tenho certeza disso. Mas prometa que não fará a minha garotinha sofrer, ela já perdeu tanto.

– Ela não perdeu a pessoa mais principal Donna. – Oliver a olhou com carinho. – Felicity me contou sobre o pai, disse à falta que ele fez, o abandono mexeu muito com ela. Eu perdi meu pai há alguns anos e sinto muita falta. Mas ela tem a você, a mãe dela a pessoa que lutou para dar o melhor que ela poderia ter.

Donna mantinha algumas lágrimas nos olhos prestes a descerem como cascata.

– Donna pode ter certeza que cuidarei bem de sua filha, eu não consigo me imaginar um dia sequer sem tê-la por perto e o maior sentimento que tenho por ela desde que nos tornamos amigos é respeito. – Ele fez uma breve pausa para respirar e observar mais uma vez sua namorada. – Felicity também é minha família, assim como você também é agora. Tenho certeza que a amo de tal forma que ninguém mais poderia amar, mas confesso e peço desculpas por ter um dia magoado esta mulher.

– Toda pessoa merece uma segunda chance.

– No meu caso ela multiplicou o numero de chances. – Ambos riram.

– Quando Felicity ama alguém, não importa o que ela faça ela irá perdoar e não poderia ser diferente com você Oliver, pois ela te ama de verdade, ama mais do que um dia ela pensou amar Cooper. – Oliver sentiu uma alegria inundar seu coração ao ouvir aquilo. – E você já tem um espaço carinhoso em meu coração, você está nos aproximando ajudando a Felicity se abrir para mim, ao contrário de certos ex-namorados. – A mulher revirou os olhos ao mencionar sobre Cooper novamente Oliver sorriu estava sentindo-se a vontade a cada dia com Donna, acreditava que seu caminho estava tomando o rumo certo.

– Ela te ama Donna, só que é meio complicado para filhos assumirem isso.

– Grande besteira essa de vocês. Oliver queria lhe pedir um favor.

– Faço qualquer coisa.

– Fique de olho nela acho que ela ficou um pouco traumatizada com o que aconteceu, mãe percebe alguns pequenos gestos estranho nos filhos.

– Cuidarei dela, pode ficar despreocupada. – Ele a abraçou forte.

– Qualquer coisa pode me ligar não espere autorização dela. – Donna disse abrindo a porta do carro do lado do passageiro, mesmo não querendo ela acabou acordando a filha. – Me desculpe, apenas achei que não deveria te deixar ir sem me despedir.

– Fez certo. – Felicity disse com a voz ainda sonolenta. Tirou o cinto enquanto recebia um beijo carinhoso na bochecha de sua mãe. Ela se levantou e a abraçou, pegando Donna de surpresa, pois sua menina não era desses atos. – Se cuide e qualquer coisa me ligue.

– Oh filha tudo bem. – Ela afastou e ajeitou os cabelos de sua eterna pequena garotinha. – Vou ficar esperando notícias do casório. – Oliver soltou uma doce gargalhada enquanto via Felicity ficar com as bochechas mais rosadas de vergonha.

– Eu definitivamente tenho que aprender a ficar com menos vergonha quando você brinca assim.

– Um dia você se acostuma querida.

Donna despediu-se e Oliver juntamente com Felicity esperaram que a mulher entrasse em sua humilde casa para logo partirem. Quando chegaram em Starling tudo o que Felicity queria era apenas tomar um banho e deitar. Ela foi para debaixo do chuveiro, mas não contava que quando saísse tivesse visitas lhe esperando.

– Felicity. – Roy chamou um pouco envergonhado lembrando-se da noite anterior.

– Roy, Dig. – A loira cumprimentou.

– Viemos ver como você está. – Diggle disse se levantando e abraçando a loira ela a todo custo não tentou transparecer a dor que sentia ao mexer, não queria que Roy a continuasse lhe olhando com aquela cara de culpa.

Depois que Diggle sentou Felicity olhou para Roy a espera de algo ela a olhou questionando se auto perguntando se tinha algo de errado em seu rosto.

– O que foi?

– Estou esperando. – Ela disse seriamente para ele. Roy olhou espantado não sabendo do que se tratava olhando de Diggle para Oliver. – Vai ficar ai sentado mesmo? Nem ao menos um abraço irei receber?

– Não sei se é uma boa idéia.

– Levanta daí moleque. – Felicity bagunçou o cabelo dele o fazendo sorrir, ele se levantou e cuidadosamente abraçou a mulher. – Não foi culpa sua, nós sabemos muito bem o que aconteceu e não vou aceitar você jogar a nossa amizade pelo ralo assim.

– Eu apenas...

– Não foi nada, esses roxos vão desaparecer um dia e estarei novinha em folha. Não quero perder nossa amizade Roy, você esteve no meu lado quando precisei, você e o Dig. Devo dizer que fiquei surpresa naqueles dias, mas eu adorei ter me aberto com você. Vamos esquecer isso ok?

– Certo. – O garoto sorriu e abraçou a mulher novamente eles ouviram no fundo uma falsa crise de tosse falsa se iniciar.

– Certo, certo vocês já se aproveitaram demais da minha namorada acho que agora podemos manter uma distância respeitosa não é mesmo? – Ele brincou estar sério, porém ele não conseguia conter o sorriso por trás daquele falso ciúme. – Roy você fez muito por nós, e isso é uma maré ruim que irá acabar.

– É o que todos nós queremos. – Roy declarou olhando para Oliver.

A noite foi agradável, eles se mantiveram na sala, comendo comida japonesa que Diggle havia levado, quando os garotos foram embora Oliver arrumou as coisas enquanto Felicity escovava seus dentes, quando ela voltou para a sala ele estava sentado no sofá lendo uma mensagem qualquer, apesar da curiosidade Felicity não questionou, achava fofo o ciúmes de Oliver, mas não sentia-se bem em questionar sobre essas coisas.

Felicity sentou-se sobre as pernas de Oliver devagar para evitar sentir dor. Ela passou um braço em torno de seu pescoço e acariciou seu cabelo, afundou seu rosto no pescoço de Oliver sentindo o cheiro de seu perfume permanecendo ali por certo tempo. Oliver manteve uma de suas mãos no quadril da moça enquanto a outra passava correndo os longos fios loiros da mulher.

– O que foi meu anjo?

– Não é nada. – Ela disse levantando a cabeça e olhando nos olhos dele. Ele semicerrou os olhos tentando fazer uma jogada psicológica. – Não é nada, é sério só estou cansada, mas queria ficar um pouco com você.

– Você está carente Srta. Smoak?

– Apenas sentindo falta de ficar com o homem que eu amo, será que posso? – Ela brincou enquanto em seguida lhe era roubado um beijo.

– Claro que pode. – Ele beijou aquelas bochechas, seu pescoço até chegar a seus ombros e voltar a olhar para ela. – Você se casaria comigo, mesmo depois que esta loucura acabar?

– Se eu já estive com você durante o perigo o que me faria mudar de ideia e te largar quando tudo se acalmar?

– Eu não sei pessoas normais não agüentam a pressão. – Oliver deu de ombros.

– Está me chamando de anormal Sr. Queen? – Ela fingiu ofensa enquanto o homem sorria. Era típico da cara dela fazer uma brincadeira sobre algo tão sério.

– Você é diferente, no melhor sentindo claro. – Ele olhou para a gargantilha que ainda permanecia no pescoço de Felicity algo singelo e delicado tanto quanto ela. – Porque eu te amo tanto?

– Talvez porque ninguém resiste ao meu charme de garota super nerd. – Ela riu juntamente com o homem. – Eu faço a mesma pergunta em relação a você todos os dias.

– Somos tão diferentes, você, Barry, Ray, Cooper sempre tiveram algo em comum, mas eu não tenho nada que me identifique com você.

– Somos loiros.

– Isso não vale você pinta o cabelo.

– Não fique dizendo isso alto, ninguém aqui sabe. – Ele gargalhou antes de beijá-la novamente. – Na verdade temos bom coração.

– Eu já matei pessoas Felicity.

– Eu já pedi que você matasse pessoas Oliver, então acho que estamos no mesmo caminho. – Ela terminou tombando a cabeça para a direita e fazendo aquele seu clássico biquinho.

– Agora eu sei por que sou tão fissurado em te beijar. – Ele concluiu levantando-se com ela em seus braços caminhando para o quarto, com o pé empurrou a porta e colocou Felicity com cuidado sobre a cama lhe dando muitos beijos. Quando ele, enfim, se deitou ambos mantiveram-se abraçados até pegarem no sono, mal podiam imaginar que havia alguém logo no edifício à frente portando uma espada em sua costa que zelava pelo sono do casal.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Maior love esses dois não? Comentem e me deixe feliz que logo retribuo minha felicidade com outros capítulos. Bjos e até mais!