Você é minha droga escrita por Krueger


Capítulo 6
Yara




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Pov Joe:
Esperei impaciente todo o sinal, todos os intervalos e aulas para finalmente o ultimo toque soar. Guardei rapidamente todo o material na minha mochila e saí da sala desesperado. Ok, não era para tanto, mas eu queria reencontrar Clarice. Apesar de odiar admitir isso. Fiquei esperando a morena aparecer na entrada do colégio. Logo a vi. Esperei que ela viesse até mim, mesmo querendo ir até lá e agarrá-la.
–Pronto está contente? – perguntou abrindo os braços. – Agora pode me contar?
–Ainda estamos no colégio. – falei.
–Quer que eu vá com você para onde? Um motel? Só vamos conversar...
–Mas o que vamos conversar ninguém além de você, pode ouvir. – respondi e ela ficou sem palavras. Joe 1 X Clarice 0.
–Está confiando em mim? – ela pôs as mãos na cintura. – Porque tipo... Você deveria ter certeza primeiro que sou uma pessoa confiável, não pode sair por ai confiando em qualquer pessoa.
–Sei que não vai contar para ninguém. – falei pausadamente.
–Como tem tanta certeza? – perguntou ela levantando a cabeça e percebi uma marca de nascença em seu pescoço.
–Porque quer me beijar, do mesmo modo que eu quero beijar você. – ela corou e ficou tão sem graça que abaixou a cabeça para olhar para suas próprias mãos.
–Você não tem certeza. – disse.
–Se quiser podemos conversar no meu carro.
Ela levantou o olhar para mim e franziu a testa.
–Prometo não tentar nada. – falei.
Ela assentiu com a cabeça e caminhei em direção ao estacionamento seguido por ela. Meu carro estava numa das primeiras vagas então não foi muito longe, estranhei seu silencio. Ela deve ter ficado tão sem graça com minha resposta que ainda estava tentando raciocinar. Abri a porta para ela que se sentou, mas não tirou os olhos de suas mãos. Dei a volta e ainda pude ver de longe Santiago e uma ruiva conversando, estava na cara que os dois se gostavam. Entrei no carro e fechei a porta recebendo o olhar curioso de Clarice.
–Pode falar. – disse ela.
–Calma. – sussurrei. – Fale você primeiro.
–Falar o que? Você disse que ia me explicar, bom, estou ouvindo.
–Acreditaria se eu, por acaso, faço parte de um grupo de pessoas de um mesmo bairro unidas em prol da comunidade?
–Uma gangue? – ela foi bem direta.
–Uau. Não sabia que era tão informada assim...
–Joe... Os casos de assassinatos, roubos e tráfico são os mais comentados em toda cidade. – começou ela. – As pessoas falam muito de existência de gangues, mas de fato, nem a policia acredita que isso existe. Eu também jogo muito GTA.
Acabei rindo de sua sinceridade. Lá fora, os carros começavam a deixar o estacionamento da escola.
–Bom então acredita em mim?
–Eu acredito no que vejo. – disse ela. – Não vejo gangues nem nada disso. Então eu poderia dizer que não!
–E se eu te mostrasse?
–Porque a mim? Não precisa me provar nada.
–Preciso. Não quero que tire conclusões precipitadas. Quero te mostrar a realidade que você não “vê” e os motivos.
–Hum... Por que a mim?
–Porque você está afim de mim.
–Há Há Há! – Clarice fingiu uma risada. – Você é muito convencido, quem te garante isso?
–Eu, porque também estou afim de você.
Ela mordeu o lábio e olhou para frente. Estava confusa, mas nada do que eu estava dizendo a ela era mentira. E sei que ela também não estava mentindo para mim, numa coisa Clarice não era boa, mentir.
–Eu quero ir para minha casa. – ela moveu a mão para abrir a porta.
–Eu te dou uma carona! – falei antes que ela me deixasse. – Por favor, não me custa nada.
Ela escondeu seus lábios, porque diabos ela tinha essa mania de mover os lábios? Só aumentava minha vontade de beijá-los. Peguei a chave do meu bolso e liguei o carro, ela ficou em silencio evitando olhar para mim.
–Ok. – sussurrou.
Tive que sorrir satisfeito, Joe 2 X Clarice 0. Ela não falou nada o caminho inteiro, eu também evitei perguntar por que ela me deixaria no vácuo. Parecia a mesma cena da noite anterior, mas desta vez era diferente. Nós estávamos diferentes um com o outro. Quando parei na frente de sua casa, ela soltou seu cinto e já ia saindo.
–Espera. – falei.
–O que foi Joe? – perguntou sem olhar para mim. Confesso que fiquei com raiva e a peguei pelo queixo fazendo-a olhar para mim. Ela fez biquinho e suas sobrancelhas se arquearam como se estivesse fazendo uma expressão de fúria. – Me solta.
–Olhe para mim. Odeio quando não o fazem. – respondi. Ela mordeu novamente os lábios e não me segurei e já fui colando minha boca á dela. Desta vez ela retribuiu, deixou-me beijá-la e aprofundar o beijo. Senti sua língua encontrar a minha e ela parecia confusa, mas eu a conduzi. Continuei segurando seu queixo e senti suas mãos em meu cabelo, puxando os fios e os desalinhando.
Antes de me afastar e ter certeza de que ela não iria me ignorar novamente, mordi e puxei seu lábio inferior de leve porque não queria machucá-la, mas o desejava fazer. Quando nos separamos ela me fitou em silencio, seus olhos castanhos a denunciavam, ela gostou e queria mais.
–Não quis parecer grosso. – falei. – Mas nunca desvie seu olhar de mim.
–Eu também não quis parecer grossa. Mas eu não sei se devo confiar em você, Joe. Como saberei que posso?
–Não sei. Eu não sou uma pessoa confiável. – respondi sinceramente e ela riu. – Posso te ver de novo?
–Talvez... – ela agarrou sua mochila e abriu a porta do carro. – Vou pensar no seu caso.
–Clarice... – chamei e ela me olhou.
–Não me chame de Clarice, apenas Clary! – avisou e sorriu. Ela saltou para fora do carro me deixando sozinho com meus pensamentos. Fechei a porta, mas não me contive e fiquei olhando-a até ter certeza que ela havia entrado em sua casa.
Acabei rindo sozinho. Clary...

[...]

–Que bom que chegou! – disse Santiago quando atravessei a sala em direção a cozinha. Estava faminto.
–Sei que sentiu saudade! – falei e ele riu.
–Tem uma garota lá em cima. – disse ele. – Ela só quer falar com você e não vai embora se não o fizer.
Franzi a testa, quem estaria ali para falar comigo? Ninguém em especial e eu não tinha nenhuma garota no momento a não ser meu caso com Clary e como ela chegaria aqui antes de mim? Melhor, como ela saberia onde eu morava? Dei meia volta em direção ao corredor até a escadaria.
Quando cheguei ao final do corredor tive medo de quem encontraria quando abrisse a porta de meu quarto. Respirei fundo e abri a porta. Seus cabelos cacheados iam até a cintura, sua bunda empinada e ela estava de pé olhando fixamente para a janela, quando ouviu o rangido da porta ser fechada se virou e seus olhos negros encontraram os meus. Yara.
–Joe... – sussurrou ela abrindo um sorriso.
–Que merda você está fazendo aqui? – perguntei perplexo. Seus lábios se curvaram e ela sorriu docilmente, como uma criança inocente.
–Eu senti saudade... – respondeu. – Eu não agüentei esses dias longe de mim.
–Eu estou três dias longe de você. Acho que no máximo quatro. – cuspi. – Você disse que tinha acabado, e foi embora. Para longe de mim.
Ela se aproximou, mas eu recuei. Não queria sentir seu toque, nem seu cheiro novamente. Seu vestido preto e justo definia cada curva de seu corpo moreno e percebi uma marca roxa em seu pescoço. Uma marca que eu havia deixado antes dela partir.
–Me perdoa... – disse ela fazendo uma expressão triste. Sua chantagem emocional não ia funcionar, não comigo. – Eu errei...
–Então eu me faço uma pergunta, toda vez que penso na gente. Como uma garota que prometeu amor a mim, viveu dois anos ao meu lado, se vendeu. Vendeu nosso amor por dinheiro?
–Eu estou arrependida. Eu prometo. Eu juro. – suplicou. – Olha o que eu faço para você acreditar em mim?-Vai embora e nunca mais volta.
–Não...
–Por favor, Yara. Será melhor para nós dois.
–Não! – gritou ela e desta vez deixei que se aproximasse. Olhei para meus pés e evitei seu olhar negro. –Joe...
Sua mão tocou gentilmente meu braço e seus dedos foram subindo, ela acariciou meu pescoço e colou seu corpo ao meu, num abraço seus dedos já estavam na minha nuca.
–Eu te amo... – sussurrou em meu ouvido. – E sempre vou amar.
–Não minta...
–Uma despedida. E eu vou embora. – disse e desta vez olhei para ela. – Não me olhe assim, por favor.
Yara afundou seus dedos em meu cabelo puxando alguns fios me fazendo retribuir o abraço. Sua boca se juntou a minha e eu não pensei. Fui controlado por ela. Minhas mãos apertaram suas nádegas tão forte que ela permitiu que eu a levantasse, coloquei suas pernas ao meu redor fazendo-a ficar em meu colo e da mesma altura que eu. O beijo continuou e desta vez ela mordeu levemente meu lábio. Minhas mãos começaram a levantar seu vestido, apertando o interior de sua coxa enquanto ela gemia suavemente em meu ouvido.
Caminhei com ela no colo até se aproximar da cama onde a deitei gentilmente e me afastei para poder vê-la melhor. Yara mordeu os lábios daquele jeito que Clary fazia só que as duas nunca percebiam o que estavam fazendo e isso me deixava excitado. Ela abriu o zíper do vestido que se localizava na frente e se libertou dele revelando um lingerie também preto. Yara se sentou e abriu as pernas me puxando pelo cós da calça fez-me se encaixar entre ela.
–Eu não sei dizer não a você... – sussurrei.
–Eu também não sei viver sem você. – disse ela. Livrei-me de minha regata e me inclinei sobre ela que se deitou e eu por cima. – Transe comigo Joe...
Seus olhos negros me fitavam com certeza. Puxei uma mecha de seu cabelo fazendo seu rosto se juntar ao meu.
–Você vai embora depois?
–E nunca mais volto. – disse. Beijei-a com ferocidade, puxando os cabelos de sua raiz com força enquanto ela fazia o mesmo comigo. Apertei seus seios por cima do sutiã e queria que ela se livrasse dele de uma vez. – O sutiã abre na frente... – disse como se soubesse o que eu estava pensando.
Ela nos girou ficando por cima de mim e se inclinou para trás apoiando-se no meu peito. Mordeu mais uma vez os lábios e desta vez ela sabia o que estava fazendo, e sabia muito bem. Abriu bem lentamente o fecho do sutiã e me revelou nada mais que seu belo par de seios, e sorriu. Ela me beijou no pescoço e foi descendo seu caminho por meu peito, tórax e até minha calça onde teve a gentileza de abrir o zíper. Apertei suas nádegas tão forte que ela soltou um gritinho e encaixou sua cintura a minha.
Virei-nos novamente, mas desta vez assumindo o controle por cima dela. Eu já não agüentava de excitação e puxei o tecido de sua calcinha querendo livrar-la.
–Espera. – ela colocou sua mão sobre a minha, fazendo-me levantar a cabeça em sua direção. – É só isso que quer comigo não é?
–Isso o que? – perguntei confuso.
–Sexo. – respondeu. – Foi só para isso, e olha onde estamos. A ponto de fazer novamente e depois nos afastarmos.
–Você pediu.
–Eu sei... – começou ela. – Mas... Sinto que você só me deseja para isso, nunca me amou?
–Eu te amava e muito. Ha uma semana atrás. – respondi sua pergunta. – Eu daria minha vida por você, mas isso era antes. Agora você só serve para isso. Sexo.
Ela tentou me dar um tapa, mas segurei sua mão impedindo.
–Você é um monstro. – ela me empurrou e deixei. Levantou-se pegando seu sutiã e vestindo. – E me arrependo por vir atrás de você. – pegou seu vestido no chão e também o vestiu.
–Que bom... – foi à única coisa que falei. Olhei para o teto e bateu uma forte vontade de fumar. – Antes de ir, pega meu maço de cigarros ali na cômoda.
–Cretino. – ajeitou seu cabelo e se virou para mim. – Pode crer que eu não vou voltar.
–Assim eu espero. – respondi. Ela jogou o maço na minha cara e abriu a porta saindo furiosa e batendo logo em seguida.
Esfreguei meus olhos e bufei, eu ia transar com ela novamente. Mais é claro, eu ainda a desejo. Mas amar é outra coisa. Peguei um cigarro e acendi. Yara não merecia ter meu tempo para si novamente. Agora eu ia investir em Clary, e se ela me fizer de trouxa, vai acabar como Yara.[...]


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Notas finais do capítulo

Obrigado pelos comentários... Eles me deixam muito mais animada para postar.