Você é minha droga escrita por Krueger


Capítulo 46
Não.


Notas iniciais do capítulo

Capítulo dedicado a Gótica, que recomendou esta história e quer meu autógrafo,mas acho que não vai gostar da minha letra. Muahahahaha acho que ela é meia doida igual eu (P.s não falem isso pra ela)



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Pov Joe:


–Não. - disse cruzando os braços. Minha canela doía por causa da posição, eu não ia sair dali até ela aceitar.
–Ela armou. - implorei, acabei me levantando e sentindo lágrimas por meu rosto. Olhou-me surpresa.
–Eu nunca te vi chorar.
–Ta tudo bem. - sequei as lagrimas não querendo parece fraco. - Eu só estou com uma dor do caralho na perna e para ajudar você não aceita o meu pedido.
–Porque aceitaria? Você transou com ela.
–Eu não transei porra! - gritei furioso. - Eu... Saí da sua casa chateado, fumei um baseado e acabei indo procurá-la. Conversamos e eu caí no sono. Eu nunca te traí, Yara fez parecer que sim. Veio até te contar na esperança de que, com o nosso termino eu iria correndo de volta para ela. Eu não quero nenhuma mulher no mundo a não ser você.
–Eu não sei... Se devo confiar em você.
–Você atirou em mim! - gritei. - Se eu não te amasse a esse momento você já estaria morta. Não tem noção da dor que sinto.
–Ela não é maior que a dor que sinto aqui. - bateu em seu peito nu. O fato de estar apenas de sutiã e shorts jeans complicava nossa retaliação já que eu só conseguia pensar no que fazer com aquele corpo. - Agora sai da minha casa!
Larguei a caixa de aliança que caiu no chão.
–Eu te contei a verdade, se não quer acreditar o problema não é meu. - justifiquei pegando minha muleta e dando de costas. Saí de sua casa pulando para meu carro.
–Espera Joe! - gritou. Parei o meu caminho e sorri. Ela ia me perdoar, ela acreditou! Quando surgiu segurava um envelope em suas mãos. - Aqui está o dinheiro que me deu, pelo visto você precisa mais dele do que eu. - entregou-me e voltou para sua casa sem dizer mais nada. Sem ao menos olhar para mim.
Avancei para o carro furioso. Bati a porta e nem me preocupei com o Torino. Acendi um cigarro, só ele para ajudar a afogar as mágoas. Ela não iria acreditar a menos que eu trouxesse Yara arrastada pelos cabelos e a morena lhe confessa-se tudo. Maldita, joguei o envelope cheio de dólares no porta-luvas.
Resolvi ir para casa, a dor de minha perna não ajudava enquanto eu dirigia, seria melhor tomar um remédio e dormir para esquecer o desastroso pedido de casamento. Já no sobrado quando entrei minha mãe estava na sala sentada observando uma garota passar água oxigenada no cabelo de Luke.
–O que é isso? - pulei até o sofá e me sentei.
–Eu tô a fim de ficar loiro sabe? - disse Luke. A garota revirou os olhos. Era Pâmela sua namorada, ela também tinha os cabelos descoloridos. - O que foi na perna?
–O amor. - respondi e minha mãe riu.
–A garota dele atirou nele. - respondeu ela. Então todos na sala começaram a rir.
–Isso é novo. - disse Luke. - Você nunca recebeu um tiro de ninguém, nem do cara mais fodástico que pudesse lutar contra você. Ai de repente, sua namorada te dá um tiro.
–Noiva. - respondi. - Estamos noivos.
–Ela quis noivar com você? Depois de te machucar? Caralho que amor maluco! - comentou Pâmela.
–Como Yara entrou aqui ontem? - perguntei olhando para minha mãe, e mudando de assunto. Não estava querendo falar de meu relacionamento com Clary, ela ainda ia me perdoar.
–Yara? Eu não sei. Não a vi.
–Ela entrou aqui, com a ajuda de um Touro. - falei.
–O que ela veio fazer aqui? - perguntou Luke e a namorada puxou alguns fios de cabelo dele. - Ai... Que foi? Eu só perguntei por perguntar.
–Ninguém gosta daquela vaca. Ninguém que ame seu namorado. - respondeu Pâmela olhando-o furiosa. - Aquela lá não presta.
–Ela veio jogar na minha cara que acabou com o meu relacionamento com Clary por pura diversão e que eu iria voltar para ela correndo.
–Quem não voltaria? - perguntou Luke e em seguida Pâmela puxou seu cabelo com força. - Digo, que vadia, fez você terminar com a garota que ama por nada.
–Não por nada. Ela disse a Clary que transamos.
–E vocês transaram? - perguntou ele. Minha mãe revirou os olhos.
–Eu vou buscar seu remédio. - disse ela saindo da sala.
–Não. Mas ela fez eu e Clary pensar que sim. - respondi.
–Vou perguntar a Clary se ela pode me ensinar a dar um tiro em Luke. - disse Pâmela soltando o cabelo do namorado. - Na cabeça, não na canela! – ela caminhou a passos largos em direção a cozinha.
–Amor... Eu estava brincando! – gritou Luke na intenção de trazê-la de volta. – Mulheres...
–Ela tem razão. Yara é uma vadia que só destrói a vida dos outros como fez com a minha. - bufei. - Vou ter que levá-la até Clary para acreditar que não transamos e que podemos continuar juntos.
–Santiago disse que Clary pode ter transado com Kevin...
–Isso é mentira. Se eles tivessem transado ele jogaria na minha cara isso. - comentei. - Eu ainda tenho que quebrar a cara dele.
–Espera pelo menos a sua perna curar.
–Eu vou. - falei pensativo. – E depois provar a Clary que eu a amo.
–Isso ai. - ele se levantou e tocou o cabelo. - Acho melhor eu lavar isso.

Pov Clary:


Peguei a caixa de alianças no chão com as lágrimas nos olhos. Porque tudo tinha que ser tão complicado? Ele me traiu com aquela piranha e ainda vem com a maior cara de pau me pedir em casamento?
Como podia? A aliança feminina tinha o nome dele gravado: Kurt Slater e a frase: Você é minha droga. Coloquei-a no dedo do meio, ficava bonita em mim. Tinha uma pequena pedra cravada. Merda... Eu tinha que desculpá-lo. Ele fez questão de casar comigo! "Isso não significa nada, ele pode casar com você e continuar te traindo sua chifruda!" Ralhou minha subconsciência. Isso era verdade.
Esqueci da aliança no dedo, e joguei a caixa no sofá. Depois de um longo banho, vesti uma regata branca e o mesmo short jeans, saí com a chave da moto em mãos e o cartão de crédito de minha mãe. Desta vez não esqueci meu celular, disquei o número de Anne.
–Alô? - ela parecia estar em alguma festa. - Clary?
–Onde você está? - perguntei confusa. Subi na moto e fiquei um tempo olhando para a rua, Joe havia levado o seu Torino, que bom, ficar olhando para aquela lataria não me ajudaria em nada.
–Ah... Bem... Assistindo um filme aqui em casa.
–Ótimo, pegue sua melhor roupa e seu cartão de crédito. Vamos as compras. - avisei.
–Você está falando sério? - ela pareceu engasgar. - Você jamais gastaria dinheiro assim à toa.
–Amanhã é a festa dos Veteranos. Acho que preciso, de uma roupa bem sexy para encontrar um cara. - observei aquele carro preto que estava ali desde semana passada. - Anne seus pais nunca vão tirar esse carro da frente da casa de vocês?
–Que carro? - ouvi barulho de portas sendo batidas, devia estar procurando alguma roupa.
–Uma BMW negra. Tipo um sedan, sei lá... - encolhi os ombros.
–Meus pais não têm sedans. Nem da BMW. - disse rindo. - Ah... O carro que esta faz uma semana parado ai na frente?
–Sim. - falei olhando fixamente para o mesmo.
–Não sei de quem é. Deve ser de algum vizinho... Não faço a mínima idéia.
Estreitei os olhos, que coisa estranha. Acendi um cigarro e fiquei tragando-o, Anne apareceu com aquela sua aparência de Barbie vai às compras. Olhou para a moto com a testa franzida.
–Você poderia apagar isso? - pediu olhando para minha mão. Bufei e o joguei na rua. - Obrigado. - sorriu. - Agora me explique por que... Está indo gastar dinheiro para uma festa atrás de um cara. Sendo que você, você mesma Clarice Krueger, já tem o Joe.
–Não fala daquele filho de uma pu... - parei no mesmo instante. - Ele me traiu com aquela vadia!
–Yara?
–Não... Minha avó. - falei irônica.
–Sua avó transou com Joe?
–Não né Anne? - engoli em seco. Estava prestes a chorar. - E o desgraçado ainda me pediu casamento achando que eu o perdoaria.
–E você perdoou. Olhe para seu dedo. - apontou e depois riu. - Clary, Joe jamais trairia você! A maneira que ele te olha... Santiago nunca olhou para mim assim.
–Pare... Ele me enganou.
–Clary... O cara tem mil motivos pra querer ver você morta, enterrada. E ao contrário está lhe apoiando mesmo odiando seu pai. - e continuou falando. - Te ama e pelo que sei, já deixou claro isso.
–Anne... A vadia fez questão de jogar na minha cara isso e sorrir. Se não estivesse feito sexo com Joe... Não teria me contado com toda aquela autoconfiança. - cuspi. - Ah... Só de imaginar ele, com ela fazendo tudo o que fez comigo...
–Pare! - colocou a mão sobre a minha. - Eu boto a minha mão no fogo por Joe.
–Pensei que fosse a minha melhor amiga, não a dele! - afastei minha mão furiosa.
–Eu sou a sua melhor amiga! Pensa porra... Se ele quisesse aquela vaca, estaria com ela. Levaria esse anel no seu dedo pra ela, não pra você.
–Eu quero ver ele olhar nos meus olhos e dizer que não foi atrás dela. Se ele o fizer, eu acredito. - liguei o motor. - Vamos embora.
–Diga antes que vai perdoá-lo. - sugeriu. Na verdade acho que foi um tom ameaçador. - O coitado não merece sofrer.
–Caralho, eu mereço? - indaguei. Estava escurecendo e poucas estrelas se viam no céu.
–A escolha é sua. Viver sofrendo ou perdoá-lo.
–Como você perdoou Santiago depois de ele te trair várias vezes? - perguntei levando meu olhar para si, e ainda prestando atenção na rua vazia.
–Eu também traí ele. É um namoro liberal. - justificou e fiquei com vontade de bater meu rosto na lataria da Cuevitto.
–Vou imaginar que não ouvi isso e fingir que estamos indo fazer comprar porque somos patricinhas e retardadas.
–Gostei.
–Ótimo. Então vamos? – ela subiu com dificuldade na moto e agarrou-se fortemente na minha cintura.
–Se eu cair, eu processo você Krueger.
–Relaxa. Eu nunca carreguei ninguém, então não se preocupe.
–Ah... – gemeu. – Isso ta ficando cada vez pior.


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