Você é minha droga escrita por Krueger


Capítulo 45
Quer casar comigo?




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/570756/chapter/45

Pov Clary:

–Quer matar Joe só porque o odeia? - perguntei-lhe.
–Ele merece. Você viu, e ouviu. Ele te traiu como ainda pode aceitar isso? Vou matar Yara também.
–Não. Ele foi procurar ela. - falei com nojo.
–Quem abriu as pernas foi ela. Eu vou matá-lo, os dois merecem.
–Ele disse que você ia matar Owen e a mim. Por qual motivo?
–Acredita naquele mentiroso que te enganou? Eu jamais faria mal a você Clary, nem a nosso pai! – disse ofendido.
–Eu quero que pare o carro agora. - falei quase gritando. Seus olhos negros pairaram sobre mim, ele parou o carro bruscamente e quase voei de cara para o vidro.
–Aqui no meio do nada? - olhou pelas janelas. - Ah você quer transar aqui? O Porsche é pequeno para isso... - em seguida riu.
–Eu não quero transar, não com você. - falei abrindo a porta. - Somos irmãos entendeu? Apenas isso.
Saí do carro agarrada a minha mochila. Ele saiu cantando pneu, com um carro daqueles quem não fugiria em alta velocidade? Frustrada, na beira da estrada apenas com meu celular e mochila, acabei sentando-me perto do acostamento numa pedra.
Eu atirei em Joe! Nem eu acreditava nisso, me sentia péssima por deixá-lo lá sem ajuda. Ele mereceu me traiu com Yara aquela piranha. Disquei o número de Anne.
–Clary? Oi, hoje você não foi pra escola comigo o que houve?
–Agora eu tenho um carro esqueceu? - suspirei. - Está na hora de você me retribuir aquele favor, eu estou na auto-estrada a caminho da rodovia. Pode vir?
–Isso é longe sabia?
–Anne. Eu te busquei naquela noite, não acha que está na hora de fazer o mesmo por mim?
–Estou indo. - disse antes de desligar. Fiquei exatamente, quarenta minutos a sua espera. Nenhum carro, nenhum ser vivo passou naquela maldita estrada. Sem nada para fazer joguei algum jogo em meu celular ou fiquei olhando para a foto do WhatsApp de Joe... Porque ele tinha que me trair?
Anne chegou num dos carros de seus pais. Uma Bulgatti completamente negra, acho que fiquei com o queixo caído quando "o" carro parou a minha frente.
–Eu sei... - disse ela descendo. - Eu sei... Não tive escolha era o único carro que tinha chave no porta luvas. Eu ia pegar um mais simples tipo o Camaro, mas não deu.
Claro, o Camaro é um carro tão simples que qualquer pessoa pode comprar... Como não percebi isso?
–Entendo. - levantei minha bunda já dormente de ficar naquela maldita pedra e entrei no carro. Uau. Eu quero um desses, já sei o que pedir de aniversário a Owen. Coloquei o cinto e Anne entrou no banco do motorista. - Oi amiga.
–Antes de eu sair daqui. - disse desligando o motor e as luzes dentro do carro acenderam. Que isso? - Vai me explicar. Da mesma maneira que fez quando me pegou aquele dia.
–Você estava em casa?
–Tava afogando as mágoas. Acredita que Santiago foi para uma festa sem mim? - e rapidamente ela se esqueceu do problema "eu" para começar a falar todos os defeitos dele e o quanto brigavam. Ele punha cifres nela e vice-versa, que namoro perfeito!
–Pensei que queria saber o que aconteceu comigo.
–Ah sim. Desculpe, fala.
–Eu, fui pra escola... Um dia como os outros não? Descobri que Joe me traiu com aquela siliconada da ex dele! Sabe como fiquei? - perguntei não dando brecha para ela responder. - Péssima. Na saída quando o encontrei terminei tudo o que tínhamos e até lhe entreguei o terço que me deu.
–Ele te deu um terço? - ela franziu a testa confusa. - Você nunca disse nada.
–Isso importa agora? Não. - eu estava furiosa. - Acho que você vai ter que dirigir enquanto eu te conto tudo.
–É melhor. Porque da ultima vez que você me contou alguma coisa, Joe havia descoberto que você era filha de Owen e vocês pareciam um casal na noite do sobrado.
–Isso ai foi só o começo da confusão... - comecei a lhe dizer tudo enquanto ela ligava o carro e retornava para casa.
Falei de tudo, desde o meu plano para não deixar que Joe e Owen se matassem até ali, abandonada na estrada. Anne ficou quieta enquanto eu falava sem parar.
–Uau! - disse parando num sinal vermelho. - Você atirou em Joe... Eu tenho uma amiga gângster! - pulou no banco de alegria. Eu sabia que ela pouco se importaria com as conseqüências, e todas as confusões, apenas com o fato de eu ser uma gângster agora.
–Okay. - suspirei olhando pela janela. Santiago e um grupo de garotos de vermelho e preto andavam a caminho de alguma coisa na calçada ao meu lado. Pararam para apreciar o carro. -Anne... - cutuquei-a. - Não é Santiago ali?
–Onde? - ela seguiu meu olhar e desligou o motor no semáforo! Saiu apressadamente do carro e eu apenas a segui. O sinal ficou verde, a sorte era que aquela avenida era pouco movimentada.
–Santiago Rodriguez! - gritou ela. Os garotos pararam de andar e se viraram para trás. - Onde pensa que vai?
–Anne e Clary? - ele franziu a testa. Encostei-me no carro. - Esse carro é seu? Posso dar uma volta?
–Não é meu não. É da Anne.
–Sabe você devia perguntar tudo bem amor dormiu bem? - ironizou Anne. Santiago sussurrou algo para os garotos que foram embora, ele se aproximou de nós.
–An, não se deve andar por aqui com um carrão desses... - alertou ele. - Desculpa não ter falado com você o dia todo... Aconteceram altas tretas.
–Altas tretas? - questionou Anne pondo as mãos na cintura. Se prepare Santiago para apanhar. - Que tretas?
–Começando por sua amiguinha ai que atirou em Joe. - cuspiu ele olhando para mim. - E deixou o cara sem socorro na porta da casa dela.
–Você fez isso Clary? - perguntou ela olhando-me. O quê? Eu havia lhe contado tudo durante o caminho, como eu havia previsto ela só se interessou pela parte de "tenho uma amiga gângster". - E se ele morresse?
–Ai Jesus! - olhei para o céu estrelado. - Eu te contei. E deixei mesmo, ele mereceu o tiro, ficar sem socorro e os bons socos que Kevin lhe deu.
–Kevin estava lá? - perguntou Anne não entendendo mais nada. Como ela podia ter se esquecido de tudo o que contei? Revirei os olhos, peguei um maço de cigarros no bolso e acendi um.
–O assunto aqui não sou eu. São vocês esqueceram? - dei de ombros enquanto tragava. Os dois se aproximaram.
–Você ia mesmo a essa festa sem mim? - perguntou ela. - Se fizer isso de novo, eu vou pedir para a Clary atirar em você.
–Você não atendeu o celular.
–Mais que porra Diamond. Você primeiro me manda um áudio no Whats dizendo que vai a uma festa sozinho e não é para eu encher seu saco. Depois espera que eu lhe responda e ainda atenda suas ligações? - jogou na cara dele. Esqueceram que eu observava tudo. Pelo menos eu não estava segurando vela.
–Amor... - ele tomou o rosto dela em suas mãos. Ela ia derreter e esquecer isso ia perdoá-lo e eu ia segurar uma vela não de seis metros, de cem.
–Eu tô aqui. - avisei soltando a fumaça. Os dois reviraram os olhos, e An se soltou das mãos dele.
–Eu vou com Clary para a casa dela. - disse se afastando.
–Anne. - chamou. - Vamos comigo para a festa.
–Não, você não queria ir sozinho? - ela olhou para mim como se dissesse "É assim que se faz de difícil". Entendi o recado dirigindo-me para dentro do carro. - Vá!
Alguns carros já faziam fila atrás de nós buzinando. O sinal já estava vermelho de novo, quando An entrou e deu partida, as luzes do semáforo ficaram verdes.
–Então... É assim que se faz amiga. - elogiei fumando dentro de seu carro caro.
–Claro, temos que mostrar que não somos idiotas. - disse colocando o cinto e acelerando de volta ao nosso bairro.
–Você poderia correr com essa máquina. - avisei. - O que acha?
–Se prepare para desfrutar da alta velocidade. - ela pisou com tudo no acelerador.
Em cada curva e cada semáforo passávamos sem ao menos parar ou diminuir a velocidade. Eu já estava ficando com medo de que Anne batesse ou provocasse um acidente, acho que ela entendeu pela minha cara de assustada grudada ao banco a cada freada que ela dava. Quase me jogava contra o vidro.
Dirigiu normal quando estávamos chegando a minha casa, o cigarro acabou durante uma curva e joguei o resto pela janela. Desci do carro na frente de seus portões e me despedi com um simples obrigado afinal ela não fez mais que a obrigação dela. Atravessei a rua pronta para me deitar na minha confortável cama.
Ao entrar em casa, percebi que havia um bilhete de minha mãe avisando que ela e Owen chegariam Sábado. Avistei um cartão de créditos, com a senha no bilhete. Ótimo, fome eu não ia passar.
Subi a escada exausta, era muita emoção para apenas um dia. Tomei um banho antes de ir dormir, foi meio impossível já que a imagem de Joe sofrendo com aquele tiro não saia de minha cabeça. Será que ele mereceu a lição? Nem sei por que estou me importando, tinha Yara para ajudá-lo e eu... Ninguém, de fato eu não queria ninguém além dele.
No dia seguinte, fui para a escola e encontrei Henrique e os outros garotos. Conversa vai, conversa vem descobri que no fundo até os gângsteres tinham sonhos. Peguei meu último boletim na secretaria escolar dizendo que eu havia passado de série, nem Joe nem Anne foram à aula hoje. Voltei para casa sozinha, e o carro de Joe ainda estava na frente da mesma. Pensar nele não estava ajudando.
Joguei videogame a tarde inteira já que com a nova televisão tinha uma ampla visão do meu jogo favorito Watch Dogs, estava calor e retirei a regata que usava (só havia eu na casa). A campainha tocou, e pouco me importando se estava usando apenas sutiã fui atender. Quando a abri quem esperava do outro lado me surpreendeu.
–Podemos conversar? - perguntou Joe sem tirar seu olhar do meu. E quando o fez acho que gostou de me ver seminua porque nem disfarçou seu olhar de meus seios.
–Não a nada que você me diga que me faça mudar de idéia. - alertei pronta para fechar a porta em sua cara.
–E se eu disser que nunca te traí que tudo foi fruto de uma mentira de Yara?
–Porque eu acreditaria em você? - perguntei e em seguida ele retirou algo do bolso de sua calça jeans. Percebi que estava usando muletas para caminhar. Uma caixinha aveludada e vermelha surgiu em suas mãos. Não... Não seja o que estou pensando.
–Porque eu comprei isso, e agora eu não tenho dinheiro nem para a gasolina do meu carro. - ele abriu a caixa e um par de alianças de ouro brilhou. Ajoelhou-se. Não! Se ele pensa que com essa chantagem emocional, eu o perdoaria estava enganado. - Quer casar comigo?
Oh, acho que fiquei boquiaberta.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Uhu... Sera que Clary vai desculpa-lo??
Gente minha nova fanfic passem lá: http://fanfiction.com.br/historia/594271/ImPerfeitos/