Você é minha droga escrita por Krueger


Capítulo 43
Vamos transar!




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Pov Clary:


–Mãe! - desci da moto e fui correndo ao seu encontro na frente da mansão, ela me apertou em seus braços e acariciou meus cabelos. - Que saudade.
–Estamos longe uma da outra há apenas um dia. - disse me soltando. - O que foi? Que cara é essa?
–Eu e Joe terminamos.
–De novo? - perguntou franzindo a testa. - E esse namoro só tem menos de uma semana...
–Não. Daquela vez foi um tempo. Agora foi sério. - expliquei e minha mãe entendeu o que eu queria dizer.
–Por causa de Owen?
–Não. Ele me ama, ou talvez tudo seja uma grande mentira. Acho que ele nunca amou... - confessei caminhando para dentro da casa. Ouvi seus passos atrás de mim. - Me traiu com aquela vadia do restaurante.
–Yara? - ela cerrou os punhos. - Vou esquecer minha postura de pacífica e dar na cara dele. Como ousou tirar sua virgindade, te enganar e agora te trocar por aquela siliconada?
Acabei rindo de sua expressão de "Eu sou a mãe mais perigosa daqui".
–Mãe... Eu vou esquecê-lo. A gente só aprende com nossos erros não acha? - a sala estava vazia e estranhei. - Onde está Owen?
–Ele saiu. Disse que ia transferir um pouco de dinheiro para nossa conta, vamos nos casar em Las Vegas amanhã. - disse animada e deixando para trás o assunto de Joe. - Agora que ele deixou essa vida de chefão finalmente podemos nos tornar uma família.
–É... - concordei sentando no sofá branco. - Vai morar aqui?
–Sim. - ela sorriu. Era tão bom voltar a ver em minha mãe aquela ansiedade e saber que estava amando, desta vez, o homem certo. - Você também.
–Mãe eu acho que vou... Pra casa dormir... - falei pensativa. - Não quero atrapalhar vocês.
–Durma aqui. - sentou ao meu lado com a esperança de minha companhia. No fundo, não me queria ver chorar por Joe. Eu precisava chorar por ele. - Lá você vai ficar sozinha.
–Tudo bem... Eu não me preocupo. - sussurrei analisando aquela enorme sala de estar. Aquela era a minha casa agora. - Eu só quero paz.
–Sei que quer chorar sozinha, você sempre foi assim. Quando estava triste e queria afogar as mágoas, se trancava no quarto e chorava até sentir fome. - disse preocupada. - Só saía para roubar comida na cozinha.
–Mãe... Eu gosto daquele cachorro desgraçado. E ele vai e me traí? - questionei confusa. - Eu nunca o traí, apenas omiti algumas verdades não sai transando com caras por aí.
–Eu sei amor... - ela acariciou meu cabelo. Eu gostava do carinho de minha mãe. - É a mesma coisa que senti quando Owen engravidou a mãe de Kevin.
–Enquanto vocês namoravam? - perguntei confusa. Meu pai parecia tão apaixonado por ela que isso parecia distante.
–Sim. Ele replicava dizendo que estava bêbado e ela se aproveitou e acabaram na cama. Depois de um tempo percebi que isso não importava, já que eu também estava grávida de você. Não queria te criar sem pai, acabou sendo assim.
–Eu vou chorar. - levantei. - Eu preciso ir para casa, chorar.
–Clary...
–Tudo bem. Se eu passar fome, é só ligar para Kevin que ele leva comida. Parece ser uma das únicas pessoas que se preocupa comigo.
–Tudo bem. Quer que eu te leve até lá fora?
–Não. Quando voltar de seu casamento em Las Vegas... Manda-me uma mensagem que venho correndo ver meus pais. - avisei antes de entrar no corredor que me levava para fora da mansão.
Enquanto subia na moto e preparava para sair, vi minha mãe acenando atrás das enormes paredes de vidro. Retribuí o gesto antes de acelerar para fora de lá.
Ao parar em frente a minha casa, o Porsche de Kevin estava estacionado e ele encostado à lataria. Esperava-me.
–Oi. - disse esmagando seu cigarro com o pé. - Demorou a chegar.
–Desde quando eu te devo satisfações? - perguntei cruzando os braços. O sol já se punha do outro lado da rua, passei o dia todo em cima da minha moto tentando afogar as mágoas batendo em algum carro. Nada deu certo.
–Bem... - ele molhou os lábios e sorriu daquela maneira maliciosa. - Soube que terminou com Joe.
–E veio se oferecer? - perguntei franzindo a testa. - Para quê?
–Para lhe prestar ajuda. - se aproximou me abraçando contra a minha vontade. Nem retribui, continue parada. - Que foi Clary?
–Eu não sou gostosa. Não como ela. - confessei pensando naquela piranha. - Por isso ele me traiu.
–Não... - ele afagou meus cabelos e acabei chorando e retribuindo seu abraço. - Ela é uma puta e você a garota ideal. Ela é a garota que os caras só querem para se divertir e você, aquela que todos querem para casar.
–Se eu sou aquela para casar, porque ele tem que me trair? Se eu sou a ideal, porque ele a procura? - continuei falando e pouco me importando se estava chorando nos braços de meu irmão tarado. - Por que...
–Eu jamais trocaria você por Yara. Jamais. - ele estava falando aquilo que eu queria ouvir e isso me irritou. Era como Joe, sabia usar as palavras a seu favor
–Me faz um favor? - perguntei me afastando e secando as lágrimas com as mãos. Kevin franziu a testa confuso.
–Claro. - disse sem nem questionar o que eu queria.
–Me leva para a cama. - pedi. Seus olhos se arregalam e ficou boquiaberto, nem eu acreditava que estava pedindo aquilo.
–O que... Você bebeu? - agarrou meus cabelos me puxando para perto e observou cada parte de meu rosto, fitou meus olhos fixamente. - Está se drogando?
–Não. - resmunguei sentindo que queria voltar a chorar. - Eu tenho certeza que quero isso.
–Você disse que não iria para a cama antes de casar.
–E não iria. Mas já fui. E do que adianta lamentar agora? Eu já fui e me arrependo de ter achado que eu podia me casar com ele. - continuei confessando tudo. O que sentia, pensava e até acreditava. - Por favor. - fitei aqueles olhos negros. - Eu estou te pedindo que faça isso.
–Eu não vou transar com uma desesperada. - disse ainda segurando em minhas bochechas com as duas mãos toda a atenção estava concentrada nele. Seus olhos brilhavam. - Se ela realmente não quiser.
–Eu quero! - gritei furiosa. - Agora. Você vai entrar comigo naquela casa agora e vamos para o meu quarto.
–Tem certeza?
–Eu preciso tirar a roupa aqui no meio da rua para provar que quero? - eu estava solteira. Não tinha nada a perder, e queria realmente provar para mim mesma que tudo o que me atraía em Kevin era invenção de minha diaba interior.
–Larga ela! - alguém gritou. Afastei-me bruscamente de Kevin e olhei em direção a voz. Era Joe, estava terminando de atravessar a rua até nós.
–O que faz aqui? - perguntei confusa. - Vai embora.
–Eu não vou. - ele se aproximou a passos largos. A mão fechada como se fosse acertar um murro em alguém... Passou me empurrando e acertou o rosto de Kevin com fúria. Meti-me no meio dos dois afastando-os.
–Vai embora Joe. - gritei-lhe.
Kevin lambeu os lábios se recompondo do soco em seu rosto, e sorriu descaradamente para provocar Joe.
–Vocês iam transar? - perguntou, aqueles azuis profundos me encararam esperando uma resposta. - Ia abrir as pernas para ele?
–E se eu fosse? - respondi com outra pergunta. Continuou me encarando furioso. - Eu e você não temos mais nada. E Kevin, se preocupou comigo.
–O quê? - Joe riu. Ele olhou para o outro ainda com os punhos prontos para outro soco. - Depois de tudo o que vivemos?
–Tudo o que vivemos? - questionei furiosa. - Eu te dei amor, e o que fez? Foi comer Yara!
Kevin riu. Ambos olhamos furiosos para ele que me empurrou e se prostrou de frente a Joe. Um fitando o olhar de outro, as mãos prontas para uma briga. E eu queria que brigassem, queria saber quem ganharia. Por mim.
–Ela merece amor e carinho não traição. - disse Kevin e apenas reparei no movimento das veias no pescoço de Joe. Dei um passo para trás.
–Merece você? - cuspiu Joe ainda furioso. Ele não ia se acalmar tão cedo. - Não é capaz de ser sincero numa amizade, ia me matar, matar Owen, matar Clary resumindo... Todo mundo, por causa de um maldito dinheiro?
Matar-me? Como assim?
–Então Yara te contou a verdade? Que bom que ela fez isso, me tirou um peso das costas. Agüentar você. - retrucou Kevin sorrindo. O que estava havendo? Franzi a testa confusa.
–Você foi atrás de Yara? - gritei referindo-me a Joe. - De novo?
–Não fui fazer sexo com ela, fui matá-la. - respondeu me olhando. Nesse instante de distração Kevin acertou-lhe um soco, que pareceu bem mais forte do que aquele que recebeu.
–Droga! - gritei empurrando-o para longe de Joe que caía no chão inconsciente. Aquilo deve ter doído para caralho (desde quando eu uso esse termo?). - Porque fez isso?
–Ele me bateu primeiro. - retrucou sorrindo. - E ainda por cima matou Yara.
Abaixei-me ajudando Joe a se levantar. Ele abriu os olhos e um pouco de sangue escorria de seu nariz. A esse ponto a luz do sol já havia ido embora.
–Eu não matei ninguém, apenas a pressionei a dizer a verdade. - resmungou se soltando de mim. - Me larga Clary.
–Eu estava tentando ajudar. - falei.
–Vaza garota, eu e Kevin temos que resolver isso. - disse limpando seu nariz com as costas da mão direita.
–Ela fica. - disse o moreno me encarando. - Não quero esconder nada de Clary.
–Ok. - disse Joe se recompondo. - Ela fica para ouvir o quanto você é sujo, o quanto uma gota no meio do mar vale mais que você Kevin. Queria me matar...
–Porque seria mais fácil para eu matá-lo do que ter que lidar com você. – interrompeu Kevin ainda sorrindo. – Você estragaria meus planos.
–Hipócrita. Eu te ajudei na infância. - cuspiu Joe. Naquele momento pouco se importavam se eu estava ali ou não. - Quando a vadia da sua mãe morreu e Owen sumiu do mapa, teve que morar comigo e com Axl. Minha mãe te criou como um filho e te consideramos um irmão. E você... Filho de uma puta manda aquela vadia me matar? Oferecendo luxo a ela?
–Porque não? - Kevin deu de ombros e Joe soltou ar pelo nariz, isso significava uma coisa. Eles iam voltar a se bater. - Você se tornaria um risco, depois de matar Owen assumiria os Touros e isso... Ameaçaria-me e todo o dinheiro ganho. Se eu te matasse, faria uma aliança com Santiago que é covarde demais para assumir uma gangue e tomaria os Touros e Romenos para mim. Seria o cara mais poderoso da cidade.
Joe avançou e nem me preocupei. Fiquei bocejando enquanto ambos se batiam, rolando pelo chão. A rua estava vazia como sempre, os únicos carros que avistei foi o Porsche, o Torino escondido atrás de uma árvore na frente da casa da Senhora Joshua e por último aquele sedan preto que não saía dali nas últimas semanas. Voltei minha atenção para os meninos que agora já estavam tentando pegar suas armas. Era hora de interferir.
Meu revólver estava na mochila. Corri para minha moto e o peguei apressadamente, mirei para um dos dois.
–Parem ou eu atiro. - gritei.
–Nunca. - disse Joe antes de acertar outro soco em Kevin. - Você jamais faria isso.
–Está duvidando? - perguntei com a mão tremendo sobre a arma.
–Sim. - desta vez quem o acertou foi Kevin.
–Atira nele. - gritou o mesmo. - Ele te traiu com Yara, eu não fiz nada.
–Clary não escuta esse desgraça... - mais um soco em seu rosto. Ambos já sangravam. – Ele quer que você morra para tomar toda a sua herança!
Apertei o gatilho antes que me arrependesse. O tiro acertou a canela de Joe que gemeu de dor. Kevin se soltou dele e levantou-se olhando para mim com um sorriso no rosto.
–É isso ai.
–Droga. - gritou Joe passando sua mão por cima do machucado. - Você vai se arrepender Krueger!
–Vem. - eu ainda estava paralisada, quando senti a mão de Kevin puxar a arma para si. Ele a guardou na cintura e me puxou pelo braço. - Vamos sair daqui.
–Krueger. - gritou cheio de dor, Joe. - Não. O inimigo é ele não eu.
–Adeus Joe. - falei antes de entrar no Porsche. Kevin ligou o carro apressadamente e saiu acelerando com tudo. Era meu irmão como poderia querer me ver morta? Devia ser mais uma das mentiras de Joe, para que eu voltasse consigo.
–Alguém vai ligar para a polícia. - disse ele olhando para o retrovisor preocupado, em seguida riu. - Não acredito que atirou nele.
–Nem eu acredito. - olhei para minhas mãos.
–Não se preocupe, ele aprendeu a lição e eu também.
–Que lição? - perguntei confusa.
–Que não se deve duvidar de Clarice Krueger. Nunca. - ele virou o carro bruscamente numa curva. E cai contra seu corpo. Droga, porque estávamos fugindo?
–Eu não devia ter atirado nele. Ele estava furioso comigo.
–Não. Você fez o certo, ele te traiu e a mim também. Yara e eu estávamos noivos. - disse mostrando uma aliança de ouro em seu dedo.
–Ah... - suspirei com dó ou pena ao mesmo tempo. Então me lembrei que ele havia pagado a ela para matar Joe. A cicatriz na costela. - Porque queria matar ele?
–Ah... Eu sempre odiei Joe. - cuspiu virando novamente em outra curva. - Não se preocupe agora eu vou deixá-lo em paz. Não apresenta perigo nenhum, agora que você criou o Acordo de Paz. Se me matar vai pagar com a própria vida esqueceu?
Claro que não esqueci, eu criei essa regra exclusivamente para acabar com mortes desnecessárias. Naquele momento eu não sabia se devia confiar em Joe ou em Kevin. Joe me traiu e Kevin só queria o meu bem. Ele não tinha motivos para me fazer mal.
–Para onde estamos indo? - perguntei olhando pela janela. Aquele caminho eu não conhecia, onde meu irmão estava me levando?
–Para a cama. - respondeu sorrindo Ser


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Notas finais do capítulo

Será que eles vão ou não para a cama? Não perca o próximo episodio desta emocionante série.... Muahahahahaha