Você é minha droga escrita por Krueger


Capítulo 41
Um par de alianças


Notas iniciais do capítulo

Como prometi ai está mais um capitulo cheio de tretas. Não me matem.



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Pov Joe:


Tive uma longa noite de sono. Eu precisava descansar e colocar alguns pensamentos em ordens, ainda processava o fato de Clary ter se tornado uma gângster melhor que eu ( na inteligência). Levantei e já eram onze horas da manhã, tomei um banho e troquei de roupa. Uma calça jeans preta que comprei durante a viagem, e uma das varias regatas brancas que eu tinha. Um boné virado para trás vermelho e suspirei. Ela tinha salvado a minha vida, mesmo amando Clarice com toda certeza, eu tinha um pé atrás se realmente não estava com Owen contra mim.
E se estivesse, eu estaria morto. Afastei essa idiotice de minha cabeça e peguei as chaves de meu Torino. Ao passar pela sala do sobrado, alguns Touros jogavam videogames com alguns Romenos. Em outra época aquilo seria loucura de se imaginar, e veja o que Clary fez, uniu-os. Santiago saiu da cozinha com um sanduíche na mão gritando que era a vez dele. Quando me viu, deu de ombros e correu até o hall.
–Joe.
–Tudo bem? - perguntei preocupado. Afinal o pai dele estava morto.
–Sim. - respondeu sorrindo. - Eu odiava aquele velho mesmo. Agora a gangue é sua.
–Eu não quero, o que não me pertence. - falei deixando uma mão em seu ombro e apertando. - Isto é seu, esses caras vão obedecer você não eu.
–Eu não consigo, e você sabe disso.
Sorri torto. Santiago não era covarde, pelo contrário. Enfrentava os problemas com frieza, principalmente para matar. Não era um ótimo atirador, porque gastava seu tempo fofocando como uma mulher do que treinando sua mira ou seus golpes. Mas tinha a inteligência ao seu lado.
–Você tem capacidade para ser chefão do tráfico de todo o país. - falei.
–Isso é impossível.
–Viu? Por isso que você tem que ser o líder. Você sabe dessas coisas eu não. - ele riu.
–Quer sanduíche? - me ofereceu.
–Não. Eu vou cuidar de algo bem melhor... Clary. - falei caminhando para a porta.
Parei o carro na frente da joalheria. Eu tinha algum dinheiro guardado, do pagamento que recebi daquele carregamento de drogas. Quando entrei os olhares desconfiados e até ameaçadores de todos os funcionários e alguns clientes foram para mim.
Aproximei-me do balcão de alianças em busca da mais bonita.
–Posso ajudá-lo? - perguntou uma loira sem expressão. Calma, eu não vou te assaltar! Não hoje.
–Ah sim... - apontei para um par de alianças com o preço que eu podia pagar. - Aquelas.
Ela riu de deboche.
–Você não tem dinheiro para isso. São três mil dólares. Tem certeza?
–Tenho. - falei sorrindo. Foda-se o preço, eu ia dar uma daquelas alianças para Clary porque ela merece usá-las, claro que no fundo ela merecia diamantes, infelizmente eu não tinha dinheiro para isso.
–Ok. - ela pegou o par de alianças sorrindo de lado. Ainda estava desconfiada, entregou-me para apreciá-las. Acho que serviriam em Clary e em mim, e eu nem precisaria experimentar.
–Eu pago o que for preciso. - falei. Peguei o dinheiro que recebi da viagem que fiz e contei para saber se estava certo.
Ela fez uma cara de nojenta e foi até o que parecia ser o caixa do lugar guardar as notas. Era todo o dinheiro que eu tinha, uma parte eu havia entregado a Clary e a outra estava agora nas mãos daquela mulher.
–Como se chama a sortuda? - perguntou agora sorrindo. Aquele sorriso falso de vendedor. Agora, que pago ela me trata bem né?
–Clarice... - respondi enfiando a caixa de alianças no bolso.
–Porque não grava seus nomes nas alianças? - perguntou. Rolei os olhos.
–Vai demorar?
–Não.
Comecei a rir enquanto dirigia nas principais avenidas que ligavam o subúrbio à zona norte (onde os ricos moravam). Quando cheguei a Saguaro School, a tela de bloqueio de meu celular marcava exatamente meio dia e meio. As portas foram abertas e os alunos saindo para seu horário de almoço, esperei impaciente.
Quando a vi, reparei que atrás de si alguns Romenos a seguiam. Agora ela não desgrudava desses caras? Acenei para que Clary me visse ( impossível não perceber já que eu estava na frente do colégio). Primeiro ela fingiu que não viu, segundo veio caminhando o mais rápido que pode, terceiro... Estava bonita como sempre.
–Joe. Tenho uma coisa para te contar. - disse sorrindo. Algo me dizia que ela estava me escondendo uma coisa.
–Eu também. - falei sorrindo e já enfiando a mão no bolso para pegar minha surpresa para ela. Alguns Romenos não tiravam seu olhar de mim. - Conte você primeiro.
–Claro. Só me deixe te fazer uma pergunta antes... - ela cruzou os braços e molhou os lábios antes de continuar. - O que ela tem que eu não?
–Quê? - franzi a testa não entendendo o que ela queria dizer. Seus olhos rolaram.
–Yara! - gritou furiosa. Droga.
–O que...
–Ela... Tem bunda grande, seios fartos é isso? - ela olhou pros caras atrás de si. - Vocês acham ela mais gostosa que eu?
–Não. - responderam todos em coro. Estava na cara que tinham medo de Clary, até eu estava com medo.
–Então Joe... Porque você foi procurar ela? - perguntou já sabendo a resposta. Ela queria que eu admitisse. Estava impossível mentir para Clary. - Eu não sou capaz de satisfazer você? - mais uma vez ela se virou para os caras. - Acham que eu não sou boa para ele?
–Não... - eles discordaram. Desgraçados puxadores de saco!
–Então Joe... - ela se aproximou de mim. - Responda.
–Eu te amo e, é isso que importa. - falei firmemente. Os caras atrás dela balançaram a cabeça negativamente enquanto Clary engolia em seco.
–Está mentindo. Se me amasse não teria procurado ela! Não teria me traído independente de eu, ser filha ou não de Owen. - gritou. Sorte que naquele momento o estacionamento já estava vazio se não todos os olhares seriam para nós. - Acho melhor a gente terminar de uma vez por todas...
Os meus dedos soltaram a caixa das alianças. Tirei minha mão dos bolsos e abaixei a cabeça. Eu errei, a amava. E muito.
–Clary... Eu errei, eu juro que me arrependi... - sussurrei como um sopro. - Eu te amo, acha que eu não faria tudo por você?
–Eu posso até achar que sim. Procurar ela, passou dos limites. De todos os limites Joe! - senti sua mão tocar a minha. Percebi que estava me entregando o terço de prata. - Acabou.
–Clary. - apertei seus dedos ao redor do terço. - Não...
–Sim. - ela puxou sua mão de volta e me deu as costas. Nada do que eu dissesse a faria voltar atrás. - Adeus... Kurt.
Ainda seguida dos Romenos, a vi subir em sua moto. Dei um murro na lataria do carro pouco me importando se amassaria ou não. Clary 3 x Joe 2. Ela não podia terminar comigo por uma bobagem, tudo por causa daquela vadia. Yara ia me pagar.
[...]
–Joe. - disse Santiago abrindo a porta para mim. - Tudo bem?
–Tudo. - passei por ele e entrei no sobrado.
–Você tem visita. - avisou bem no momento em que eu pisava na sala.
–Owen. - cuspi o nome e o homem de terno se virou para mim sorrindo.
–Joe. Vim acertar as nossas contas. - respondeu abrindo os braços. - Só eu e você. - um sorriso brotou em meus lábios finalmente estávamos sozinhos.


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Notas finais do capítulo

Muahahahaha ultimo capitulo do dia. Um acerto de contas... O que vai rolar????