Você é minha droga escrita por Krueger


Capítulo 29
Um tempo...


Notas iniciais do capítulo

Não me matem.



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Pov Clary:


–Gosta de lasanha Joe? - perguntou minha mãe oferecendo um enorme pedaço a ele que não recusou. Joe devia passar fome para comer tanto. Eu só consegui comer metade da metade do que ele comeu.
–Obrigado, Marylin. - disse ele pegando o prato e me encarando com aqueles olhos azuis.
Fiquei super nervosa ao ver Joe me ignorar e aceitar o pedido de companhia de minha mãe. Agora estávamos os três para jantar e logo Owen chegaria e eu me ferraria. Tudo estaria perdido. Ele sacaria sua arma e explodiria a cabeça de meu pai na minha frente.
–Bom, me desculpe por ontem mas acho que para uma mãe é muito chocante ver sua filha seminua com um garoto na cama. - quase engasguei com minha comida. Joe sorriu gentilmente enquanto eu concentrava-me para não ficar corada.
–Eu não fiz nada com Clary e espero que acredite, estou sem moradia então cada dia durmo na casa de alguém. Não fiz absolutamente nada. - respondeu e em seguida voltou a comer sua lasanha.
–Seus pais onde moram? Já que a casa pegou fogo.
Mãe! Porque você tem que ser tão intrometida.
–Eu não moro com meus pais. - chutei Joe por debaixo da mesa e ele em seguida corrigiu. - Brigamos recentemente.
–Ah... Mora com quem então? - olhei para minha mãe com uma cara de "Deixe-o em paz pelo amor de Deus" ela não se importou.
–Meu amigo no momento.
–Você estuda Joe? Parece que já tem idade para arrumar um emprego...
A campainha tocou e meu sangue gelou. Ótimo, para piorar toda a situação chegou Owen e ele ia reconhecer Joe e talvez acontecesse um tiroteio bem ali. Abri a porta sem tirar os olhos de Joe e minha mãe que continuaram conversando como se fossem grandes amigos e nem devem ter ouvido a campainha.
–Clarice. - Owen abraçou-me e fiquei totalmente sem graça quando se afastou. Minha mãe olhou para nós e ficou boquiaberta.
–O que ele faz aqui? - praticamente gritou ignorando sua postura de mãe séria e sem nenhum problema mental. Joe riu baixinho.
–Vim jantar com minha filha. - respondeu Owen se aproximando da mesa. Fiquei apoiada a porta olhando para os três e rezando para que nada acontecesse.
Quando todos se cumprimentaram percebi que Owen não reconheceria Joe, mas Joe sabia de fato quem meu pai era e me arrependi profundamente de não ter lhe contado nada quando estávamos no meu quarto.
–Owen Drewnick? - perguntou Joe acomodando-se em sua cadeira. Sua garganta fez um movimento após falar. Engoliu em seco. Sentei-me ao seu lado e tive que pegar em sua mão e apertá-la.
–Sim. - respondeu ele. - Já nos conhecemos?
–Não. - Joe lançou-me um olhar de ódio profundo. - Será interessante conhecê-lo.
–Ah... Vejo que você é o Joe. Só quero que entenda que sou bem vingativo se magoá-la.
–Eu imagino. - os dois estavam conversando entre si com um olhar bem estranho de um para o outro. Minha mãe tentou acabar com o clima tenso.
–Owen já que chegou atrasado e sem ter-me avisado só restou a sobremesa e aliás poderia me ajudar a retirar a mesa?
–Claro.
Os dois se levantaram e minha mãe levou os pratos seguida de Owen para a cozinha. Os dois com certeza foram conversar e discutir.
–Porque não me contou... - sussurrou Joe. - Que era filha dele! - sua mão apertou fortemente a minha.
–Eu não...
–Sabia? Ah... Sabia sim. Fez este jantar para o quê? Me apresentar ao homem que quero morto? Pois bem já o vi pessoalmente obrigado Clarice.
–Joe eu ia te contar. E não queria que se encontrassem por isso mandei-o embora. Você não foi.
–Que bom que fiquei, porque se não nunca iria saber não é? Agora eu entendo, tudo se encaixa. Durante minha viagem Kevin ciscou no seu terreno porque era seu irmão. - ele praticamente gritou e soltou minha mão com raiva. - Irmãos não se beijam... Santiago tinha razão.
–Fala baixo. - alertei.
–Falar baixo? - ele arqueou a sobrancelha. - Poderia ter me contado lá em cima tudo, esperou que eu visse ele pessoalmente foi? Eu confiei em você Clary.
–É complicado Joe. Eu não posso simplesmente me afastar do meu pai, e não quero me afastar de você porque eu gosto de Kurt Slater...
–Mas talvez Kurt não goste mais de você... - ele se levantou e foi em direção a porta.
–Joe... Espere... - corri atrás de si. Ele abriu a porta e saiu a passos largos pelo jardim. - Kurt!
Virou-se e me olhou de cima a baixo com a respiração ofegante. Engoli em seco, seus olhos azuis estavam escuros e uma fina chuva começava a cair sobre nós.
–Eu te contei coisas que jamais contei a alguém, e sabe porque? Diferente de todas as garotas que já fiquei, você me prendeu de um jeito tão... Estranho. Faz uma semana que nos conhecemos e mesmo assim você continua sendo... Diferente de todas. Mas o amor se constrói com o tempo e uma semana não é nada para se amar alguém de verdade.
–Quando é amor basta apenas um dia... Para você realmente saber se é essa pessoa. - respondi. - Está terminando comigo ?
–Eu não estou terminando porque sei que não vou aguentar ficar longe de você... Como não aguentei na viajem... Apenas... Um tempo. - ele pareceu confuso e passou suas mãos pelo cabelo molhado.
–É porque eu sou filha dele?
–Não. Porque você escondeu isso de mim! - gritou. - O que mais escondeu? Ah meu Deus... É melhor eu ir embora antes que ele saia de lá e atire em mim.
–Joe eu juro que só soube esta semana. Eu não queria perdê-lo.
–E não vai. - ele se virou e seguiu seu rumo de volta ao carro. Não protestei muito menos chamei de volta. Estava declarado que ele ia demorar a voltar aqui e a me perdoar. Bufei e senti água escorrer pelo meu rosto não era chuva, eram lágrimas.
–Clary... - minha mãe me abraçou quando entrei em casa. - O que ele fez com você?
–Eu... Menti para ele e... Brigamos. - respondi.
–Esse namoro só tem dois dias e já está assim? Acho que não deveriam insistir. - disse ela.
–Não... Pela primeira vez eu conheci um garoto do qual gostei e vou insistir para dar certo. Onde está Owen?
–Coloquei-o para lavar a louça.
Acabei rindo.
–Eu vou dormir e tomar um banho. - soltei-me dela que suspirou.
–Ok. Eu vou tentar mandar seu pai embora. E Clary... Não minta mais para mim, eu realmente não sou um monstro.
–Eu sei. - falei baixinho, ela não ouviu.
[...]
Não consegui dormir durante a noite, virei e revirei na cama nenhuma posição me deixava confortável e me faltava alguma coisa. Eu precisava de cigarros... Ah cigarros.
Levantei-me e troquei de roupa, calça e jaqueta jeans. Calcei uma sapatilha e prendi o cabelo num coque, saquei um pouco do dinheiro que Joe havia me dado. Bom. Ele disse para eu usar quando precisasse e este era um momento para isso.
Sai do quarto e todas as luzes estavam apagadas e minha mãe não dormia... Ela parecia uma metralhadora do jeito que roncava. Desci as escadas na ponta do pé e devo ter demorado uns dez minutos só para abrir a porta sem fazer nenhum ruído e mais dez minutos para passar por ela.
Eu me sentia uma criminosa, fugindo de casa para comprar cigarros as duas da manhã. Talvez Anne tivesse razão, eu não era mais a antiga Clary, eu estava me tornando uma fumante graças a Joe. Digo, Kurt. Meu Kurt. Cheguei a loja de conveniências mais próxima num pequeno posto de gasolina e a atendente ficou me encarando.
–Narguille? - perguntou quando apenas pedi um maço de cigarros.
–Sim. E um isqueiro. - respondi, eu fumando era o que importava.
Depois de pagar sai da loja e acendi o cigarro bem ali perto. Apoiei-me numa grade e fiquei ali talvez uma hora, fumando um cigarro atrás do outro como uma louca e quando o maço acabou fiquei chateada já estava na hora de eu voltar para casa.
Comprei outro maço e segui meu caminho de volta. Fiz tudo igual e no maior silêncio mas quando deitei-me na cama desatei a rir. Eu tinha fugido de casa de madrugada e minha mãe nem percebido.
Pov Joe:
–Você disse para eu te procurar caso, quisesse algo. - respondi diante a surpresa em seus olhos. - Pois bem aqui estou.
–Depois que entrar tranque a porta Joe. - disse Yara chamando-me pelos dedos. Ela entrou e eu sorri seguindo-a.


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Notas finais do capítulo

Eu vou deixar de ser má ( mentira) e por isso postei esse ai. Mais quero muitos reviews Hahaha como será que #Clarkurt vai ficar? Juntos? Hahaha só eu sei.



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