Bem-vindo a nova era {Hiatus} escrita por G Aqui, Temperana


Capítulo 29
Valka


Notas iniciais do capítulo

Desculpa a demora, mas sempre temos que trocar nossas ideias. Então a gente sumiu. mas aqui estamos.
Enfim, o nome diz tudo. Nossa diva ruiva vai aparecer!! Eu espero que vocês gostem amores... Agradecemos pelos reviews e à Bella (linda!!) por ter favoritado.
Até as notas finais..
Temp



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Era uma noite que tinha tudo para ser normal. Soluço iria dormir na casa de seu pai. Essas noites costumavam ser muito divertidas. Pai e filho juntos, nada mais importante do que isso.

Enquanto conversavam sobre assuntos da vida, das novidades e tudo mais, alguém tocou a campainha. Eles se entreolharam.

–Você está esperando alguém pai? – Soluço pergunta desconfiado.

–Não filho, eu não estou esperando ninguém – ele diz atentamente.

Sortland não possuía muitos ladrões. Mas já era bem tarde para alguém estar na rua. E pior, estar batendo na porta de alguém.

Stoico levantou-se e colocou o dedo indicador nos lábios, indicando que Soluço ficasse no seu lugar e fizesse silêncio. Soluço assentiu com a cabeça.

Ele abriu uma fresta da porta. A figura estava usando um vestido reto alaranjado ate o joelho, e uma capa negra com um capuz negro que não deixava que Stoico identificasse-o. Os pés descalços mostravam que eram pés de uma mulher.

–Quem é você? – ele pergunta com a voz firme.

A figura pareceu assustar-se, mas então ela retirou lentamente o capuz. Stoico abriu a porta lentamente. Ela fitou os olhos verdes da figura ruiva a sua frente. Olhos sorridentes que nunca esquecera.

–Valka? – ele murmurou tentando convencer a si mesmo que aquela era a sua esposa que há anos sumira.

–Stoico... – os olhos da mulher ficaram marejados.

Quando Valka aconchegou-se no abraço de Stoico anos de distancia foram apagados. Quanto tempo Stoico não desejou sentir o cheiro de sua amada? Quantos anos não desejou tê-la de volta?

Quando voltaram a se olhar nos olhos, o sorriso não foi grande o bastante para demonstrar a felicidade dos dois.

–É mesmo você? – Stoico perguntou, com as mãos dela dentro das dele.

–Sou eu sim Stoico – ela disse com a mesma voz doce de sempre. – Sou eu.

–Você está tão linda... Como sempre foi – ele disse.

E aquele momento, aquele beijo, parecia durar toda eternidade. Todos os dias infinitos sem a presença do outro. Curou as tristezas. A solidão.

–Pai, você está... ? – Soluço interrompeu sua fala ao ver a figura misteriosa e seu pai abraçados.

Ele olhou desconfiado. Stoico virou-se para o seu filho e voltou a olhar para Valka. Eles ainda estavam na porta.

–Entre, você deve estar com fome – Stoico disse olhando as feições maltratadas dela.

Quando Valka passou pela porta ela deparou com aquele menino que ela carregara no colo. Um menino que crescera e que simplesmente mudara. O filho dela. Soluço.

Lágrimas escorriam de sua face. Quanto tempo havia passado? Quanto tempo perdera com seu filho? Ela se odiava por não ter lutado mais. Mas o que ela poderia fazer? O tempo havia passado...

–Soluço! – ela disse emocionada.

–Eu... Eu devia conhecer a senhora? – Soluço diz confuso.

–Você era muito pequeno quando eu... Acabei sumindo, mas... Eu também não me lembrava de você... Mas eu tenho certeza que no fundo do meu coração eu nunca me esqueci do meu filho.

A respiração de Soluço acelerou. Ele processou as informações e passou a reparar. Seu cabelo ruivo como o dele, a cor dos olhos... A sua mãe.

–Mãe...Mãe? – ele perguntou, seus olhos marejaram.

Ela o abraçou. Soluço sentiu todo o carinho de mãe que por anos não pode sentir. Aconchegado nos cabelos ruivos dela ele sentiu segurança. Sentiu apoio. Sentiu carinho.

–Mas o que aconteceu? – Soluço perguntou.

Ela olhou nos seus olhos.

–Eu sei que lhe devo uma explicação. Devo a Stoico uma explicação. Mas nem eu mesmo sei direito o que aconteceu esses anos...

Stoico aproximou-se.

–Vou buscar algo para você comer e você conta o que aconteceu então – ele disse com um olhar apaixonado.

–Certo – ela diz com um sorriso.

Os três sentaram-se no tapete da sala de estar. Valka observava a casa. Era a mesma que ela deixara há 20 anos. Ainda havia a alegria de anos atrás. E ela relembrava os momentos que passara com Stoico naquela casa.

–Está tudo bem Valka? – Stoico perguntou, tirando Valka de seus pensamentos.

–Estava apenas relembrando alguns momentos – ela responde. – Mas agora irei contar o que aconteceu – ela admitiu uma feição séria.

“Aquele era um dia como qualquer outro. Eu estava indo para o meu trabalho no pet shop. Sempre adorei cachorros, pois me fazia lembrar dragões, sempre me fez.

Porém quando olhei para um dos becos de uma rua, um homem parecia estar obrigando uma mulher a fazer algo. A mulher tinha cabelos loiros quase brancos.

Eu não podia permitir isso. Sempre odiei qualquer desigualdade desse tipo.

–Solta ela! – eu gritei firmemente. Eu podia parecer bem forte quando eu queria.

O homem me olhou. O olhar impiedoso que tinha a vontade de me matar. Mantive o meu olhar firme, mas tinha medo que os meus batimentos acelerados me denunciassem.

Ele veio em minha direção. A mulher me olhou solidariamente, mas não conseguia falar nada.

–O que você disse? – ele perguntou.

–Eu disse para você soltar ela. Estava machucando a moça – eu disse.

–Ela estava me devendo algumas coisas – ele cuspiu as palavras – mas parece que tem pessoas querendo bancar a heroína aqui.

Ele agarrou meu braço e apertou forte.

–Me solta! – eu gritei.

Não havia ninguém na rua que pudesse me escutar. Eu gritava em vão.

–E você – ele apontou para a moça no chão. – Isso ainda não acabou.

Ela tentou correr atrás da gente, mas não teve forças para continuar. Ele pegou algo no bolso e senti uma agulha penetrar meu braço. Eu tentei lutar, mas as minhas forças se esvaíram.

Eu senti-me sendo jogada em um carro. Mas nada era nítido. Eu não conseguia fugir e tudo o que eu queria era voltar para o meu filho. E com esse pensamento eu desmaiei.

Quando eu acordei, estava num galpão. Algumas pessoas trabalhavam na construção de algo, mas não sabia o que era. Eu não conseguia me lembrar de como havia parado ali, ou de qualquer outra coisa. Só lembrava que meu nome era Valka.

Um homem grande apareceu. Ele parecia simpático, e disse que eu havia sido encontrada na rua e que me trouxeram para ali. Disse que trabalhar seria bom para mim.

Eu concordei, pois nem saberia para onde iria se não concordasse.

Trabalhei anos ali. Nem consigo lembrar em que. Mas trabalhei porque não tinha outro lugar para ir. Há uns dez anos atrás, uma menina de aparentemente seis anos chegou. Ela tinha cabelos loiros e me fez lembrar alguém que não conseguia lembrar.

Cuidei dela esse tempo todo.

Então eu me lembrei de tudo. Não sei o que aconteceu, mas lembrei. Do meu filho, da minha vida, do sequestro, da mulher. Aquela menininha que já tinha 16 anos só poderia ser sua filha.

Eu fugi. Eu não consegui trazer Emma comigo. Pois quase me pegaram enquanto fugia. E Emma pediu para que eu buscasse ajuda. Então corri por horas. E quando avistei essa rua, eu sabia que estava em casa.”

Quando Valka terminou a história, Stoico e Soluço a olharam com carinho. Ela era uma guerreira. E acima de tudo, eles a amavam com todas as forças. E quando se abraçaram provaram a força desse amor...


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Notas finais do capítulo

Pois é, tadinha da Valka não é???
Espero que tenham gostado... Um beijo anjinhos...
Com carinho, Temp



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