All About Us escrita por The Huntress


Capítulo 7
Um certo filho de Poseidon.


Notas iniciais do capítulo

Sexto capítulo, boa leitura :3
OBS: LEIAM AS NOTAS FINAIS.



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8

Beatriz Collins

Beatriz tentava esconder, mas estava na cara que a garota estava assustada. Ela estava sozinha em um lugar completamente estranho. Logo quando Beatriz e as amigas chegaram, foram deixar suas coisas no chalé onze e cada uma foi para um lado. Beatriz havia pensado em ficar o dia inteiro no chalé, mas não conseguiu. O chalé de Hermes era muito lotado e ela não iria conseguir ficar ali nem por obrigação. Agora Beatriz andava pelo acampamento e observava os campistas treinando e a olhando torto. O que ela tinha feito? Por que estavam a olhando estranho? Onde Inara e Paula poderiam estar? Era o que a garota se perguntava.

Beatriz estava achando estranhando a reação dos campistas, eles estavam agitados e inquietos. Pareciam com medo de algo... Ou alguém. Beatriz sentiu um frio subir por sua espinha ou imaginar que um lugar, aparentemente, seguro, poderia estar em perigo. A garota já tinha percebido que algo muito errado estava pairando pelo acampamento, mas tinha medo de acabar descobrindo e não gostar nem um pouco do que descobriria.

Depois de muito andar, Beatriz chegou à um lago. Ficou parada por um tempo, observando outras pessoas em canoas. Pareciam estar tentando remar as canoas. Não parecia ser difícil, que problema teria Beatriz tentar? A garota prendeu o cabelo com uma fita e deu uma corridinha até a canoa mais próxima, a arrastou para dentro da água e subiu na mesma. Os outros campistas, que estavam em canoas também, a olhavam como se fosse alguma louca. Beatriz franziu o cenho, imaginando o porquê de eles estarem a olhando daquele jeito. E então se deu conta de que ela era a única que não estava usando nenhum colete salva-vidas ou tinha alguma boia na canoa. Porém, o que poderia acontecer demais se ela caísse dentro d’água? Ela sabia nadar.

Beatriz ignorou o olhar de todos e pegou os remos, mas era quase impossível remar. O remo era pesado demais e Beatriz não tinha a mínima ideia de como remar uma canoa. O que, aparentemente, era fácil, tornou-se muito difícil. Beatriz sentiu seu rosto esquentar. Ela estava morrendo de vergonha por estar sendo a única ali que não conseguia remar.

E então o desespero tomou conta de Beatriz quando ela percebeu que havia algo dentro do lado. Não eram peixes, eram... Pessoas. Mais precisamente mulheres. Beatriz deu um pulo para trás, sem saber se ficava assustada ou maravilhada. Como era possível que alguém conseguisse ficar debaixo d’água tanto tempo sem morrer? As mulheres encaravam Beatriz como se ela fosse alguma maluca – e talvez fosse mesmo –, os olhos delas eram marrons escuros. Suas peles eram de um tom azulado e eram incrivelmente belas. Tão belas que chegava a dar medo, era uma beleza perigosa. Porém, tinha uma coisa que Beatriz conseguiu reparar muito bem: elas pareciam sereias.

Beatriz congelou quando uma delas, praticamente, pulou dentro da canoa, mas apenas equilibrou-se, olhando mais fixamente Beatriz. Beatriz não sabia qual era a sensação de se sentir uma pedra, mas, naquele momento, ela quis ficar tão imóvel quanto uma. Os olhos marrons escuros da mulher a encaravam avidamente, o que fez Beatriz se arrastar para trás até encontrar o fim da canoa, se ela desse mais um passo iria cair na água.

— Ei, você!

Beatriz ouviu uma voz masculina. Ela e a mulher olharam para o ponto da onde a voz vinha. Beatriz reconheceu imediatamente a silhueta de um homem e também percebeu que ele apontava para a mulher sereia e não para ela. A canoa de Beatriz não estava tão longe da margem por isso o garoto não teve dificuldade em chegar perto dela.

— Deixe a garota em paz. Você está a assustando.

A mulher sereia rolou os olhos de um lado para o outro e jogou-se de volta na água, fazendo a canoa balançar violentamente e Beatriz cambalear para trás e cair dentro d’água. Por um momento Beatriz pensou que fosse ser atacada por várias mulheres sereias, mas seu salvamento aconteceu em tempo recorde. Seu suposto salvador a tirou da água antes que ela morresse afogada — o que seria bem idiota, pois ela sabia nadar — ou, como imaginava, devorada. A pessoa a ajudou a subir na canoa e subiu logo em seguida. Enquanto Beatriz tirava algumas algas dos cabelos percebeu que seu salva-vidas a encarava. Ela levantou os olhos e encarou os olhos verdes do garoto. Ele parecia estar tentando muito não rir.

— Vai em frente, pode rir — Beatriz disse, jogando de volta na água as algas que estavam em seu cabelo.

— Isso foi realmente engraçado. Você devia ter visto sua cara de medo — o garoto disse, passando as mãos rapidamente pelos cabelos no intuito de seca-los.

Beatriz ainda não tinha percebido como os olhos dele eram parecidos com o mar. Parecia que toda a água que ela podia imaginar havia se instalado dentro de seus olhos. Assim como o mar, seus olhos eram brilhantes, incrivelmente verdes e profundos.

— Engraçado? Aquela mulher me assustou!

— As Náiades não são muito de deixar alguém à vontade. Elas gostam de deixar a pessoa tremendo — o garoto riu. — Um dia você se acostuma.

— Náiades? — Beatriz franziu o cenho.

— São ninfas aquáticas. Assemelham-se às sereias, deve ter sido por causa delas que criaram o mito das sereias. Elas são bem estranhas, mas, acredite, têm uma voz muito bonita. E a propósito, sou Percy Jackson, filho de Poseidon.

— Sou Beatriz Collins — a garota disse.

— Você é nova aqui, não é? — Percy franziu o cenho.

— Cheguei hoje.

— Bem, é que...

Percy parou de falar subitamente. Ele estava olhando para um ponto em especial atrás de Beatriz. A garota seguiu seu olhar e percebeu que Percy encarava dois garotos que estavam conversando. Um loiro e um pálido. Beatriz franziu o cenho, por que será que eles tinham chamado a atenção de Percy?

O filho de Poseidon mudou sua expressão para algo mais sério. Beatriz se perguntou se era um bom momento para sair da canoa e voltar para o chalé onze.

— Acho melhor sairmos daqui — Percy disse, sem tirar os olhos dos dois garotos.

Sem dizer nenhuma palavra, Beatriz levantou-se e colocou os pés dentro d'água novamente. Ela ainda estava com medo, mas deu uma corridinha rápida para fora da água e se assustou quando Percy estendeu uma toalha para ela.

— Como você... — ela ergueu uma sobrancelha olhando para a toalha.

— Consegui uma toalha? Sempre tem aqui. Você não é a primeira que caí dentro d'água — ele abriu um sorriu e Beatriz pegou a toalha. — Bem, agora eu tenho que ir.

Beatriz assentiu e agradeceu ao filho de Poseidon por ter a ajudado. Percy voltou-se para os campistas que ainda estavam nas canoas e disse que voltaria logo. Os campistas murmuraram, protestando, mas começaram a conversar e ignoraram Percy.

Percy acenou para Beatriz e correu até os dois garoto que não estavam muito longe dali. Beatriz não entendeu o motivo de Percy estar saindo tão apressado de perto dela, mas caminhou para longe do lago. Ela não queria que nenhuma Náiade tentasse assustá-la de novo ou coisa parecia e ela precisava de um banho urgente.


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Notas finais do capítulo

Comentem, please. Ai, só eu que acho a Bea uma fofa? Sim? Okay :c
Bem, eu sei que muitos shippam 'Percabeth' e vários outros casais, mas/porém/entretanto essa fanfic não é Percabeth, Jasiper, Jeyna, Solangelo, Pernico (ou seja lá quem mais vocês shippam), sinto muito e não me matem c:



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