Definição de Perfeição - Segunda Temporada escrita por Apenas mais um escritor
Notas iniciais do capítulo
Queria pedir desculpas por não ter postado ontem. Como já havia dito antes, eu sofro de depressão e ontem eu tiver uma crise. Agora já melhorei pelo menos o suficiente pra poder escrever o capítulo. Aproveitem.
Depois de uma semana organizando-se para a mudança, o dia finalmente havia chegado. Pedro teve muita dificuldade em empacotar suas coisas, mas venceu a preguiça por Karina e conseguiu um dia antes do dia combinado. O casal também passou a semana comprando mobílias de casal, como armários e a cama de casal. Enquanto almoçavam, a mudança do primogênito era o assunto na casa dos Ramos.
– Como é que tá se sentindo saindo de casa, filho? - perguntou Marcelo.
– Ah, pai, meio estranho, mas faz parte. Só vou sentir saudade da comida da mãe.
– Ai, eu não tô pronta pra isso... meu filhinho vai sair de casa... ó, se quiser comer aqui todo dia você é muito bem-vindo, ok? - disse Delma, à beira das lágrimas.
– Gente, o quarto do Pedro é maior. Será que eu posso ir pra lá? - perguntou Tomtom.
– Tomtom, seu irmão tá dando um passo enorme na vida dele, deixando a gente e você tá pensando nessas coisas? - perguntou sua mãe, indignada.
– Relaxa, mãe. Assim ela também fica sem meu carro pra carona pro shopping. - disse Pedro, dando língua para a irmã.
– Falando em shopping, como é que tá seu namoradinho, Tomtom?
– Que papo é esse de namorado? - perguntou Marcelo.
– Ih, pai, sabia não? Tomtom tá namorando um garoto chamado Lubiscreisson. - brincou seu irmão.
– Para, Pê. O nome dele é Flávio, pai. - disse a menina.
– E por que eu só soube disso agora?
– Nossos filhos tão crescendo, Marcelo.
Enquanto a família Ramos almoçava tranquilamente, o almoço dos Duarte estava um caos.
– Karina, minha filha, você tem certeza que você quer fazer isso? - perguntou Gael, desesperado para fazê-la repensar.
– Gael, para de tentar fazer a menina desistir. Já falamos disso. - ordenou Dandara.
– Isso aí, Gael. Sentado. Feio, feio. - provocou João.
– Cê tá me chamando de encoleirado? Sério mesmo, Spinelli? Porque até onde sei minha filha estala o dedo e você atende ela.
– Não é verdade.
– Oi? - perguntou Bianca.
– Nada, amor.
– João, ajuda aqui. A Ana não quer comer.
– Tá bom, Bibi.
– Viu? - disse Gael, rindo. - Você é tão frouxo quanto seu pai.
– Gaeeeel. - disse Dandara, o olhando como quem diz "olha o que você fala".
– Quando se trata de encoleirado ninguém aqui tem opinião. As garotas Duarte te dominam. - brincou Karina.
– Ah, é, mocinha? Pois você está de castigo.
– Pai, eu me mudo hoje. Você não pode me botar de castigo. Vai botar a Bianca também?
– Nossa, mamãe, eu posso te botar de castigo também? - perguntou Ana, inocentemente.
– Aí, pai, as besteiras que você ensina a ela. - brigou Bianca. - Não, meu amorzinho, você não pode. Só papai e mamãe podem botar de castigo.
– Então eu posso pedir pro vovô Gael te deixar de castigo?
– Não, porque a mamãe já é adulta.
– Se eu pudesse, eu mesmo pedia, Ana. - riu Karina.
– Assino em baixo. - disse João.
– Cê quer dormir no sofá, Spinelli? - perguntou atriz, assumindo a postura do mestre Gael.
– Nossa, agora entendo pelo que o Pedro passa.
– Ah, mas você não faz ideia, Johnny. Não faz ideia mesmo... - disse a lutadora, rindo.
– Mas filha, tem certeza que... - dizia Gael. Até ser cortado por Dandara.
– Chega, Gael!
– Au, au! - latiu João.
– Só não te quebro aqui mesmo porque não quero deixar minha neta órfã.
– Mamãe, que que é órfã? - perguntou Ana.
Com aquela pergunta, todos sentiram o clima pesar. Apesar de já ter sido muito tempo, Gael, Bianca e Karina ainda sentiam pela morte de Ana. Mesmo a lutadora nunca a tendo conhecido, sentia-se mal quando a citavam. Entendia que o que ela fez foi, na verdade, um sacrifício para que Karina pudesse viver, mas sentia que a ausência da mãe em sua vida a afetou muito.
– Órfã é uma comida da Tailândia, filha. - disse João, percebendo que nenhum dos Duarte estava confortável com a situação.
– E é gostosa?
– Demais.
Bianca sussurrou um "Brigada, amor" e beijou o namorado. Karina levantou-se da mesa e levou o prato à pia e disse:
– Ó, tô fazendo caridade hoje. Deixa que eu lavo a louça hoje.
– Não precisa, K. Deixa que eu e seu pai fazemos isso. - disse a professora de música.
– Eu faço questão, Dandara. Vai ser a última louça que vou lavar nessa casa, quero ajudar.
Quando todos terminaram de almoçar, entregaram os pratos e talheres à garota, que os limpou com felicidade e um pouco de preguiça. Quando terminou, conferiu o horário. Faltava uma hora para que o caminhão de mudanças chegasse no horário combinado. Decidiu ir tomar um banho e logo depois levar suas coisas à sala.
Depois de tirar suas roupas e posicionar-se abaixo da água corrente, Karina começou a pensar na mudança. Só agora que sua ficha caíra. Ela realmente iria morar com Pedro. Pior, ela realmente iria sair de sua casa. Iria perder todo o conforto que tinha onde morava. Toda a praticidade de morar logo em frente ao local onde trabalhava, não precisar preocupar-se com contas ou compras e nem nada desse tipo. Mas pelo menos agora ela teria mais tempo para ficar com Pedro. Ela amava o garoto e essa proximidade entre os dois talvez ajudasse no relacionamento. Se precisava sair de sua zona de conforto para poder viver com o guitarrista, estava disposta.
Saiu do banho enrolada na toalha e foi à sala. Quando percebeu que as mesmas pessoas mantinham-se ali, perguntou:
– Cadê o maluco do meu namorado?
– Ainda não chegou não, K. - respondeu Bianca.
– Ah, então vocês que vão ter que me ajudar a descer minhas coisas. - disse a lutadora, indo ao quarto vestir-se.
Enquanto colocava o short, ouviu alguém batendo a porta e , ao ser atendida, reconheceu a voz de Pedro. Quando terminou de se arrumar, no entanto, o rapaz já havia saído.
– Que que o Pê queria, pai?
– Ah, ele veio dizer que não vai poder ajudar você porque ele e a família estão descendo e trazendo todas as coisas dele aqui pra frente de casa. Mas deixa que a gente te ajuda, filha.
– Ai, contratar companhia de mudança de baixa renda dá nisso. Ok, vamos lá.
Ao descerem a primeira caixa Duarte viram os Ramos trazendo, do outro lado da rua, as caixas de Pedro. O rapaz, que trazia consigo o violão e seus skates, aproximou-se de Karina e a cumprimentou com um selinho.
– Oi, Esquentadinha. Tudo bem?
– Tudo ótimo. Vamos organizar tudo direitinho até o caminhão chegar?
O casal e os familiares separaram roupas de móveis e eletrodomésticos, entre outras coisas. O principal problema era o armário, que era bem grande e foi difícil de levar até a calçada. Quando esse problema já foi resolvido, as famílias aguardaram pela chegada do caminhão de mudanças. Gael tentava conter o choro, mas não conseguia, quanto à emoção de mais uma filha deixando a casa. João e Bianca conversavam enquanto observavam Karina e Pedro brincando com Ana. Marcelo e Delma consolavam Tomtom que não gostava de admitir, mas sentiria falta do irmão. Quando o caminhão chegou, foi a hora das despedidas.
– Minha filha, se esse Menestrel do Capiroto fizer alguma coisa com você, eu vou correndo te buscar, ok? - disse Gael.
– Pai, eu nem mesmo vou sair do bairro. Não deve dar nem 15 minutos à pé.
Feitas todas as despedidas, o casal foi-se, liderando o caminhão até o apartamento que seria seu novo lar. O tempo todo trocavam olhares apaixonados, ansiosos pelo que estava acontecendo com eles. Quando chegaram, o casal, o motorista do caminhão e o assistente levaram tudo o que tinha no camburão para o apartamento. Enquanto colocavam as caixas lá dentro, Pedro ouviu a porta do apartamento ao lado abrir-se, seguido de um:
– Nossa, meu novo vizinho é um gato.
Quando virou-se, para conferir quem havia dito aquilo, deparou-se com Vicki, o observando com um sorriso em seu rosto.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Se foi mal-escrito, desculpa. Como disse antes, tive uma crise e isso talvez tenha me influenciado. Gostou? Comente, dê sugestões, faça perguntas. Seu apoio é o que me ajuda.
lia e pams: Na próxima, tem como mostra a foto do apartamento, por favor!
Desculpa, não tem. O apartamento eu criei uma imagem da minha mente, então é só a partir da descrição que uma imagem pode ser formada.