Pedro acordou, no dia seguinte, com barulhos de panelas caindo. Assustado, correu para a cozinha apenas para encontrar Karina e Tomtom fazendo uma bagunça.

– Oi, Pê. A gente tá fazendo o café da manhã. - disse Tomtom

– Tentamos fazer as panquecas que você adora mas não tá dando certo. - disse Karina, envergonhada.

– Aí decidiram acordar o planeta, entendo...

– Para de ser bobo, vem aqui ajudar a gente.

– Só com beijinho.

– Vai ficar querendo. Tá com um bafo que tô sentindo daqui.

– Ó, eu ajudo, mas quero 5 beijos depois.

– Quantos quiser, meu guitarrista. Agora vem ajudar que tô morrendo de fome.

Depois de organizar a cozinha, do jeito que aprendeu com Marcelo, Pedro ajudou as garotas a fazer as panquecas. Apesar de já estar tarde para o café da manhã, todos queriam comer panqueca. Enquanto isso, elas arrumaram a mesa e conversavam. Quando terminou todas, colocou-as nos pratos e serviu, dizendo:

– Mais uma obra prima do chefe Pedro. Bon appétit, mon amour.

– Ô francês de Marechal, Pedro. - riu Karina.

Quando a lutadora estava a ponto de atacar as panquecas, Pedro afastou o prato e disse:

– E meus beijinhos?

– Ai, seu chato. - disse K, partindo para beijar o rapaz. - Podemos comer agora?

– Com todo o prazer.

– Vocês vão ver o apartamento que o papai arranjou hoje, é? - perguntou Tomtom.

– Vamos sim. Vou te livrar desse mal que é o teu irmão.

– Eu vou apanhar tanto, cara.... tô até vendo.

– Onde é que é esse apartamento mesmo, K? - perguntou Tomtom, pegando o celular do bolso.

– Você não vai dizer aonde a gente vai morar pros teus fã-clubes. - cortou Pedro.

– Eu nunca posso fazer nada, que droga.

– Sem noção...

Quando terminaram o café, Pedro e Karina foram ao quarto arrumarem-se. Quando saíram, Tomtom já estava saindo, dizendo que iria com algumas amigas no shopping. O casal entrou no carro e, calmamente ambos foram ao local do apartamento. Durante um dos sinais fechados, K ligou para o corretor para poder saber se ele podia apresentar a casa.

– Boa tarde, é você que é o Rodrigo? Oi, Rodrigo, aqui é a Karina, que tá interessada no apartamento aqui pelo Catete. Eu queria saber se você podia mostrar o apê pra gente.

– Dona Karina, até rola, mas eu só vou estar aí pelo Catete lá pra umas 5 horas. Você vai ter que esperar um pouco, tudo bem?

– Não, claro. Tudo bem, pode deixar que esperamos, ok? Até mais tarde... e agora, Pê? Vamos fazer o que até ele chegar?

– Hmmm, que tal irmos à praia?

– Mas eu não trouxe meu maiô.

– Não tem problema, a gente compra um agora mesmo.

Karina, apesar de gostar do seu corpo, não gostava de expô-lo. Ficar de biquíni na praia a incomodava bastante, por isso preferia usar um maiô. Já Pedro adorava a garota de biquíni. Achava que ela ficava muito sexy e queria muito vê-la assim. Aquela era a oportunidade perfeita. Pedro estacionou o carro e o casal foi a uma loja de roupas. Lá, rapidamente acharam uma bermuda simples para Pedro e foram comprar o maiô de Karina. Ao chegarem na sessão de roupa de banho feminina, perceberam que os únicos maiôs que tinham eram uns ridículos de vovós.

– Pedro, olha esses troços. Cheio de bolinha. Eu tenho senso de ridículo. Vamos em outro lugar.

– K, essa loja é a mais perto da praia e de um lugar pra estacionar. Você sabe que pra achar uma vaga perto da praia é um inferno. Compra um biquíni, vai.

– Ah, não, Pê. Você sabe que eu não gosto de usar biquíni.

– Só por hoje, vai. Por favor, Esquentadinha.

– Mas cê é chato, hein... tá bom, seu mala. Mas vou com esse preto aqui que não tem nada demais, ouviu?

– Te amo, minha Esquentadinha.

Após pagarem as novas roupas, os dois as vestiram no provador e foram à praia. Não estava muito sol, pois já havia passado do meio-dia, mas o clima estava bom para aproveitar. Como Pedro já comprovou antes, Karina estava muito sensual naquele biquíni. "Ainda bem que a desculpa da vaga colou", pensava ele. Ao chegarem no local, o guitarrista alugou duas cadeiras e um guarda-sol e usou seu para guardar as coisas importantes como carteira e chaves, enterrando-as logo abaixo de uma das cadeiras. Pegou K no colo e a levou para a água. Depois de se divertirem algumas horas no mar, decidiram almoçar num dos restaurante perto da praia.

– K, já disse que cê fica linda assim? - perguntou Pedro com um sorriso travesso no rosto.

– Assim como?

– Toda molhadinha.

– Palhaço. - disse a lutadora, rindo, e dando um tapa no namorado.

Enquanto comiam, o celular de Karina começou a tocar. Ao atender, disse:

– Alô?

– Oi, dona Karina, aqui é o Rodrigo do apartamento. Tô ligando só pra avisar que já tô aqui na área.

– Ah, ok. Eu e meu namorado já estamos indo, ok? - disse Karina, desligando o celular. - Pê, vamos logo pra lá?

– Assim? De roupa de banho?

– É só colocar por cima a roupa normal. Bora logo.

Pagaram a conta, vestiram-se e foram ao carro. Ao chegarem no prédio, pegaram o elevador e foram ao apartamento.

– Oi, gente. Prazer, sou o Rodrigo. - disse o corretor. - Esse aqui é apartamento que falei com o Marcelo. O proprietário se mudou pro exterior mas mantém isso aqui pra ganhar aquela rendinha extra. Entrem, vejam se gostam.

O casal entrou na casa junto do corretor e ficou maravilhado com a casa. Era bem bonita, apesar de ter as paredes pintadas de branco e não ser mobiliada. Mas o que os prendeu foi a bela vista do pequeno quintal que possuíam. Após dar uma olhada na casa inteira r conferir na documentação se tudo estava ok com ela, não teve jeito. Tinham a adorado.

– Vamos ficar com ela, Rodrigo. - disse Pedro, com um sorriso de felicidade estampado no rosto.