Karina chegara em casa, cansada. O dia na academia tinha sido complicado. Ela ainda não havia completado a faculdade de Educação Física, mas com o kruan azul que ganhou no exame no ano passado, seu pai permitiu que a garota fosse professora, porém, apenas para os jovens iniciantes. Ela foi ao banheiro, despiu-se e começou seu banho.

K agora estava com 22 anos. Seu namoro com Pedro continuava bem. Depois do show onde ele a pediu em casamento, a banda dele bombou. Nesses 5 anos, já tinha feito 3 turnês pelo Brasil. O melhor disso tudo é que a fama nunca subiu a cabeça do rapaz. Ele sempre foi uma pessoa muito pé no chão, até mesmo com uma banda de sucesso.

A garota saiu do banho enrolada em uma toalha e dirigiu-se a seu quarto. Assim que fechou a porta, jogou a toalha na cama de Bianca e partiu para colocar as roupas íntimas. Quer dizer, cama de hóspede. 3 anos atrás, quando João conseguiu firmar-se em seu emprego e passou a ganhar uma boa grana, eles decidiram que estava na hora de se mudarem. A casa estava ficando cheia demais com João, Dandara e Ana, então, pra que os casais tenham a intimidade deles e a Aninha não acorde gente desnecessariamente com seu choro, foram morar na antiga casa de Dandara, deixando aquela cama pra qualquer hóspede que quisesse visitá-los, geralmente sendo a própria Bianca, quando trazia Ana pra ver os tios e os avós.

E falando em tio, a saudade começava a apertar o peito de Karina pelo tio de Ana, Pedro. Eles não se viram a semana toda, pois o garoto sempre tem ensaios da banda no tempo livre de K. Porém, agora era uma oportunidade perfeita pra matar essa saudade. Seu pai e Dandara saíram juntos pra poderem se divertir e ela ainda estava apenas de roupas de baixo. Pegou o celular e tratou de ligar para a pessoa que ela tanto ansiava ver.

– Fala, minha Esquentadinha! - disse Pedro, brincalhão, do outro lado da linha.

– Oi, Pê. Tudo bem?

– Agora que cê me ligou? Tô ótimo. E você? Por que me ligas?

– É que a gente não se viu a semana toda, sabe? Tô com saudades de você. Meu pai saiu e eu tô com tanta preguiça de botar uma roupa. - disse Karina, assumindo um tom safado.

– Pô, amor, tô tendo que ajudar minha mãe aqui no Perfeitão e depois a gente ainda vai ter ensaio da Galera da Ribalta.

– Não, Pedro. Tudo bem. Ai, esse sutiã tá me incomodando, acho que vou tirar...

– Chego aí em cinco minutos.

– Tô te esperando. - disse K, rindo.

Após os cinco minutos, a lutadora ouviu as batidas na porta e, ao abrir, foi surpreendida pelo "noivo" a pegando no colo e correndo para o quarto. Jogou-a na cama e, enquanto se beijavam, peças de roupa de Pedro iam sendo espalhadas pelo quarto.

Depois de matarem um pouco da saudade no sexo, ficaram agarrados na cama, acariciando o corpo um do outro.

– Ai, Pê. Sinto que cada vez que fazemos é melhor.

– É? Que bom, eu tento. - respondeu o rapaz, ofegante.

– Consegue com louvor, meu guitarrista. - disse a lutadora, logo em seguida beijando-o.

– Ai, cara. Tava precisando tanto disso. - disse Pedro, abraçando-a.

– De sexo? Duvido nada que não tenha fã oferecida disposta a te dar.

– Não, sua besta. De você. Tava com saudades.

Karina beijou o peito nu do rapaz e aconchegou-se ali. O tempo só fez bem a eles. O corpo de K desenvolveu-se mais desde o começo do namoro. Foi tardio, mas até mesmo ela gostava do resultado. Pedro também. Continuava com o físico simples, mas estava mais definido e Karina adorou isso.

– E aí, topa um round 2, Esquentadinha?

– Nem por um caralho! - disse Gael à porta do quarto.