Kimi Ni Hi Wo Tsuketai Nosa escrita por Cherry13


Capítulo 13
Inútil


Notas iniciais do capítulo

Hey!!! Obrigada a todos que acompanham a história e deixam Reviews ^^ Ainda estou um pouco chocada com a mudança do site!



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O vestido branco ondulava em volta do seu corpo com o vento. Ela observou a paisagem e pensou que era exatamente assim que tinha imaginado seu casamento, ao ar livre, em um campo florido.
Ricardo sorria ao seu lado, estava lindo como sempre, e em poucos minutos estariam casados.
Olhou para as pessoas que assistiam, sua mãe estava chorando, para variar, mas seu pai estava com um ar de reprovação, ele lançou um olhar para alguns lugares de distância, o lugar vazio ao lado de sua prima, Rebeca. O lugar dele. Sim, ela sabia que ele não estava lá, foi a primeira coisa que notou, mas o que isso importava a final de contas, não ia deixar que isso estragasse o dia.
Quando o padre falou a tão conhecida frase, "Se alguém tiver alguma coisa contra esse casamento, que fale agora ou cale-se para sempre", o coração de Riza disparou, mesmo sabendo que não devia, ela desejou que Roy aparecesse e a impedisse.
Uma pessoa vinha correndo ao longe, e todos virara-se para olhar, mas o sorriso de Riza de transformou em uma careta. Um palhaço gordo e se embolando com os fios dos balões estava parado com a mão estendida.

— Esperem, esperem, eu cheguei! Aqui é o aniversário de 9 anos de Riza Hawkeye? Desculpe o atraso, aconteceram algumas coisas no caminho.

— Atraso?! Você está 17 anos atrasado! - A mãe da noiva se levantou com uma cara zangada.

— Mãe! Eu disse que não ia querer um palhaço!

— Era para ser uma surpresa, querida, é que seu Tio Charlie insistiu.

— Tio Charlie? O que ele tem haver com isso, eu não o vejo há mais de...17 anos!- Quem se levantou dessa vez foi o pai de Riza.

— Querida, tem uma coisa que não te contamos. - Ele lançou um olhar preocupado para sua esposa. - O Tio Charlie na verdade é... o palhaço de todas as festas de criança da família.

Um "Ohhhh" foi dito pelas pessoas presentes, e Rebeca parecia muito assustada.

— Então...quando brincávamos com o palhaço nós estávamos brincando com o Tio Charlie!? - Indagou Rebeca, chocada.

— Sim, querida. - Disse Alexander Hawkeye por fim.

Mais um "Ohhhhh" foi dito.

— Agora que o drama acabou, todo mundo dançando o Rebolation! - Gritou o palhaço/tio Charlie.


...


Riza acordou de seu sonho completamente estranho. Tio Charlie, sério?
Na cabeceira ao lado da cama, estava a caixinha com o anel que Ricardo havia lhe dado na noite passada.
Ela não teve coragem de recusar, mas também não disse que sim. Isso a estava perturbando, saiu de casa para terminar com ele, e voltou com um pedido de casamento.
Impaciente, se levantou com Black Hayete em seus calcanhares, e colocou a caixinha na sala, onde ela não precisaria ficar olhando.
Cansada de tanta perturbação, se arrumou para o trabalho.

..
..
.


O caminho até o Quartel pareceu mais longo que nunca, ela só queria fazer o trabalho e voltar para casa para cortar os pulsos.
Considerando seu estado nada animado, foi uma surpresa quando ela abriu a porta da sala e foi recebida por um coro.

— AHÁ! - Breda, Fuery, Fallman e Havoc apontavam para ela de uma forma muito exagerada.

A tenente não sabia se ria ou saia correndo, mas como estava sem paciência nenhuma achou que correr dava muito trabalho.

— O Coronel está atrasado de novo?

— Não mude de assunto.

— Eu sei que não devia fazer essa pergunta, mas... o que está acontecendo?

— Nós sabemos que é você, senhorita Hawkeye. Depois de muitas horas de trabalho árduo chegamos ao seu nome! - Disse Havoc cheio de orgulho.

— Motivo e oportunidade. Tudo leva até você. - Fallman a sentou em uma cadeira e apontou a luz do abajur bem no rosto dela - Por favor, responda sem fazer perguntas.

— Você rapidamente se tornou amiga e braço direito do Coronel Roy Mustang pouco tempo depois de entrar para o Quartel General Central, certo? - Perguntava Fuery.

— Sim?

— Sim..., huh? E descobrimos que você é prima da noiva do Coronel, estou certo?

— Isso.

— O que faz com que, provavelmente, você e o Coronel se vejam fora do horário de trabalho.

— Infelizmente.

— E é uma mulher muito bonita também.

— Se você diz.

— E muito esperta.

— Nem tanto.

— O tipo de mulher que não cairia na lábia de um mulherengo.

— Talvez...

— AHÁ!!!!! - Gritaram mais uma vez.

— Mas de que droga vocês estão falando? E tira essa luz do meu rosto!

— Bem, não é nada. - Falou simplesmente Breda.

— Não me importo com o que estejam tramando, só não façam nada estúpido.

— Pode deixar- Havoc Soltando a fumaça do cigarro, ele olhou seus companheiros, todos com o mesmo olhar de conspiração.

..
...
.

O refeitório era a mesma barulheira de sempre, pessoas passando e falando por todos os lados, isso não era uma coisa boa para Riza no momento, então ela se manteve na sala, com a desculpa de continuar o trabalho para terminar mais cedo, e foi a oportunidade perfeita.

— Ai! - Reclamou o Coronel - O que pensa que está fazendo? - Disse reclamando do chute que levou por baixo da mesa. Chegou ao QG cinco minutos antes do almoço e reclamando de sono, parecia como os velhos tempos.

— Nós sabemos quem é. - Disse Fallman sério.

— Quem é o que?

— A mulher que roubou seu coração.

— Ah, é?

— Riza Hawkeye - Disseram juntos antes de Roy cuspir o suco na cara de Fuery.

— Hehe, parece que acertamos. - Havoc ria.

— Fiquem quietos.

— Relaxa, nós só queremos te ajudar. - Breda ria também.

— E como vocês vão fazer isso, huh?

— Nos acompanhe senhor. - Fuery falou com ar importante.

Eles foram com Roy até uma área onde ficavam os telefones.

— Querem que eu ligue para ela?

— Não para ela. Para Rebeca Blanks.

— O que ela tem haver com isso?

— Não banque o idiota, chefia. Ela tem tudo haver. - Breda afroxava o sinto.

— O que você tem que fazer é terminar com a sua noiva. - Concluiu Fallman.

— Terminar com a Rebeca, há, depois eu que sou o estúpido.

— Senhor, como você pode querer que ela corresponda o seu amor, quando você vai se casar em uns três meses?!

— Olha, eu ainda não pensei nessa parte, mas uma coisa eu sei, para pensar é preciso estar vivo e se eu romper o noivado, eu sou um homem morto. Morto pela minha própria mãe!

— Há! Como conseguiu se tornar um Coronel sendo tão medroso?

— Bom, como nós somos seus fiéis subordinados, vamos facilitar. - Ele discou os números e esperou um momento. - Ah, alô! Aqui e o subtenente Vato Fallman. Sim, esse mesmo, hahaha. Na verdade eu queria falar com a senhorita, é muito importante. Não, não, ele está bem. Preste bastante atenção, certo? Está circulando um rumor sobre o Coronel, estão dizendo que ele pretende romper o noivado. Exatamente, você é a noiva! O recado foi dado, cuide-se. - Ele desligou e virou-se para o chefe, que tinha a boca e os olhos tão abertos que ele até se assustou.

— O que você acabou de fazer?!

— Relaxa, homem. Só demos o primeiro passo para o senhor. Se der sorte ela é uma dessas mulheres orgulhosas e vai terminar com você antes que termine com ela.

— É, se ela terminar comigo é uma decisão dela e... Sem morte prematura... Genial!

— Bem, mas ainda tem um detalhe. Ainda tem que fazer a Tenente se apaixonar pelo senhor.

— Não me faça rir. Ela estará na minha mão assim que Rebeca estiver fora da jogada. Sim...agora tudo faz sentido...

— Agora está falando sozinho, coitado.

— Vamos voltar antes que a Tenente atire na gente.

...

Rebeca. Roy. Riza. Os três tinham planos para a noite, e todos queriam resolver as coisas.
Depois do trabalho, Rebeca decidiu ir a casa da prima para pedir ajuda, não tinha como o casamento ser cancelado assim, do nada.
Quando chegou em casa, o Mustang não viu a noiva, e em sua cabeça era como se praticamente já tivessem terminado, ele estava contando que ela fosse fazer isso por ele. Enfim, ele decidiu ir ver a pessoa que ele realmente ama e convencê-la disso.
Já Riza, colocou na cabeça que não ia mais fraquejar. Iria devolver o anel de Ricardo e terminar o namoro. Decidida, pegou a caixinha em cima da mesa da sala, e abriu a porta para sair, mas não contava que o Mustang estivesse prestes a tocar a campainha.

— Oi - Seu sorriso estava deslumbrante, mas ela não pareceu notar isso.

— Eu preciso sair, seja o que for, você pode falar amanhã.

— Aonde você vai que é tão importante?

— Vou ver o Ricardo, então com licença.

— Ricardo... Ah, aquele sem graça. Ele pode esperar, eu tenho uma coisa importante para te falar. - Ele quis segurar a mão dela, mas uma coisa o impediu.- O que é isso? - Ele tirou a caixa do anel da mão dela.

— Pode me devolver? Estou ficando atrasada.

— Um anel? Você não ia ver o Rogério?

— Ricardo. E quem disse que era para abrir?

— Vai dar um anel para ele?

— Não é da sua conta o que eu vou fazer- Estava perdendo a paciência. - Agora me devolva e me deixe passar.

— Não, eu tenho que te falar uma coisa, lembra?

— Eu acho que já fui bem clara com as coisas que me disse antes, então vamos parar. Estou tão cansada de tudo isso, só me deixe ir. - Ele quase a deixou ir, ela parecia quase suplicante. Mas ele manteve em mente o que foi fazer.

— O que pretende com o Rodrigo e o anel não deve ser tão legal assim, vamos ficar e ouvir o que eu tenho a dizer.

— Você é tão chato. Mas vamos ver o que é mais importante, falar com um inútil na porta da minha casa, ou ir falar com o homem que me pediu em casamento? - Ela esperava que isso calasse a boca dele. E calou.

— Ele te pediu em casamento?

— É o que parece - Disse pegando a caixinha de volta e passando de uma vez por ele.

— Você aceitou?

— Não é da sua conta.

— Como não é da minha conta? - Ele a fez virar - É da minha conta quando a mulher que eu amo pode estar indo aceitar um pedido de casamento de outro cara.

— Não parece ser importante quando é você que vai se casar.

— É diferente. Você sabe que eu não amo a Rebeca.

— Não ama, mas vai se casar com ela. Nós já tivemos essa conversa antes, e você sabe onde termina.

— Não! Eu amo você! E vou dizer isso até entender, e sei que sente alguma coisa por mim também. Esquece esse cara, esquece a Rebeca também, eu não vou mais me casar com ela...

— É. Não vai mesmo. - Os dois se viraram para o lado. Rebeca estava parada vendo toda a cena, desde que parte eles não sabiam, mas foi suficiente para ela entender. Com os olhos quase transbordando, ela se dirigiu até Roy. - Você é um idiota. - E lhe deu um tapa na cara. Lançou um último olhar magoado para a prima e soltou uma lágrima. Depois se virou e saiu correndo.

— Rebeca! - Riza fez menção de ir atrás dela, mas não antes de dar um tapa do outro lado da cara de Roy. - Eu te odeio.

Ficou parado com uma mão de cada lado avermelhado do rosto, sem ação, vendo Riza tentar alcançar sua ex-noiva.

— Eu realmente sou um inútil.


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Notas finais do capítulo

Não deixem de preencher os espaços novos na parte dos Reviews, essa foi realmente uma idéia boa.
Até o próximo Cap!