Kimi Ni Hi Wo Tsuketai Nosa escrita por Cherry13


Capítulo 12
Decisões


Notas iniciais do capítulo

Capítulo Prontooo. Como as coisas estão indo para o final, eu espero saber a opinião de vocês sobre a história.
Obrigada todos que acompanham a Fic!



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Riza despertava calmamente, sua cabeça ainda doía das pancadas. Ela fez uma nota mental de manter distância de Roy Mustang, por causa dele, tudo na sua vida estava virando uma bagunça.

— "Já decidi, de agora em diante vou evitá-lo o máximo possível" - Com esses pensamentos confiantes ela abriu os olhos, só para dar de cara com a pessoa que ela menos queria ver.

Primeiro, surpresa.
Segundo, confusão.
Terceiro, choque.
Quarto,histeria.

— TARADO! - Ela o empurrou da cama.

— O que...- Ele não pode completar a frase, pois um travesseiro foi acertado em seu rosto.

— Sai de perto de mim! Seu pervertido! Tarado, tarado!

— Você ficou maluca? O que foi que eu...- Mais travesseiradas.

— Como você se atreve? Ainda mais comigo inconsciente? E por sua culpa, se você não estivesse atrás de mim nada disso teria acontecido! Pervertido!

— Você quer fazer o favor de falar mais baixo? Eu não fiz nada! - Quando ela se virou, ele achou que tinha conseguido convencê-la, até que percebeu. - O que você está procurando?

— Onde você colocou a arma que estava na minha calça?

— Arma... arma! Arma?! Você não ouviu o que eu disse?

— Sim, e acho melhor tentar de novo, porque vão ser suas últimas palavras.

— Riza, você não está me ouvindo, eu acabei pegando no sono, não aconteceu nada, é verdade, eu só queria ver se você...

— Se não tem arma, vai ser com as mãos mesmo. - Ela cortou o caminho passando por cima da cama, e foi em direção a ele, que já imaginava seu funeral, sua mãenzinha chorando, Hughes falando palavras bonitas...

Ela foi para cima dele com tudo, pronta para matar, mas a diferença de tamanho dificultava um pouco as coisas. Ele se desviava dos socos, e ela ficava cada vez mais furiosa, combate corpo a corpo não era sua especialidade, armas eram. Mas ela estava disposta a tudo no momento, e ele estava disposto a viver, então quando ela ia tentar socá-lo mais uma vez, ele segurou seus dois braços e a jogou na parede.

...

Como já passava do meio dia, era previsto que todos estivessem acordados, mas somente o casal Blanks e Alexander Hawkeye haviam se levantado. Avery, Rebeca e Ricardo dormiam pesadamente, então depois de muitos gritos, o Pai de Riza disse ter pensado ouvir alguma coisa no andar de cima, e foi checar.

— Riza, está tudo bem? Ouvi você gritar, está acordada?

Roy a havia prensado contra a parede com seu corpo, e se ela prometesse não gritar iria soltá-la. Quando ela ouviu seu pai, pensou que era sua chance.

— Nem pense nisso. Minta, e eu te explico tudo.

— Está tudo bem. - Disse mais alto para o pai ouvi-la - Era só um rato, ele já foi embora.

— Tem certeza, eu posso ir aí se quiser.

— Não se preocupe, eu dou um jeito.

— Se precisar de alguma coisa eu estou na sala.

— Ok - Esperou um tempo, para ter certeza que ele havia ido embora, e se virou para o moreno - Então? - Desde a noite passada ele ainda estava com a mesma roupa, então a falta da camisa era notável para Riza. O corpo dele contra o seu a fazia ficar estática de um jeito que não devia, afinal tinha um namorado e era muito feliz com ele, não era? Preferiu não pensar na resposta e ouvir as explicações.

— Não aconteceu nada. Depois que você desmaiou, eu te trouxe para casa e fiz um curativo. Eu queria ver se ia acordar e precisar de alguma coisa, então eu esperei um pouco, mas peguei no sono. Eu não sou louco de tentar alguma coisa desse jeito, não quero uma morte prematura, ainda não virei Fuher.

— Não acredito em você.

— Por favor, Hawkeye, como foi que você disse para mim antes? Ah, é, você não é tão boa assim. Mas acima de tudo, eu não faria uma coisa tão baixa. Promessa.

— Por mais que você seja um mulherengo, eu também não acho que faria uma coisa assim. - Ela suspirou aliviada. - Você pode me soltar agora.

— Não.

— O que? Você disse que se eu não gritasse, iria me soltar.

— Eu disse, não é? Mas mudei de idéia. Você acha que é justo, depois de me assustar tanto que eu até imaginei meu funeral, soltar você desse jeito?

— O que quer dizer?

— Que se eu fui acusado tão seriamente de uma coisa, pelo menos eu quero ter feito alguma. - A respiração dela se acelerou, e ele sentia no seu pescoço. Até o momento, ele não tinha percebido o quanto a queria, mas ficar tão perto ultrapassava a barreira que ele tinha criado para tentar conviver normalmente, seu coração martelava como se fosse explodir, a única coisa que o acalmava, era que podia sentir o que o coração de Riza batia tão forte quanto o seu.

— Não faça isso. - Disse ela com um fio de voz.

— Você não está o comando aqui, eu estou.

Ele aproximou os lábios do pescoço dela, e beijou, fazendo um caminho até a boca, mas hesitou quando chegou, e ficou roçando seus lábios nos dela.
Riza soltou um suspiro baixo, então ele finalmente a beijou.
Não como da primeira vez, no shopping, dessa vez ele não se segurou, tentou colocar para fora todo o desejo que sentia, mesmo assim não parecia ser o suficiente, quando o fôlego faltava, eles não demoravam muito para voltar a se beijar. Ele lentamente soltou os braços dela, para deslizar para sua cintura, e ela rapidamente passou os braços pelo pescoço dele, o puxando para mais perto, se era possível.
Roy dava mordidinha no lábio inferior dela, enquanto com uma mão a loira puxava seus cabelos, e a outra arranhava suas costas. Impaciente, ele a jogou na cama, enquanto deslizava a blusa dela para cima, Riza estacou, percebendo o que iria acontecer a seguir.

— Pare. - Surpreso, ele olhou para ela.

— O que foi?

— Eu não quero.

— Sério? Não era o que parecia. - Ele lhe lançou um de seus sorrisos de canto, mas ela simplesmente o afastou e saiu da cama. - Você não vai me dizer o que está acontecendo?

— E precisa? Você é noivo da minha prima.

— Você sabe que eu não quero isso.

— E eu tenho um namorado.

— Basta dispensá-lo - Ele foi até ela e abraçou pelas costas - Pare de criar coisas quando nós podemos só ficar juntos.

— Eu não vou ser "a outra".

— Claro que não, você é a única para mim.

— Não - Ela saiu mais uma vez de perto dele - Você é o homem mais mulherengo que eu conheço, o fato de você estar comigo prova. Porque eu deveria acreditar quando diz isso?

— Porque eu te amo.

— Quantas vezes você disse isso para uma mulher?

— Muitas - Ele suspirou - Mas dessa vez é verdade.

— Caso encerrado. - Ela abriu a porta para ele passar. Já do lado de fora ele olhou-a mais uma vez.

— Por favor, acredite em mim.

— Adeus, Roy. - Então ela fechou na cara dele.

Cansada, Riza encostou a testa na porta, ela iria voltar para Central nesse mesmo dia, mais tarde. Ela decidiu que a partir desse momento, ela faria as coisas voltarem ao normal, nada de complicações. Também faria o que poderia ser uma besteira, mas não aguentava viver uma mentira, no momento certo, ela terminaria com Ricardo.


...

Uma semana depois dos acontecimentos, o Coronel Mustang voltou para o QG de casamento marcado, e pronto para receber um gelo da sua Primeira-Tenente, mas o que encontrou foi uma Riza completamente normal, como se nada tivesse acontecido, e uma conta altíssima de bebidas de uma festa supostamente feita por ele.

— Ainda bem que você voltou, cara. Enquanto esteve fora, eu fui o responsável pela sua equipe, e como eu tenho que dedicar muito tempo há minha família, deixei a cambada por conta própria, então eles receberam muitas chamadas do Fuher. - Comentou Hughes em tom casual.

— Não me diga. - Ele lançou um olhar furioso aos subordinados, que fingiram estar muito concentrados no trabalho. - Havoc!

— Senhor?

— Venha aqui. - Jean se levantou relutante, pronto para correr assim que a coisa esquentasse, mas o Coronel apenas colocou um caderninho em cima da mesa, e o empurrou na direção do subordinado.

— Isso é...

— Sim. Estou dando para você.

— Não é possível. - Não é possível, Maes disse com a boca escancarada.

— Deve ter uma bomba, só pode. - Sugeriu Breda.

— Se eu fosse você não confiava, Havoc. - Alertou Fallman.

— Não toque, Havoc! - Dessa vez foi Fuery.

— Deixem de ser idiotas, não se lembram o que eu disse alguns meses atrás?

 

— No dia que eu me prender a uma mulher só, dou minha agenda de telefones para o Havoc.

— Jura? - Perguntou cheio de esperança.

— Claro, primeiro porque eu isso nunca vai acontecer, e segundo porque eu sei todos de cabeça.



— Não. Acredito. - Disse Havoc por fim.

— Parece que a senhorita Rebeca te conquistou. Quem diria, hein, Coronel. - Brincou Breda.

— Não falem asneira. Rebeca, por favor. É outra pessoa. - Disse Hughes.

— Outra!? O senhor sabe quem é?

— Claro que eu sei, desde o início.

— Desde o início? Quer dizer que tem tempo? Como nós não ficamos sabendo disso antes?

— Porque vocês são uns linguarudos, e essa informação é muito importante e... Havoc? - Ele estava apoiado na mesa com rios de lágrimas no rosto.

— Bendita seja essa mulher! Eu serei eternamente um servo!

— Tenente, o que você acha disso? - Ela virou o pescoço para olhá-lo.

— Grande coisa. - E voltou ao trabalho.

— Pior que ela tem razão. - Concordou Maes.

— De que lado você está?

— Você deu a agenda para o Havoc, o que é realmente uma coisa incrível, mas o mais importante você não fez.

— O mais importante... o que? Eu disse que a amo!

— Você diz isso o tempo todo para derreter os corações com mais rapidez. - Fallman disse calmo.

— Mas foi sério dessa vez. O que é mais importante então?

— Ai, meu amigo, é o mais óbvio de tudo. Será que você não entende nada do amor?

— Não, então me diz o que eu tenho que fazer.

— Por que você não pensa um pouco, huh? Eu vou indo, ainda não mostrei as fotos da Elisia dormindo para todo mundo. Ah, e Hawkeye, Boa sorte.


...


Os cabelos soltos de Riza voavam com o vento perto do parque, ela marcou de se encontrar com Ricardo depois do trabalho, mesmo sabendo que ele poderia ser o melhor caminho para ela esquecer o Mustang, afinal ele era uma ótima pessoa e gostava muito dela, ela se decidiu que não queria o enganar mais, terminaria tudo essa noite.
Ele estava sentado em um dos bancos, e abriu um enorme sorriso quando a viu, isso só fez ela se sentir pior.

— Riza, você está linda - Ele deu um leve beijo em seus lábios.

— Obrigada, mas... eu tenho que te falar uma coisa.

— Eu também tenho que te falar uma.

— Então pode falar primeiro. - Ela queria se preparar para dizer, sabia que só estava ganhando minutos, mas não custava nada.

— Eu... Não imaginei que seria assim, mas eu não aguento mais esperar. - Depois de respirar fundo, ele finalmente disse - Quer se casar comigo, Riza Hawkeye?


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Notas finais do capítulo

^^ Obrigada quem leu!