Salvation escrita por Vanessa Morgado, Celo Dos Santos


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Mais um! Agradecemos a todos que estão acompanhando =D

~Enjoy~



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As 3 garotas encaravam a companheira de quarto. Dianne encarou ela como uma competidora no rank popularidade, resumindo apenas em: Coisas de Dianne. Crystal não gostou dela pelo sorrisinho irônico, queria arrancar com as unhas aquele riso e sua visão sarcástica conseguiu identificar uma cobra ao olhar Karen. Já Ellen, não sabia se ficava muda ou tentava se enturmar, mas era péssima na segunda opção, por isso calou-se e ficou fitando-a.

– E então terei eu que quebrar o gelo? - e tentou puxar conversa, com o mesmo olhar de ironia.

Crystal olhou para suas unhas e notando que ainda continham esmalte negro, pensou consigo que era melhor manter elas longe do pescoço da colega de quarto.

– Sou Ellen. - e respondeu com um sorriso simpático.

– Bem, aposto que leram meu nome ali. É uma honra ter em meu quarto as Evoluídas da Profecia. - e continua com o tom irônico, que provoca repugnância de Crystal Lake.

– Cara, por que aquela louca inventou esse negócio de profecia, profecia e blá blá blá... Isso tá pior que Testemunha de Jeová... - Crystal revira os olhos desabafando um pouco do que lhe incomodava.

– Crystal?! - as duas amigas falam simultaneamente.

– O que? Vai dizer que não é um porre isso.

Crystal olha para as amigas, ambas mandam um sinal para que olhasse Karen, como se quisesse dizer: "Hey, ela é amiga da louca".

Karen dá de ombros para o comentário, tentando não arrumar briga com as garotas que dormiria por um longo e duradouro tempo de sua vida. Abriu a sua partição do guarda roupa e retirou de lá uma regata branca. Posteriormente, tirou sua camiseta e notando a porta do quarto aberta, virou um borrão e fechou-a em super-velocidade e com a mesma rapidez se trocou.

– Curiosidade, minha. Qual o dom de vocês? - e já vestida olha para as três, tentando recomeçar de novo.

– Alto controle. - Crystal fala provocante.

– Imaginar cores e decoração nesse lugar. - Dianne comenta, deitando na cama meio desanimada com o local antiguado.

– Telecinese. - Ellen responde a pergunta da maneira correta.

Isso provoca o desaprovamento das 2 amigas, logo que Crystal já olha prá ela com um olhar fuzilante e Dianne até se levanta da cama.

– Wow! Temos uma raridade entre nós, talvez agora eu dê crédito ao lance da Profecia, uma telecinética pode fazer grandes coisas. - e veloz, se assenta ao lado de Ellen.

Dianne e Crystal se olham e depois fitam Karen, não gostaram dessa proximidade. Ellen sempre foi a que mais precisou de proteção de todos, principalmente das meninas e de Logan. Era ingênua, acreditava nas pessoas, o oposto de Crystal que sempre tem um pé atrás com as intenções das pessoas ao seu redor. Ellen também é contraria a sua própria habilidade que é agressiva e necessita de confiança, qualidade que ela não tem. Por isso a telecinese controla Ellen Summers e não da forma reversa, é trágico? Sim, com toda a certeza, mas é a realidade.

– Bem, digamos que eu e o controle da telecinese, estamos em mundos de distâncias, galáxias... - Ellen inclina a cabeça.

– Você pode ter razão... Mas sei quem pode te ajudar, vou te apresentar a ele no almoço.

Crystal estranha totalmente a tentativa de aproximação. E então como é uma investigadora nata, já formula suas teorias sobre tal fato. "Será que ao saber que Ellen é telecinética, ela a quer como amiga, em busca de proteção, ou em busca de algo que essa cabeça, que fica escondida debaixo desse cabelo loiro engordurado, esconde?". E Crystal permanece nos devaneios.

Após umas duas horas, que Dianne tirou para dormir, Crystal passear por aí e Ellen para virar "amiguinha" de Karen, um sinal extremamente agudo é tocado. Em suma, o sinal do almoço, o sinal que libera a boiada de detentos famintos que anseia por comida.

Allan e os 3 amigos saem do quarto e esbarram com as meninas que já estavam saindo. Scott ainda permanecia em sua cama, parecia ter virado uma estátua olhando para o teto.

Jason fechou a porta do quarto e sorriu para Ellen, Crystal e Dianne. As meninas retribuiram o sorriso. Logan ajeitava a regata que deixava seus braços fortes à amostra. Rapha pelo contrário estava vestido com uma camiseta cinza que estava bem colada ao seu corpo. A calça de ambos os garotos era a mesma. Crystal preferiu abusar do cinza, gostaria de ter um preto, mas como não tinha fugia do branco. Dianne ao contrário de todos ali, parecia ter até bom gosto para roupas repetidas. Ellen buscou a simplicidade do branco, apenas tinha seu all star comum para diferenciar. Jay estava com uma camiseta branca. Nada de muito diferente o visual dali tudo era como Dianne disse era, sem perspectiva. Acho que o Novo Governo querem que todos os detentos se sintam assim.

– Primeiro almoço... Saudades do espaguete italiano do Sr. O'Briel. - Jason comenta rindo.

– Poxa, aquela turma ali do quarto... - e lê o número - 56. Estão me lembrando Dead Island... - Logan satiriza o jeito faminto que os caras estavam se comportando, avançando por todos.

– Será que em um mês aqui, seremos zumbificados? - Dianne pergunta, olhando para eles com cara de espanto.

– Quanto drama... - Crystal retruca, colocando a mão na testa.

– Hey meninas... Esse é nosso colega de quarto, Allan. Allan, estas são Crystal, Ellen... - e é interrompido pelo próprio Allan.

– E Dianne, eu sei... Barbara vivia repetindo o nome de vocês... - e sorri.

As meninas sorriem ao rapaz. E então, um flash passa no meio do grupo e para na frente de Ellen, é Karen saindo do quarto.

Os 3 amigos ficam impressionados, não tinham conhecimento dos outros poderes e uma garota com super velocidade certamente iriam deixá-los bobos. A garota fitou cada um, porém houve um deles que lhe chamou a atenção, Logan. Ela o olhou de cima a baixo e suspirou, antes de dizer a Ellen o que queria.

Logan sorriu ao se ver cecado, porém disfarçou coçando o cabelo.

– Vamos, preciso te mostrar o meu amigo que vai te ajudar. E vocês apressem-se, ou querem comer em pé. - e sorri, puxando Ellen e depois vira um borrão junto a ela.

– Calma, eu tenh... - Ellen nem consegue terminar a frase já que Karen a levava em alta velocidade.

Todos olham o borrão das duas indo para direção do refeitório surpresos. O corredor já estava vazio e apenas eles estavam ali, até que Scott saiu do quarto e passando por eles, apenas assentiu como dá outra vez. Logan já considerava aquilo um cumprimento, então retribuiu.

– Esse cara me dá naúzeas... - Dianne, comenta, enquanto o via se afastar.

– Já eu, acho ele um tesão. - Crystal sorri maliciosa.

– Bah... Depois dessa eu vou indo... - Rapha, comenta começando a caminhar em direção onde todos iam.

Crystal mantém o sorriso, enquanto acompanha os amigos que são orientados por Allan.

– Viram aquilo, são câmeras de segurança. Apelidados por nós de "olheiros". Elas passam o dia todo ligado e depois que o General assumiu conta deste lugar, são desligados a partir das 7 da noite.

– Por quê? Por que seriam desligadas, poderíamos estar arrumando um jeito de sair daqui. - Jason comenta espantado.

– Ah sério! Eles sabem que a única forma de sairmos daqui, seria pelo lado de fora. E eles mantém elas desligadas, por que ao amanhecer querem ligá-las e ver óbitos. Isso já aconteceu ano passado, o mutante assassino foi morto também. Entederam agora as intenções do General Trevisk? Essa ideia de "restauração" do Novo Governo encobre as ações de caras como ele, que só querem promover a morte de Evoluídos. - e reproduz as aspas na palavra restauração, assim como o General fez. Crystal se recorda de tal fato e então sorri, descobrindo do que se tratava.

– Então quer dizer que a noite podemos fazer o que quisermos... - ela fala olhando Allan.

– Nem tudo, mutantes nível 1 como vocês, podem sim. Por que os olheiros se desligam e vocês passam a não receber mais LCC.

– Como assim, nível 1? - questiona Logan.

– Bem, mutantes nível 1, possuem habilidades normais. Ou melhor, habilidades que não os permitam fugir, podem usar suas habilidades livremente... Existem os mutantes nível 2, que ao contrário dos nível 1, tem habilidades que os permitem fugir daqui a qualquer segundo. Como eu, que sou intangível. Traduzindo, atravesso paredes e outras coisas. Então, para esse mutantes são dados as LCC mais intensas que duram 24 horas. - e vai explicando enquanto caminham pelo corredor.

As vozes dos jovens no refeitório começam a aumentar e é possível ouvir os barulhos das colheres e garfos, batendo nos pratos.

– E quando eles dão as LCC á vocês? - Logan questiona novamente, interessado.

– 6 da manhã, é tocado o alarme do despertar e então temos que ir lá tomar a LCC.

– Mas, vocês podem conseguir escapar disso e usar suas habilidades prá derrotar os DECOEs.

– Na verdade, eles tem métodos bem eficientes prá nos manter presos aqui, vocês vão ver. Se não tivessem não estaríamos aqui. - e chegam ao grande pátio de entrada, há várias saídas e ele os indica a da direita que leva ao refeitório.

Todos não querem ficar questionando muito, mas o lance do método de mantê-los confinados, ainda estava atormentando suas mentes.

Ao abrirem a porta do refeitório, eles viram quatro fileiras enormes de mesas, estas estavam completamente lotadas. Notava-se jovens por todos os lados, alguns grupos, como se estivessem no colegial. Jovens que já terminaram sua comida, ficavam espalhados pelo pátio um pouco depois do Refeitório. As refeições do dia, ficavam do lado direito e eram colocadas por compartimentos, então não havia pessoas servindo, questões de segurança explicou Allan.

– Vamos, vamos apanhar nossos pratos. - Allan disse guiando-os.

Os jovens foram até os compartimentos com refeições e apanharam os pratos. No quesito alimentação os detentos não podiam reclamar. Posteriormente, eles encontraram lugares vagos e foram se sentando, Dianne não conseguiu se assentar com eles.

– Opa, Didi, digamos que terá que encontrar uma turma nova. - Crystal caçoou.

– Ra rá, muito divertido Srta. Lake. - e recebe um olhar meio que sem graça dos amigos.

Ela apenas acena e vai andando. Na procura por algum local aonde sentar, ela acaba encontrando, porém detesta a pessoa solitária que está nele. Mesmo odiando a ideia de ficar olhando ele comer, ela se assenta.

Ela deixa a garrafa com o suco do lado direito e então começa a se servir preferindo não olhar para o indivíduo a sua frente. Scott ao contrário de Dianne a olhava penetrante, observando cada gesto. Dianne em um certo momento se sentiu incomodada, quando num momento distraído olhou nos olhos dele.

– Perdeu algo aqui? - ela olhou seca para ele.

– Talvez eu tenha perdido a fome. - e com um olhar parecido a encara.

– Ah... - e faz biquinho de pena, soando como deboche, é claro - Sinto muitíssimo.

O rapaz inclina a cabeça e decidi não ficar papeando com a garota que já estava lhe incomodando. Dianne, balançou a cabeça em sinal de descontentamento, sinceramente sentia algo diferente por aquele garoto, uma raiva indescritível, porém não sabia dizer de onde surgira tal sentimento.

O rapaz bebeu seu suco e após uma longa suspirada, decidiu voltar a comer.

– Bem, temos pontos bons aqui em Alkalia também. Tipo, todas as terças, temos natação e academia. Eu traduzo isso como táticas de distração. - os jovens fitam ele, com bastante atenção.

– Mas, isso aqui é uma prisão, não é? - pergunta Rapha agora sim, surpreso.

– Então, por isso chamo de "táticas de distração" por que foge do intuito de que estamos trancafiados e temos liberdade para nos matarmos a noite. - ele fala, irônico e crítico.

– Ele tem toda a razão... - uma voz conhecida porém, nada grave ecoava do lugar ao lado de Logan.

Tratava-se da criança que logo mais cedo, os criticou e expôs tudo o que pensava sobre eles. O garoto estava sem sua bandana, tinha cabelos castanhos e olhos bem claros, era portador de uma inteligência incomum.

– Ah, pessoal esse é o nosso mini crânio, Henry Liveland. - Allan apresenta e assente ao garoto que bebia seu suco.

– Já tivemos o prazer de conhecer, o fedelho. - Crystal disse, olhando o garoto.

– No seu lugar eu teria respeito, ele é realmente um gênio, um dia ainda tirará a gente desse lugar. Sem querer ser antipático, mas dou mais crédito ao que ele fala, do que a Profecia de Barbara.

– Falando nela... Aonde está? - Logan questiona.

– Está sentada com sua amiga, Karen e Joshua Banks. - Henry disse, apontando a direção para Logan e os outros.

Do outro lado, Barbara comia tranquilamente e podia se ver que Ellen e Karen estavam lá também. Ellen conversava com Joshua, mal tocava em seu prato parecia curiosa no assunto. Raphael, preferiu não comentar nada e sugeriu o mesmo a Crystal quando ela se prontificou a falar. Jay e Logan apenas fitaram aquilo, buscando meios de entender o que será que Ellen queria naquela mesa, do que estar com seus amigos?

Barbara apenas escutava a conversa entre Joshua e Ellen. Estava com seu foco visual para a mesa dos Evoluídos de sua profecia e às vezes olhava Dianne com Scott. Realmente o que se passava por sua mente era um mistério a todos, a não ser por um certo alguém que Barbara tinha extrema confiança, o próprio Joshua.

– Então está me dizendo que não tem nenhum controle sobre sua telecinese? - ele perguntou parecendo entender do assunto.

– Sim, por favor, não me julgue eu não sei quando pará-la, é complicado, por que do nada tudo acaba explodindo na minha cara, ou pessoas são arremessadas longe. - Ellen explica, mostrando-se sem tanta alto estima.

Karen sabia que Joshua era o cara certo para ajudar Ellen, por que como Ellen seu poder era mental. Mas as intenções de tal ajuda, intrigava muito Crystal que fitava-os lá do outro lado. Barbara voltou seus olhos para a conversa nesse momento, quando notou que Joshua iria explicar a ela como seu poder se torna instável e como adquirir controle, como se tal fato fosse importante de ser acompanhado.

– Eu não tenho direito de julgar você. Já passei por isso e sei que nós dois que temos poderes mentais sofremos mais que... - uma pausa - Você Karen.

– Eu? - ela questionou a abordagem.

– Sim! Poderes físicos como os seus, são de fácil controle. Você pode optar quando correr e quando parar. Já eu, não conseguia parar de ouvir os pensamentos dos outros, foi difícil conseguir o controle da telepatia.

Karen sorriu logo que Joshua parecia motivado a ajudar sua companheira de quarto.

– Acho que estou entendendo, Joshua. - Ellen sorriu, já que o rapaz parecia ter passado pelo mesmo problema que ela.

– Ellen, preciso ver como você utiliza sua habilidade. – Joshua sorri a ela pegando a garrafa de suco recém bebida, colocando-a no centro da mesa.

Barbara focou seu olhar para a garrafa, Karen fez o mesmo.

– Acho melhor não, acho que poderei estragar muitas coisas, ou talvez, fazer algo trágico. - Ellen repreende, por estar ciente de seus atos telecinéticos.

– Não se preocupe tenho certeza de que nada de mal acontecerá, Joshua vai conseguir te ajudar. - Karen incentiva, enquanto Barbara ainda tinha seus olhos focados para a garrafa.

– Eu não sei se posso, eu não vou me controlar, eu vou causar um desastre. - Ellen parou de falar quando sentiu um toque, era Barbara que estava ao seu lado.

O toque da mutante parecia transmitir algo diferente, então olhando para ela, Ellen prestou total atenção no que ela ia falar. Karen e Joshua aguardavam ansiosos por uma demonstração de telecinese, o dom era tão raro que causou a curiosidade de ambos. Do outro lado, essa cena era assistida por Logan, Crystal, Jason e Rapha.

– Hey, não pode ter medo do seu dom, você tem que controlá-lo e não ele te controlar. E olha como está agindo, como se já fosse botar Alkalia a baixo. - Barbara deu o que parecia ser uma bronca.

Ellen ficou pensativa, sabia que Barbara tinha total razão, mas também sabia dos efeitos da sua falta de controle. Qual opção tomar, arriscar por algo melhor? Ou, se conter para não causar danos a ninguém? Após uma longa respirada, Ellen decidiu tomar atitude e então soltando o ar. Olhou fixamente para a garrafa, buscando apenas movimentá-la para a direita até alcançar proximidade a Joshua.

Então Barbara e ambos os ansiosos, notaram que ela estava a ponto de usar sua habilidade. Seu olhos focaram a garrafa também. Durante alguns segundos, nada aconteceu, a garrafa parecia estar da mesma forma, intocável e inabalável.

– Você consegue, Elle. - Karen disse percebendo a colega em estado extremo de concentração.

Naquele momento, a garrafa lentamente começou a se movimentar, deslizava pela mesa para a direção que Ellen desejava. Um sorriso abriu na face da garota e na de Joshua e Karen também. Barbara mantinha uma cara diferente, como se soubesse de algo a mais.

– Estou conseguindo! - se empolgou, então a garrafa voou longe e caiu no chão, próximo a mesa do bonitão que flertou Dianne a algumas horas. Ele estranhou o barulho e virou seus olhos para a direção de Ellen - Desculpa. - ela disse a ele.

Neste instante a mesa onde estavam começou a vibrar e os pratos flutuaram, Ellen notou aquilo e ficou em estado de choque, desesperada para cessar tais acontecimentos. Karen levantou-se da mesa e os rangidos da mesma se movimentando, chamou à atenção de todos ali. Joshua notou que Ellen parecia estar paralisada, então olhando-a penetrante buscou acessar sua mente. Ele ouvia pensamentos um tanto, desordenados e repetidos, tais como: "Pare! Por favor, pare!", "Assuma o controle, assuma o controle". De repente para a surpresa de Joshua ele sentiu uma espécie de interferência que o impediu de entrar mais a fundo na mente da garota, então sentindo uma dor mental ele saiu da cabeça dela.

– Precisa parar, Ellen! - Karen falou em um tom de desespero.

Os talheres foram arremessados para o ar e cairam no chão, a garota não se mexia, assim como Barbara ao seu lado.

Jason, Crystal, Logan e Rapha levantaram-se e chocados observavam tudo. Scott, terminou seu prato e encarou a cena com uma cara fechada, vendo a direção que ele olhava Dianne se virou e viu a amiga em descontrole.

– Ai que droga... - ela disse, terminando de limpar-se com o guardanapo.

Tudo naquela mesa se mexia, até que Barbara tocou novamente em Ellen, porém isso fez com que uma espécie de força invisível a lança-se ao chão. Contudo, tal atitude fez com que Ellen acordasse e cessasse tudo. Barbara caiu e se arrastou no chão. Joshua e Karen se surpreenderam.

Instintivamente, Scott se levantou e bradou, indo em direção da mesa onde Ellen estava.

– Ela vai pagar! - Ele tentou passar por Dianne, porém sentiu que a garota o pegou pelo braço.

– Fora disso, garanhão. - e pegando em seu braço o puxou prá perto acertando-lhe com um gancho perfeito. O rapaz voou longe e caiu em cima de uma mesa que estava vazia.

Todos se espantaram com a cena e alguns dos mutantes se preparavam para uma briga, principalmente uns rapazes que sentavam no canto esquerdo do refeitório. Todos de lá, se levantaram na hora e fitavam Dianne e Ellen com sede de batalha. Scott por outro lado, colocou a mão no queixo, se recuperando... Não podia negar que nunca havia experimentado um punho tão pesado e duro.

– Scott! - Karen berrou virando um vulto que percorreu as mesas e velozmente chegou no irmão.

– Karen, cai fora... Ela mexeu com o cara errado. - Scott levantando, saiu de cima da mesa e abrindo uma das mãos ele fez uma chama aparecer, rapidamente essa chama cresceu e se tornou uma bola de fogo. As chamas na mão do rapaz, saltitavam e Dianne recuou um pouco espantada, esbarrando em alguém. Era Logan e ao seu lado estavam Raphael e Crystal, Jason fora ao outro lado ver como Ellen estava.

A garota que tinha um grito super sônico ajudou Joshua a levantar Barbara, mas permanecia seus olhos em Ellen, como se quisesse ferí-la.

– Kiara, se acalme a culpa não foi dela, eu te explico depois. - Barbara alertou a amiga, notando que esta já estava querendo uma luta.

– Ninguém toca na Dianne. - Rapha disse, entrando na frente da amiga.

Logan e Crystal ficaram ao lado dela. Todos ali pareciam aguardar um ataque de Scott, como se estivessem num estádio de luta-livre. Rapha encarava o rapaz com fúria nos olhos, Scott matinha o mesmo olhar para Rapha.

Tudo indicava uma longa briga até que Scott veio ao chão, gemendo e berrando. Sentia uma estática poderosa percorrer todo seu corpo, no entanto Logan não havia feito nada. Ele se contorcia, Raphael mudou seu olhar para confuso, não estava entendendo nada, assim como Crystal e Logan.

– Lembra quando disse que eles tinham um método convincente de nos manter aqui... - Allan disse, chegando próximo aos amigos quando viu a briga se formando - Bem, esse é o método.

Eles entenderam que de alguma forma os DECOEs conseguiam eletrocutá-los caso precisassem. A estática passou e Scott tremia, enquanto colocava a mão no peito e na cabeça, urrando de dor.


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Notas finais do capítulo

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Até domingo que vem =D



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