Salvation escrita por Vanessa Morgado, Celo Dos Santos


Capítulo 10
Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

Rá! Agora sim começam os capítulos com a minha contribuição para a história ;)

Espero que gostem!

~Enjoy~



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Todos os detentos estavam no Pátio de Entrada, Alkalia haviam lhes entregue peças pretas, para simbolizar o luto. Eles foram organizados em diversas fileiras e assistiram a cena. DECOEs colocavam o corpo na maca e o levaram além da porta, quando esta se fechou eles tiveram total certeza Allan se foi.

Logan, Rapha e Jay pareciam inconformados, um assassinato em Alkalia.

Jason procurou por Barbara, mas seus olhos não a encontraram.

Então um dos DECOEs, chamou os detentos de nível 2 a tomarem suas LCCs. Raphael lembrou-se que Allan não estaria presente nessa fila e cerrou seu punho indignado.

– Isso é tão estranho, como alguém pode morrer nesse lugar sendo que ele é constantemente monitorado? - Dianne se senta ao lado dos amigos.

Ellen se aproxima de Jason e abraça ele.

– Vai ficar tudo bem.

– Obrigado. - Jason sorri a ela.

– Esse é o propósito das câmeras serem desligadas a noite. - Henry fala ao se aproximar deles - É isso que aqueles patifes querem.

– O pirralho tem razão. - Raphael é quem diz.

– A morte do Allan não ficará impune assim. - Crystal olha para eles.

– Tem razão. - Raphael sem delongas sai dali e vai caminhando na direção dos Liberatos - Eu sei que fizeram isso!

– Rapha, não. - Crystal olha para o amigo.

– Vou com ele. - Didi segue o amigo.

– Vocês não tem juízo? - Crystal acaba acompanhando eles.

– Oi?! - Flint, o líder Liberato, encara eles.

– Foram vocês que mataram ele. Eu sei. Allan me defendeu de vocês ontem e aí... -Raphael fuzila eles.

– Ele está louco. - Flint debocha os outros riem, exceto Wade que mantinha a sua face inexpressível.

– E esse babaca aí? - Didi aponta para Wade.

– Dianne, fica quieta. - Crystal segura no braço dela.

Dianne ainda acreditava que Wade era quem a ficou observando naquela noite.

– Olha eu não sei o motivo de seu amigo ter morrido, ou o porque dessa acusação sem fundamento, porém acho que deveriam se preocupar que há um assassino no meio de nós. - Flint olha eles.

– Claro, está sentado aí do seu lado. - Didi se aproxima de Wade. - Eu era a sua vítima não é?! - Ela empurra ele. - Fala!

Por conta da força de Dianne, Wade voa longe. Ele encara ela parecendo estar irritado.

– Hey! - Axel cria espetos no braço e aponta para Dianne.

– Não encosta nela. - Logan criou uma esfera elétrica na mão.

– Droga. - Ellen se afasta de Jason e vai até os amigos. - Sem brigas aqui.

– Duvido que atire contra mim. - Dianne desafia Axel.

– Não Didi, não provoca. - Jason se aproxima.

Logan continua com a esfera apontada a Axel. Flint apenas observava a cena com um sorriso malicioso.

Axel aceitou a provocação, mas se conteve.

– Ele se gaba por causa desses gravetos! Me poupe! - Dianne fuzila Axel com o olhar.

– Dianne, para! - Crystal repreende a amiga.

– Basta! - Axel atira um ferrão de osso nela.

Ellen olha para o ferrão e ao levantar sua mão, ela o paralisa no ar.

– Ninguém machuca os meus amigos. - Ela faz o ferrão se virar contra Axel.

Flint entra na frente. O ferrão colide na pele do líder liberato e estoura, a energia do impacto é absorvida.

– Ele vai pagar! - Logan vai na direção de Flint e Axel.

– Não, Logan... Já chega. - Jason o repreende.

– Ele está certo, Jay... - Raphael abre as mãos e tudo começa a estremecer.

Grande parte dos detentos assistia a cena e ficaram assustados. Os DECOEs ainda não interferiram.

– Flint, acho que está querendo um toque meu novamente não? - Crystal sorri para ele.

Dianne se prepara para poder atacar os Liberatus, enquanto Ellen tenta se controlar e fica com suas mãos levantadas.

Wade se levanta e olhando para todos ali, respira longamente se concentrando, então todos começam a sentir uma calma, uma paz. O que antes era uma situação fora de controle, agora parecia estar mais amena.

Raphael se acalmou e parou de estremecer o lugar. Logan desistiu de atacá-los e ficou ao lado de Jason. Flint sorriu ao sentir o dom do irmão em ação.

– Mas? - Dianne olha para Wade sem entender.

– É o dom dele. - Ellen sorri de lado.

Dianne também começa a sentir a calmaria e a leveza. Os olhos de Flint alternam de um para outro, mas no fim todos ficam relaxados.

– Flint, vamos sair daqui. - Wade fala. Sua voz era tão grave que parecia que ele era um senhor no corpo de um jovem.

Flint concorda com o irmão e todos os Liberatus saem dali.

Dianne suspira e sorri mesmo não querendo. Crystal e Ellen se aproximam da amiga e sentam com ela na mesa.

– O poder dele é bom, nem preciso de spa. - Crystal faz uma cara de not bad para as amigas.

Jason, Rapha e Logan também se sentam ao lado das amigas.

– O que exatamente ele fez?

– Ele tem uma espécie de controle sentimental. - Scott fala sentando com eles - Vocês enlouqueceram?

– Oi? - Ellen olha para Scott.

– Não venha me dar lição de moral Sr. olhos azuis perfeitos. - Crystal olha para ele.

– Eu também detesto os Liberatus, mas acusá-los assim, sem provas. - Scott encara eles.

– Eu estava revoltado na hora, agora não estou. Mas sei que foram eles! - Rapha fala.

– Se fossem eles, porque Flint falaria tão calmo sobre termos um assassino entre nós? - Ellen olha para Raphael.

– É, a Ellen tem razão. - Dianne pensa um pouco. - Crys, o que quis dizer com seu toque no Flint?

– Longa história... - Crystal dá de ombros.

– Estava na mente deles, estão mais assustados que nós. - Joshua chega na mesa - Você foi incrível. - Ele fala a Elle.

– Se não foram os Liberatus, quem poderia ser? - Jason olha ao redor e se concentra, no entanto são muitos pensamentos aleatórios, ele se confunde.

– Pode ser qualquer um. - Scott afirma.

– Obrigada Josh. - Ellen sorri sem graça.

– Eu não sou. - Dianne olha para os amigos.

– Nem eu. - Crystal se levanta. - Se me dão licença, preciso jogar uma água no rosto. - Ela se afasta dos amigos indo para o banheiro.

Jason continua tentando ouvir os pensamentos dos detentos, algum deles teria que estar pensando sobre ter matado o colega de quarto.

"Socorro!"– A voz de Barbara ecoa fortemente em sua cabeça.

– Joshua acho que ouvi a Barbara. - Jason tenta se concentrar mais.

– A vidente? - Dianne olha para Jason.

– Poxa vida Didi! - Ellen olha para ele.

Joshua limpa sua mente e também capta.

– Ela está em apuros!

– Aonde? - Scott já se arma para ajudar a amiga.

– São muitas mentes... Não tem como saber. E eu não consigo falar com ela mentalmente. - Joshua fala.

– Socorro! - Bárbara continua gritando e esmurrando a porta - Me ajudem. - Ela escorrega até o chão e se senta.

– Vou achá-la. - Joshua sai da mesa e caminha pelo pátio tentando captar de onde surgia a voz dela.

– Karen! - Scott berrou pela irmã.

– Te ajudo. - Jason assentiu a Joshua.

– Hora de buscar a vidente. - Dianne segue eles.

Ellen revira os olhos e segue os amigos.

– To indo! - Karen corre até eles. - O que aconteceu?

Um vento forte sacode o cabelo deles, graças a velocidade de Karen.

– Mana, preciso que corra por aí e veja se consegue localizar Barbara, ela está em apuros.

– Sim, ela continua pedindo socorro. - Joshua comenta, as muitas conversações no Refeitório não ajudava.

– Deixem comigo. - Karen sai correndo.

– Socorro... - Bárbara sussurra já sem voz.

Crystal chega no banheiro e estranha ao vê-lo trancado do lado de fora. "Mas o quê?!"

– Está vindo dali... - Joshua indica os banheiros. E corre para lá.

Ellen corre atrás dele.

– Ai essas correrias, odeio isso. - Dianne vai atrás deles.

– Porque não abre?! - Crystal tenta abrir a porta.

Jason, Scott, Rapha e por último Logan vem atrás.

"Barbara, te encontramos."– Joshua fala mentalmente a ela após conseguindo focar apenas nela.

– Josh! - Barbara bate na porta. - Joshua!!!

– Mas quem está aí? - Crystal continua tentando abrir a porta.

– Barbara! Eu estou aqui! - A ruiva bate na porta.

– Barbara se afasta da porta. - Raphael pede - Vai com tudo Didi!

Barbara se afasta da porta e se encosta na pia.

Jason balança a cabeça negativamente sorrindo.

– Adoro isso. - Dianne sorri e dá um soco na porta fazendo ela se partir e cair no chão.

– Barbara? - Scott entra primeiramente.

Joshua vem em seguida.

– Mandou bem. - Rapha elogia a amiga.

– Obrigada. - Dianne arruma seu cabelo e olha para Barbara. - Você está bem?

– Scott! - Barbara se levanta e tenta encontrar o amigo.

– Barbara... O que houve? - Scott fala assustado.

Joshua encarava Barbara, ela estava assustada.

– Eu fiquei presa aqui a noite toda, o assassino me prendeu aqui. - Barbara fala com um pouco de dificuldade, sua voz estava falha devido aos berros dela.

– Ele te atacou? - Logan olha ela.

– Conseguiu identificá-lo? - Rapha é quem questiona.

– Não, ele me prendeu aqui, acho que ele queria que eu "presenciasse" o assassinato. - Barbara se aproxima de Scott e abraça ele apavorada.

– Vem vamos cuidar de você. - Scott ajuda ela a caminhar.

– Vou pegar café para você. - Logan sai dali.

– Bom, encontramos ela, estamos dispensados. - Dianne se vira e puxa Crystal para ir com ela.

– Barbara, você se lembra da voz dele, ele deu algum sinal alguma coisa? - Ellen olha para ela.

– Não Elle, nada, ele não falou, apenas me trancou aqui e matou o Allan sem chances de defesa, assim como na minha visão. - A ruiva explica.

– Visão? Você teve uma visão desse assassinato e não contou pra ninguém? - Ellen olha para ela. - Se a gente soubesse, poderíamos ter evitado e Allan ainda estaria vivo!

– Eu... Eu não sabia o que fazer. - Barbara se apavora.

– Hey sem pressão... Tá bom. - Scott entra na frente dela.

– Eu também sabia. - Jason suspira.

– Seriously!? - Rapha encara ele - Que droga, Jay.

– Allan morreu por culpa de vocês! - Ellen esbraveja e sai dali irritada.

– Não foi minha culpa! - Barbara começa a chorar. - Não foi.

– Ela tem razão... - Raphael balança a cabeça negativamente e sai dali também.

Jason abaixa a cabeça e pensa consigo se mesmo com todos sabendo a morte de Allan teria sido evitada. Ele olha Barbara e não a culpa tudo poderia ter sido pior se todos soubessem.

– Vou levar a Barbara até a mesa com a Kiara. - Scott fala e vai saindo do banheiro com ela - E Jason... Tomou a decisão certa, seria pior.

Barbara acompanha Scott e vai se acalmando aos poucos.

Ellen vai até o quarto de Flint e Wade e bate na porta. "Não me ataquem..."

A porta se abre e Wade é quem a recebe.

– Algum problema? - a voz grave de Wade chegava a dar calafrio.

– Eu... Eu queria conversar com você. - Ela fala sem jeito.

– Não temos o que conversar... - Wade fala ríspido.

– Eu queria me desculpar pelo que a Dianne fez.

Wade sai prá fora do quarto e fecha a porta.

– Olha... Ela precisa parar de agir dessa forma. Ou irei fazer vocês sentirem ódio, um ódio consumível, no qual ela nunca mais irá querer mexer comigo. - Wade fala convicto.

– Eu vou conversar com ela. - Ellen se encosta na parede com um pouco de medo do que ele poderia fazer.

– Acho bom. - ele olha ela - Gosto do medo.

– Você não deveria se orgulhar disso, as pessoas devem gostar de ficar próximos de você e não sentirem medo. - Ellen olha nos olhos dele.

– Que pessoas? Todos nos temem... Olha aonde viemos parar.

– Então tente se unir as pessoas que estão presas aqui com você, talvez assim possamos nos ajudar a sair daqui Wade.

– Meu irmão é o único no qual confio e me manterei ao lado dele. - Wade se vira de costas.

– Porque ser tão turrão assim? - Mesmo com medo, Ellen toca no ombro dele.

– Talvez Ellen... Eu lhe conte um dia... Mas, por hora. - ele se vira e olha para ela.

O olhar dele parecia ser a coisa mais aterrorizante que Ellen viu na vida. Ela chegou a dar um pulo prá trás.

– Você é maluco! - Ela sai correndo dali.

Wade suspira e volta para dentro do quarto.

– Quem era? - Flint questiona.

– Só mais alguém que me teme. - Wade sorri.

O manhã foi bastante silenciosa, parecia que os Alkalianos respeitaram a morte de Allan e criaram uma espécie de luto. As roupas negras haviam entrado para o vestuário, era diferente, porém não transmitia algo bom.

Rapha sentou na arquibancada do Grande Pátio e lembrava dos momentos fora de Alkalia.

– Hey. - Karen senta ao lado dele. - Você está bem?

– Hey... - ele sorri para ela, no entanto transmitia não estar tão bem.

– Não quero te ver assim Rapha. - Karen olha ele.

– Minha mente estava vagando fora de Alkalia, sinto saudades da família. Meu irmãozinho. - Raphael suspirou.

– Ah. - Karen fica sem graça. - Minha família que me trouxe pra cá.

– Meu irmão quando descobriu os poderes... Houve um incêndio e... Bem, é complicado. Meu pais com medo nos denunciaram. - Karen explica e abaixa a cabeça.

– Calma, vai ficar tudo bem, sairemos daqui. - Raphael faz carinho na nuca dela.

– É, um dia vai. - Ela suspira e sorri com o carinho. - Seus pais sabem sobre seus poderes?

– Sim, eles me mantinham em segredo, até que fui denunciado... E ainda não sei quem foi. - Rapha cerra o punho.

– Então eles não tinham medo de você. - Karen segura na mão dele.

– Deveriam ter... Mas acho que eles tinham mais medo de me perder. - Raphael compara sua situação com a dela - Poxa, me desculpe... Era você quem deveria estar mal não eu... Caramba, desculpa mesmo.

– Raphael não se preocupe com isso. - Karen sorri tentando acalma-lo. - Eu no lugar dos meus pais teria feito o mesmo.

Era incrível como ela não se revoltava ou algo do tipo. Rapha admirou aquilo.

– Apenas fique bem ok? To aqui pro que precisar. - Karen sorri a ele.

– Ficarei... - Raphael se vira no banco, ficando de frente a ela - Obrigado...

– Não precisa agradecer. - Karen olha nos olhos dele.

– Bom... Talvez eu precise fazer algo... - ele passa a mão pela nuca dela e vai aproximando lentamente.

– É? - Karen morde o lábio e se aproxima dele.

– Sim... - Rapha sem delongas beija ela de maneira envolvente.

Karen retribui ao beijo e se aproxima mais de Raphael, mesmo se sentindo mais atraída por Logan, ela queria sentir os lábios do moreno contra os seus desde quando ela se viu encantada por ele.

Rapha se sentiu tão bem com o beijo... Ele se sentiu vitorioso, como se houvesse uma espécie de competição entre ele e Logan. A boca dela era bastante macia e ela sabia beijar de uma maneira quente.

Karen se aproxima mais e acaba se sentando no colo de Raphael, ela aprofundava mais o beijo deixando tudo mais intenso.

Ele se inclina prá trás se escorando no banco da fileira de acima. Sua mão livre envolve a cintura dela lentamente. Apesar de parecer, eles não estavam só, alguns jovens observavam a cena e faziam comentários, outros ignoravam já acostumados por haver outros casais, há aqueles que se inspiraram.

– Meu Deus, aquela garota está devorando o Rapha! - Dianne faz cara de nojo.

– Dianne! - Ellen repreende a amiga.

– Ah, vai falar que você não queria fazer o mesmo com o Josh, Ellen... - Crystal sorri para a amiga.

– E você com o Scott, Crys... - Dianne ri.

– E você com o Noah, Dianne. - Ellen provoca a loira.

– Queria fazer até mais!

– Dianne! - Ellen e Crystal exclamam ao mesmo tempo.

– Gostou? - Rapha encerra o beijo e sorri a ela.

– Gostei... - Karen se aproxima e beija o pescoço dele.

– Venho desejando isso há muito tempo. - Rapha informa.

– Não só você. - Karen sorri.

Raphael sorri e volta a beijá-la aproveitando ainda mais o momento.

– Sério que eles vão ficar dando esse show de putaria? - Dianne revira os olhos.

– Caraca, como você é rabugenta! - Ellen faz careta e se senta na arquibancada.

– Eu vou dar uma volta. - Crystal se afasta das amigas.

– Dar uma volta ou encontrar o Scott? - Dianne provoca ela.

Ellen ri ao ver Crystal se virar e mostrar o dedo para Dianne.

– Eu também te amo loira! - Dianne berra para a amiga e gargalha.

Scott estava no local onde o corpo de Allan foi encontrado, os DECOEs já haviam limpado tudo, no entanto ele queria ver se deixaram escapar alguma coisa. Ele produziu uma chama na mão para iluminar melhor.

– Hey, CSI! - Crystal sorri.

– Oi. - ele sorri e fecha a mão fazendo o fogo sumir.

– Você está bem?

– Estou, mas é mais seguro assim. - ele se refere a ter apagado a chama.

– Não me importo com a chama e sim com você.

– Obrigado. Parece que algo fincou aqui. - Scott passa a mão numa marca na parede.

Crystal se aproxima e observa a marca.

– É, parece que sim. Que estranho.

– Sim... Axel? - ele indaga.

– Os Liberatus se gabam por força física e por fazerem os moradores de Alkalia temerem eles, mas acho que seriam incapazes de matar alguém. - Crystal pensa um pouco. - Mesmo que façam ameaças eles não matariam nós evoluídos, talvez alguns DECOEs, mas não nós evoluídos como eles.

– Qual Evoluído pode lançar objetos tão afiados? O único que eu conhecia que fazia isso morreu há 1 mês atrás. - Scott comenta.

– Talvez alguém que tenha a mira boa. - Crystal olha ele.

– Um bom detalhe a se analisar. - Scott olha ela, com o indicador na boca.

– Podemos promover algo para testar o tiro ao alvo das pessoas, assim podemos saber quem foi, que tal?

– Claro... Um tipo de competição! Vou conversar com o Fornecedor. - Scott sorri animado com a ideia dela.

– Acho uma boa pra rolar no dia de uma festa. - Crystal sorri. - Ele que promove as festas não é?

– Sim, ele faz os eventos com a ajuda daquele DECOE agente duplo. - Scott fala empolgado com a ideia - Mas você não desconfiava dele?

– Claro que desconfio, mas existe um ditado assim: Mantenha seus amigos próximos e seus inimigos mais próximos ainda.

– E esta foi Crystal Lake, pessoal. - Scott faz reverência e aplaude.

Crystal ri e agradece as palmas.

Um alarme toca, todos os detentos já o conhecia. Era o alarme de convocação, todos deveriam ir ao Pátio de Entrada.

– Temos que ir pro Pátio de Entrada. - Scott fala a ela.

– Lá vem bomba. - Crystal revira os olhos e segura no braço dele.

Pode-se ver outros mutantes correndo para lá.

– Hey Dan, o que houve? - Scott questiona ao detento.

– Não sei cara, acho que tem Evoluído chegando. - ele supõe.

Ao fim da correria todos estavam lá observando a porta que logo se abriria, a porta para a saída. Se não fossem os chips todos poderiam fugir agora, poderiam.

– Mais um que veio pra esse inferno? - Dianne resmunga.

– É, talvez não tenha tido sorte. - Ellen comenta com a amiga.

A porta se abre lentamente e 2 DECOEs escoltam um rapaz, bastante alto por sinal, com um corpo extremamente robusto e forte, parecia ser um fisiculturista. Outros 2 oficiais traziam em seu colo o que parecia ser uma garota desacordada.

As garotas observam os novos evoluídos e tentam identificar a garota desmaiada.

O rapaz é empurrado para dentro com uma certa brutalidade, posteriormente os DECOEs saem e a porta é fechada.

O rapaz corre até a porta, no entanto vem ao chão levando uma forte descarga elétrica. Flint vai até ele e segura em seu braço, absorvendo a energia, o rapaz não sentia mais as dores.

– Ele já entendeu! - o líder Liberato berrou à uma das câmeras.

– Sabia que os Liberatus iam ficar em cima dele. - Dianne revira os olhos.

– Nossa, você é a delicadeza em pessoa Didi. - Crystal resmunga.

– Não, Crystal, Dianne tem razão. - Raphael olha a cena.

– Oi? Você sofreu uma lavagem cerebral? Dizendo que ela está certa? - Crystal olha surpresa para ele.

– Sofra menos Crystal. - Dianne pisca para a amiga.

Ellen se aproxima do rapaz e se ajoelha ao lado dele.

– Você está bem?

O choque cessa.

– Mais ou menos. - o grandão responde a Ellen e depois olha para Flint - Obrigado.

Ellen sorri ao rapaz e ajuda ele a se levantar.

– Bem vindo a Alkalia, eu acho.

– Mas, logo sairemos daqui, meu amigo, pode ter certeza. - Flint ajuda Ellen a levantá-lo com dificuldade, ele era pesado.

– Não crie falsas esperanças ao rapaz Flint. - Ellen repreende ele.

– Não seja pessimista, minha cara. - Flint parecia disputar pela afeição do rapaz.

– Eu não posso ficar aqui! - o rapaz parecia assustado.

– Acalme-se, vamos ajudá-lo a enfrentar o pesadelo que é esse lugar. - Ellen olha ele.

– Me chamo Flint Gordon. - Flint sorri amistoso.

– Kane. - ele fala.

– Ellen. - A garota sorri para ele.

– Acho que seu nome já foi acrescentado em algum dos quartos. Vem eu te levo. - Flint carrega ele.

Os detentos começam a se dispersar.

– E a garota? - Logan olha ela que ainda estava desacordada.

– Quer mesmo saber o que deveriam fazer com ela? - Dianne levanta uma sobrancelha.

– Scott, pode levá-la para o quarto dela? - Crystal olha para o amigo ignorando Dianne.

– Claro. - Scott ao passar por Didi acaba esbarrando nela acidentalmente.

– Hey! Se toca! - Didi fuzila ele com o olhar.

– Foi mal, garota. - ele encara ela.

Logan vai até ele e observa a garota. Tinha cabelos bastante escuros e lisos, era asiática.

– Sem brigas, ajudem ela! - Crystal revira os olhos.

Scott pega ela no colo.

– Vamos achar seu quarto.

– Pedi mentalmente prá Karen fazer isso. - Joshua fala e se aproxima.

– É no mesmo quarto que a Barbara e a Kiara. - Karen chega correndo ali.

– Adoro essa brisa que ela faz. - Crystal ri.

– Vamos levá-la. - Logan caminha atrás de Scott.

Crystal, Dianne e Karen seguem eles, enquanto Ellen vai atrás de Flint e Kane.

– Vai ser difícil no começo, mas você vai se acostumar com o lugar. - Flint comenta.

– Eles não nos torturam como falam? - Kane questiona.

– Eles sabem ser piores, mas calma, eu e os rapazes vamos te proteger. - Flint sorri.

– Rapazes?

– Sim... Quero que conheça os Liberatus.

Wade, Duncan e Axel estavam na porta dos Dormitórios.

– Porque trazer ele pro lado de vocês? - Ellen questiona Flint.

– Só quero dar a ele uma nova perspectiva. - Flint fala a Ellen, enquanto o rapaz é bem recebido pelos outros Liberatus.

– De querer matar os outros? - Ellen arqueia uma sobrancelha olhando para ele.

– Já dissemos que não matamos o Allan. Só queremos sair daqui.

– Eu não falei nada do Allan, porque citar o nome dele?

– Foi o que eu fui acusado, oras... - ele dá de ombros.

– Não por mim, senhor inteligência. - Ellen revira os olhos.

– Olha garota, não vou perder meu tempo com você. Licença. - ele vai até os amigos.

– Não vale a pena. - Joshua fala a ela ao se aproximar.

– Mas o rapaz já vai ficar com esses babacas sem nem ao menos conhecer o resto do pessoal. - Ellen suspira.

– Ele irá perceber que está fazendo a escolha errada. - Joshua olha ela - Fica muito fofa, assim, determinada.

– Ah, que isso. - Ellen sorri sem graça.

– Gostou do elogio. Desculpe. Tive que ler sua mente. - Joshua sorri amarelo, mas ainda fica antenado.

– Ainda invadindo minha mente?

"O que me entregou?", ele fala na mente dela.

"Você mesmo se entregou. Qual é a magia de ficar na minha mente?"– Ela sorri para ele.

"Você fica sem graça, gosto quando faço isso...", ele se aproxima dela.

"Ah, eu, eu não..." Ellen fica sem graça e olha nos olhos dele.

"Está sim...", ele para perto do corpo dela e coloca a franja dela para trás.

"Ah, como enganar você?" Ellen sorri.

"Como beijar você?", ele até estranha sua ousadia, mas não dava mais para esperar.

"Porque está esperando tanto?" Ellen morde o lábio olhando para ele.

Joshua se aproxima e beija a garota suavemente sem muita afobação. Os movimentos estavam sincronizados e podia se ouvir os estalos.

Ellen retribui ao beijo e coloca as mãos na nuca de Joshua. Ela sorri e aproveita o momento com ele.

Scott coloca a garota na cama vaga do quarto de Barbara e fica olhando ela.

– Vamos acorde.

A garota abre os olhos lentamente e ao vê-los ali, ela se levanta da cama e se afasta deles.

– Quem são vocês?

– Calma Zoe, somos detentos de Alkália, como você. - Logan sorri amistosamente.

– Oi? De onde? E como sabem meu nome? - Ela continua olhando eles assustada.

– Eu preferia ela dormindo. - Dianne revira os olhos.

– Você foi capturada pela DECOE. Está em Alkalia a prisão de Evoluídos. E seu nome foi acrescentado na porta deste quarto. - Logan explica.

– Seu quarto. - Rapha prossegue.

– Eu preciso ir embora, não posso ficar aqui. - Zoe olha para eles.

– Querida se fosse só você que quisesse isso, a gente dava um jeito. - Crystal olha ela.

– Bom, já que sabem meu nome, qual é o de vocês? - Zoe cruza os braços.

– Dianne. - A loira se apresenta.

– Crystal. - Ela acena para Zoe.

– Sou o Rapha, este é Logan.

– Scott. E suas colegas de quarto, Barbara e Kiara. - Scott indica elas.

– Bem vinda Zoe. - Kiara olha ela.

– Faço das palavras dela as minhas. - Barbara sorri e analisa a garota. "Zoe Nakamura, você não faz ideia do quanto será importante para a história dos Evoluídos..."


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Notas finais do capítulo

E então? Gostaram? Favoritos? Reviews? Recomendações? #FaçamOsAutoresFelizes ;)

Quero agradecer a Lis Cavanaugh por favoritar a fic e a Dayane, Ane e Ame por estarem acompanhando. Beijão suas lindas!

Até o próximo :*



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