Broken. escrita por Anieper


Capítulo 7
Capítulo 7




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Cyborg quase arrancou a porta da enfermaria. Quando Ravena mandou eles voltaram para a torre que alguma coisa tinha acontecido com Mutano, eles não conseguiram voltar a falar com ela. Eles não compraram nada, apenas saíram correndo. Estelar estava tão tensa que não conseguia voar, Robin nada falou com eles, mas pela cara dele podia se notar que se ele visse James nesse momento ele o mataria, e Cyborg pisava cada vez mais fundo no acelerador. Ele estava amaldiçoando o carro por não ir mais rápido. Ele estava no limite do carro e ainda parecia que eles estavam indo cada vez mais lento que uma lesma. Ele fez a curva que levava a torre em alta velocidade, mas não ligou para isso. Por onde eles passavam todos olhavam para eles, eles sabiam que alguma coisa tinha acontecido com Mutano. Finalmente chegaram a torre. Cyborg, estacionou de qualquer jeito e saiu correndo do carro, com os outros logo atrás. Eles subiram pelas as escadas, por que o elevador estava demorando muito.

– O que aconteceu? – ele gritou correndo para a cama do amigo.

– Não grite. – Ravena disse calmamente. – Ele está bem agora.

A empata estava sentada ao lado do namorado segurando a mão dele. Ravena olhava para Mutano com os olhos distantes, ela passava a outra mão delicadamente pelo rosto dele.

– O que aconteceu? – Robin perguntou se aproximando da cama.

– Já falei para não gritar. – ela disse olhando para eles. – Vocês vão acabar acordando ele.

– O que? – Estelar perguntou confusa. – Como assim acorda ele?

– Ele saiu do coma. – ela disse voltando o olhar para Mutano. – Eu sair para tomar banho e quando voltei ele estava tirando a máscara de oxigênio...

Vintes minutos antes...

Ravena colocou no beijo tudo o que tinha sentido nos últimos dias. O medo, a preocupação, a angustia, a saudade e todo o amor que sentia por ele. Foi um beijo rápido, mas mesmo assim intenso. Eles se separaram, mas Ravena encostou sua testa na dele e passava a mão delicadamente no rosto dele.

– Eu senti tanto saudades suas. – ela disse baixinho. - Eu te amo. Se você fizer isso de novo eu te mato.

– Eu também te amo. – ele disse sorrindo. – O que... aconteceu?

– Você não lembra? – ela perguntou se sentando ao lado dele na cama. Ele negou com a cabeça. – Você foi assistir a uma luta, quando estava voltando para a casa um motorista bêbado ia atropelar algumas pessoas que estavam no ponto de ônibus com você. Você as salvou, mas ficou muito ferido. Você quase morreu. Quando chegamos no hospital, você estava passando por uma cirurgia, no dia seguinte te trouxemos para cá. Você estava em estado grave, Cyborg achou melhor te manter em coma. Você tinha tantas feridas. Eu queria te curar, mas não pude. A cada vez que eu usava meu poder com você, ficava mais fraca. Robin me proibiu usar, mas eu tinha que te curar, ele me ameaçou, se eu tenta te curar novamente, ele não me deixaria mais com você. Ele e Estelar me obrigam sair do seu lado para comer e meditar.

– Eles sabem sobre a gente?

– Sim. Eu contei. – ela disse pegando a mão dele e dando um leve beijo. – Tudo bem para você?

– Tudo. Você sabe que não ligo para isso. – Mutano sorriu para ela.

Como estava cansado de ficar naquela posição, ele tentou se sentar, mas tinha alguma coisa errada. Suas pernas não respondiam. Ele tentou novamente, e de novo, mas nada. Ele se concentrou naquela aria e tentou sentir qualquer coisa, mas não sentia nada. Ele não sentia nada da cintura para baixo. Ele levou a mão até a perna esquerda e a apertou, mas ainda não sentiu nada. Ele apertou com mais força.

– O que foi? – Ravena perguntou preocupada.

– M-M-Minhas pernas. E-E-Eu não as sinto. – ele disse nervoso.

– Ela podem estar dormentes. – Ravena disse tensa.

– O que você está me escondendo?

– Nada. – disse tirando a mão dele da perna. – Descanse.

– Ravena, me fale a verdade. – ele disse segurando a mão dela.

– Eu...

– Eu estou paralitico? É isso? Por isso estar tensa?

– Eu não sei. – ela disse assustada com o modo frio que ele disse isso. – Você sofreu um trauma na coluna, mas não sabemos se vai ou não ter consequência. Se a acalme. Cyborg foi fazer as compras com os outros, logo ele estará aqui.

– Não. Isso... Não pode... Estar acontecendo...

O coração dele estava batendo rápido. Logo os monitores começaram a apitar. Ravena correu até o comunicador e chamou os outros. Depois o sedou e se sentou ao lado dele, esperando.

Presente...

– Ai, vocês chegaram. – ela disse da mesma posição.

– Isso não é um bom sinal. – Cyborg disse se aproximando da cama. – Vou fazer algumas leituras e exames. Quando ele acorda posso fazer mais. Por que você não descansa um pouco, Ravena? Está pálida.

– Quero ficar com ele. – disse sem soltar a mão de Mutano.

– Descanse. – Robin disse indo até ela. – Ele vai precisa de você. Fique um pouco com Estelar, eu vou voltar para o mercado e fazer nossas compras.

– Mas, ele pode acorda...

– Eu vou estar com ele. Não se preocupe.

Ravena saiu com Estelar depois de beija o namorado e foi para o quarto dela, onde as duas ficaram conversando até caírem no sono. Robin saiu e Cyborg começou a trabalhar. O jovem cibernético fez tudo o que estava ao seu alcance. Fez radiografia, tomografia, ressonância e vários outros exames. Ele fez várias leituras corporais no amigo e depois se sentou ao lado dele. Nos exames nada tinha mudado, a coluna dele continuava do mesmo modo. Ele não sabia o que fazer. Sabia que no momento nada que fizesse iria realmente ajudar. Ele teria que esperar Mutano acorda para fazer alguns exames físicos para saber qual será o melhor modo a segui. Cyborg olhou para a mão direita dele, quando o tiraram do hospital, Estelar tinha voltado lá para pegar as coisas de Mutano. E encontrou a aliança de noivado dele junto com suas roupas. Ravena tinha colocado no dedo dele depois de perguntar se teria algum problema. Cyborg não viu problema nisso. Ele estava feliz pelos amigos, estava feliz porque Mutano tinha Ravena para ficar ao lado dele nesse momento. Ele sabia que o amigo iria precisar de toda a ajuda e apoio possível.

– Rae... – Mutano disse baixinho abrindo os olhos.

– Ei, Verdinho. – Cyborg disse gentilmente. – Está tudo bem.

– Onde... Rae... Ela me... deixou? – ele perguntou em pânico.

– Não. Ela apenas foi descansar um pouco. – ele disse calmamente. – Quer que eu a chame? Ela deve estar dormindo, mas...

– Não... Deixe ela descansar. – disse fechando os olhos.

– Eu tenho que te examinar. – ele disse olhando para o amigo.

– Tudo bem.

Cyborg refez alguns exames, enquanto conversava com o amigo. Ele não queria que ele se sentisse mal, por isso falou com ele normalmente.

– Bom, acabei. – Cyborg disse fazendo algumas anotações em uma prancheta. – Você está bem. Suas costelas estão quase todas curadas, os coágulos sumiram e você está com a fratura da perna quase curada.

– E minha coluna?

– Ainda não sei ao certo. Vamos ter que fazer fisioterapia, pode ser permanente ou não. Mas vamos pensar positivo. Você cai voltar a andar.

Mutano nada disse, apenas olhou para longe. Cyborg foi para o lado dele.

– Vai ficar tudo bem.

– Não vai. – ele disse deixando uma lágrima cair. – Ravena e eu íamos nos casar, e agora... Como posso levar isso adiante? Como posso permiti que ela case com um inútil como eu? Eu a amo demais para fazer isso com ela.

– Ela não vai te deixar, Mutano. Se você tivesse visto como ela ficou quando soube, quando te viu... Se você toca nesse assunto com ela, ela ficar triste e furiosa com você. Ela te ama e vai ficar ao seu lado.

– Como posso fazer isso com ela? Ela merece alguém melhor que eu. – ele disse secando as lágrimas.

– Eu não mereço ninguém além de você. – Ravena disse entrando na enfermaria. – Pare com isso.

– Mas... Eu posso não voltar a andar.

– Paciência, então. Vamos ter que nos acostumar com isso. – ela disse se sentando ao lado dele na cama. – Vamos mudar as coisas aqui na torre, arrumar uma cadeira de rodas e nos acostumar com uma nova rotina, nada demais. Você vai fazer fisioterapia, tem cinquenta por cento de chances de voltar a andar. E não pense em me deixar plantada no altar. Eu te amo e é com você que quero passar o resto da minha vida, com você e mais ninguém. Andando ou não, você ainda é a pessoa que amo e sempre vai ser.

– Eu também te amo. – ele disse apertando a mão dela. – Por isso mesmo que não posso fazer você abri mão de ter uma vida o mais normal possível para cuidar de mim.

– Eu não me importo. E nem você deveria. – ela sorriu para ele. – Estamos juntos e pronto.

– Amigo. – Estelar gritou voando até ele e quase o esmagando com um abraço. – Estou tão feliz que tenha acordado. É um dia glorioso.

– Respirar...

– Estelar, está machucando ele. – Ravena disse.

– Desculpa. – disse se afastando corada.

– Tudo bem. – ele disse sorrindo.

– Pessoal, vocês estão aqui? – eles escutaram a voz de Robin. – Mutano, que bom vê-lo acordado.

– Olá, Robin.

Robin se aproximou da cama e eles passaram o resto da tarde ali, se curtindo. Aproveitando que estavam todos juntos e vivos.


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