Broken. escrita por Anieper


Capítulo 17
Capítulo 17




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Mutano foi até o local das testemunhas. Ele se sentou na outra cadeira rapidamente. Todos olharam para ele, um dos guardas iam ajuda-lo, mas ele não deixou. Depois de fazer o juramento, ele olhou para frente.

– Mutano, você poderia me falar do que se lembra do acidente? – o advogado ele perguntou.

– Não me lembro de muita coisa. Na verdade, do acidente mesmo me lembro do carro vindo em direção do ponto de ônibus, de saltar na frente das pessoas e da batida em meu corpo. Depois disso acordei alguns meses depois na Torre. – Mutano disse calmo.

– O senhor poderia nos dizer o que o acidente causou no senhor?

– Sim. Eu sofri um trauma na coluna. Segundo meus médicos, eu posso passar o resto da minha vida nessa cadeira, mas posso voltar a andar.

– O senhor sente dor?

– Não, muita. Ás vezes sim, sinto tanta dor que não consigo dormi. Uns dias são melhores do que os outros. – Mutano disse dando os ombros.

– Senhor Mutano, quando acordou depois do acidente, o que foi mais difícil aceitar?

– Eu sou um herói. Meu poder é se transforma em animais. Eu não posso mais fazer isso. Sou um peso para meus amigos e minha esposa. Não posso me defender, não posso fazer algumas coisas normais sozinho. Acho que o mais difícil de tudo pelo que passei é me acostumar com isso. Desse que acordei, tentei ser o máximo que podia fazer as coisas por mim. Nunca precisei que as pessoas fizessem coisas comuns por mim. Não posso me transforam em nada, não posso correr pela praia, não posso nem mesmo fazer algumas brincadeiras com meus amigos por não conseguir me mexer direito. Isso é o mais difícil. – Mutano disse olhando para James.

– O senhor pode me falar como está o seu estado psicológico?

– Acho que ainda não aceitei isso. Acho que ainda acredito que tudo é um sono. Ás vezes tenho umas crises, segundo o Cyb é normal.

– Poderia descrever essas crises?

– Eu me afasto de todos e mando que fiquem longe de mim. Que comigo por perto atrapalharia a vida deles. Fico escondi em um dos quartos e ás vezes penso em ir embora.

– Não tenho mais perguntas.

– Defesa? – o juiz disse olhando para o advogado de James.

– Senhor Mutano, o senhor disse não se lembra do acidente, isso está correto?

– Sim.

– Então poderia me dizer como chegam a colusão que foi meu cliente que causou o seu acidente?

– Bom, meus amigos investigaram, assim com a polícia. Estou certo que foi ele. Mas me lembro do carro. E pelo que me lembro, meu sangue estava nele. Muito sangue mesmo.

– Senhor, poderia me dizer que carro foi?

– Não. Isso já foi passado aqui. – Mutano disse. – Você quer apenas me desacreditar.

– Senhor, poderia me dizer o que lembra, detalhadamente, do acidente?

Mutano ficou um tempo em silêncio. Ele fechou os olhos com força. Depois abriu e olhou para o advogado na sua frente.

– Tinha acabado de sair de uma luta. Lembro que estava triste já que meus amigos não foram comigo. Encontrei uns fãs dos titãs e ficamos conversando. Foi quando escutei o carro vindo. Me transformei em um dinossauro e entrei na frente dos civis. – Mutano mordeu os lábios pensativo. – Lembro de estar no chão. Muitas pessoas falando ao mesmo tempo, sangue e dor. Lembro de ter visto o rosto da minha esposa, até então noiva, e de ter pedido desculpa para ela. Acordei na torre depois disso. É apenas disso que me lembro.

– Poderia me dizer o que sente em relação a estar frente a frente com o senhor Cater?

– Pena.

– Pena?

– Sim. Tenho pena de uma pessoa que nunca pensou antes de fazer alguma coisa. Pesquisei sobre a vida dele e essa não é a primeira vez que ele foi acusado. Ele nunca aprendeu. Tenho pena de uma pessoa assim.

– Não tenho mais perguntas.

– Eu tenho uma. – James disse.

– Senhor acho... – o juiz disse.

– Não. Deixe. – Mutano disse.

– Por que está aqui? Você sabe que serei acusado.

– Estou aqui para ver a cara de uma pessoa que poderia ter matado várias pessoas por não saber o que é certo. Eu quero olhar para você e saber que pelo menos um de vocês foi preso. Bebe e dirigir é uma escolha de assassinato. Você pode escolher isso. Você pode escolher ser ou não um assassino. Durante minha vida todo, luto contra isso. Luto para fazer o mundo um lugar melhor. Então vem pessoas como você e me mostra que vamos ter que lutar contra isso a nossa vida toda. Por que mesmo vendo outras pessoas sendo presas, as pessoas continuam fazendo a mesma coisa. Agora, se o senhor juiz não se incomodar eu gostaria de te fazer uma pergunta.

– A vontade.

– O que você faria se eu não estivesse lá e tivesse matado todas aquelas pessoas?

James ficou um tempo olhando para Mutano.

– Essa é uma pergunta que eu me faço todos os dias. Não posso te responder isso.

– Posso voltar ao meu lugar?

– Claro.

Mutano foi para a sua cadeira e depois para seu lugar. Ravena segurou a mão dele e sorriu.

– Vamos deliberar por cinco minutos. – o juiz disse.

Todos saíram da sala. Mutano saiu e foi para perto de uma janela. Ele precisava de ar. Ele olhou para fora e suspirou. Estava tão cansado. Ele queria que isso acabasse logo, queria que não precisasse mais tocar nesse assunto.

– Você está bem? – Ravena perguntou se sentando na frente dele.

– Estou. Estou apenas tenso. Quero ir logo para a casa.

– Eu também. – ela disse passando a mão no rosto dele. – Quando chegamos em casa vou te fazer uma massagem. Depois você vai dormi um pouco e quando acorda eu vou te fazer sua comida favorita e vamos assistir aqueles seus filmes chatos.

– Eu te amo, mas odeio quando fala mal dos meus filmes. – ele disse beijando a bochecha dele.

– Venham, estar na hora da sentença. - Robin os chamou.

Eles entraram na sala.

– James Cater você foi julgado culpado. – o juiz disse.


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