Deuses: Anabella Pizzato escrita por Hari Zang Elf


Capítulo 4
Capítulo 4 - Cidade dos Deuses: Novo mundo uma ova!


Notas iniciais do capítulo

O prólogo acabou! Finalmente! Agora que estamos no começo da série, eu posso perguntar não é? O que estão achando?



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— Já terminou as malas? — Gian pega as suas próprias, entrando no quarto ao não ouvir respostas.

— Não entendo... — Olhava para o jardim da casa e para as casas vizinhas, com cara de choro. — Por que temos que nos mudar?

— Você ouviu. Por causa daquele experimento que permitiu que continuássemos vivos. Estamos doentes! Se quisermos receber tratamento temos que ir morar na cidade dos deuses!

— Não quero me mudar! — Não queria partir daquele lugar. Todos os meus amigos estavam lá. Minha escola. Os lugares que adorava. E tinha que ir para um lugar que nem conseguia imaginar como era. Estava excitada com a idéia, é claro, mas ao mesmo tempo era difícil dizer adeus para todos. Principalmente depois de ver a cara deles, quando a encontraram na cadeira de rodas, e do pai deles falando que os dois estavam doentes e que iriam para outro país para receber tratamento.

— Não é tão ruim assim. E você é o tipo de pessoa que faz amizade fácil, deixa de ser mimada! — Gian puxa a minha orelha, interrompendo meus pensamentos depressivos, me dando um sorriso e fazendo com que me sentisse amuada. — Quando tudo acabar podemos voltar para cá! Não vamos embora para sempre!

O olhar dele dizia que ele também não parecia muito feliz, mas já havia se contentado com a idéia fazia muito tempo. Estranho pois meu irmão sempre foi mais apegado as coisas do que ela. Talvez só estivesse sendo mimada mesmo, concluí ainda um pouco deprimida.

Depois da breve conversa Gian foi empurrando a cadeira de rodas até o topo da escadaria, me pegando no colo. Aquilo também se tornou parte da rotina. ´Espero que a nova casa tenha acesso para deficientes...´ Pensei com frustração e pela cara dele, também achava a mesma coisa. Fui colocada na escadaria, do lado de fora, enquanto meu irmão buscava a cadeira de rodas.

— Está pronta? — Meu pai se aproximou, junto com Angelina.

Ele usava uma roupa simples. Camiseta e calça jeans. Como sempre. Já Angelina usava um vestido justo e marrom, com um casaquinho e botinas pretas com um salto médio. A maquiagem era leve e os cabelos castanhos estavam soltos, formando ondas até o meio das costas. Um homem comum e uma mulher elegante. O contraste me fez olhar para a roupa que estava usando. Um vestido branco longo e rodado, com bordado de flores; lembrei do meu irmão com uma blusa moletom e calça jeans. Sua vaidade feminina devia estar chorando aos cântaros. E se Gian tivesse uma, também devia estar.

— Que cara emburrada é essa criatura? — Angelina cutuca minha testa, chamando a atenção. — Ainda chorando: "Não quero ir! Não quero ir!"

— Você deve ter sido um terror quando pequena... — Eu falo rangendo os dentes, embarassada pela inveja que passou pela cabeça. Mesmo que a tia fosse bonita, aquela provavelmente devia ser a sua única qualidade. Aquilo fez eu me sentir um pouquinho melhor.

— Talvez... Vamos entrando. — Angelina passa por mim e meu pai me pega no colo, encontrando Gian na sala vazia.

— Porque voltamos para dentro? — Pergunto curiosa. Era para eles estarem partindo agora.

— Gian, um momento. — Papai fala e ele os observa, curioso, colocando a cadeira no chão e eu nela, em seguida.

— Antes de partimos, temos que esclarecer algumas coisas... — Angelina começou, encostando-se na janela próxima. — Eu conversei com o pai de vocês, mas a cabeça dele parece estar aí só de enfeite, então...

— Não diga isso de mim, como a Elea arranjou uma amiga dessas? - Eu estava pensando a mesma coisa, mas eu também tinha amigas doidas, então não dava para reclamar, né?

— Como a Elea arranjou um marido desses, isso sim! Nem se lembrou da minha cara no casamento! — Ela reclamou de volta, tirando um relógio de bolso da bolsinha que carregava e olhando rapidamente, ignorando o homem irritado. — Não que eu esperasse que lembrasse, realmente.

— Então, do que se trata? — Eu interrompo a discussão, não queria perder o vôo. Ou seria o ônibus? Já que tinham que ir mesmo, não queria se atrasar. Duas coisas que detestava: atrasos e a própria inveja. O primeiro porque sempre se encrencava com ele. O segundo porque fazia eu mostrar o pior de mim. E não gostava do pior de mim.

— O que foi que eles te explicaram?

— Eu? — Apontei para mim mesma, surpresa com a pergunta repentina. — Nada.

— Nada? — Angelina se virou, ainda mais mal humorada. Ela conseguia dar mais medo do que o marido dela.

— Ela precisava de um tempo! Ouvir tudo isso e se adaptar a situação em que está... Não dá para jogar tudo em cima dela, né? — O meu irmão reclamou, entrando na minha frente.

Suspirei. Meu pai e o meu irmão me tratavam como uma boneca de vidro desde o acidente, isso irritava, mas sabia que estavam preocupados. E provavelmente olhar para o curativo na cabeça dela não ajudava, mas mesmo depois de tirá-lo eles continuavam naquilo. Silêncio pesado. Talvez estivesse parecendo desanimada, mas tentava ao máximo não parecer. Não queria os perturbar. Ou talvez se sentissem culpados. O pai, por causa da estória do experimento e o irmão por causa do acidente. ´Eu tenho motivos para desânimo, não?´

— Não acha que exatamente por não saber nada, não seria melhor se ela se informasse? — Meu irmão parou e ficou pensativo, enquanto eu aguçei os ouvidos a palavra "informação". Angelina não deu tempo para que ele se recuperasse e se dirigiu a mim. — Vejamos... Acidente e a morte da sua mãe já falamos...

— Seja um pouco sensível! — Nós três gritamos, sendo ignorados.

— Acho que podemos falar sobre o lugar aonde vamos... Como você acha que é?

— Hum... Uma cidade grande, que voa no céu, com castelos e construções magníficas e um colégio mágico. Certo, o meu irmão não falou que eu vou estudar em um colégio cheio de pessoas com poderes, mas o Zanchi e o Ícaro me contaram! - Eu quase pulei da cadeira, quase porque aquilo não era possível agora, e tudo que estava pensando de ruim antes sumiu. Me animei e ativei meu modo tagarela.

— E como vamos chegar lá? — A expressão de Angelina ficou apagada, e a voz dela soava como a da professora dela quando ela começava a tagarelar. E aquilo não passava uma sensação agradável. Mas aquilo só ocorreu por um instante pois a pergunta a deixou animada de novo, fazendo-a sorrir.

— De avião? Não, talvez em um veículo comum por fora, mas que faz coisas incríveis? Por um portal mágico? Um dragão vai nos carregar? Talvez...

— A cara da Angelina ficava cada vez mais depressiva, enquanto Gian se encolhia em um canto resmungando algo e Marco colocava a mão no ombro de minha tia.

— Não que nós não quiséssemos contar... Mas ela ia ficar delirando por horas se fizéssemos isso, sabe?

— Vamos indo. Tá na hora de cair do cavalo garota!

*

— Teletransporte? O que vai ser agora? Um tapete mágico? — Não tinha parado de falar nos últimos 20 minutos. O tempo para eles chegarem até o terreno baldio e serem transportados para uma plataforma com cerca de 10 metros de circunferência, entrarem e saírem de uma fila de check-in e retirarem um documento que parecia ser feito de pergaminho, mas tinha a forma de uma folha plastificada e era mais duro que um. Eu podia afirmar isso, pois o único instante que parei de falar foi para tentar mordê-lo e nem havia deixado uma marca.

E eu falei de tudo. Desde os assuntos dos últimos livros que li, até sobre a área coberta e cheia de filas e pessoas, que parecia ser um terminal de transporte. Ao longe era possível ver a área em que descarregavam mercadorias dos mais variados tipos. Desde caixas dos mais variados tamanhos, jaulas com animais, até armas enormes e equipamentos estranhos que nunca tinha visto. Aquilo era tão excitante! Por que eu não queria me mudar mesmo?

— Já chega! — Angelina grita, esfregando o papel duro na minha cara. — Se eu ouvir você falar mais uma vez sobre o dodô azul romeriano gigante do nosso lado eu te faço dormir pelo próximo século inteiro!

— É o nome da espécie dessa gracinha? Que maravilha! Você é uma gracinha sabia? Realmente uma gracinha! — Acariciei a cabeça do pássaro de 5 metros, que lembrava a cara de um abutre, largado em uma jaula ao meu lado, na saída do check-in, cujos olhos rodavam nas órbitas de prazer ao sentir seu longo pescoço ser coçado por Gian, que se divertia também.

— Ei pai, podemos levá-lo com a gente? — Gian pergunta completamente imerso na diversão de brincar com o pássaro incomum, assim como eu, os olhos brilhando, fazendo com que meu pai pensasse em como seus filhos eram lindinhos. Sim, eu posso dizer isso porque conheço a cara de idiota que ele faz quando pensa isso. Ele podia deixar de ser tão babão, ela já tinha 15 e o irmão 16!

— Já chega! Larguem esse bicho e vamos andando! O dono dele logo volta para buscá-lo! Agora escutem! Estão vendo esse documento? — Angelina berra, sem paciência nenhuma já, esfregando-o novamente na minha cara. — É o único documento que precisam, ele é essencial. Não percam de JEITO NENHUM, entenderam?

— Sim senhora... — Nós três respondemos chateados, tendo sido separados a força do bichinho que gostamos tanto.

Ao saírem do terminal demos de cara com uma estrada asfaltada com cimento, igual aos da cidade e extremamente movimentada, onde pessoas entravam e saíam de carruagens e charretes, alguns puxados por cavalos, alados ou não, ou por outros animais, um mais estranho que o outro. Um deles não parecia estar sendo puxado por nada. E uma calçada de ladrilhos brancos, onde as pessoas que ali caminhavam tinham os mais variados visuais. Desde roupas modernas, como a minha, vestimentas típicas da idade média, togas gregas, peles de animais e chapéus pontudos, xador... Era como se estivesse assistindo ao encontro histórico de todas as eras da terra... Além de outras variações.

— Você está bem? — Gian me pergunta, tirando-me do transe.

— Sim, claro. — Minha voz saiu esganiçada. Porque isso acontecia sempre que ficava nervosa? Eu pensava, me recriminando pela falta de controle vocal.

— E você, pai?

— Me recuperando do choque cultural...

— Nada é como a gente imagina, vamos andando! — Angelina ordena, pisando duro em direção a uma carruagem dirigida por dois touros dourados.

*

Depois de uma hora de viagem nós entramos em uma rua estreita, onde cogumelos cresciam na base das árvores grandes e frondosas, que bloqueavam boa parte da luz do sol e criavam um show de luzes sobre a rua de terra. Já fazia alguns minutos que nós não víamos nenhuma casa e pareciam se dirigir para dentro de uma floresta.

— Que lindo! Parece um cenário de conto de fadas! Principalmente com a carruagem e tudo mais... — Eu ainda tagarelava sozinha, olhando para o cenário do lado de fora.

— Eu pensei que moraríamos perto do hospital... — Papai dizia entredentes, parecia que estava com uma daquelas enxaquecas dele. Ele estava preocupado. E eu já imagino o porquê. Uma floresta não passava a sensação de que era próximo de um hospital. E se fosse como ele deveria ser? Agora era eu que comecei a me preocupar e parei de tagarelar.

— E vamos. O hospital fica atrás da casa. Eu trabalho lá. — Angelina respondeu, terminando de retocar a maquiagem e pegando uma lixa de unha.

— Isso é sério? Faz um tempo que só vejo mato. — Gian respondeu, se debruçando na janela. Ele nunca se deu muito bem com veículos e se não chegassem logo ele iria vomitar. De novo.

— Sim. Eu mostro para vocês quando chegarmos. — Ela responde sem vontade, terminando de acertar as unhas, quando a carruagem dá um tranco e para. — Já chegamos? A casa deve estar de bom humor. Ela me faz rodar umas 5 horas antes de a encontrarmos, normalmente.

— Graças a deus! — Gian abre a porta e salta para fora, indo vomitar em uma árvore ao lado. Provavelmente a expressão era tanto por saber que chegaram rápido como por terem chegado.

— Adoro a sua redundância, fratello. — Eu digo, enquanto meu pai me carrega para fora. Estava pronta para zoar um pouco mais com ele, mas a linha de pensamento se vai ao olhar para a casa e depois para o rapaz.

Era uma casa grande para os padrões de hoje, mas provavelmente bem comum para a época. Construída ao estilo vitoriano, era pintada de branco. Algumas heras floridas cresciam em suas paredes, lhe dando mais charme. O jardim da frente possuía uma grande e antiga macieira carregada do lado direito. Do lado esquerdo uma hortinha com variados tipos de verduras e legumes pareciam brilhar a luz do sol. Uma estradinha de pedras brancas e lisas serpenteava antes de chegar a casa, dividindo a horta da árvore. Em cima dela um rapaz de cabelos castanhos e olhos verdes, quase dourados de tão claros, carregando um regador e uma cesta com várias verduras e legumes estava esperando, com um olhar que era um misto de receio e curiosidade.

— Quem é o garoto? — Marco pergunta para Angelina desviando a minha atenção. — Essa não era para ser a nossa casa?

— Onde a sua cabeça estava quando eu te explicava? — Ela reclama, dispensando o dono da carruagem depois de entregar algumas moedas para ele.

— Longe de seus argumentos de recriminação, eu imagino...

— O que disse? — Ela se aproximava; seu rosto se contorcendo em uma careta, irritada.

— Em assuntos redundantes!

— Que seja! Você lembra que eu vou morar com vocês, certo? — Ela começa desconfiada dele, fazendo-o suar frio, chamando os outros dois com um aceno.

Si. Sim... — Gaguejou ele.

— Ótimo. Nós vamos morar na minha casa. O garoto é o meu filho!

— Quer dizer que ele é o filho do Nicola? — Eu pergunto, um arrepio passando em minha espinha ao lembrar-me do cara louco do hospital. E ele era tão bonitinho! Pensei com tristeza.

— Isso explica porque ele tá aqui, né? — Gian acena na direção do garoto, o cumprimentando. O rapaz acena de volta, sem dizer nada, enquanto Nicola sai da casa, com uma camisa aberta, cobrindo apenas um dos braços, enquanto o outro estava enfaixado em uma tipóia. Ele ainda usava o mesmo chapéu de antes e uma calça marrom escura, e os observava com um sorriso traquinas enquanto colocava a mão boa no ombro do garoto, sob o olhar chocado de todos, menos Gian, que se recompunha o melhor que podia e olhava de volta, irritado.

— Sai de perto do meu filho, cobra maldita! — Angelina começou a tremer ao meu lado, jogando a bolsa no meu colo e marchando em direção a Nicola. ´Batalha de titãs!´

— É meu filho também. — Ele respondeu com um sorriso tranquilo.

— Saia da minha casa então! — Ela começa a gritar na frente dos dois, o garoto tentando sair de fininho, o pai não deixando, segurando o ombro dele com mais força e colocando-o na sua frente.

— Aí temos um problema. A casa é de minha família.

— Que vai ficar comigo até você assinar o documento para o divórcio. — Angelina ao ouvir aquilo voltou correndo, pegando um papel e caneta da bolsa e colocando na frente dele com os olhos brilhando de maneira maligna.

— Quer de volta? Assina!

— Não faço questão. Ao invés disso, que tal ler isso? — Ele responde entregando um pequeno chumaço de papel para ela com um sorriso ainda maior.

— Não pode ser! — Ela começa a ler o documento, incrédula. Recomeçando de novo e soltando um gemido gutural. Pelo jeito o Nicola havia vencido a disputa, pensava preocupada. — Mudança de planos. Notícia para vocês! O Nicola vai morar conosco!

— QUÊ?! — Nós três gritamos ao mesmo tempo, entrando no jardim. Marco gritando palavrões em italiano, Gian arrancando as folhas das mãos dela e lendo de novo.

— Como isso foi acontecer Angela? — Eu perguntei para ela, tentando circular Nicola para não ficar perto dele. Algo um pouco difícil em uma cadeira de rodas com apenas uma estradinha pavimentada.

— Não me lembro de ter dado liberdade para me chamar assim, mas... Alguém denunciou o que aconteceu no hospital para os judges. A nossa polícia.

´E isso é ruim?´ Foi a única coisa que consegui pensar antes de meu pensamento ser interrompido.

— E denunciaram para o serviço social também! Pro serviço de cobrança... — Gian fala lendo o documento, parecendo que estava tentando interpretar os termos mais complicados. — E pra mais uma pancada de gente! Vocês dois tem a papelada mais esquisita e bagunçada que já vi na vida! Não que tenha visto muitas, mas...

— E o que isso dá no fim das contas? — Papai responde, parecendo que queria matar alguém. — Não vamos morar no mesmo teto que o cara que tentou raptar a minha filha e tentou matar o meu filho!

— Não liguem. O nonno me expulsou da sede principal. Não tenho mais que levá-la. — Nicola pega a cesta das mãos do filho e se vira em direção a casa. — E quanto ao príncipe eu sinto muito, eu me empolguei.

— Não tenho escolha. — Angelina fala com a pior careta que nós já vimos a mulher fazer. Aquilo era assustador. — Enquanto não resolvermos essa bruaca eu vou ter que voltar a morar com ele. E isso vai levar um bom tempo.

— Vou fazer o almoço mi amore! — Ele grita entrando na casa, seguido pelo filho, com um sorriso gigantesco.

— Suma! — Angelina pega uma pedra do chão e joga na porta, abrindo um buraco nela. Depois de respirar fundo algumas vezes ela recupera a calma e sorri para eles. Um sorriso bem distorcido. — Vamos entrar?

— Ei, espera um pouco! — Marco grita para ela. Ela não lhe dá atenção e entra na casa, empurrando a minha cadeira com tudo para dentro.

— Cuidado comigo! Cuidado comigo! — Gemo, mas Angelina apenas empurra a cadeira rampa acima, deixando-a andando sozinha na sala e atravessando a porta dos fundos enquanto eu berro.

— Espera! — Marco grita, enquanto vejo Gian correndo atrás de mim o mais rápido que podia. Ele pega a cadeira a tempo, e eu apenas me encosto, finalmente relaxando os nós dos dedos e ouvindo a conversa.

— O que foi?

— Você comentou que ia mostrar o hospital... — Meu pai começa com a fala um pouco mais mansa. Com certeza minha mãe não sabia escolher amigos. ´Não fale mal dos mortos. Não fale mal dos mortos´. Me recriminava mentalmente.

— Ah, isso. — Ela responde, se virando e saindo pela porta dos fundos. — É aqui.

Meu pai sai e estanca na porta. Apenas dez metros dali o chão se abria em um enorme penhasco, de onde se podia ver a cidade e um enorme hospital. Logo abaixo de nós. E eu quase caí naquele buraco!


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Notas finais do capítulo

Fratello - Irmão
Si - Sim
Mi amore - Meu amor

Mais um capítulo chega ao fim! Se o Nicola não matá-los a Angelina provavelmente vai...
E gostaria de dedicar esse capítulo a minha beta reader, Nak. Muito obrigada pelas correções de todos os 4 capitulos e por aguentar os meus sumiços!
Coloquei uma legenda das palavras em italiano em seus respectivos capítulos, apenas por curiosidade. Farei isso de agora em diante também.
Até a próxima!



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