Forced Marriage escrita por ApplePie


Capítulo 8
Chapter 6 - The Forced Marriage part 2


Notas iniciais do capítulo

Hello meus cupcakes!!!!
Como estão?
Eu estou meio brava porque justo o dia que eu decidi sair um pouco, respirar um ar fresco... Está. Chovendo. Grrrr. Só não fico REALMENTE brava porque chuva = água pra São Paulo.
Enfim, quero agradecer à linda da "Bella Evans" pela MARAVILHOSA recomendação e por ter favoritado a fic *______* Capítulo dedicado à você, flor!!!! :3
I hope you enjoy,
Kissus



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/568099/chapter/8

Horas antes de todo o escândalo do casamento, Charlotte estava se arrumando para o tão esperado dia. Emery ainda não tinha levado o vestido para ela e Charlie já estava começando a ficar nervosa.

Como toda boa solução para seus problemas, Charlotte decidiu fazer o que fazia de melhor: arte.

Ela estava desejando pintar um novo quadro fazia dias ainda mais depois de todo esse pandemônio de situação. Ela foi até o seu quarto pegar as coisas que seu pai, quando tinha chegado, trouxe junto com ele.

Em meio às essas coisas é lógico que estava o seu material de Arte.

Ela começou a pintar e pintar, tomando cuidado para não deixar cair tinta na parte de seu corpo descoberto, pois tinta à óleo é horrível de sair no corpo e impossível de sair de uma roupa.

Charlie estava cantarolando enquanto dava umas pinceladas de azul escuro no céu quando alguém bateu a porta de seu quarto.

— Sim? — ela perguntou.

— Ah, Senhorita Waller — uma empregada disse ao entrar. — As costureiras estão esperando. Venha, rápido.

— Ah, sim sim! — Charlotte disse e saiu correndo atrás da serviçal.

Porém, o que ela não sabia é que, na mesma hora em que ela passou pela porta, uma das “Três Marias” passou em frente a ela correndo com o terno de Seth e elas se trombaram.

O problema é que Charlotte tinha seu pincel com tinta azul em sua mão fazendo assim cair uma bela pincelada de tinta na parte de dentro das costas.

— OH MEU DEUS! — ambas exclamaram.

Elas definitivamente tinham um problema grave.

***

Charlotte tentou impedir a costureira de olhos verdes a tentar lavar a parte de dentro da roupa com água, afinal a tinta é à base de óleo. A mulher, por desespero, não ouviu Charlie e acabou piorando mais a situação.

— Será que se tentarmos secar a tinta, ele não vai perceber? Afinal, está na parte de dentro do terno. Ninguém nem vai ver...

Charlote balançou a cabeça negativamente.

— Tinta à óleo demora dias para secar. Dependendo do clima até mesmo uma semana. Isso não vai secar nessa tarde.

A costureira mordeu o lábio, choramingando. Charlie suspirou.

— Faça o seguinte — a jovem disse levantando-se da cadeira. — Quando Seth for colocar o terno, faça de tudo para ele não ver a parte de dentro. É só você segurar para ele e já colocar nele que ele nem vai ver.

A costureira assentiu fortemente e saiu correndo do cômodo.

Charlotte mordeu o lábio. Ela tinha uma leve impressão que alguma coisa ia dar errado nessa cerimônia e ela nem teria que se esforçar.

***

O vestido de Emery ficou espetacular. Os botões atrás dele eram em forma de pérolas, a saia tinha algumas rendas bem trabalhadas assim como as mangas compridas e os ombros, a parte acima da cintura lembrava um espartilho e tinha leves detalhes.

Emery tinha feito um trabalho perfeito.

— E esse — ele disse com orgulho. — É o meu presente.

Charlotte sorriu e foi abraçá-lo. Ela poderia estar muito hesitante quanto à tudo que estava acontecendo em sua vida, mas pelo menos, ela faria questão de tentar aproveitar ao máximo.

Logo, Charlie tinha tudo pronto: suas unhas, cabelo, vestido e maquiagem.

— Agora, o sapato! — a costureira gordinha bateu palmas.

Colocaram um salto de nove centímetros na frente de Charlotte. Ela balançou a cabeça com um olhar reprovador em sua cara.

— Não. Nada de salto.

— Mas senhorita...

— Não. Eu odeio salto e nosso casamento é em pleno jardim, pelo amor de Deus! — ela disse exasperada. — Nada de salto. Até mesmo porque o vestido cobrirá tudo.

A costureira bufou.

— Então o que...

— Já providenciei isso — Emery disse com um sorriso.

Charlie sorriu agradecida e foi pegar o seu sapato.

Era uma sapatilha branca muito confortável.

— Obrigada — ela sussurrou. Emery piscou para ela.

***

Todos já estavam em seus postos. Apenas Charlotte estava extremamente nervosa e precisa de alguma coisa.

Ela nunca pensou que falaria isso ou pensaria isso, mas ela viu que ela precisa de apenas uma coisa.

— Preciso urgentemente de uma bebida — ela murmurou pra si mesma.

E assim foi Charlotte aos tropeços tentando procurar no bar da família Argyros onde estava na sala principal.

Todos os empregados ficaram chocados quando a menina Waller desceu pela goela uma dose de Whisky, mas ninguém falou nada.

Charlotte se perdeu em quantos goles ela deu até um dos seguranças pessoais dos Argyros pigarrear.

— Hm... senhorita, eu acho melhor você não tomar mais bebidas.

Charlie observou o homem. Ele deveria ter um pouco mais velho que Seth e tinha cabelo preto e olhos castanhos além de um corpo muito bem estruturado para um segurança. Ela assentiu.

— Eu acho que você está certo...

— Joseph.

— Joseph — ela deu um sorriso pequeno. — Eu só estou nervosa.

— Senhorita Waller — uma das empregadas disse e rapidamente cobriu a boca por ter se intrometido. — Me desculpe ter ouvido e ter me intrometido, porém não há razões para você ficar nervosa. Você está maravilhosa e tudo vai dar certo.

Antes que Charlotte pudesse dizer algo, uma das empregadas entrou na sala.

— Venha, venha! —ela disse animada. — Está na hora! Os convidados já chegaram e o Senhor Argyros já está a sua espera.

— Bem, é agora — ela tomou uma respiração e saiu de casa.

***

Todos estavam estupefatos com a beleza de Charlotte Waller inclusive Seth. O homem tinha que admitir que realmente estava gostando da jovem, ela era muito melhor do que ele tinha esperado. Talvez ele nem tenha que pedir divórcio.

Chad deu um tapinha nas costas dele e fez um gesto positivo, Raphael revirou os olhos e se preparou no altar como padrinho. Seu cabelo castanho estava bem penteado e seus olhos azuis estavam brilhando.

Os três amigos estavam certamente tirando o fôlego de muitas jovens.

Ou todas.

Charlotte não deveria ter tomado tanto Whisky. Agora ela estava levemente embriagada e ainda estava nervosa. Os flashs de todos não ajudavam em nada.

Um pé atrás do outro, um pé atrás do outro, ela repetia em sua mente.

A marcha nupcial tocava e ressoava por todo o lugar. O pai de Charlie tomou sua mão e acompanhou ela até o altar.

O lugar estava lindo. A decoração era feita, basicamente, com panos de seda branca pelo jardim imenso, cadeiras brancas antigas de estilo gótico e com pétalas brancas espalhadas por todo o lugar.

Ela chegou ao lado de Seth. O jovem percebeu o leve cheiro de bebida.

— Você andou bebendo? — ele perguntou sussurrando espantado e meio irritado.

— Eu pensei que bebida tirava o nervosismo — ela sussurrou de volta, meio desesperada.

O padre começou a falar e ambos trocaram seus votos.

A aliança deles era de ouro branco com um pequeno diamante dentro. Era simples, mas era o que Charlie queria.

A jovem não podia deixar de começar a achar tudo engraçado. Ainda mais sabendo que o terno de Seth estava todo cheio de tinta azul por dentro.

O homem certamente iria ficar uma fera. Iria começar a gritar como um louco e ia reclamar com ela.

Charlotte colocou a mão em sua boca tentando parar o sorriso que estava se formando.

—... você aceita... — o padre continuou a falar.

As costas de Seth deveriam estar todas cheias de tinta. Eles poderiam usar um solvente com um cheiro fortíssimo para tirar de sua pele, mas isso iria demorar um pouquinho...

Seth. Costas azuis. Tinta. Terno.

Charlote não conseguiu mais segurar.

—... até que a morte os separe?

Charlie explodiu em gargalhadas.

***

Todos ficaram espantados quando viram a noive explodir em risadas. Alguns começaram a rir junto, achando o episódio cômico e outros seguiram os risos porque foi provado pela biologia que o ato de uma pessoa rir podia fazer outra pessoa rir também.

Seth não sabia o que sentir. Ele queria rir, mas ao mesmo tempo ele estava confuso e irritado. Ela estava rindo dele?

Ele bufou.

Charlotte percebendo seu erro, pigarreou.

— Peço desculpas, eu rio quanto estou nervosa ou animada. Afinal, esse é o meu casamento — ela deu um sorriso envergonhado.

As pessoas começaram a aplaudir e a sorrir.

Charlotte não quis dizer nada daquilo. Bem, mais ou menos. O motivo dela estar nervosa não era porque ela amava Seth e queria que tudo desse certo e ela certamente não estava dando pulinhos por aí por se casar com alguém que ela conheceu dias atrás.

Seus sentimentos certamente estavam aflitos.

Seth parecia ser uma pessoa agradável – quando queria – e ele não lhe fez mal algum. Ele era bonito e a irritava, mas irritava num sentido bom, como se fossem realmente amantes e tivessem brigando por coisas bestas para fazerem logo as pazes.

Por outro lado, ela o conhecia por pouco tempo e não queria ter se casado tão jovem.

Charlie suspirou.

Por que tinha que ser tão complicado?

Seus pensamentos foram dissipados quando o padre falou a última frase.

— O noivo pode beijar a noiva.

Charlie ficou olhando para Seth paralisada. Ela não sabia o que fazer. Como pôde ter se esquecido do beijo?

Como pude ser tão estúpida a ponto de me esquecer DISSO? Ela se repreendeu mentalmente.

Seth trouxe seus lábios para os dela e ela deixou ele guiá-la.

***

Seth estava extremamente surpreso com Charlotte. Estava claramente óbvio que ela nunca tinha beijado outra pessoa. Não porque seu beijo era ruim – ele era muito bom, para falar a verdade, entretanto Seth nunca admitiria isso em voz alta – mas sim porque ela tinha uma hesitação inocente, como se ela não soubesse o que fazer ou o que esperar disso.

O jovem então decidiu guiá-la através do beijo. O que era para ser algo simples e rápido acabou se tornando em algo carnal e importante.

Ele a beijava com uma delicadeza, porém com um certo desejo e carinho. Seus lábios se encaixavam perfeitamente, ela tinha gosto de álcool e morangos.

Seth pegou sua cintura e a puxou para mais perto de si, ela espalmou suas mãos de maneira hesitante em seu peito.

A multidão foi à loucura parecendo um bando de convidados voyeurs assistindo à cena. A mídia estava tirando fotos como se sua vida dependesse disso.

Quando o casal se descolou eles estavam sem fôlego.

***

O resto da cerimônia foi apenas encenação e cerimônia. Charlotte sentiu-se como uma boneca sorrindo constantemente e assentindo o que as pessoas falavam.

Ninguém, exceto os mais íntimos, sabiam que o motivo do casamento não era amor.

Charlotte ficou com raiva. Muita raiva.

Ela estava com fome, ainda em seu torpor eu-nunca-tomei-álcool-e-agora-pareço-um-bêbado, cansada e cheia de ver pontinhos brancos causados pelos flashs.

Era o casamento dela! Ela deveria poder aproveitá-lo. Mas não, ela estava lá, servindo de companhia muda para Seth.

Quando a festa finalmente acabou já era de noite. Charlie, sem dizer nada para ninguém, correu e trocou o vestido por um pijama de flanela e sentou-se na cozinha para comer até sentir seu estômago crescer três vezes.

Emery logo juntou-se à ela, rindo da cena que aconteceu no casamento e zombando de muitos convidados ridículos que estavam presentes.

Eles ficaram conversando até Charlie decidir que ia procurar Seth – afinal, estava curiosa para ver aonde ele tinha se metido – e Emery decidir tirar um cochilo.

Ela encontrou Seth na varanda do quarto dele.

— Oi — ela disse sem saber o que dizer ou o motivo de estar ali.

— Oi — ele disse de volta. — Precisa de alguma coisa.

— Não — ela balançou a cabeça meio sem graça.

— Ah — ele disse se lembrando de algo. — Nós saímos para lua-de-mel amanhã.

Charlotte ficou estática.

— Lua-de-mel? Mas...

— Não se preocupe — ele disse revirando os olhos. — É mais como uma viagem de turismo — ele disse e olhou meio embaraçado para ela. — Não tem nada de mais.

Ela entendeu o recado. Ele não iria fazer ela consumar o casamento.

Ainda bem. Se não, Charlotte iria trancá-lo no banheiro até ele mudar de ideia.

— Certo — ela assentiu. — Bem, então... eu acho que vou... agora.

Seth hesitou. Por algum motivo ele não queria que ela fosse.

— Por que você não fica? — ele perguntou meio sem jeito. — É... podemos ver um filme.

Charlie piscou.

— Por mim tudo bem.

Ambos deitaram na luxuosa cama de casal no quarto de Seth e decidiram assistir O Grande Gatsby.

Em poucos minutos, Charlotte pegou no sono.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Gente, eles NÃO ESTÃO APAIXONADOS... Ainda.
Sério, eles estão começando a se gostar e eles tem um carinho um pelo outro porque ambos são pessoas bonitas e legais - o Seth nem tanto, por enquanto. Então, segurem esses forninhos que muita coisa ainda vai acontecer ;)
A propósito, o que vocês acharam do vestido da Charlie (aka na descrição e foto)? Gostaram? Eu gostaria de saber da opinião de vocês pelos comentários =D
Bem, é isso. Comentem, favoritem ou recomendem!
Byebye