Inversão escrita por Lola Carvalho, Beatriz Corrêa


Capítulo 2
Acabou


Notas iniciais do capítulo

Oi galera o/
Muito obrigada por estarem acompanhando e comentando! :3
Conforme o prometido, capítulo novinho ;)

Boa leitura!



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– Ela parece ser uma pessoa especial pra você - diz Nicole sorrindo

– Ela é. Não é como o resto do time, eu sinto algo diferente por ela - Jane responde

– Você sabe como isso se chama não é? Mas se estiver em dúvidas, isso é amor, um amor verdadeiro.

– Teresa não me vê assim, e ela tem namorado também, um idiota riquinho.- diz Jane triste

– Dinheiro não compra nenhum sentimento.

– Eu sei, Teresa não é desse tipo. Eu só não sei o que ela viu nele.

– É difícil... - diz Nicole

– Se não se importa com a pergunta, e você? - questiona Jane

– Ah meu marido morreu em um tiroteio, meu filho tinha dois aninhos, ele era policial. Foi o primeiro e único amor da minha vida, e deixou meu bem mais precioso. Meu filho. - responde ela, um pouco emocionada.

O toque do celular de Jane interrompe a conversa, ele pede licença e tira o aparelho do bolso.

– Oi Cho!

..........

Jane nunca dirigira tão rápido em toda sua vida.

Durante o trajeto ele não pôde evitar de pensar que se Lisbon estivesse ali, estaria discutindo com ele para ele reduzir a velocidade. Ah, como ele amava quando ela estava nervosa. Chegou em cinco minutos na cena do crime e logo foi informado que o namorado de Lisbon havia ido procurar por ela na cidade, por conta própria, e agradeceu por não ter que lidar com ele naquele momento.

– Cho! - chamou ele - O que está acontecendo?

– Jane. Acho que você precisa ver isso - seu tom era sério, como se algo de muito, muito grave houvesse acontecido.

Patrick apressou-se e caminhou alguns passos até o carro, onde ele pôde ver um bilhete... E então ele identificou os traços daquele desenho. Red John. Seu coração parou de bater por alguns segundos, suas mãos, antes quentes por conta do nervosismo, agora estavam geladas. Red John havia sequestrado Lisbon.

..........

Lisbon acordou tonta, percebeu que seus pés e mãos estavam amarrados.

Supermercado com o Walter... Briga... Estacionamento... Van preta e tudo escureceu.

Uma claridade invadiu o ambiente quando a porta foi aberta. Um homem estranho entrou trazendo água e comida a ela.

– Pode confiar! Ele te adora... Uma pena que você quebrou o coração dele. - o homem esquisito diz.

Lisbon não entende nada, mas não deixa de seguir seus instintos policiais e joga a comida de lado.

– Pode sair Mark, eu cuido disso - Lisbon reconhece aquela voz e se enche de esperança.

– Ray! Graças a Deus você está aqui. Me solte por favor. - Teresa suplica

– Sinto muito Teresa, mas não é assim que vai funcionar - diz Ray maliciosamente

– Ray? Você precisa me soltar daqui

– Só se você aceitar ser minha namorada - diz ele rindo

– Ray! Sempre brincalhão, você sabe que eu já tenho namorado - diz ela entrando na brincadeira

– Ah sim! Patrick Jane... Aquele cretino vai sofrer muito.

– Como assim? Eu não namoro o Jane, nunca!-

– Uh... Não é ele? Bom agora não dá mais pra voltar - ele se aproxima e beija a bochecha de Lisbon.

– Ray, pare com isso! Me solta! -

Haffner, porém, não deu ouvidos ao que Teresa lhe suplicava em meio suas lágrimas, e continuava a beijar o rosto da morena, intercalando com beijos no pescoço, de vez em quando

– Chefe! - alguém abriu a porta e disse ofegante

– O que é?! Eu não disse que não era para me incomodar?

– Desculpa, chefe, mas é que-

– Acho bom você ter uma boa explicação - disse Haffner, tirando de um dos bolsos uma faca afiada

– A polícia - ele respondeu depressa - Eles estão aqui. Não sei como, mas estão aqui.

Foi então que as luzes azul e vermelha iluminaram parte do quarto que Lisbon era mantida cativa. - Droga! - exclamou Haffner - Rápido, me ajude com ela, vamos até o sótão - ele ordenou a seu subordinado

– SOCORRO! - Lisbon manejou falar em meio aos soluços de choro - EU ESTOU AQUI, SOCORR- Ah! - ela gemeu de dor ao sentir as mãos de Haffner baterem com força e violência em seu rosto.

– Cala a boca! - ordenou irritado

– P-Por- Por que está fazendo isso? - ela gaguejou, voltando a chorar copiosamente em seguida

– Desculpa, desculpa... Não queria te machucar - ele acariciou o lado da face que ele antes havia batido

– Tira a mão de mim! Seu porco nojento...

– Teresa... - ele ajoelhou-se no chão e sussurrou - Por que você não me ama? Por que, Teresa? O que é que o Patrick tem que eu não tenho?

Teresa não respondeu. Na verdade, não teve tempo de responder, pois naquele exato momento...

Ouviu um estrondo forte e caiu no chão. Só acordou em uma cama de hospital, com Jane ao lado.

Assim que ele percebeu que Lisbon havia acordado, ficou aliviado

– Você me assustou...- diz ele

– O que aconteceu? - questiona Lisbon não lembrando

– Acabou... Isso que aconteceu. Eu matei ele, eu posso viver uma vida normal agora. - ele responde sorrindo

– Espera... Você está dizendo que matou Red John? - ele assente com a cabeça - Red John era o Ray não é? - Ela começa a tremer de medo. Jane não tem tempo para responder, é interrompido por Walter entrando no quarto

Ele estava com um buquê de rosas na mão e fez uma cara feia quando viu Jane.

– O que esse cara está fazendo aqui?

– Walter, esse é Jane ele... - Lisbon é interrompida pelo seu namorado

– Eu seu quem ele é! Ele é responsável pelo seu sequestro, e sua quase morte -

– Walter, para! - ela gritou, mas o homem não fez como ela pedia e continuou a se aproximar de Patrick.

Como forma de defesa, Jane levantava as mãos e dava pequenos passos para trás. Teresa por sua vez, continuava gritando para que seu namorado parasse.

Uma enfermeira que passava pelo corredor em que Lisbon estava, ouviu a gritaria e, chamando um dos seguranças, correu até a sala, e quando entraram, apartaram a briga.]

– Mas o que é que está acontecendo aqui? - perguntou a enfermeira indignada - A paciente precisa de descanso, e vocês dois fazem isso? Mas que pouca vergonha! Os dois estão terminantemente proibidos de entrar nesse quarto de novo.

– Mas, eu sou o nam-

– Terminantemente proibidos - repetiu a enfermeira

– Foi o Walter que fez toda essa bagunça - disse Teresa enxugando algumas lágrimas de seus olhos - Jane estava aqui comigo, me acalmando até, e foi quando o Walter entrou e começou a acusá-lo de ser o responsável por eu ter sido sequestrada.

– E eu estava mentindo? - perguntou Walter

– Você não sabe de nada! - exaltou-se Lisbon - Tudo nessa relação é sobre você, Walter. Você é um egoísta, egocêntrico

– Mas, amor... Eu estava fazendo isso para defender você, sua honra.

– Não, Walter. Você estava fazendo isso para inflar esse seu ego gigantesco - ela respirou fundo e, decidida, continuou - Quer saber de uma coisa? Acabou.

– Acabou? Como assim acabou? - perguntou confuso - Só por causa desse babaca?

– Esse "babaca" é meu amigo, Walter. E você já não é mais nada para mim. Nunca foi, para falar a verdade.

– Teresa? Como pode falar assim? - ele tinha lágrimas nos seus olhos - Tirem ele daqui, por favor! - Teresa pediu ao segurança e a enfermeira

– Eu vou tirar os dois daqui – informou

– Não, por favor, deixe Patrick ficar - ela pediu - por favor!

A enfermeira olhou para Patrick, que não tinha aberto a boca desde que a confusão começara e assentiu com a cabeça, após alguns segundos.

O segurança levou Walter para fora do quarto e então para fora do hospital, por mais que Walter esperneasse e gritasse, chamando a atenção de todos.

– Belo jeito de apresentar seu namorado. - diz Jane rindo

– EX namorado. - ressalta Lisbon

– Meh. Eu não ia gostar dele mesmo - os dois riem, Jane sente uma vontade enorme e incontrolável de beijar Lisbon, mas não podia fazer isso.

E se ela o odiasse depois? Ele resolveu esperar um tempo e começou a conversar com ela.

– Eu fiz uma nova amiga... - ele começa

– Hum... E não vai me apresentar?- Lisbon pergunta curiosa

– Pode ser, mas não vai pensando outras coisas, é só amiga mesmo. Ela é viúva e uma companhia muito boa para dar conselhos.- diz ele

– Patrick Jane ouvindo conselhos? Espera, chama a enfermeira, porque eu estou ouvindo coisas. - os dois riem. São interrompidos por Cho entrando no quarto.

– Ah... Desculpe. - Cho já entra sem graça, por ter interrompido o momento que parecia especial.

– Não Cho! O Jane já estava de saída, ele disse que vai pegar um café pra mim.

– Eu disse? - Jane questiona

– Não disse? Estou ouvindo coisas de novo, mas você pode fazer isso, o que acha? - ela abre seu melhor sorriso.

– Tudo bem agente Lisbon, você quem manda.- ele diz rindo

– Só está bonzinho porque estou numa cama de hospital. - ela grita enquanto ele sai.

Cho encara Lisbon e ela muda a expressão.

– Você acha que ele vai ficar bem? - Lisbon é a primeira a perguntar.

– Eu não acho que ele vá embora. Nós somos a família dele. - Cho responde.

– Não sei nem o que pensar, espero que você esteja certo. -


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Notas finais do capítulo

Gostaram?
Semana que vem nos encontramos nesse mesmo bat-local. hahaha.

Beijinhos :*



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