Como é que se Diz Eu Te Amo? escrita por tata-chan


Capítulo 7
Capítulo especial - Keitaro POV - Parte II




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Acordei pouco mais de dez da manhã, ainda com um pouco de sono. Assim que levantei do sofá, me espreguicei e fui até o quarto ver como estava Hina. E lá estava ela dormindo tranqüilamente, ainda com a mão embaixo do travesseiro. Inacreditável que ela ainda tenha essa mania.

Fui ao banheiro, lavei meu rosto, escovei meus dentes, juntei a roupa dela e deixei em uma sacola. Peguei o sutiã e coloquei em meu bolso, para provoca-la mais tarde. Quando voltei pro quarto, Hina já estava acordada, sentada na cama olhando em volta com uma expressão cômica.

-Até que enfim você acordou, eu já estava ficando preocupado! Espero que você tenha uma ótima explicação para eu ter encontrado você bêbada num beco com um tarado... – ela me olhava com uma expressão incrédula. Não pude deixar de sorrir. - O que foi Hina, não me reconhece mais não?

-K... Kei? – ela disse arregalando os olhos, ainda mais incrédula. Eu novamente sorri e cheguei perto dela, me sentando ao seu lado.

-É, pelo visto você ainda não me esqueceu – dei um selinho em seus lábios. Não me culpe, eu não resisti. Não depois de três anos longe dela. Ela me olhou completamente atônita. Ah claro, como eu pude me esquecer que ela me deu o maior fora da história há três anos?

-Ah, desculpa, eu havia me esquecido de que você me deu um fora, se mudou e saiu da minha vida sem aviso... – Eu disse me levantando da cama e mantendo certa distancia dela. – e aí, como você está alem de pensar que foi molestada... –eu dei uma risadinha - Ah, a propósito, você não foi. – completei.

-Como você me achou? – ela me perguntou ainda mais incrédula.

-Ora, eu ouvi alguém gritando e fui ver. Imagina como eu me surpreendi quando te vi quase sendo estuprada... – eu disse com um sorriso amarelo. - Mas você não deve ter achado muito melhor eu ter te achado... - Afinal, se ela quisesse me ver não teria fugido.

-Mas que droga! Quer parar de falar como se eu te odiasse? – Ela disse irritada. Meu sangue subiu nesse momento. Como se ela me odiasse? Por que outro motivo ela teria fugido de mim se não fosse por me odiar?

-Ora, você não deve gostar muito de mim para ter sumido daquela forma, Hinata! – eu disse com a voz irritada.  Mal percebi que eu a chamei pelo nome.

-Keitaro...! –Eu a interrompi antes dela terminar a frase. Me magoava bastante a ouvir me chamando pelo nome...

-Se já começamos a nos chamar pelos nomes, é melhor pararmos por aqui – eu andei até o guarda roupas e peguei algumas peças que minha irmã havia largado por lá, e entreguei para Hina. – você vai se encrencar se chegar em casa com aquele vestido.  – com certeza iria, se a nossa situação estivesse menos tensa, eu a teria repreendido por ter saído com aquele vestido curto - Acho que essas roupas servem em você. Minha irmã as largou aí... – não pude deixar de falar. Acho que fiquei com receio dela pensar que eu andava trazendo um monte de garotas para meu apartamento... - É melhor você tomar um banho também. Está com uma cara péssima. – eu saí do quarto rindo, nada melhor pra irritar uma mulher do que falar mal da aparência dela.

-Ei – eu a ouvi gritar e me virei – onde está meu sutiã? – Ela perguntou completamente corada, olhando para o outro lado com os braços cruzados na frente dos seios. Ela ficava extremamente fofa, constrangida. Sabia que o sutiã ia criar uma ótima provocação.

-Guardei de recordação – eu disse sem conseguir parar de rir.

-ME DEVOLME MEU SUTIÃ SEU TARADO! – ela gritou indignada.

-To brincando, ta aqui! – Eu ri anda mais enquanto tirava o sutiã de meu bolso, o cheirava e jogava pra ela - hum... Você continua cheirosa. – eu disse com um sorriso cínico. Mas o que eu disse era a mais pura verdade.- é melhor você ir tomar banho logo, que depois eu te levo em casa.

Eu saí do quarto e a ouvi me acompanhar.  Fui até a sala e sentei no sofá, ligando a tv.

-Espere aí, pessoa, acha que eu esqueci que você me viu pelada?? – ela disse apontando o dedo pra mim furiosa e corada. Eu tava quase passando mal de segurar o riso.

-Tecnicamente eu te vi seminua – eu disse tentando manter a calma enquanto segurava o riso. – Eu não sou tão pervertido a ponto de tirar TODA a sua roupa enquanto você está praticamente em coma alcoólico. –Eu ri - A propósito, seus seios cresceram barbaridades.

Ela estava com tanta raiva que eu não me surpreenderia se ela pulasse em meu pescoço. Eu lhe disse distraidamente:

-O banheiro é essa porta a sua esquerda, esteja à vontade.

Eu a ouvi respirar fundo por um momento e imaginei que ela iria me matar. Depois bufou, entrou no banheiro e trancou a porta. Eu caí na gargalhada.

Me levantei e fui arrumar o café da manhã. Ainda bem que eu era organizado, se não acabaria passando vergonha. Peguei umas torradas, comecei a fazer o café, peguei geléia de morango na geladeira... Será que ainda é a preferida dela?

Um tempo depois ela saiu do banheiro, os cabelos molhados e soltos, os pés descalços... Linda.

Ela andou na minha direção me olhando curiosa.

-Você está morando sozinho agora? – ela perguntou calmamente. Nada como um banho pra melhorar o humor de uma pessoa. Ela se sentou no balcão na minha frente.

-É, você sabe que eu nunca tive muita paciência com meus irmãos, queria um pouco de privacidade. Arranjei um emprego e aluguei esse apartamento... – eu contei para ela distraidamente. Eu gostava do fato dela se interessar pelo o que aconteceu comigo nesses anos. Passei pra ela umas torradas e a geléia de morango. Encheu uma xícara com café e entreguei pra ela. – quer leite?

-Não, obrigada, eu prefiro puro – Com a ressaca que ela deveria estar, só café preto pra ajudar. Eu ri e me fez uma careta. Depois tomou um gole do café  – você até que é organizado. – ela comentou distraída.

-Faço o que posso – eu sorri enquanto mordia uma torrada – e então, o que você tem feito além de ficar bêbada e ser agarrada num beco? – eu ri novamente.

-Muito engraçado... – Hina disse sarcasticamente. – Nada demais... E você?

-Também nada... – o que é esse silencio incomodo? Nós costumávamos ficar horas falando sem parar, e agora pareciam que nem nos conhecíamos.

-Me desculpa. – Hina disse me tirando de meus devaneios.

-Pelo que? – eu perguntei confuso.

-Por ter feito você sofrer – ela respondeu de cabeça baixa.

Eu não queria vê-la assim, triste. Mesmo depois de todos esses anos meus sentimentos por ela só haviam crescido. Eu a queria. Mas principalmente queria que ela fosse feliz. Eu dei a volta na bancada, ergui o seu rosto e uni nossos lábios. A beijei delicadamente, mas sem deixar de aprofundar o beijo, pedi passagem com minha língua e experimentando cada canto de sua doce boca. Eu a soltei e olhei em seus olhos.

-Só esteja ciente que isso não mudou – eu sussurrei em seu ouvido e ela estremeceu. Me pareceu um bom sinal. Eu queria deixar bem claro pra ela que eu não iria desistir.

-Vamos, eu vou te levar em casa – eu levantei e fui até o canto da sala pegar meus capacetes. – ah, mas se você quiser ir de ônibus pra eu não saber onde você mora, por mim tudo bem. – eu disse em tom de brincadeira.

-Vamos logo! – Hina disse andando até mim sem me olhar e pegou um dos meus capacetes. – eu não me importo se você souber onde eu moro.

Eu ri enquanto pegava a sacola com suas coisas. Ela ainda estava constrangida por causa do beijo, que fofa.

-Seu vestido e sua bolsa estão aí – eu entreguei a sacola pra ela  – vamos?

Nós saímos no corredor e andamos até o elevador. E novamente aquele silêncio estranho...

-Ah... – Hina começou a tentar puxar conversa enquanto entravamos no elevador.

-Esse clima ta estranho, não é? – eu disse rindo – o que houve conosco?

Eu olhei pra ela e a vi olhando pra baixo e chorando.

-Eu estraguei tudo –Ela disse chorando ainda mais e eu não sabia o que fazer. – Você era importante pra mim e eu estraguei tudo. Eu tentei te procurar, mas já era tarde demais... Eu... Eu...

Ela gaguejava enquanto tentava secar suas lágrimas.

-Me perdoa, Kei, por favor, me perdoa! – ela chorava descontroladamente. Eu larguei o que estava segurando e a abracei com força. Ela parecia preste a desabar na minha frente. Eu beijei o topo de sua cabeça e ela se agarrou na minha cintura com toda a sua força.

-Você é uma boba – eu disse enquanto acariciava seus cabelos. Ela não me odiava! Eu poderia pular de alegria se isso não pegasse tão mal. Ela apenas era uma bobinha... – só me promete que não vai fugir de novo e ta tudo bem.

-Eu prometo! – Hina disse soluçando.Como ela era fofa...

-Resolvido então – Eu a soltei brevemente e peguei as coisas que nós dois havíamos jogado no chão, a abracei pela cintura e a puxei pra fora do elevador. Ela ainda estava chorando baixinho. – Mas para de chorar agora, vai. Se não eu vou me sentir culpado. – Sequei levemente seus olhos a abracei,dei um beijo em seu rosto e um selinho em sua boca – só não se esqueça que eu tenho segundas intenções, então se você tiver um namorado agora é a hora certa pra dar um pé na bunda dele. – eu disse com um sorriso.

-Eu não tenho um namorado. – ela disse parando de chorar e me olhando séria. – e é bom você também não ter.

-Ciumenta como sempre – Eu ri. Realmente ela era uma boba – ah Hina, você sabe que eu só tenho olhos pra você há muito tempo.

Ela corou e desviou o olhar,e eu não pude deixar de abraça-la.

-Vamos, seus pais já devem estar preocupados – eu disse rindo e ela se surpreendeu. Acho que era a primeira vez que ela se lembrava dos pais naquela manhã. Eu ri novamente.

Eu subi em minha moto e ela subiu em seguida um pouco desconfortável. Ela segurou-se na minha camiseta levemente.

-Segura direito, se não você vai sair voando. – Eu lhe disse e Hina segurou meus ombros. Eu suspirei,peguei seus braços e a fiz segurar minha cintura. – Assim, Hina! Ta com vergonha de me abraçar ou nunca andou de moto mesmo? – Eu perguntei em tom de brincadeira. Ela me abraçou timidamente e eu ri.

-Segura firme, aí vamos nós! – Eu disse e dei a partida.ela se agarrou a mim me abraçando e tremendo de medo. Deus, como ela é fofa!

Não conversamos muito enquanto andávamos, grande parte do motivo era medo de Hina, que só abria a boca para me falar a direção. Uns vinte minutos depois ela já estava indicando sua rua. Eu parei na entrada da mesma.

-Você pode se encrencar se seus pais virem você chegar de moto, mesmo se for comigo. Ainda sou homem, não é? – Eu lhe disse sorrindo e a ajudei a descrê da moto, eu tirei meu capacete e ela me entregou o dela, aproveitei para entregar sua sacola também. Puxei seu braço e a abracei novamente, beijei seu rosto...

-Não suma! – ele sussurrou em seu ouvido quase implorando.

-Não vou sumir – ela respondeu retribuindo meu abraço e eu senti a emoção em sua voz.

-Bem, então nos encontramos por aí – Eu beijei seu rosto e dei mais um abraço, depois subi na moto, coloquei o capacete e acenei para ela, dando partida. Enquanto eu fazia o caminho de volta pra casa eu sorria igual um idiota que conseguiu a felicidade completa.

 

E agora, exatamente uma semana depois, aqui estava eu deitado com a garota que eu mais amo no universo ressonando tranqüilamente em meus braços.

Ela se mexeu calmamente, se espreguiçou virou pra mim sorrindo e então abriu os olhos.

-Bom dia Kei – ela disse com um sorriso sonolento. Eu a abracei e beijei levemente seus lábios.

-Bom dia meu amor. – eu lhe disse e ela sorriu e corou um pouco.

-Assim você me deixa encabulada – ela disse com um sorriso tímido.

-Você já deveria estar acostumada. – eu disse e voltei a beija-la. – e então, quando nós vamos contar pra seus pais que estamos namorando?

-Quando você quiser – ela respondeu sorrindo – minha mãe vai adorar, ela sempre quis que eu namorasse você.

-Sua mãe tem um ótimo gosto – eu disse rindo.

-Engraçadinho – ela disse me beliscando. – só não vai se esquecer de pular algumas partes da história.

-Fica tranqüila linda, eu não vou dizer ao seus pais que você ficou bêbada numa boate com um tarado e nem que você dormiu aqui nesses dois últimos sábados.  – eu disse a ela com um pouco de malicia.

-É meu pai não ia gostar de saber disso – ela disse me olhando com um olhar de provocação.

-É melhor esse ser nosso segredinho. – eu disse e voltei a beija-la profundamente. Hina me abraçou e retribuiu meu beijo docemente como sempre. Quando nos separamos ela olhou pra mim e disse com doçura:

-Eu te amo Kei. – como eu adorava ouvir isso saindo de seus lábios.

-Eu também amo você Hina, pra sempre. – eu lhe disse beijando seus lábios.

 


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Notas finais do capítulo

espero que gostem!

esperando reviews!

beijo!!



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