Apaixonada pelo meu Beta escrita por brunna


Capítulo 10
Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

Olá, pessoas!

Eu sei que demorei para postar... Mas eu tenho enxaqueca e esses dias estava insuportável. Tive que tomar agulhada, até... Estou no computador de ousada, só pra terem ideia...
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Eu fiquei muitíssimo feliz com as recomendações:

[Lizzie C Jackson] Adorei as palavras. Emocionei :,)

[Branca] Sua fofa, desejo um Tobias da vida pra você também...



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[AGNES]



O som do carro sobre a estrada pedia para que eu dormisse, admito que é realmente isso o que quero, mas infelizmente ou até mesmo felizmente eu não consigo pegar no sono. Começo a conversar com algumas colegas no WhatsApp. Falo de como estou ansiosa para chegar no acampamento e de como eu queria estar fora deste carro para tirar foto das paisagens que começaram a ficar mais verdes.

Penso no que meu beta havia me dito. Já passou uma hora, talvez até mais. Será que é algo importante? Será que nem tanto? Sinceramente tudo parecia estar confuso, ele desligou o celular praticamente no momento em que eu mais queria conversar, isso me frustra, mas não deveria. Ou deveria. Ele é meu beta, não um namorado, nem mesmo um velho amigo.

Suspiro com o intuito de afastar o pensamento, mas é como se eu não soubesse se fora um sonho ou se realmente aconteceu. Como se tivesse preso em todos os meus questionamentos e indignações. É estranho, diferente e felizmente não me entristece.

Volto a mexer no celular e percebo que ganhei uma mensagem nova, não fora das minhas colegas e nem do meu beta, entretanto do Wil, aquele garoto que eu mal conhecia e que conseguiu mudar assustadoramente a opinião que eu tinha por ele. Antes achava que ele era apenas um menino esnobe que não falaria com uma garota do meu tipo e agora começamos a nos tornar amigos. Será que ele desceu do pedestal ou que eu subi para o lado ele?

Abro a mensagem e vejo que é um vídeo, espero que carregue, mas quando é obvio que esperarei mais do que o desejado, bloqueio o celular e espero que carregue lá, dentro da minha bolsa. Quando eu chegar no acampamento eu vejo, ou melhor, caso não confisquem os aparelhos eletrônicos.

Deixo que meus olhos se fechem, mesmo que eu não durma, mas é um modo de me sentir relaxada. Tentei focar em coisas mais irrelevantes, ou como já havia dito minha mãe: coisas obsoletas. Penso no vídeo que Wil me enviou, penso no apelido dele, apenas com um l", depois me culpo por pensar em algo tão idiota.

Pensar em coisas obsoletas não é tão divertido quanto parecia.




[TOBIAS]



Eu nunca tive problemas para falar com garotas, mas a Agnes de algum jeito fora uma exceção. Eu desliguei o telefone, pois acho que não teria coragem de falar com ela. Eu já conheci muitas garotas, já tive muitas autoras e tudo fora apenas uma betagem. Eu ainda não entendo. Eu e Agnes conversamos apenas há duas semanas, eu ainda nem fiz sua betagem e ela já é especial assim para mim. Isso pode ser tudo menos algo lógico, e nesse momento, não quero que seja.

Uma hora nunca passara tão rápido, quando eu disse para Agnes que ligaria para ela depois desse tempo, pareceu que demoraria mais, entretando não foi o que aconteceu.

Eu preciso fazer isso sussurrei para mim mesmo.

Eu não deveria ter me despedido da Agnes, não deveria ter dito adeus. Eu poderia explicar para ela que eu também estou em Algarve e que há uma chance de nos encontrarmos, mas a Agnes é diferente e isso complica ter ou tentar ter uma conversa. Eu não consigo entender esse afastamento vindo de mim, eu nunca me senti intimidado por garotas, mas a Agnes é distinta de um jeito bom.

Coloquei a senha do celular tão lentamente, como se isso fosse atrasar a ligação e realmente atrasou.

Procurei Agnes nos meus contatos e finalmente fui falar com ela. No segundo toque Agnes atende.

— Tobias — diz com uma voz cansada.

— Oi, Agnes. — Tentei parecer empolgado, mas acho que não funcionou muito.

— O que houve com você? — Eu temi que ela percebesse, mas agora parecia o certo falar tudo.

— Eu só estou um pouco preocupado. — falei, desta vez minha voz soou normal. Acho que é quando se quer a normalidade que aparenta ser forçado.

— Eu também — diz.

Agradeço por ela não ter perguntado o porquê da minha preocupação.

— Então — falo. — Eu estou em Algarve também.

— Tobias! — Ela não estava zangada. — Por que não me disse antes?

— Eu não consegui.

— Eu não entendi a piada. — Ela sorria, isso era nítido no tom da sua voz.

— Nem eu — falei. E era verdade, tudo o que estava acontecendo era confuso. Do nada a gente se conhece, do nada vamos nos encontrar, do nada ela me deixa diferente.

— Eu não conheço Portugal — diz Agnes. — Eu não se é perto ou não o lugar que eu vou para onde você está.

— Não se preocupe — falei. — Eu sou maior de idade, se quiser ir para onde você está eu vou.

— Isso soou podre — falou Agnes. — Podre até para você, um português sem sotaque.

Nós dois gargalhamos. Percebi que me perdi. Eu liguei para ela, pois queria falar sobre o que sentia, mas acho que isso será adiado.

— Você não pode falar assim com seu beta.

— Agora você permite ser chamado de beta?

— Agnes, você é uma garota difícil.

— Sim, eu sei.

Escutei um barulho vindo da linha de Agnes, como de uma curva quando o carro passa rápido demais. Isso acontecia quando se vinha para o acampamento do meu pai, principalmente com o motorista daqui. Já pensou se Agnes estivesse vindo para cá?

— Agnes? Eu sei que parece estranho perguntar, mas pra onde você está indo?

— Eu já disse, estou indo para Algarve.

— Não, não é isso. Você não percebeu as coincidências?

— Na verdade sim — falou.

— Isso é assustador. — Eu me culpei logo depois de falar isso.

— Por que?

— É que você...

— Eu o quê? — Ela sorri, isso é perceptível pelo som da voz dela.

Fala logo, Tobias. Admita que um garoto de dezenove anos como você é apaixonado por sua autora que tem quinze.

— Seria estranho dizer que acho que gosto de você?

— Depende do que gostar significa. — Essa não era a resposta que eu esperava.

— Gostar significava algo banal para mim, até eu te conhecer, entende?

— Tobias. — Sua voz soa tão fraca que quase não a escuto. — Tá tudo muito confuso pra mim agora.

— Para mim também. Nós conversamos apenas faz pouco tempo.

— Sim, muito pouco tempo — concordou. — Mas eu já o considero importante.

— Eu também, autora. Você é bastante importante para mim.

Escuto mais alguns barulhos vindo da chamada, como de galhos de árvores se chocando contra a janela. Seria loucura, mas parece que...

— Agnes, você esqueceu que eu estou em um acampamento?

— Na verdade não, por que?

— Você é lerda ou só está fingindo?

— Só estou fingindo — responde. — Acha que ainda não levei em conta a chance que temos de estar no mesmo acampamento.

— Seja como for. — Tentei não transparecer a felicidade.

— Seja como for — concordou Agnes com risinhos ornamentando a fala.


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Notas finais do capítulo

Espero que gostem, bjocas