A Garota Problema escrita por Brê Milk


Capítulo 37
A fazenda - Parte 2


Notas iniciais do capítulo

Heyyy!! Capítulo novo pessoal, e continuação do anterior!!
Obrigada meninas que estão no grupo do Whatsapp e me aturam ahahha!!
Ah, e LEIAM AS NOTAS FINAIS OK?
* Boa Leitura*



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Ele ainda continuava me encarando. E eu estava morrendo de vergonha por ser pega no flagrante. Mas a minha vergonha se dissipou dando lugar a raiva assim que Vicente colocou um sorriso debochante e ironico no rosto. Eu queria quebrar os dentes dele, seu ego deveria estar quase explodindo agora.

– Por que estava seguindo? - foi o tom frio e grosso em sua pergunta que quase me fez recuar.

Mas ele não iria levar a melhor nisso... Seja o que for ''isso''.

– Não estava TE seguindo. Apenas quis dar uma volta e acabei dando de cara com voce - encolho os ombros e seu sorriso sarcástico me diz que não acredita em nenhuma das minhas palavras.

– Ah claro - dá um passo a frente - Porque agora voce ficou cega. - berra na minha cara e eu arregalo os olhos.

O que tinha acontecido com Vicente? Ele não era assim, frio e grosso. Ele estava me magoando cada vez mais, mesmo que não soubesse.
Engulo em seco e olho em seus olhos, enquanto ele encara os meus. Seu maxilar contraído me indicava que ele estava se controlando para não explodir, e foi aí que a raiva me dominou por completo. Eu apaixonada por ele, e ele sendo um completo babaca comigo? Eu iria arrancar essa paixão fora do meu coração, eu iria quebrá - la em pedacinhos e se possivel jogar os farelos na cara dele.

Ainda presa aos olhos de Vicente minha respiração começou acelerar junto com a dele e quando percebi a minha mão já estava suspensa no ar, pronta para acertar o rosto dele. Mas não, antes disso ele foi mais rápido e segurou minha mão, evitando ganhar um tapa. Forcei minha mão para a soltar de seu aperto, mas a única coisa que consegui foi um rosnado dele e seu aperto aumentar. Meus olhos o fuzilavam enquanto os deles pareciam querer me explodir e então quando nós dois abrimos a boca para nos xingarmos um forte vento começou e logo comecei a sentir a chuva forte quase me derrubando.
Vicente olhou para o céu negro á cima de nós e xingou alto. Revirei os olhos e depois ele me encarou, entortando a boca ainda segurando minha mão. As gotas grossas de chuva já atrapalhavam a minha visão e minha roupa já estava enxarcada, tirando o fato do meu cabelo estar uma bagunça no meu rosto.
Antes que mandasse Vicente me soltar, ele apenas afrouxou seu aperto em minha mão e começou a correr pelo campo me arrastando junto.

– Vicente, para! Para... Pra onde a gente tá indo? - perguntei gritando por conta do barulho da chuva.

– Cala a boca Juli e corre logo. - sua resposta dura me calou. Meu coração encolheu e eu ignorei isso.

Apenas murmurei um ''idiota'' a correr ainda sendo puxada por Vicente. Mais alguns metros a frente e eu já estava cansada, minha roupa completamente molhada pesava muito e meus tenis estavam ensopados. Minhas forças já eram poucas e já não conseguia ver com clareza.
Me forcei a continuar correndo, sem me queixar. Eu não iria passar por fraca na frente do idiota, nunca! Mas parece que ele percebeu pois assim que minhas pernas falharam e eu tropecei na grama, Vicente acabou me amparando, segurando meu corpo. Cinco segundos depois me obriguei a levantar e o afastar. Ele apenas me olhou torto e voltou a correr me puxando pela mão novamente.
E depois do que pareceu séculos, consegui avistar uma construção logo a frente. Soltei um suspiro aliviada e logo que chegamos percebi ser um celeiro.
Vicente me olhou de esguelha antes de abrir a porta e entrar, me puxando com ele. Nós dois nos jogamos no chão ao mesmo tempo e respiramos fundo para acalmar as respirações. Me sentia tonta e cansada, nunca correra tanto na minha vida!
Assim que regularizei a respiração me sentei no chão em cima de palha e olhei ao redor... é, realmente era um celeiro.

O cheiro não mentia. Olhei minusciosamente e percebi os equipamentos para cavalos. Cavalos... Meus olhos foram bem ao fundo do celeiro e encontrei um cavalo com olhos extremamente pretos me encarando.
Eu sorri, amava cavalos. E parece que esse entendeu, pois relinchou, chamando a atenção de Vicente que na hora encarou o animal.
Revirei os olhos para ele e o cavalo relinchou outra vez alto, dando um passo á frente tropego e logo caiu sobre suas patas.
Arregalei os olhos e mesmo quase sem forças corri até o animal caído no chão e me abaixei, ficando ao seu lado. Desatei o nó da corda que prendia seu pescoço e dislizei minhas mãos por seu pelo negro. Senti meus olhos lacrimejarem assim que o pobre cavalo me olhou com os olhos tristes, mas mesmo assim sorri: Talvez este animal e eu tivéssemos algo em comum: A tristeza.

– Ele parece já estar velho. - Vicente comenta e eu balanço a cabeça.

Talvez esse cavalo tenha sido esquecido aqui. E isso é triste, pois eu sempre amei cavalos desde da época que era criança e meu avo me contava sobre os passeios á cavalo que meu pai e minha mãe faziam na adolescencia.
Solto um longo suspiro e continuo fazendo carinho no dorço do cavalo. Seu relincho era baixo e mostrava seu sofrimento. Inspecionei direito e percebo que ele estava com uma pata quebrada.
Encarei seu olho direito fechado e senti meu corpo se arrepiar. De repente sinto um frio excrussiante e me encolho no lugar. Meus olhos pesam e minha boca seca. Cada vez mais fico com frio...

Olho para Vicente e mesmo não me sentindo bem sinto minha respiração sair entrecortada. O que aquele idiota fazia sem a camisa? Ainda mais encostado na parede do outro lado do celeiro com as gotas de água escorrendo pelo seu abdomem definido? Não, não, não Julia, foque!
Encaro minhas mãos e discretamente consigo voltar a respirar. Encosto minha cabeça na parede e fecho os olhos por um momento. Me sinto cansada e molhada, ah claro, eu ainda estou com a roupa molhada pela chuva. Mas não posso tirar, o imbecil está aqui.
Ah Vicente, sempre ele me atrapalhando...

– O que foi? - pergunto abrindo os olhos e o encarando.

Os cantos dos lábios dele sobem em um sorrisinho amargo e eu reviro mais uma vez os olhos.

– Só não entendo o por que de ter me pedido para não me aproximar mais, se faz de tudo para eu não conseguir faze - lo. - Vicente me encara fixo e eu fico perplexa.

Abro a boca umas cinco vezes, mas ao fim volto a fechar. Eu sabia a resposta, mas não queria admitir. Eu queria muito que ele não cumprisse com o meu pedidio, mas meu orgulho era maior e não me deixava voltar atrás.
Ou seja, eu amo o idiota, mas prefiro deixá - lo partir do que quebrar minha palavra.

– Voce só não faz porque não quer. - foi minha resposta, mas não o olhei nos olhos. Apenas encarei o cavalo ao meu lado e esperei por mais uma de suas respostas atrevidas.

Mas ela não veio.

O que recebi em troca, na verdade, foi ver Vicente se levantar com os olhos furiosos e vir em minha direção. A partir daí meu coração começou a bater freneticamente junto com meu corpo.
Ele chegou tão rápido na minha frente que não deu tempo para nada, apenas me senti ser puxada bruscamente por ele que me segurou pelo braço e me fez olhar seus olhos bem de perto.

– Porque não quero? - ele rosna e eu tremo mais uma vez. - Droga garota, voce me enlouquece. Voce sabe quantas noites perdidas eu já passei por sua culpa? Voce sabe como é ter que controlar a vontade de te ver no corredor e não te puxar para um beijo Julia? Hein, me diz se voce sabe...
Voce, sua pirralha ainda vai ser a causa da minha morte. Sabe o que é ter que aguentar ver voce afastada de mim? Sabe pelo menos o que é ter que me segurar para não socar a cara do infeliz do Marcelo toda vez que te vejo com ele?... Ou sabe pelo menos quantas vezes eu já me peguei imaginando como seria te beijar de novo?
DROGA JULI, VOCE TÁ ACABANDO COMIGO! Eu não aguento mais fingir que voce não existe, quando na verdade o que eu mais quero é te manter o mais perto possivel!

Meus olhos estão arregalados e ouço meu coração bater até nos meus ouvidos. Encaro o moreno a minha frente calada e perplexa. Eu não sabia de nada daquilo, não sabia o mal que estava fazendo para Vicente... Eu...

– E voce, sabe o que é estar confuso? Sabe o que é ter uma vida infeliz e só errar. Ter mil pessoas para apontar seus erros mas nenhuma para ver um acerto? Sabe o que é ter uma vida ''normal'' mas de repente, BUM, voce é mandado para ouro país e daí conhece um idiota QUE VIRA SUA VIDA DO AVESSO! Sabe o que é se sentir desprezada? ME DIZ VICENTE!
Sabe o que é ter seu coração partido inúmeras vezes? NÃO, VOCE NÃO SABE! AGORA CALE A BOCA PORQUE EU SEI!. - berro e ele me olha inexpressivo.

Seu aperto se afrouxa e eu puxo meu braço. O encaro nos olhos e ele apenas balança a cabeça, afastando seu corpo de frente ao meu. Respiro fundo, passando a mão pelo rosto e me viro de costas para ele. Engulo a sensação de querer chorar e me foco na parede acimentada a frente.

– Só queria saber se tinha um bom motivo para me fazer ficar em sua vida. - ele se cala e eu cravo minhas unhas na palma de minha mão - Mas vejo que não.

Ouço um suspiro cansado dele e seus passos se afastando atrás de mim. Quando me viro ele já não está mais no celeiro, tinha saído para fora já que a chuva diminuíra. Me sento no chão perto do cavalo e deixo que uma lágrima role pela minha bochecha.
É oficial, Vicente Araújo tinha saído da minha vida. E não digo isso só por ele ter saído do celeiro, digo porque sei que nunca teremos uma história além de brigas para contar.

...

Sinto a minha respiração quente e fraca bater na palma de minha mão e quando tento abrir os olhos sinto minha cabeça preste a explodir. Minha garganta doía de tão seca e meu corpo não respondia ao meu comando, apenas tremia de tanto frio.
Eu estava entre em uma linha entre a inconsciencia e a consciencia. Nessas horas que estou jogada aqui no celeiro ao lado do cavalo tento me levantar mas não consigo. Não sei quantas horas se passaram após Vicente ter ido embora, apenas sei que não estou bem e acredito que ninguém vá me encontrar aqui.
E talvez meu fim seja igual ao do cavalo, esquecida doente aqui. As lágrimas brotam de meus olhos e escorrem quentes como larvas. Me deixo ficar ali com a cabeça em cima das costas do cavalo sentado e me dou por vencida. Não iria lutar, apenas rezava para alguém me encontrar ou para Vicente voltar...

POV VICENTE

Já fazia algumas horas que estava sentado no lado de fora do celeiro. Não, eu não fui embora e deixei Juli sozinha. Eu poderia, e ela merecia mas não consigo. Nessas horas tentei esfriar a cabeça e superar o fato da baixinha não me querer em sua vida. Ela não gostava de mim, e eu teria que entender.
Suspiro mais uma vez e continuo riscando a terra com uma pedra que encontrei. Escuto gemidos agoniados vindo de dentro do celeiro e dou um salto me levantando e jogando a pedra para o lado. Entro rapidamente e meus olhos capturam a figura da loira deitada de lado em cima do cavalo com o corpo tremendo e balbuciando sons incoerentes. Meus olhos se arregalam e minha boca se abre.

Resolvo me mexer e corro até Juli no chão. Me abaixo na sua altura e pego em seu pulso, verificando a pulsação. Estava um pouco fraca. Não, não, não! Isso não iria acontecer se eu não tivesse explodido e a abandonado. Voce é um babaca Vicente!
Expulso esses pensamentos e deixo para me culpar depois. Agora tenho que cuidar da Julia, isso.
A examino com os olhos e depois chocoalho seu ombro, mas ela continua tremendo e balbuciando coisas. Respiro fundo e levo as maõs a cabeça. O que fazer, o que fazer?
Já sei!

Lembro - me das aulas de sobrevivencia que tive quando era mais novo no acampamento que fui. Respiro fundo e começo a levantar a baixinha. A encaro por alguns segundos e retiro sua blusa molhada. Tento não olhar e fico nervoso quando minhas mãos colidem com o zíper de sua calça. Balanço a cabeça espantando tudo na minha mente e me concentro em manter Juli aquecida.
Depois de um esforço e com ela ainda tremendo consigo retirar sua calça jeans e mais uma vez me concentro em seu rosto, nunca em seu corpo. Assim que sua pele branca fica exposta ao vento fraco que entrava no celeiro, vejo arrepios passarem por seu corpo e ela começar a tremer mais. Jogo as roupas molhadas dela em um canto longe e rapidamente a coloco em cima do cavalo com cuidado, logo me apressando e tirando minha camisa.
Visto Julia com ela e reparo no quão grande a camisa ficava nela. Ela era mesmo baixinha.
Suspiro assim que a vejo se encolher e abraçar o cavalo, notavelmente mais confortável e quente. Fico a encarando, velando seu sono até que o cansaço me atinge e eu tomando cuidado me posiciono ao lado de Juli, passando meubraço por sua cintura e me deixo descansar a cabeça ali no chão.
Fecho os olhos por um minuto e respiro fundo. Meu coração parecia ter voltado ao normal, sem preocupações e possibilidades da loira pegar um hipotemia.

Juli, Juli Juli... O que voce fez comigo garota?

– Droga... - praguejo levantando meu tronco e fitando a pequena garota vestida com minha camisa - Tentar não te amar só faz com que eu te ame mais.

Suspiro e depois de acariciar seu rosto volto a me deitar e fecho os olhos, deixando o sono me levar.

POV JULI

....

Raios de sol queimam em meus olhos fechados e tapo o rosto com as mãos. Quando decido abrir os olhos, me dou conta que estava no celeiro abraçado ao cavalo.
Sorrio para o animal e sinto um frio em minhas pernas... nuas? Arregalo os olhos e me viro para o lado. O QUE VICENTE FAZIA ABRAÇADO A MIM E SEM CAMISA?
E POR QUE EU ESTAVA VESTIDA NELA?
Meu coração parecia uma bomba, prestes a explodir.

Tento acalmar a maldita respiração ao ver o quão lindo o imbecil ficava dormindo e olho ao redor. Vicente iria me explicar essa história direitinho!
Volto a me virar para o idiota e o chamo umas cinco vezes. nada. Reviro os olhos e com toda minha raiva, saio lentamente de seu abraço e me levanto.
Vou em direção a minha roupa ainda um pouco molhada no canto e pego a calça jeans que estava de espremer. Sorrio diabolicamente e volto para onde ele estava. Ponho uma mão na cintura e começo a bater com a calça jeans e molhada em Vicente, que acorda atordoado e começa a gritar.

– Voce é doida por acaso? - diz com os dentes cerrados enquanto segura a roupa.

O encaro revirando os olhos e solto a calça. Ponho a outra mão na cintura e estreito o olhar em sua direção.

– Me explique isso. - aponto com o dedo para meu corpo e a sua camisa - E isso. - aponto para seu peitoral a mostra e me sinto corar.

Vicente abre a boca e antes de responder vê minhas bochechas vermelhas e abre um sorriso sarcástico, arqueando as sobrancelhas. Cruzo os braços bufando e bato o pé. Esperando por sua resposta que até agora não veio.

– Voce poderia ter pegado uma hipotemia. - se defende encolhendo os ombros. Grunho dando um passo a frente e ele chega para trás, levantando as mãos. - Tá bom, tá bom. Juro como não vi nada!

O fitei por uns segundos e acabei acreditando. Ouço quando ele solta um suspiro e arranca uma risada minha. Abano a cabeça e caminho até a Vicente, arrancando minha calça de sua mão e indo até onde a blusa estava no chão. Antes de me abaixar para pega - lá lembro em que trajes estava e giro nos calcanhares, encarando Vicente e o esperando sair.

– O que? - sua voz era maliciosa e me fez revirar os olhos. Mas internamente eu estava sorrindo... Que merda!

– Vamos, sai. Vou me trocar! - mando apontando para a porta do celeiro.

Ele gira os olhos e se levanta, resmungando como sempre. Passa por mim esbarrando em meu ombro e eu o empurro assim que sua pele entra em contato com a minha. Vicente sai rindo e eu grito baixinho de frustração.
Balanço a cabeça e após verificar que ele não estava MESMO olhando tiro sua camisa e vencida pelo instinto, a cheiro. Inalo o bom odor que provinha da roupa e depois de me dar conta o quão boba estava sendo, a atiro para o chão. Me reprendo mentalmente e me apresso em vestir minha roupa. Depois de pronta ajeito o cabelo em um coque desajeitado e apanho a camisa do imbecil do chão.
Antes de sair do celeiro me lembro do cavalo e vou até ele, que permancia no chão me observando. Me agacho em sua frente e passo meus dedos por seu pelo. Abro um sorriso e faço em carinho na sua crina.

– Vou te tirar daqui. - murmuro não esperando por um resposta do animal e deixo um beijo no topo de sua cabeça.

Me levanto com o coração na mão e caminho para fora. Antes de sair completamente do celeiro ouço o relincho do cavalo e um sorriso triste se abre em meu rosto. Suspiro baixinho e quando chego do lado de fora vejo o sol quente no céu. Meus olhos procuram por Vicente e o vejo sentado na grama olhando para o nada em sua frente. Caminho até lá com a cabeça baixa e paro em seu lado. Vicente move a cabeça para me olhar e eu jogo a camisa em sua cara, rindo em seguida.
Ele bufa e se levanta, vestindo a camisa em um piscar de olhos. Desvio os olhos e ele toca em meu braço, me fazendo o olhar. Vicente encara o caminho em sua frente e suspiramos juntos.

– Vamos tentar achar o caminho de volta.

– Vamos. - assinto firme e começamos a caminhar lado a lado.

...

Depois de quase uma hora andando e andando com Vicente ainda continuávamos perdido. E para piorar nossa situação estávamos afastados do celeiro, e não sei se isso significa algo bom ou ruim. Já não aguentava mais, meus pés pediam por misericórida e o tapado do Vicente não parava de caminhar.
Claro que, durante todo o caminho fomos rocando farpas e xingamentos. Mas quem manda ele querer me atirar no gramado e pisar em cima de mim? Ou eu querer voar no pescoço dele?
Ninguém. Só nós mesmos.
Chega!

Paro de caminhar e me curvo sobre os joelhos, respirando pesadamente. Tento recuperar o folego e é quando Vicente começa a me gritar e vem ao meu lado, me puxando pela mão.

– Voce enlouqueceu por acaso seu idiota? - já preparava a minha lista de xingamentos para ele quando Vicente me olha feio.

– Depois voce me xinga Julia, agora anda porque acho que encontramos a fazenda. - responde e meus olhos brilham de felicidade.

Abro um sorriso e ele ri pelo nariz. Fecho a cara e começo a correr na direção indicada por Vicente. O mesmo corre atrás de mim e depois de uns metros corridos, a visão da grande casa invade minha visão. Sorrio ainda mais com os cabelos todos na cara.
Dou uma olhada para trás e Vicente acenava para mim parar. O ignoro e continuo a correr, mas quando volto a me virar para frente me dou com a cena mais estranha que já vi em toda minha vida: Todos os alunos da escola correndo de porcos. Sem perceber, não paro de correr e fico encarando a cena, Matilde tentando subir nas costas de Alberto com medo dos porcos e os meus amigos fugindo de mais porcos com as mãos nas bundas.
Abro a boca estupefada com aquilo tudo, mas volto a fechar e arregalo os olhos. Droga, me distraí tanto que não percebi que Melissa vinha correndo em minha direção fugindo de um porco, e que se eu tivesse parado de correr não teria dado de cara com ela.
E nós duas não teríamos caido desmaiadas no chão com o impacto.


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Notas finais do capítulo

E ai? Como ficou?
Espero que tenham gostado!!

O aviso que tenho a dar é que para quem está acompanhando minha outra história a NÃO SE APAIXONE POR UM DEPRAVADO, sinto informar mas os planos para a postagem em novembro mudaram. Não sei ao certo quando comecarei a escrever, por isso devido adiar até não sei quando.
Por isso, peço para quem está com ela nos acompanhamentos já tenha em mente que: Quando chegar dia 20 de novembro e não tiver atualização de N.S.A.P.U.D. não precisam me perguntar por que ok?

Beijos e só isso... Não sei quando sairá o próximo.

AMO VOCÊS ❤❤



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