A Garota Problema escrita por Brê Milk


Capítulo 2
Brasil e internato...


Notas iniciais do capítulo

Hey leitoras divas, mas um capitulo e queria agradecer a Brunnah Stenzel pelo comentário!



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É Julia, aqui está você parada bem em frente ao internato/ prisão.
Saí do carro e fiquei igual uma estátua encarando aquele prédio que de hoje em diante, passaria a ser a minha nova ''casa''.
Vou lhes contar tudo o que está acontecendo: Depois daquela discussão com o meu pai, fiz minhas malas ( na verdade foram só duas) e me preparei para vim aqui para o Brasil, e tenho que admitir que esse é um pais lindo e tropical. Mas aqui em São Paulo é uma cidade tão fria... sei lá... é agitada e tudo, mas continua sendo fria ( igual a minha vida? Talvez). Depois de 12 longas horas dentro de uma merda de avião- mas como eu dormi a maioria do tempo não importa- eu cheguei aqui, ao meu destino final.
Meu pai acabou de sair do carro, pois é, ele veio comigo para acertar as coisas que faltam e depois vai meter o pé. Assim que ele saiu ele olhou pra mim e acho que reparou nas roupas que eu estava usando, que eram um short jeans curto, uma meia calça preta rasgada, uma blusa cinza lisa e uma jaqueta preta, meu all star de cano alto, meu cabelo solto e minha maquiagem escura, ou seja como eu me visto sempre.
– Julia você não poderia ter se vestido como uma garota normal da sua idade?- ele perguntou carrancudo, é acho que minha roupa não o agradou, mas estou nem ai.
– Não, porque a roupa é minha, eu me visto do jeito que eu quiser e você não poderia me levar de volta para casa?- retruquei debochada e ele respirou fundo duas vezes.
– Não irei discutir com você- ele disse e começou a caminhar, e eu o acompanhei.
Passamos por dois seguranças que pareciam um armário de tão grandes e que sorriram, e começamos a caminhar pelos corredores daquele internato que mais parecia uma mansão de luxo imensa.
Tenho que admitir que pelo menos aquele lugar era muito lindo, pelo menos isso meu Deus!
Caminhamos mais um pouco e paramos em frente a uma sala que eu acho que era uma secretaria, ou recepção sei lá.
– Pois não senhor?- perguntou uma mulher que aparentava ter 50 anos, era baixinha, loira e sorria falsamente. Ela sorriu pra mim e eu como sempre, fechei a cara. Nunca gostei de demonstrar sentimentos por pessoas, porque começaria a fazer isso agora?
– Sim, sou Gregório Lacoste, e essa é minha filha Julia, queria falar com o diretor e a vice- diretora- meu pai disse e a secretária pediu para a gente acompanhar ela.
Fomos caminhando e durante o trajeto algumas pessoas ficavam me olhando assustadas com a minha roupa e eu só dava de ombros e continuava a mastigar meu chiclete que mascava.
– Senhor e senhora Gonçalves, o senhor e a filha Lacoste o esperam- anunciou a secretária e ouvi um ''entre''.
Meu pai entrou na frente e eu o segui. Entramos em uma sala bem espaçosa que continha as paredes cremes e tudo que uma sala de diretoria poderia conter.
– Bom dia, vejo que o senhor veio para acertamos o que falta- me virei para frente e vi uma mulher que aparentava ter no máximo 45 anos baixinha que usava óculos sentada em uma cadeira, e ao lado dela se encontrava um homem que no máximo deveria ter 45 anos, que se parecia muito com a mulher ao lado, são gêmeos. Mas o que me fez ter vontade de rir foi como o homem se vestia, ele estava de terno, mas com um boné na cabeça com a aba virada pra trás e usava uma corrente com um símbolo de diamante. Estou começando a simpatizar...
– Sim, sim. Essa aqui é minha filha Julia!- meu pai me apresentou e se sentou em uma cadeira na frente daqueles dois. Me sentei em outra cadeira ao lado e comecei a fazer bolas com o meu chiclete.
– Muito prazer Julia, meu nome é Matilde Gonçalves, e espero que goste do internato- sorriu a mulher e eu revire os olhos.
– Olá, também espero e me chame de Juli, odeio Julia- sorri cínica e a mulher me olhou soltando faíscas de seus olhos.
– Bom, me chamo Alberto e espero que seja bem vinda Juli- disse o Alberto o do estilo hip- hop, e viu? já gostei dele.- Ah, e espero que não apronte muito como as outras pestes daqui- ele riu e eu o acompanhei.
– Alberto!- Matilde chamou a atenção do homem- Desculpem a maneira de se expressar do meu irmão- quer dizer que eles são mesmos irmãos? Tá bem na cara mas ele parecia ser tão legal, diferente dela.
– Bom, já que está tudo certo, já vou indo!- disse meu pai.
– Ah, aqui está o seu uniforme senhorita Julia- a diretora me entregou uma roupa embrulhada em um saco transparente! O QUE? eu não vou usar isso. O uniforme era uma saia vermelha BEM curta, uma blusa social branca, com uma gravata também vermelha e uma boina azul! Era só o que me faltava.
– Eu não vou usar isso- apontei para o uniforme.
– São as regras- disse a diretora e parecia que ela estava se divertindo vendo a minha desgraça.
– Mas...- fui interrompida por meu ''pai''.
– Nada de mais Julia! Você irá usar e ponto- ele murmura frio e eu revirei os olhos.
– Você irá se acostumar- disse Alberto sorrindo amigavelmente
– Ok, agora eu já vou- ele se levantou e se virou para mim- comporte- se- meu pai saiu de lá, me deixando sozinha nesse inferno aqui.
– Bom, aqui está o numero de seu quarto e de seu armário. Já pode se retirar e as aulas irão começar amanhã- a diretora me entregou um papel e eu sai de lá.
Olhei para o papel e vi a combinação da senha do meu armário, e também o numero 3456, o numero do meu quarto.
Bufei e comecei a andar, mas por onde será o corredor do dormitório feminino? Ah quer saber de uma coisa? Dane- se vou andar por ai.
Arrastei minhas malas e subi e uma escada, mas tinha duas entradas, direita ou esquerda? Eu sabia que um dos dois iria dar no dormitório feminino, ou no masculino.
Segui a direita e fui procurando o numero do meu quarto olhando o papel e para as portas, arrastando minhas malas.
Depois de muito andar achei a porta do meu quarto e entrei. Lá dentro só tinha uma menina ruiva baixinha dos olhos verdes mexendo em um notebook.
Entrei e fechei a porta e olhei ao redor. O quarto era bem grande, tinha duas camas, dois closets enormes, uma escada que levava para o andar de cima, e uma porta nos fundos que talvez deveria ser o banheiro.
Caminhei arrastando minhas malas e coloquei elas em um canto. Comecei a retirar minhas roupas da mesma e colocando em cima da cama, da cabeceira e acho que a menina me notou agora.
– Oi, sou a Laura- ela disse saltitando e parecia uma mini fada. Mas como eu não estava a fim de arrumar amizades e vazar daqui o mais rápido possível não disse nada, continuei na minha.
–Há... sabia que isso não vai funcionar- ela balbuciou e eu a olhei confusa- Você não se socializar pensando que assim vai da no pé daqui mais cedo, mas não. Eu também pensava e agia como você, mas no fim das contas, estou aqui á 5 anos- ela sorriu se sentando no espaço vago da minha cama.
– Hã... me chama de Juli- disse retirando as malas vazias de cima da minha cama depois que as esvaziei.
– Julia, belo nome- ela disse.
– Odeio Julia- murmuro e ela assente.
– Então, a carrancuda é mesmo irmã do estilo hip- hop- disse e Laura riu.
– Sim! A Matilde é uma bruxa. Mas o Alberto é super legal, é ele quem encobre nossas travessuras- ela disse rindo e eu também.
– Ok, mas não vejo a hora de sair daqui-disse me sentando na cama dela.
– Com o tempo você se acostuma- ela disse.
– Assim espero- disse e eu e Laura ficamos conversando por horas, e descobri que ela era bem legal.


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Notas finais do capítulo

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