My sister and I escrita por Anasofi Sakura


Capítulo 9
Capítulo 9 - Luka


Notas iniciais do capítulo

É altura da narração da Lukaaaa!



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Capítulo 09

(Luka)

Ah, aquele tarado de cabelo roxo! As coisas que ele me obrigou a fazer com ele na enfermaria! Quer dizer... Não é que eu não tenha gostado, mas... Não interessa! O que interessa é que eu tinha finalmente realizado o meu sonho.

Sim, eu já amava o Gakupo desde que o tinha visto pela primeira vez. Aquele ar atraente e aquela postura descontraída deixava-me completamente louca de desejos e sonhos que nunca se iriam concretizar (pelo menos era o que eu pensava). Aquela simpatia que ele tinha com todos também não me passou despercebida, e tudo o que aquele rapaz tinha ou fazia deixava-me cada vez mais apaixonada.

A forma de ele ser atraía-me completamente, pois eu era o seu completo oposto. Não era popular, e não me conseguia rir com facilidade. Em vez de atrair as pessoas, eu afastáva-as.

“Ei, tu és a Luka-san, não és?” – perguntou-me uma baixinha loira de olhos azuis, enquanto eu me dirigia para a sala dos professores para entregar alguns papéis.

“Sim, sou. Porquê?” – mais uma vez, lá estava eu a ser fria e seca.

“Ah! Ainda bem! Eu queria falar uma coisa sobre umas inscrições de alguns clubes para o professor Makoto, e disseram-me para falar contigo...” – respondeu, com uma cara meio envergonhada.

“Sim, eu sou a responsável pelas coisas das inscrições.” – confirmei – “Qual é o assunto?”

Eu e aquela loirinha baixinha começámos a falar, e comecei a ver que ela era muito interessante. Era simpática e achei-a uma boa pessoa. Até tinhamos gostos semelhantes.

“Acho que me vou dar bem com ela.” – pensei para mim, lembrando-me de seguida que ainda não sabia o seu nome – “Ei, ainda não sei o teu nome.” – chamei-a à atenção.

“Ah, desculpa! Chamo-me Rin Kagamine.” –sorriu e estendeu-me a mão – “É um prazer, Luka-chan!”

“O prazer é todo meu.” – respondi, muito animada. Espero que ela se torne minha amiga, já que não tenho nenhuma...

A campainha tocou, e nós as duas dé-mos um pequeno salto de susto. O tempo tinha passado mesmo rápido! Falar com ela fazia-me esquecer os meus problemas.

“Vou ter que ir... Depois falamos, Luka-chan.” – acenou-me, enquanto se afastava lentamente.

“Ah, antes de ires, Rin.” – chamei-a, e ela parou para me ouvir – “Acho que já vi a tua cara em qualquer lado...”

“Ah, se calhar deves estar a confundir-me com o meu irmão gémeo, o Len.” – ela corou ao dizer o nome do irmão.

“C-Calma aí... É um rapaz um pouco mais alto que tu, loiro, de olhos azuis, e com o cabelo atado num pequeno rabo-de-cavalo?” – os nervos consumiram o meu corpo, ao relembrar-me do “acidente” na enfermaria... E se o rapaz loiro que nos viu era realmente o irmão da Rin?!?

“É ele mesmo!” – exclamou – “Mas agora vou mesmo ter que ir, Luka-chan. Bye bye!” – despediu-se de mim com um enorme sorriso no rosto, deixando-me de boca aberta no meio do corredor.

Fogo, maldição, merda! E se o tal Len conta sobre o meu “acidente” na enfermaria à Rin?! Seria o fim desta amizade, que ainda nem sequer começou! Eu quero mesmo ficar amiga dela, mas se ela souber dessa história, irá logo contar ao diretor ou a algum professor! Pelo menos era o que eu faria, se fosse ela... Maldito Gakupo! A culpa é toda dele! Dele e da sua maneira de ser! Dos seus lábios sexys, do seu cabelo sedoso, do seu corpo esbelto...

“Luka-chan?” – alguém corta bruscamente os meus pensamentos, fazendo-me dar um gritinho de surpresa – “Não vais para a sala?” – era o meu maravilhoso e recente namorado.

“G-Gakupo? Eu já estava a ir, não te preocupes...” – corei ligeiramente, pois as únicas imagens que passavam na minha mente eram as daquele momento passado na enfermaria com aquele rapaz completamente sexy.

“Hummm...” – ele olha para mim desconfiado – “Olha que não parecia. Estavas aí parada a olhar para o nada. Será que...” – inclina-se para o pé de mim, pondo uma das suas mãos na minha cintura – “Estavas a lembrar-te do nosso momento de prazer?” – sussurra-me ao ouvido com uma voz sedutora e cheia de desejo.

“G-G-GAKUPO?!” – gritei-lhe – “P-Pára com isso! Estamos na escola! Alguém pode ver-nos!”

“E o que é que tem? Nós namoramos...”

“M-Mas eu tenho que manter um ar de aluna exemplar!” – tirei a mão dele da minha cintura – “Sabes muito bem disso. Agora vamos para a aula, pois estamos atrasados.”

“Sim mãe!” – brincou, dando-me um pequeno beijinho na bochecha. Aquele baka... Podia ser bem fofo quando queria.

Fomos até à sala, e quando entrámos, o professor ainda não tinha chegado. Sentei-me no meu habitual lugar ao pé da janela, pus os meus fones nos ouvidos, e comecei a trocar olhares com o meu querido Gakupo que agora conversava com os seus amigos, enquanto o professor não chegava.

Eu sabia que o Gakupo era bem perverso, mas eu amava-o mesmo assim. Aquele olhar punha o meu corpo cheio de arrepios e “choques elétricos”. Apesar de saber que ele já tinha andado com mais de metade das raparigas da escola, eu não me importava, pois eu agora era a mais importante para ele, e não elas. E eu não o iria largar assim tão cedo, podem ter a certeza.

O professor chegou, e a aula começou.

Não liguei a nada do que o professor disse, pois fiquei a aula inteira a olhar para o Gakupo, a mandar-lhe bilhetinhos amorosos (já que ele se sentava ao meu lado), e a dar-mos as mãos discretamente. Eu amava mesmo aquele idiota.

Quando as aulas todas acabaram, e eram horas de todos os alunos se irem embora, o meu namorado foi ter comigo.

“Ei, Luka-chan, que tal passar-mos a tarde juntos?”

“Claro, porque não?” – aceitei, muito feliz com a proposta – “E vamos aonde?”

“À tua casa, claro.” – respondeu indiferente – “Não podemos?” – perguntou, ao ver a minha cara envergonhada.

“C-Claro que sim...” – eu não acreditava no que tinha acabado de dizer. Eu só podia estar maluca, de certeza absoluta! Eu tinha aceitado um pedido de ir para a minha casa com um dos rapazes mais belos e perversos da escola! O que o amor não faz...

Quando chegámos à minha casa, eu já corava como um pimentão. Não conseguia olhar para cima, e a única visão que tinha eram a dos meus sapatos.

“Que casa grande!” – ele exclamava muito contente, quando finalmente tinhamos chegado ao nosso destino – “És rica, Luka-chan?”

“É, mais ou menos...” – eu tentava afastar a timidez – “Os meus avós têm muitos negócios que dão muito dinheiro, por isso...” – eu não estava mesmo a conseguir raciocinar nada bem!

“Hummm...” – pensou – “Uma namorada linda, e ainda por cima rica... Uau, o que é que o mundo mais me pode oferecer?” – sorriu e olhou para mim com um ar muito sexy. Olhei para ele e corei. O que é que ele raio estava para ali a dizer?!

Abri a porta de casa, e lá entramos porta adentro. Comecei a sentir os nervos na barriga, e a suar frio.

“Quando voltar a sair desta casa, já não serei virgem... Provavelmente.” – pensei para mim, suspirando muito alto. Eu já tinha desistido de tentar resistir às tentações do Gakupo. Afinal, ele não era o rapaz que eu amava? Então tudo bem.

“Luka...” – sussurrou-me o rapaz mais lindo que já tinha visto na minha vida, enquanto me agarrava pela cintura, para um beijo prolongado, mal eu fechei a porta.

As nossas línguas lutavam uma contra a outra, procurando vencer uma batalha sem nenhuma razão aparente. As mãos do Gakupo deslizavam pelas curvas do meu corpo, e quando encontravam a minima gordura corporal, apalpavam tudo o que viam pela frente. Eu dáva pequenos gemidos entre os nossos beijos, o que me deixava muito constrangida, apesar de o Gakupo não parecer se importar assim tanto.

Mal o Gakupo começou a pôr a mão dentro da minha saia, ouvimos alguém a entrar na sala, e a deixar cair alguma coisa ao chão, fazendo-a partir-se.

“T-TIA TETO?” – exclamei muito envergonhada, interrompendo o beijo ao ver quem era a tal pessoa. A minha tia tinha-me acabado de ver com o Gakupo aos beijos! O que é que eu podia dizer?! E explicar?!

“L-Luka...?” – perguntou – “O que é que raio estás a fazer?” – ela ora olhava para mim, ora olhava para o Gakupo, com um ar completamente confuso.

Deixem-me explicar: os meus pais morreram num acidente quando eu tinha cerca de 3 anos, por isso fui viver com a irmã da minha mãe, a minha tia Teto. A minha tia já era casada com um homem chamado Shinji Kasane, o meu tio, mas quando eu fiz 7 anos, ele morreu de uma doença muito grave, deixando-me a mim e à minha tia sozinhas.

“T-Tia, e-eu posso explicar...!” – eu tentava desesperadamente arranjar uma desculpa na minha cabeça, quando...

“A senhora é a tia da Luka?” – Gakupo dirige-se educadamente à minha tia, surpreendendo-me por completo – “Muito prazer, o meu nome é Gakupo Kamui, e sou o namorado da Luka. Espero que aceite a nossa relação, pois eu quero muito ficar com ela.”

A minha tia piscou os olhos muito rapidamente, e ficou de boca aberta. Ela costumava fazer muito isso quando não conseguia acreditar no que via...

Para o meu espanto, Gakupo parecia uma pessoa completamente diferente. Uma pessoa mais educada e de muito boas influências. Oooh tia... Não te deixes enganar!

“G-Gakupo-kun?” – a minha tia tinha voltado finalmente à realidade – “M-Muito prazer! O meu nome é Teto Kasane, e sou a tia da Luka.” – ela suspirou – “Finalmente trouxeste um rapaz cá a casa, Luka. Estava a ver que não!” – a reação dela muda por completo, e agora estava brincalhona! Deve ser porque achou que o Gakupo era muito bom rapaz... – “Bem, Gakupo-kun, porque não ficas para jantar? Assim podemos ficar a conhecer-mo-nos todos muito melhor!” – exclamou a minha tia toda contente.

“Aceito o convite com muito gosto.” – respondeu o Gakupo – “Mas primeiro tenho que ligar à minha mãe, se fizer favor.” – pede gentilmente, e tira o telemóvel* do bolso. Mas no momento em que tira o telemóvel, cai também... Um preservativo*. [*celular; camisinha]

EU REALMENTE ACHEI QUE IA MORRER DE TANTA VERGONHA! ERA AGORA O MOMENTO EM QUE A MINHA TIA IA MANDAR O GAKUPO PORTA FORA!

“T-Tia, não é que estás a pensar...” – tentei desculpar-me ao máximo, e até pensei em pedir de joelhos por perdão!

A minha tia olhava com um olhar sem expressão para a proteção que ainda se encontrava no chão, quando vira o olhar para nós os dois.

“Não faz mal, são coisas que acontecem.” – ela agarra na pequena embalagem, e entrega-a ao Gakupo – “A partir de agora, tem mais cuidado. E tenta ser mais discreto!” – e pisca-lhe um olho.

Aquela não era a minha tia. Só podia ser. Eu acho que a minha verdadeira tia foi levada por extraterrestres, e deixaram um clone no lugar dela.

“Bem, vamos todos jantar! Afinal eu quero conhecer melhor o Gakupo-kun!” – agarra-o pelo braço, e puxa-o em direção à nossa cozinha.

“Bem, acho que é o começo de uma boa relação familiar...” – pensei para mim, suspirando e seguindo aqueles os dois, enquanto me preparava mentalmente para o jantar que ainda viria aí.

Continua...


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Notas finais do capítulo

O próximo capítulo vai ser a narração da Gumi :3 É a última personagem que falta, depois vai ser o cap. final ;-; (e um extra de yaoi MikuoxPiko, claro *0*)
Até ao próximo capítulo, minna-san :v



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