My sister and I escrita por Anasofi Sakura


Capítulo 4
Capítulo 4 - Rin


Notas iniciais do capítulo

Porque é que o momento que as pessoas mais querem ver é quando há beijos? xD
Bem, não vou interromper a leitura de mais ninguém, por isso, boa leitura minna-san! *0*/



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Capítulo 04

(Rin)

“L-Len...” – sussurei, ao ver que Len tinha caído descaradamente em cima de mim. Sim, porque não estávamos numa posição muito inocente, não!

“Rin...” – quando dei por mim, vi que o meu irmão começou a aproximar-se lentamente do meu rosto, quando...

“Meninos?! O que é que estão a fazer?!” – guinchou Meiko, atrás de nós, no momento em que eu já podia sentir a respiração de Len. Levantámo-nos muito rapidamente, e mantivemos uma distância de cerca de 1 metro.

“M-Meiko-san? O que é que fazia dentro do meu quarto, trancada?!” – reclamei, tentado fazê-la esquecê-la do acontecimento estranho anterior.

“Fiquei cá dentro presa! A porta deve ter-se emperrado ou algo assim...” – desculpou-se.

“Ah, ok...” – estava um pouco desconfiada, mas mesmo assim tentei confiar nela.

“Meiko.” – Len começou a falar – “Não lavaste a louça, nem a casa, e nem nos fizeste um lanche para quando chegássemos a casa. Que raio de empregada és tu, afinal?” – pude reparar na cara fofa de chateado que ele fez naquele momento.

“Aaah, desculpem meninos... Esqueci-me.” – o quê? Esqueceu-se? Como assim?! O Len deve ter uma certa razão... Deviamos despedi-la...

“Meiko, sai por favor. Eu tenho uns assuntos a tratar com o Len.” – pedi-lhe gentilmente, pois queria muito falar com o Len sobre o que ele me tinha dito naquela manhã. Não, eu estava desesperada!

Meiko fez-nos uma vénia, disse que ia fazer-nos um lanche, e saiu do meu quarto, deixando-me sozinha com o meu irmão mais velho.

Sabem, não sei quando é que comecei a tratá-lo de “onii-chan”, apesar de ele ter a minha idade. Acho que até comecei a tratá-lo assim pois ele nasceu primeiro do que eu, no nosso parto. Era uma forma carinhosa que arranjei para lhe chamar.

Olhei-o diretamente nos olhos, e notei que ainda estávamos a 1 metro de distância. Aproximei-me dele dois passos, e ele fez-me uma cara espantada, como se não esperásse essa reação de mim.

“Len... Aquilo que me disseste de manhã... Era verdade?” – perguntei, um tanto envergonhada.

“Rin, tudo o que eu te digo é verdade. Porque é que haveria de te mentir?” – respondeu-me calmamente. Nem parecia que ele tinha se declarado a mim, não estava nada nervoso!

Aproximei-me mais um passo dele, enquanto tocava levemente no seu rosto. Ele arregalou os olhos, e agarrou-me a mão com que lhe tocava, afastando-a do seu próprio rosto.

“Pára Rin.” – pediu-me – “Não precisas de te esforçar para gostares de mim. Eu sei que amas o Kaito, e... Que me vês apenas como um irmão. Nada mais. Além disso, nunca poderemos namorar, pois esta relação seria um incesto. As pessoas falariam de nós.” – desde há muito tempo que não via o Len falar tanto numa só frase! Pude perceber claramente que ele estava muito nervoso, se calhar até mais do que eu.

“Len, quem é que te disse que eu te vejo apenas como um irmão?” – voltei a tocar-lhe no rosto – “Eu não te vejo apenas como o meu irmão mais velho, eu vejo-te como uma pessoa normal, como o homem que és.”

“Rin...” – sussurrou, olhando para mim. – “Rin... Eu posso?” – perguntou-me, pondo a sua mão na minha cara, tal como eu fazia com ele.

“... Claro seu baka. Porque é que não haverias de poder?” – respondi, já muito corada.

Len olhou para mim com muita atenção, e começou a acariciar-me o cabelo, fazendo-me ficar toda arrepiada. Não sei porquê, mas senti que sempre esperei por aquele momento. Como se eu sempre lá no fundo também o amasse como ele me ama. Não um amor de irmãos normais, mas sim um amor proibido, atrevido, um puro incesto.

Pus a minha mão livre sobre a mão dele, a que estava no meu rosto. Len aproximou-se, fazendo muitas paragens no caminho. Via-se que ele estava hesitante, pois se calhar tinha medo que eu não quisesse aquilo. Quando já podia sentir muito perto de mim a sua respiração, abri um pouco os meus olhos, e tive uma visão do seu belo rosto pertissímo do meu. Mal consegui respirar, só de olhar para os seus olhos tão perto dos meus, fazia-me ficar paralisada.

“Len...”

“Desde quando é que me começaste a chamar apenas de Len? Não era Len-kun ou onii-chan?” – não lhe pude responder, pois ele prendeu os seus lábios nos meus.

Aquela boca... Tive oportunidade de saboreá-la ao máximo. Beijámo-nos como se não houvesse amanhã, como se não nos importássemos mais com o que as outras pessoas iriam dizer de nós. Já não importava mais. Eu já estava apaixonada por ele, só que não sabia deste sentimento. Se calhar era porque sabia desde o começo que não poderiamos ficar juntos, que nunca poderiamos contar sobre a nossa relação a alguém. Acho que foi por isso que me tentei enganar a mim mesma, fazendo-me acreditar que estava perdidamente apaixonada pelo Kaito, durante estes anos todos.

O nosso maravilhoso beijo acabou, e olhei através dos olhos azuis de Len. Estes estavam mais brilhantes que o normal, e transbordavam de felicidade. O meu irmão podia ser muito fechado, mas os seus olhos eram verdadeiramente previsíveis e sinceros.

“Namoras comigo, Rin? Eu... Eu sempre te amei.” – ele agarrou-me as mãos – “ Sempre amei o teu sorriso. A forma de como andas. A tua simpatia. De como és inteligente, de como sempre procuras ajudar as outras pessoas ao máximo. Eu amo tudo o que és, Rin.”

“É-É claro que aceito!” – gaguejei, graças à lágrimas que insistiam em cair – “Eu nunca tinha percebido, Len, mas... Eu também sempre te amei! Não apenas como um irmão, eu amo-te como um namorado.”

Len olha para mim com um olhar protetor, e dá-me o melhor abraço que alguma vez recebi na minha vida. Ele aproveita-se da situação, e começa a cheirar-me o pescoço, enquanto me dáva pequenos beijos no mesmo.

“L-Len...” – gemi.

“Calma, não vou fazer nada que não queiras.” – reconforta-me, ainda com o nariz no meu pescoço – “Pelo menos por enquanto.”

Separámo-nos, olhámos um para o outro mais uma vez, e a cena do beijo repete-se.

“Meninos? Têm visitas!” – Meiko grita do andar debaixo.

“Bolas... Logo agora?!” – queixa-se meu recente namorado, pondo uma mão nos seus próprios cabelos, com uma expressão irritada.

“Ehehe, calma meu amor, deve ser só a Gumi a querer alguma coisa.” – ri-me da expressão dele, e dirijo-me para a porta – “Eu já volto. Estou curiosa para saber quem é.”

“Ok. Depois volta, ‘tá bem?” – sorriu, enquanto se sentava na minha cama, agarrando no livro que eu tinha lá em cima.

Desci as escadas rapidamente, quando tocaram novamente à campainha.

“Já vou, já vou!” – disse, para mostrar a minha presença. Abri a porta, e para minha surpresa, quem lá estava não era a Gumi, ou algum conhecido meu.

À porta encontrava-se uma estranha rapariga. Tinha cabelo azul, preso com dois elásticos de cada lado da cabeça. Os seus olhos eram também de um azul parecido com o mar, a combinar com o seu cabelo, e a sua estrutura era de cerca de 175cm. Era magra, e tinha uma cara fina e uma pele muito branca. Ela era realmente muito MUITO bonita. Mas a sua cara não me era estranha... Parecia que já a tinha visto em algum lugar. O que é que será que ela queria?

“Sim? Deseja alguma coisa?” – perguntei.

“Desculpe o incomodo... És tu a Rin-san?” – a sua voz era ainda mais delicada do que eu pensava! Apesar de não me ser totalmente desconhecida...

“Sim, sou eu... Porquê?”

“Queria falar contigo uns instantes... Será que posso?”

O quê? Eu não conheço aquela rapariga de lado nenhum, e ela quer falar comigo? Será que eu fiz alguma coisa que não devia?

“Amn... Claro, porque não?” – respondi. Não tinha nada a perder, afinal nem sabia quem era aquela rapariga.

“Rin-san... O meu nome é Hatsune Miku.” – M-Miku?! Ela não podia ser quem eu estava a pensar... – “E eu sou a namorada do Kaito. Ouvi uns rumores que tu gostas dele... É verdade?”

O meu mundo parou ali. O QUE É QUE RAIO ESTAVA A ACONTECER?

Ok, vamos reformular o que tem acontecido:

1) Descobri que afinal o amor da minha vida (ex-amor da minha vida) afinal tinha namorada;

2) O meu irmão declarou-se a mim, dizendo que sempre me amou;

3) Comecei a namorar com o meu irmão, ou seja, eu estava a cometer um “crime”, quer dizer, um incesto;

4) E AGORA DEPOIS DESTA HISTÓRIA TODA, A NAMORADA DO MEU EX-AMOR DA MINHA VIDA VEM ME PERGUNTAR SE EU AINDA O AMO?? O que é que raio se passa com a minha vida??

“M-Miku-san...” – tentei começar uma simples explicação – “Para falar a verdade, eu já não gosto do Kaito-kun, podes ficar descansada. Eu agora... Amo outra pessoa.” – desabafei, ainda a pensar no beijo que o Len acabara de me dar.

“A-A sério? Que alívio! É que eu sempre quis tentar ser tua amiga, Rin-chan! Mas quando me contaram que tu gostavas do Kaito, fiquei muito triste, pois não queria ser a tua rival. Por isso decobri a tua morada, e vim confirmar pessoalmente.”

“Sempre quiseste ser minha amiga? Porquê?” – fiquei realmente muito espantada, nunca ninguém quis tentar ser minha amiga só por querer, era sempre porque sou bonita (não que eu seja convencida) ou por causa da minha riqueza.

“É difícil não reparar em ti, Rin-chan. Estás sempre rodeada de amigos, e o teu sorriso é muito contagiante.” – sorriu – “Sempre quis ver como eras mesmo.”

“Então, vamos ser amigas.” – também lhe sorri, enquanto lhe estendia a mão para um cumprimento – “Espero ser uma boa amiga, Miku-chan.”

“Hum! Espero que sejamos boas amigas, Rin-chan!” – exclamou, apertando a minha mão de volta.

Uma amiga nova, que mais tarde iria se tornar a minha melhor amiga. Um namorado que sempre quis ter e sempre amei. Tudo isto num só dia.

Eu considerei-me a rapariga mais sortuda do mundo, apenas por causa daquele dia.

Continua...


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Notas finais do capítulo

K bom k eles os dois se conseguiram resolver ;w;
Até a Miku já está envolvida completamente na história *^*
Estou a pensar seriamente em fazer um capítulo único de MikuxKaito, mas noutra fanfic diferente :O
Mas bem, até ao próximo capítulo xD



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