My sister and I escrita por Anasofi Sakura


Capítulo 3
Capítulo 3 - Len


Notas iniciais do capítulo

O capítulo 3 foi feito muito MUITO à pressa, por isso está uma bosta ^-^'
Mas bem, não interessa xD
Boa leitura :3



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Capítulo 03

(Len)

As pessoas acham-me muito compulsivo. Que quando quero dar a minha opinião, digo logo o que tenho a dizer sem rodeios. Sim... Eu sou exactamente assim.

“L-Len... Ele ama mesmo essa Miku não ama?” – soluçou a minha amada – “Ele nunca andaria à briga por mim...”

“Rin, sem ofensa, mas não achas parvo quereres que a tua pessoa amada queira andar à briga, e ainda por cima por ti?” – eu não queria zangar-me com ela, por isso tentei ser o mais calmo que pude – “Estás a ser um pouco criança, não?”

“M-Mas Len! Não é isso que quis dizer!” – choramingou – “É que ele... N-Nunca faria nada disto por mim... Ninguém o faria...” – eu já estava farto e... Cheio de ciúmes.

“Rin, estás muito enganada.”

“O quê?”

“Eu sei de uma pessoa que faria isso por ti.” – eu devia mesmo declarar-me?

“Quem? Não existe ninguém que me ame tanto assim, Le-“

“Eu. Eu amo-te, Rin. Desde que éramos crianças.”

Finalmente. Aquelas palavras saíram-me da boca! Que alívio, que alívio! Aquela pequena frase que estava presa na minha garganta à mais de 10 anos! Aquela frase que eu sempre quis dizer à minha irmã. Aquela frase... Que era proibida entre irmãos de sangue.

“L-Len, e-eu-“ – fomos interrompidos pela campainha da escola. Já eram horas para entrar-mos. Olhei para o meu relógio de pulso, para ver se a campainha da escola estava mesmo certa, e era verdade. Fogo!

“Olha Rin, depois em casa falamos sobre isto. Por favor, tenta agir normalmente até lá.” – pedi-lhe, com naturalidade.

“O-Ok...” – gaguejou, toda corada. E como ela ficava linda assim!

“Agora vamos esquecer isto e ir para a aula.” – agarrei-lhe o braço – “Vamos chegar atrasados!”

Arrastei-a até à nossa sala de aula, e já estava o nosso professor.

“Gémeos Kagamine, estão atrasados 57 segundos.” – repreendeu-nos o nosso professor, enquanto olhava para o seu próprio relógio.

“Pedimos imensa desculpa.” – eu odiava pedir desculpa para outras pessoas, mas naquele momento, a minha irmãzinha ainda estava em choque graças à minha repentina declaração – “Tivemos uns assuntos para resolver.”

“Hummm, e que assuntos foram esses?” – perguntou-nos desconfiado.

“Assuntos pessoais, nada a ver com a escola ou consigo, esteja descansado.” – argumentei, fazendo a turma rir um bocadinho.

“Maldito Kagamin-“ – apontou para as nossas mesas – “Vão-se sentar antes que eu lhes marque falta!”

“Ok professor.” – puxei Rin pelo braço, e lá nos sentámos nos nossos lugares habituais.

Desde sempre que a Rin foi da minha turma, e sempre se sentou na mesa ao meu lado. Se não ficava ao meu lado, chorava até a professora ou o professor aceitarem.

“Porque é que gostas tanto de te sentar ao lado do teu irmão?” – ouvi perguntarem-lhe uma vez – “Gostas assim tanto dele?

“Claro, eu amo o meu onii-chan!” – lembro-me de ficar tão feliz com estas palavras! Mas depois lembrava-me que ela só me via como irmão mais velho, mais nada... Acho que ela nunca me viu como um homem.

Não prestei atenção à aula. Cada vez que olhava para o lado, via que Rin me espreitava pelo canto do olho, e quando via que eu também olhava para ela, desviava o olhar para o lado contrário, e ficava ainda mais corada. Adorável, simplesmente adorável!

“Ei, Rin...?” – sussurei-lhe quase no fim da aula.

“D-D-Diz Len-kun...” – gaguejou, mesmo sussurrando.

“Podias dar-me as notações da aula? Não estou a prestar atenção nenhuma.”

“E-Eu...” – mostrou-me o seu caderno em branco – “...Também não estou a prestar atenção nenhuma... Desculpa...”

“Oh, não faz mal. Eu depois peço ao Kaito.” – e apontei para o outro lado da sala, onde se sentava o nosso amigo. Mas ao me lembrar do Kaito, também me lembrei que talvez a Rin ainda gostasse dele. Afinal, ela só descobriu que não tinha chances com ele esta manhã... Ela não o ia esquecer do dia para a noite, pois não? Isso quer dizer que... Ela vai rejeitar-me! Não!

“R-Rin...?” – sussurei, um pouco hesitante.

“O-Outra vez, Len-kun? O-O que é que foi?” – ralhou-me, ainda muito corada.

“Eu não preciso que me respondas a nada. Eu sei que ainda tens sentimentos pelo idiota do Kaito, por isso não quero que me respondas.” – sorri-lhe – “Prefiro que as coisas continuem como estão e po-“

“KAGAMINE? PODIA PARAR DE FALAR? TENHO UMA AULA PARA DAR!!” – o grito do meu professor fez-me ficar tão direito na minha cadeira, que parecia que tinha uma vassoura agarrada às costas. Quando voltei a olhar para a minha querida, vi que ela tinha uma cara de alívio, e que também parecia menos vermelha. Ela estava mesmo assustada, no final de contas. Se calhar não sabia como é que me iria rejeitar.

Quando as aulas todas finalmente acabaram, eu e Rin fomos juntos para casa. Eu sei que parece normal, pois somos os dois irmãos, mas para mim ir para casa com a Rin era uma dádiva de Deus. Eu realmente amava aquele momento que éramos só nós dois na rua, e falávamos sem parar, sem que ninguém nos interrompesse.

“Tchiii, esqueci-me de pegar no caderno do Kaito para ele me dar as notações das aulas...” – lembrei-me, já a uns metros da nossa casa.

“Queres ir à casa dele? Ou ligar-lhe?” – perguntou-me Rin. Eu adorava quando ela se preocupava comigo.

“Não, não faz mal. Eu aguento até amanhã.” – respondi, enquanto entrávamos em casa. De repente, um cheiro esquisito veio-me rapidamente ao nariz. Dirige à cozinha, e o meu pressentimento estava certo: a vaca da Meiko não tinha lavado a louça, como sempre.

“Temos de despedi-la...” – desabafei para mim mesmo.

“Len! Podias vir aqui? A minha porta do quarto não abre!” – chamou-me Rin, do andar de cima.

Dirigi-me calmamente até ao andar de cima, e vi Rin a tentar abrir a porta com toda a força que tinha.

“É estranho, Len... Porque é que a porta não abre...?”

“Vamos tentar os dois ao mesmo tempo.”

“Ok!” – pus-me ao pé dela, e empurrámos a porta com toda a força.

“Vou contar até três, a depois empurramos ainda com mais força, ok?” – pedi-lhe – “Vá, um... Dois... TRÊS!” – de repente, fizemos tanta força que a porta abriu-se com mais facilidade do que pensávamos, fazendo-nos cair os dois.

“Ai, que dor...” – queixei-me, enquanto abria os olhos – “Rin, estás be-“ – só depois é que reparei que tinha caído em cima dela, e estávamos... Numa posição um bocado indecente, para irmãos.

“L-Len...” – o sussurro dela parecia estar cheio de luxuria e desejo. A cara dela estava mais vermelha que um pimento, e os seus lábios estavam entre-abertos, dando-me uma visão da sua linda língua.

“Rin...” – e comecei a aproximar-me lentamente do seu rosto.

Continua...


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Notas finais do capítulo

Vou escrever o capítulo 4 ainda hoje O:
Por isso sejam pacientes :3
Até ao próximo capítulo ^0^/



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