Diana's The Adventures escrita por LivWoods


Capítulo 24
Final.




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NA PARTE EXTERNA DA BASE DE VALQUÍRIA, os seus homens caíam com o exército elfo recebendo auxílio das forças de Pátraco. O noivo de Íris segurava sua espada em mãos e erguia o escudo contra um ataque de Gerad que ainda se encontrava vivo com um sorriso maníaco estampado na face. Frey acabara de matar mais um dos soldados da comandante, quando ergueu seu olhar para o céu sem lua. O negrume parecia despencar do alto por todo à Terra. Senão fosse os archotes, as bolas de fogo enviadas pelas cataputas, aquele cenário estaria perdido nas trevas. O ar pareceu pesado, trovões e relâmpagos ecoavam nos céus, parecia a fúria dos deuses contra os mortais. Freya correu até seu irmão, em outro momento, quando Nine havia sido atingida ela não conseguiu salvar a humana que sucumbiu em seus braços. Havia sangue em suas vestes, porém, não sabia dizer qual era seu, qual era o de Nine e qual pertencia aos inúmeros soldados mortos. Estava ofegante ao lado do irmão que também não se apresentava da melhor forma, o rosto estava suado e vermelho com manchas de sangue. Ambos sentia uma força grandiosa invadir aquele lugar. Ceridwen e Argalad faziam alguns feitiços mágicos contra os soldados, os trolls , que ainda restavam, os protegiam de ataques diretos.

— Que força poderosa... - comentou Frey para a sua irmã.

 

— Parece vim da base onde Diana se encontra. O quê pode está acontecendo lá? - disse Freya fitando aquela fortaleza.

 

— Eu não sei. Precisamos chegar até lá!

 

Eles correram como uma flecha entrando naquela base cujo interior estava totalmente devastado. O corpo jazido de Valquíria ainda estava no chão com a presença de Íris, que olhava para frente. Para o único homem naquele lugar, o coração de Frey encheu-se por um momento de puro assombro, seria aquele homem o famoso deus da destruição que a Dama do Lago tanto falara? Aquela figura onipotente e destemida que sorria como um deboche. Diana o encarava com puro ódio, seus olhos eram como brasas, encontrava-se de punhos cerrados, ao seu lado a pequena Sapphire segurava seu braço com uma face contendo uma mistura de medo com surpresa. Os dois elfos se juntaram a guerreira, perguntando se estava tudo bem e a mesma confirmou com um aceno. Não posso morrer aqui, pensava a guerreira, todos se arriscaram com essa batalha sem sentido e eu não posso decepciona-los morrendo por essa pessoa. Némesis parecia se divertir com tudo aquilo, a insanidade que Valquíria carregava não chegava aos pés daquele ser supremo.

 

— Vejo que fez novos amigos - observou ele. - É intrigante como na vida há reviravoltas. Veja bem - começou a caminhar de um lado para o outro com as mãos para trás, parecia compenetrado nas suas observações,- tudo começou com uma missão, uma simples missão de matar a rainha de Corinto e seus filhos. E agora estamos aqui, com as duas proles da rainha que a minha melhor assassina está protegendo. Engraçado, não?

 

— Eu não entendo, o que ele quer dizer com, matar a rainha e suas filhas? - questionou Sapphire.

 

Némesis gargalhou alto, adorava as desavenças, os conflitos, as brigas tolas dos humanos eram seu passatempo preferido.

 

— É Diana, o que eu quis dizer com isso? - debochou, aumentando ainda mais o seu sorriso, juntando os dedos das mãos uns nos outros. A guerreira pressionava a mandíbula com tamanha força que poderia ser ouvido o trincar dos dentes. - Se caso não me foge a memória, há dezesseis anos atrás a rainha de Corinto fora morta. O rei revelou para todos no reino, inclusive suas filhas que fora devido ao trabalho de parto. A verdade que ninguém sabe, é que a rainha sofreu um atentado, um atentado do meu clã de assassinos. Você tinha alvos simples Diana, você e Valquíria tinham elas em mãos e o que fizeram? Nada. Minhas melhores assassinas, fugiram como meras principiantes. Ao menos uma de vocês não me desapontou tanto, a rainha havia morrido.

 

— Quer dizer que vocês assassinaram nossa mãe? - Sapphire afastou de Diana que tentou agarrar seus braços dizendo que podia explicar. - Não, eu não quero ouvir.

 

— Sapphire eu recebi ordens. Ordens que não cumpri, porém, poderia ter cumprido, afinal era isso que eu fazia, era uma assassina. Quando fui contratada por seu pai, achei que seria uma chance de finalmente deixar o passado para trás. Eu só precisava salvar a sua vida já que não pude salvar a da sua mãe. Porém, você começou a me seguir e eu não sabia como um dia poderia fazer tais revelações para você. Eu tenho um passado sombrio, vivo a sombra das inúmeras almas que tirei, porém, só dessa vez, eu vivo para a única alma que polpei.

 

Sapphire a encarava nos olhos, sabia que a guerreira estava sendo sincera. Afinal ela não havia cometido o crime, como ela disse, poderia ter feito já que era sua missão, mas não fez. A voz de Némesis a retirou de seus pensamentos trazendo-a para o mundo real. 

 

— Que momento maravilhoso, acho que tamanho sentimento e amor me fizeram evoluir para Némesis o deus do amor - ele abriu um sorriso. - Não, acho que foi impressão minha.

 

— Némesis! Não me importo que seja um deus, eu irei golpea-lo até a sua morte!

 

Ele respondeu com uma voz fria:

 

— Então comece! Você tem toda a minha atenção! - ele levantou as mãos e o chão abaixo delas começou a tremer, Frey auxiliava Íris, enquanto Diana segurava Sapphire. O chão começava a se abrir abaixo de seus pés e homens que pareciam fantoches mortos saíam daquela cratera no meio do salão. Eram corpos sem vida, assombrados, gemiam e possuíam o olhar vazio, com trapos como roupas. Podia-se ver seus ferimentos, seus corpos mirrados haviam sido animados por aquele ser ameaçador. Frey mandou a guerreira prosseguir com Némesis que eles cuidariam daqueles seres. Freya perguntou se Íris sabia usar um arco e flecha, ela negou, porém, a voz de Sapphire respondendo positivamente fez a elfa abrir um sorriso ao entregar seu melhor arco. Os três encaravam mais de dez mortos vivos, enquanto Freya utilizava uma espada, Frey a auxiliava junto de Sapphire. Diana correu até Némesis desembainhando pela primeira vez a espada lendária dos elfos, enquanto Saber estava embainhada em sua cintura. A guerreira desferiu um golpe, rápido e habilidoso, Némesis desviou, passando longe daquele golpe que atingiu o chão. Aproveitando para golpear a barriga da guerreira com um de seus joelhos. Ela cuspiu sangue e fora esmurrada nas costas, colidindo com força no soalho puído. Ela levantou cambaleante e ofegante, repetindo para si mesma que não podia morrer, não devia morrer. Com um grito de ódio desferiu mais outro golpe rasgando de cima a baixo o manto negro que ele trajava. Seu rosto se contorceu em fúria, ele parecia pairar no ar indo de encontro a ela como um caçador vai até sua presa. Diana sentiu as mãos fortes daquele homem fechando em volta de seu pescoço, afundando-a contra as paredes que racharam devido o impacto. Ela ouviu o grito de Sapphire chamando o seu nome. A princesa atirou uma flecha na direção daquele deus que a segurou e esmagou como um pequeno inseto. Némesis apertava o pescoço da guerreira que começava a sentir a falta de ar em seus pulmões. Com um movimento ágil retirou as mãos do homem, empurrando-o para longe.

 

— Por quê lutar contra mim se pode se juntar? Largue sua arma Diana e se subordine a mim mais uma vez - disse ele.

 

— Eu prefiro morrer a voltar para você. Não vou permitir que destrua a vida das pessoas mais do que já fez. Você tirou tudo de mim, me fez matar meu irmão duas vezes, retirou minha família. Você me fez matar os integrantes do clã, e nos comprou como meros escravos. Aposto que fez o mesmo com a Valquíria, deve ter sido obra sua aqueles orcs da aldeia dela e a manipulou desde o início. Não fomos nada além de peões para o seu jogo doentio de ascensão ao poder. De seu plano de extermínio aos deuses. Não serei mais seu peão retalhador, nunca mais!

 

Ele aplaudiu - Bravo, você descobriu todo o meu plano desde o princípio. Sim, tudo foi parte de um plano. Os ataques de orcs na aldeia da Valquíria, o problema de miséria em sua aldeia, a pobreza de Téleu e sua venda. Tudo, vocês foram escolhidos a dedo por mim. Para serem do meu exército de quase semideuses, vocês receberam aqueles treinamentos para serem capazes de destruir um deus. Porém, no meu perfeito plano, não contava com sua rebelião. Eu apostei tudo em você, eu te daria a glória, a imortalidade, teria o seu nome lembrado por eras e mais eras.

 

— Não existe glória com a destruição! Não me importo em não ser lembrada, desde que você não viva no final, estará tudo bem para mim.

 

— Tola! Desperdiçar talento para salvar essa gente.

 

Diana desembainhou Saber sem nada responder, possuía as duas espadas em mãos e Némesis sacou uma poderosa espada do submundo como uma chama. Mesmo diante daquela poderosa espada que o deus exibia, ela não recuou, sentia o peso do seu corpo, estava exausta com aquela batalha sem fim, mas não sossegaria até eliminar aquele homem que trouxe tanta dor para ela e para seus amigos. Irei me vingar, não apenas por mim, mas por todos aqueles que você infligiu a dor e o sofrimento, gritou a guerreira correndo para desferir um golpe desviado. Enquanto os outros matavam e matavam aquelas almas mortas que voltavam a vida a cada golpe desferido. Era um ciclo vicioso, não poderiam acabar com eles, enquanto Némesis estivesse vivo. Frey olhou de supetão para a luta travada entre Diana e Némesis e quase não podia acompanhar os movimentos daqueles dois seres supremos. A lendária espada dos elfos produzia um brilho ofuscante que a cada golpe estrondava o lugar. Ao lado de fora a batalha que Ceridwen e Argalad travavam junto com Pátraco estava quase vencida, os soldados de Valquíria, os poucos que restavam começavam a fugir. Os primeiros indícios solares começavam a surgir. O grande animal alado batia suas asas, para descer a terra. Argalad ajudou a Dama do Lago a descer.

 

— O que será que deve está acontecendo com Diana e Némesis?

 

— Vamos até eles, Argalad - disse Ceridwen, levantando suas saías para facilitar a caminhada. Não sentia a menor preocupação antes em desnudar as pernas, mas sabia que ele as olhava, Argalad afastou os olhos dela, seguindo apenas como um auxílio para a Dama do Lago que percebeu o olhar tímido do rapaz, que lhe agradou. Juntos seguiram para a base onde ocorria uma densa luta.

 

O peito da guerreira subia e descia, Némesis era imortal, um deus, poderia continuar naquele ritmo para todo o sempre. Mas e a guerreira? E seus amigos que também deviam estar cansados assim como ela. O que ela poderia fazer? Seria realmente o seu fim? Némesis cambaleou de repente com o ataque que ela lhe dera anteriormente, a espada dos elfos havia feito um pequeno corte naquele homem. Aquela espada era própria para mata-lo, ele seria ferido como um mortal, mas esse trunfo não facilitara as coisas para a guerreira. Ele possuía tamanha força e agilidade desumanas. Diana olhou por um momento, um curto momento sequer para seus amigos que enfrentavam aquelas almas mortas sem fim. Sapphire atirava com o arco, os dois elfos estavam um pouco feridos, enquanto Íris ajudava a irmã com o que encontrava no caminho. Eles não aguentariam por muito tempo aquele ritmo, precisava por um fim aquela batalha.

 

— O quê há? Ver seus amigos prestes a morrerem lentamente te incomoda?

 

— Eles não vão morrer, eu não permitirei isso. 

 

Némesis deu um meio sorriso:

 

— Como pode ter tanta certeza de algo se nem você sairá viva daqui.

 

— É um risco do qual pretendo correr.

 

Então, sem pensar ou esperar o próximo movimento do homem, ela retornou a batalha, desferindo golpes e sendo desviado, quando ele também contra atacava. De repente Némesis surgiu em sua frente enfiando sua espada no abdômen da guerreira. O sangue havia sido espalhado, sangue, Sapphire deu um grito lancinante de dor que chegava a ferir os ouvidos. A guerreira a sua frente havia sido acertada. Némesis abria um sorriso satisfeito dizendo que a guerreira havia perdido no final, Diana gargalhou com dificuldade, ele não entendeu a graça da guerreira.

 

— Sabe qual é o problema com as espadas? É que você deve está perto o bastante do inimigo para mata-lo. - sorriu.- Missão cumprida.

 

Némesis se afastou da guerreira e havia sido também acertado pela lendária espada dos elfos. Estava sangrando, Diana com certa dificuldade, juntando suas últimas forças, enterrou Saber e sua lamina envenenada no peito do homem que urrou de dor cambaleando para trás. Némesis caiu no chão sob o soalho puído, porém seu corpo havia sumido, tudo o que restava era seu manto e a roupa de guerreiro que trajava. O deus destruidor havia jazido. As almas começaram a evaporar retornando ao lugar de que vieram. Sapphire correu para os braços da guerreira que sangrava em sua frente. Por um momento as palavras de Argalad retornaram em sua mente:

"Sangue... Sangue nos campos, um grito de horror... " A visão estava certa, não era sobre o seu povo, era sobre Diana. Seu peito doía, as lágrimas caíam sob a face da guerreira que pediu para a outra não chorar. Estava tudo bem agora.

 

— Você não pode morrer! Não pode me deixar só, lembra? Eu atraio sequestros.

 

— Você já consegue se cuidar bem, eu vi como lutou hoje - respondeu a guerreira. - Está pronta para as aventuras.

 

— Não quero me aventurar sem você.

 

Argalad e Ceridwen se juntaram naquele salão, o druida falou com pesar: pobre Diana. Estavam todos observando a valente guerreira travando sua última batalha com a morte. Sapphire estava inconsolável, ela inclinou-se para beijá-la na boca, Diana sentia as carícias em seus cabelos, enquanto retribuía o beijo. Quando terminou aquele beijo, havia também terminado os momentos de vida da guerreira, ela desmanchou em lágrimas e afundou de novo nos braços da guerreira. Íris foi até seu encontro servindo-lhe como apoio naquele momento. A espada dos elfos havia desaparecido subitamente, voltado para o local que pertencia, o templo sagrado. Estava um lindo alvorecer, mas ninguém ousou dizer uma palavra, todos voltaram para Corinto para fazer os preparativos do enterro da guerreira. Seu corpo seria cremado, não só o dela como o de Valquíria que Íris trouxe para o seu reino. 

 

Em Corinto, Sapphire não deixou as suas aias preparem o corpo da guerreira, ela mesmo preparou para o funeral. Sabia que aquele corpo sem vida não era a guerreira, mas não conseguia ainda conter as lágrimas. Inclinou-se para beijar a testa da guerreira. Sapphire acompanhou o corpo de Diana desde o salão até o pátio onde seria feito a grande fogueira para cremar seu corpo. Chorou mais uma vez naquele mesmo dia, sentiu a mão de Íris pousar delicadamente no seu ombro, confortando-a. Ceridwen murmurava uma velha oração de seus povos, acompanhada por Argalad. 

 

Sapphire fala...

 

Eu achava que nada daquilo fosse real, que deveria ser alguma brincadeira posta pelos deuses. Sim, só deveria ser uma brincadeira. Senti a mão de Íris me acalentando, mas nada nem ninguém poderia me consolar agora. Perdi as contas de quantas vezes chorei sob seu corpo. Por vezes me pegava pensando que ela estava fazendo uma brincadeira comigo, um deboche, como sempre costumou fazer. Mas ela não abria os olhos para dizer: Você é ingênua demais, acredita em cada coisa. Porém, esse abrir de olhos não vinha. E uma angustia consumia meu coração. Ela havia arriscado sua vida para me salvar, os elfos e também irmãos Frey e Freya contaram-me a jornada que ela havia tido, para encontrar uma espada lendária, tudo para me salvar e para acabar com Némesis. Ela havia conseguido os dois, me salvou de todas as formas que uma mulher pode ser salva, mas também pagou um preço caro por isso. Um servo do castelo queimou seu corpo e Argalad prestou uma honrosa música de seu povo em homenagem a Diana. Vi as chamas consumirem seu corpo até o final. E Argalad falou-me:

 

— Sapphire, ouça-me, Diana morreu para salvar a todos nós, você, eu, meu povo e os vários mundos inimagináveis. Criança, confia na deusa, ou, nos seus deuses, tudo que acontece nesse mundo pode se refletir em outro e muitos de nós fomos salvos, através do sacrifício dela.

 

Eu queria dizer que entendia, que sabia que ela havia salvo a todos, mas eu a queria de volta. Deveria ter voltado com ela naquela noite e prolongado todos nossos momentos, mas eu havia perdido, havia perdido de vez. Com os meses se passando, Íris, havia se casado com Pátraco, e tiveram uma linda garotinha o qual ela deu o nome de Valquíria. Nunca entendi como minha irmã e Valquíria haviam se entendido, achei que tais sentimentos fossem impossíveis para a comandante mais sádica que já conheci. Porém, há sempre surpresas nas pessoas, talvez exista mesmo bondade dentro de cada um de nós, não importando como seja nosso passado. Soube também, que no ritual de beltane, Argalad e Ceridwen tiveram um filho, chamado Taliesin, que acredito ser futuramente um grande mago para o seu povo. E quanto a mim, deve está se perguntando? Continuo com uma longa caminhada e aqui deixo os manuscritos das Aventuras de Diana.

 

 

Quando acordou seus olhos haviam sido ofuscados por tamanha luz, levou suas mãos até os olhos com desconforto. Deixou que seus olhos se acostumassem com a luz. Ela abriu os olhos e um cavalo preto com crinas brancas a encarava. Onde estou? O que aconteceu? pensou a jovem de cabelos brancos deitada na floresta. Eu morri não? devo estar em tártaro? Não, não pode ser tártaro, tártaro não é verdejante ou florido. Deve ser os campos elísios. Mas eu sou uma assassina o que faço aqui, Hádes errou com suas responsabilidades de novo? Lembro-me de ter matado Némesis, entretanto, eu também morri. Ah, minha cabeça como dói.

 

Diana sentou-se tentando saber aonde estava. Porém, a voz de Ceridwen ressoou em sua cabeça "além de ser uma espada lendária para matar deuses, ela também é mágica devido a quantidade de mana que possuí. A árvore sagrada faz parte dela

 

— Ceridwen disse que era uma espada mágica. Será que... Erbos... será que eu revivi? - questionou a guerreira recebendo um relinchado em troca. Algo naquele dia parecia familiar, porém o quê? Ela não sabia dizer. Um mensageiro, um garoto, de aparentemente doze anos a chamava, tinha o cabelo curto acastanhando, parecia bastante familiar. Inquiriu se ela era a guerreira Diana, ela respondeu que sim. O jovem alertou que o Rei Polônio desejava sua presença em Corinto com urgência e lhe pagaria uma grande recompensa. Aquelas palavras já haviam sido ditas antes, ela reconhecia aquele mensageiro, era o mesmo garoto que a alertou para ir até Corinto, na época em que Sapphire havia sido raptada por Darius e seus capangas. Como podia está repetindo o mesmo dia? Seria possível? 

 

— Tudo bem garoto, avise ao Rei Polônio que não preciso de recompensa - a guerreira montou em Erbos e se dirigiu para o acampamento de Darius, onde lembrava ter ficado pela última vez.

 

"Eu devo ter voltado no tempo e permanecido com minhas memórias antigas. De certo a lendária espada dos elfos realizou meu desejo de poder voltar no tempo para fazer as coisas certas com Sapphire dessa vez" pensou a guerreira. 

 

Diana cavalgou rapidamente por toda aquela floresta, enquanto Erbos saltava alguns troncos de árvores caídos, eles pareciam correr como o vento. Sapphire estava presa naquele tronco de árvore e quando viu uma mulher de cabelos brancos derrotando aqueles homens com uma agilidade incrível, estava surpresa. Porém, aquela guerreira havia demorado bastante para seu resgate, iria reclamar com ela sem dúvida. Ela observou aquela mulher liberta-la das cordas e antes que ela pudesse abrir a boca a mesma havia pedido desculpa pela demora por quase três dias. Sapphire fechou a boca de repente sem saber o que dizer. A guerreira pegou sua sacola de pergaminhos e as devolveu dizendo que deveriam estar todos bem.

 

— A propósito, meu nome é Diana - ela disse com um sorriso tão sincero e verdadeiro que Sapphire não teve como não retribuir.

 

— Eu sou Sapphire, filha do rei Polônio de Corinto  

 

— Muito prazer Sapphire. Seu pai deve está louco para que retorne para casa, por isso me contratou. Porém, é isso que você deseja?

 

Sapphire não entendia, por que aquela mulher que mal conhecia, encarava-a com tanta ternura como se já a conhecesse? E o mais curioso, como conhecia tanto o seu íntimo? Ela percebeu que Diana havia feito uma pergunta, convidando-a para seguir estrada afora com ela, poderia não está em seu juízo perfeito, mas a guerreira transmitia tamanha segurança para ela, e sempre sonhou em ter sua liberdade, por quê recusaria a liberdade que batia em sua porta tão deliberadamente? Aceitou a oferta da guerreira e juntas, se aventuraram por Tébas, aconselharam Deméter com seu novo genro do submundo Hádes, encontraram o druida Argalad e Diana resolveu seguir para as montanhas do norte em busca de Valquíria. Lembrava que a mulher também havia mostrado um pouco de sentimentalismo com a irmã mais nova de Sapphire, Íris. E pretendia fazer aquele sentimento renascer. Desafiou Valquíria para um combate o qual venceu quando toda a base fora destruída. Convenceu a comandante sádica a ficar do seu lado com inúmeros argumentos e provas de que Némesis a havia manipulado desde o início. Encontraram com Téleu em suas viagens, visitaram Acmena e seus filhos no vilarejo. Enfrentaram todos juntos o Leão da Neméia conhecendo Nine e por fim, viajaram para as terras de Ceridwen, resgatando a espada lendária dos elfos, onde com ela e a ajuda de seus amigos, derrotaram Némesis. O rei Polônio decidiu fazer uma festa relatando o futuro noivo de Sapphire que negou imediatamente, informando que seu lugar seria na estrada. O príncipe Pátraco seria passado para Íris, porém, a mesma já estava de conversa solta com Valquíria. Diana observou aquele momento com satisfação, pois podia provar para Valquíria, que ela fazia seu próprio caminho. Graças ao mana da espada dos elfos, obteve uma segunda chance para mudar seu destino e de seus amigos. 

 

 

Fim.


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Notas finais do capítulo

E então o que acharam?



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