Diana's The Adventures escrita por LivWoods


Capítulo 1
Capítulo 1 - O rapto de Sapphire.


Notas iniciais do capítulo

Olá,

esse é o primeiro capítulo da trama. Não sei em quantos capítulos planejo fazer nessa história, Mas tudo irá depender do interesse de vocês. Já que cada capítulo pretendo escrever uma nova aventura.



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MESMO NA ERA DOS DEUSES ANTIGOS, a Grécia antiga estava em pleno verão, mas ainda assim era um lugar assombrado. Os grandes reis oprimiam seu povo sem piedade. Crianças, jovens e mulheres eram mortos a milhares por saqueadores que invadiam as aldeias e vilarejos matando à vontade. A cada dia um sonho era destruído, morto. A miséria alastrava todo e qualquer lugar. Do promontório onde estava, Sapphire, filha mais velha do grande Rei Polônio de Corinto, rezava para os deuses fazendo algumas oferendas. Enquanto contemplava as aves no céu, claro e azul, com seus lindos cânticos, pensava em como ansiava por ser livre como as aves do céu. Voar além do horizonte para poder celebrar sua liberdade e novas aventuras. Corinto possuía um bom rei, ainda havia pessoas que acreditavam no reino, que o castelo era sua fonte de força. O Rei Polônio era viúvo sua esposa, Tésis, morreu ao dar à luz a sua segunda filha, Íris, de quinze anos, três anos mais nova que sua irmã. Era um homem já beirando os quarenta e cinco anos, porte médio, com cabelos louros que desciam retos até os ombros e no topo da sua cabeça estava sua coroa contendo algumas jóias. Uma noite ele disse pra sua filha mais velha que logo ela devia assumir seu reino quando não mais estivesse entre os vivos. Durante sua infância e adolescência, Sapphire almejava a vida além daquele reino, não possuía a ambição de ser rainha. A boa terra de Corinto, os longos rochedos, estendiam-se pelo oceano, a partir da costa. O sol era brilhante, a paisagem era dourada, o céu e a água luziam como jóias. Mas nada daquilo era o bastante para a princesa. Quando terminou sua oração e levantou-se, fora surpreendida com um capuz cobrindo-lhe a face.

Nas velhas montanhas uma mulher estava montada em seu garanhão preto de crinas brancas. Pareciam ter feito uma longa viagem até aquele reino. Ela olhou adiante e havia chegado em Corinto. Fora convocada pelo Rei Polônio. O castelo era imenso fazia qualquer um sentir-se impotente diante daquela luxuosa arquitetura, o povo acreditava que aquela fonte de força que o castelo transmitia era razão de o antigo templo de Zeus localizava-se entre essas extremidades e os antigos contavam rumores que, em noites do solstício, o próprio Zeus descia a terra para abençoar seu povo com gado em abundância e boas colheitas. Porém, naquele momento, os maiores rumores era à respeito da desconhecida que acabara de chegar a cidade. Dentro daquele suntuoso castelo havia vários criados trajando roupas elegantes, a mulher, percebeu que Polônio gostava de boas aparências deixando sempre tudo no perfeito estado até mesmo seus subordinados. Os cavaleiros, guardas e soldados possuíam expressões austeras e cansadas, talvez antes de convoca-lá o rei já tivesse perdido muitos dos seus leais soldados na busca da princesa raptada. Na grande sala próximo ao pátio, o rei e seu conselheiro, Uris, trajando uma ampla túnica de lã e um manto vermelho por sobre o ombro, observava a mulher que dava passos frios e pesados ao se aproximar do rei e parou ali a frente do trono quando Polônio a perguntou:

– Você é a Diana?

Confirmou a mulher com um aceno e falou:

– Vossa majestade informou que era urgente.

Diana era alta com quase um e oitenta de altura e longos cabelos brancos como neve. Vestia uma roupa negra de guerreira e carregava sempre uma espada na cintura com um arco e flecha nas costas. Dona de lindos olhos topázios amendoados, possuía um passado sombrio, repleto de dor, ódio e vingança.

– Sim - afirmou o rei -, minha filha Sapphire. Ela foi raptada e quero que você a traga de volta. Foram os malditos homens do Darius!

Seu conselheiro inclinou-se e sussurrou em seu ouvido, alertando para o rei que talvez não fosse uma boa ideia confiar esta tarefa a uma assassina. Uris, era conselheiro de Polônio há muitos anos, conseguiu seu atual posto com grande trabalho. Sua fisionomia esgalgada e miúda, o davam uma certa fragilidade. Mas conservava um rosto forte que desarmonizava com todo o resto, seus olhos eram escuros sob espessas sobrancelhas de mesma tonalidade, conservava uma barba ao estilo romano e um curto cabelo castanho que começava a dar os primeiros sinais de calvície.

– Eu sei! - exclamou o rei para o companheiro ao lado - mas estou disposto a arriscar. Creio que ela seja nossa única esperança - disse Polônio em tom cordial.

– Não irei desapontá-lo senhor - afirmou a jovem.

– Assim espero - disse Polônio de modo rude.

Diana montou em seu cavalo e partiu da cidade de Corinto para Tebas. Cavalgou dias e noites, parando em algumas tavernas buscando informações sobre a localização dos homens de Darius que continuavam levantando acampamento sempre que podiam. Ela estava sentada bebericando um copo de vinho sobre o balcão, enquanto o responsável do lugar preenchia outro copo para ela. Um dos homens do bar aproximou sem receio da guerreira envolvendo seus braços sobre seus ombros dizendo o quanto ela era linda. Diana o socou no rosto fazendo-o se retirar e perguntou ao taverneiro:

– Ouvi dizer que os homens de Darius estiveram por aqui - interrogava o atendente do lugar -, Sabe dizer para onde foram? ­

O responsável pela taverna apenas disse: ­

– Eu soube que iriam passar a noite por aqui e partiriam amanhã, pela manhã.

Outro homem corpulento aproximou pedindo um beijo para ela e a guerreira apenas apertou seus lábios como se fosse arranca-los dali.

– Havia alguma jovem com eles? - voltou a interrogar o atendente.

– Sim, uma jovem muito bonita, não parecia ser uma camponesa.

Diana terminou com ambos os copos, questionou quanto devia ao homem robusto da taverna.

– Um dinari senhorita – ele disse, recebendo rapidamente a moeda e perguntou se receberia um beijo.

– Lamento, você não faz o meu tipo - respondeu secamente.

Enquanto isso nas matas fechadas não muito longe daquela cidade. Um grupo de homens bebiam e comiam sorridentes sentados em troncos de árvores se aquecendo no calor da fogueira improvisada. Contavam suas aventuras, as mortes, quantos mataram, quantos saquearam. Eram verdadeiros mercenários sem piedade. Suas tendas de lona estavam armadas para passarem à noite. Alguns estavam se lavando no riacho ali próximo, enquanto outros alimentavam os cavalos e retiravam suas selas. Um pouco distante daquela fogueira amarrada por cordas em uma árvore encontrava-se a única mulher entre eles, uma figura menor, vestida com um belo vestido de açafrão, tinha o rosto delicado e pequeno, a testa baixa sob um cabelo abundante, liso, e escuro quanto o ônix, aos dezoito anos era tão mulher quanto qualquer outra. Os olhos eram cor de safira, como seu nome, grandes e expressivos. Capazes de hipnotizar qualquer um. Reclamava e exigia sua liberdade sendo ignorada pelos seus sequestradores que riam mais alto.

– Silêncio ou eu mesmo vou aí calar você doçura! - disse um homem com modos rudes, enquanto afiava a lamina de sua espada. - Darius irá ficar muito feliz com a sua presença quando a levarmos até ele.

Os outros riam como hienas.

– Deveríamos brincar um pouco com ela, não acha chefe? - sugeriu um dos mercenários. Possuía uma musculatura magra, porém bem definida, olhava para as curvas da convidada com lascividade. O anterior que ordenou o silêncio para a garota na árvore repreendeu seu subordinado ao dizer que estava fora de cogitação que a jovem pertencia ao Darius. Um voz melodiante cortou a conversa entre os dois.

– Receio que não! Ela não pertence a ninguém - Diana havia chegado e postado a frente da garota - e irá embora comigo!

Os sequestradores ulularam seu nome, fazendo-a sorrir de lado.

– Achei que estivesse morta! - disse o chefe deles em tom desapontado - É uma lastima que tenha sobrevivido.

– Lamento tê-lo desapontado Érictro, mas é preciso mais do que alguns homens para se livrarem de mim - ela sorria sarcasticamente quando uma voz cortou aquele dialogo.

– Ei você! se está aqui para me resgatar é melhor fazer isso logo! - reclamou Sapphire - Essas cordas estão machucando meu pulso.

– Vocês aguentaram isso por dias? - inquiriu a guerreira.

– Não imagina o quanto essa garota reclama - disse outro mercenário.

– Eu estou ouvindo isso seu beberrão desmiolado! - esbravejou.

Diana suspirou com todo aquele diálogo e continuou - Bom, eu tenho uma missão, que é leva-­la de volta ao reino do pai dela e ainda estarei fazendo um favor de tirar esse peso de vocês, então, vamos logo ao ponto - desembainhou sua katana com um semblante entediado.

– Dessa vez não Diana! Ela é nossa!

Todos os outros desembainharam suas espadas e foram de uma vez atacar Diana que desviava sem qualquer dificuldade de suas laminas, saltou, dando um mortal para trás de seus adversários batendo e chutando-­os. Sapphire observava cada movimento daquela mulher, ouvia o ruído das espadas em choque, observou as faíscas que saíam a cada colisão. O sorriso de Diana ao diferir outro ataque não defendido pelo adversário, sentia que no fundo a guerreira não estivesse lutando a sério, parecia uma simples brincadeira que acabou tão rápido quanto começou, Érictro estava desarmado e com a lamina da mulher em seu pescoço, o que fez todos os outros largarem as armas.

– Diga ao Darius que Diana mandou saudações - ao final da frase, todos os outros fugiram daquele lugar, deixando a mulher a sós com a princesa que estava sendo desamarrada do tronco de árvore, enquanto reclamava:

– Achei que não fosse me soltar nunca! - protestou - Não acredito que meu pai a contratou. Você demorou muito. Eu fui mantida prisioneira por quase três dias. Se era para ser salva por uma tartaruga era para ter vindo ao menos caracterizada.

– Bem que eles tinham razão - murmurou a guerreira revirando os olhos, sendo logo interrogada pela princesa. - Nada, eu não disse nada.

Sapphire procurava sua bolsa, sendo observada pelos olhos atentos da guerreira que acalentava seu cavalo.

– Ah graças a Zeus - agradeceu ao respirar aliviada - estão todos aqui.

– O que está tudo ai? - perguntou Diana.

– Os meus papiros. Creio que você nem deve saber do que se trata. ­

– Só porque sou uma guerreira não quer dizer que não tenha um pouco de cultura - argumentou - Agora pegue suas coisas e vamos logo sair daqui - esticou a mão para que a princesa montasse em seu cavalo. Elas cavalgaram juntas procurando um outro lugar para repousar e continuar com sua jornada no outro dia.

Enquanto em outra extremidade da floresta, os homens de Darius se encontravam em seu acampamento agora. Cercados por guerreiros bem treinados. Darius conhecia Diana de seu antigo passado, na época em que a guerreira era o ser mais temido por qualquer mortal, juntos eles incendiaram milhares de vilarejos, mataram muitas pessoas e saquearam muitos lugares, possuindo uma grande quantia em ouro. Fazia tempo que aquele nome não o atormentava os sonhos, tinha quase certeza de que estava morta e que eram apenas boatos de que havia se tornado uma caçadora de recompensas para o bem. Esbofeteou o chefe de seus homens quando soube que ela havia derrotado seus soldados e retirado a princesa Sapphire dele. Estava enfurecido, retirou a adaga de Érictro e o esfaqueou, matando-o. Limpou aquela lamina no corpo do morto e chamou outro rapaz.

– Você, qual o seu nome?

– Métrio, meu senhor. - disse o rapaz esgalgado que olhou anteriormente com lascividade para a princesa.

– Parabéns, você é o novo chefe dos meus homens - informou Darius - Se falhar terá o mesmo destino que ele. - apontou para o cadáver de Érictro - Quero que me tragam a princesa! Não voltem sem a garota! - vociferou e todos concordaram retirando-se do seu acampamento.

O sol caminhava para o horizonte, as nuvens preenchiam o céu azulado, Sapphire colocava seu xale sob os ombros para impedir o vento constante, enquanto arrumava suas coisas para partir. Em seu pensamento esse seria o momento perfeito para sair do castelo e se aventurar pelas estradas gregas. Tentava fazer o mínimo barulho para não acordar a mulher que salvará sua vida. Porém aquela voz aveludada a indagou sobre o que estava fazendo. Virou-se para encara-la de frente.

– Ora - murmurou -, eu vou embora. Eu não vou voltar para o castelo do meu pai e ser trancafiada por mais alguns anos.

– Lamento por sua vida trágica e infeliz - seu tom era esnobe - Mas você voltará comigo. Não fui contratada para ser informante, fui contratada para entregar o pacote e adivinha só princesa, você é esse pacote!

Sapphire rapidamente fora segurada por Diana. Os olhos de ambas encontraram-se, num intenso mistério.

– Quer... quer por favor tirar suas mãos de mim? - explicou - Será que não entende? Eu apenas quero viver a minha vida longe daquele reino. Eu quero ser livre como os pássaros no céu, quero viver aventuras - Sapphire libertou seu braço da mão da guerreira que a encarava dizendo:

– Ser raptada já não foi aventura o suficiente?

A princesa revirou os olhos dizendo que a mesma nunca iria entender do que ela falava. A princesa caminhou até a cidade mais próxima onde Sapphire parou para provar os mais diversos lenços de seda e seus formosos xales. Perguntou ao vendedor, um homem bastante queimado do sol quanto custava o xale vermelho, ele fez gesto com os dedos de que custava vinte dinaris. A morena se espantou com o valor.

– Vinte dinaris? - repetiu - Eu compraria o triplo dos lenços com esse dinheiro, está muito caro.

– Achei que você tinha dinheiro para uma princesa - Diana sussurrou em seu ouvido.

– Digamos que quando fui raptada eu não tive tempo de pegar dinheiro o suficiente. E eu posso saber porque ainda está aqui me seguindo? Já não fui clara quando eu disse que não voltaria para Corinto?

– Fui contratada pelo seu pai. Então eu tenho um acordo com ele e você irá voltar para aquele reino custe o que custar!

Aquelas palavras deixaram a princesa angustiada, precisava agir de forma rápida para se livrar daquela mulher. Preciso fazer alguma coisa, pensou. Então usou a única arma que tinha contra Diana, sua atuação para contar histórias.

– Socorro! - gritou com desespero na voz - Ela está me ameaçando de morte - apontava para Diana que franziu o cenho. Em instantes apareceu vários homens segurando a guerreira, enquanto Sapphire sorriu mandando um beijo e fugia.

Aquela pirralha, pensou Diana.

Sapphire caminhava sorridentemente até que aquele sorriso desapareceu quando a mesma avistou aquele homem que olhou lascivamente para ela, o mesmo homem que a encapuzou da primeira vez. Métrio, o novo chefe dos homens de Darius. Ele sorriu ao esbarrar com a princesa. A sorte parecia está do seu lado e pelo visto sem Diana.

– Você de novo? - indagou a princesa.

– Claro, doçura, sentiu a minha falta?

– Pra ser sincera, não. - Métrio parou de sorrir com as palavras dita pela morena e ordenou que os homens a pegassem. Ela tentou lutar contra aqueles jagunços, mas era pequena e frágil em comparação a eles. Desejou por um momento ainda estar do lado de Diana: O que estou pensando? Ela com certeza irá desistir de me salvar. Refletiu. Gritou e esperneou, enquanto era levada para o acampamento de Darius. Quando chegaram na clareira da floresta, a jovem fora empurrada na terra batida, caindo no chão.

– Cuidado! - rosnou.

A jovem foi conduzida à força para dentro da lona de Darius.

– Aqui está, a princesa Sapphire de Corinto – Métrio falava deixando Sapphire na cabana de Darius e saindo logo em seguida.

– Ora, Ora – disse Darius ao fazer uma reverência sarcástica –, uma princesa em meu humilde acampamento. Deveria ter arrumado para sua ilustre entrada, certo?

– Me poupe dessas piadas sem graça – Sapphire dizia demonstrando indiferença. ­

– Você tem uma língua bem afiada para uma prisioneira - opinou Darius - Sugiro que a mantenha quieta em sua boca.

– Não, apenas respondi o que me fora perguntado. Não sabia que para ser raptada tinha que ser educada com meus sequestradores. Lamento, mas não recebi essa criação no castelo. Irei anotar para um rapto futuro, pode deixar. – Safira dizia com um tom de desdém.

– E ainda é piadista - ele sorriu com a coragem da moça a sua frente quando uma voz familiar falou

– E você nem imagina o quanto essa garota reclama. Ainda estou me recuperando de hoje de manhã.

Diana estava atrás de Darius.

– Você? Novamente atrasada, estou aqui a mais de 10 minutos. Sem falar que a viagem demorou 2 horas e 30 minutos. ­

– Você sempre conta quando eu me atraso ou só faz isso para me irritar? ­- Diana saiu atrás de Darius para perto da garota.

– Receio que as duas coisas - afirmou Sapphire sem se importar com a irritação da guerreira.

Darius observava aquela cena, enquanto Sapphire respondia com a maior naturalidade a pergunta de Diana que discutiam sem parar.

– Devia ter raptado outra princesa – Diana disse para Darius irritada, tomando um pouco do vinho que restara na garrafa.

– Mas o pai dela é o mais rico - explicou o homem. - Enfim... GUAR – Antes que Darius terminasse de gritar pelos seus homens, Diana estava com a lamina da sua espada perto do pescoço do mesmo, enquanto a outra mão segurava a garrafa, terminando a bebida.

Diana estalava a língua em gesto de negatividade.

– Nem pense nisso. E para que incomodar seus homens... Estão bem distraídos contando piadas sem graça.

– Você veio aqui pegá-­la e me matar? - Darius estava nervoso com aquela arma em seu pescoço sabia que a katana de Diana era afiada demais e que já havia tomado muitas almas para si.

– Se eu quisesse mata-lo, já estaria morto. Eu vou sair com ela e nem pense em me seguir – Diana dizia ao lado da morena.

– Por que não fazemos melhor? Estou cansado de você sempre tira-­la de mim. Eu te desafio para um torneio de espadas. E se eu ganhar ela fica comigo e você também e se eu perder poderá levá-­la.

– Bom... como não tenho outra opção, Aceito – Diana disse.

– Espera, meu futuro está em suas mãos? -­ a morena olhava para Diana de um jeito apreensivo.

– Parece que sim – ironizou a guerreira, enquanto arqueava a sobrancelha mostrando superioridade.

– Detesto isso. Espero que vença, não quero ficar aqui com esses homens. - queixou-se.

– Belo modo de me desejar boa sorte.

Os preparativos foram feitos e as armas estavam prontas para serem utilizadas. A princesa estava observando junto com os homens de Darius que faziam um círculo. Diana estava com sua espada em mãos, assim como Darius que falou:­

– Veremos quem será merecedor dessa princesa.

Darius foi o primeiro a atacar, enquanto Diana defendia facilmente aqueles golpes depositados por ele. O som das laminas se roçando e colidindo uma contra a outra se tornavam a melodia para os que estavam ao redor daqueles dois gladiadores. O metal faiscava com cada colisão. Aquela disputa estava empatada, ambos lutavam bravamente e muito bem. Sapphire observou novamente aqueles movimentos de Diana, eram estratégicos, porém mais defensivos, suas evasivas eram rápidas. Darius estava suando e ofegante, enquanto a guerreira não demonstrava nenhum sinal de cansaço, seu semblante era de tédio. Talvez pensasse que com Darius pudesse ter uma verdadeira luta. Mas estava enganada, ele bradou:

– Eu nunca a deixarei ir com a minha princesa. ­

– É o que muitos dizem – ela sorriu e contra atacou, desarmando rapidamente Darius e vencendo o torneio. – Bom, a princesa agora é minha.

Sapphire suspirou de alívio e parecia está mais relaxada.

– Diana... Porque abandonou essa vida? Eu e você juntos poderíamos conquistar qualquer lugar como antigamente. Seriamos invencíveis – Darius dizia. ­

– Eu quero uma vida pacífica. E não irei descansar até encontrar ele!

– Ele sumiu por tanto tempo, como quer encontrar alguém que não se pode nem achar direito?

– Não me importo. Minha jornada não acabará até ele estar a sete palmos do chão. Vamos princesa. – Diana disse montando em seu cavalo junto com Sapphire.

Uma longa jornada de volta ao reino de Corinto. O rei Polônio aguardava o retorno da sua amada filha. No final do crepúsculo perto do castelo, as crinas brancas daquele garanhão preto dançavam conforme a doce brisa que tocava a pele aveludada da princesa com a guerreira. As portas do castelo se abriram­ e trombetas anunciavam o regresso da linda princesa. O rei logo se levantou e com um sorriso largo, esboçava tamanha alegria.

– Minha doce Sapphire! – o rei abraçava a pequena. – Graças aos deuses você está bem e de volta ao seu lar.

– ­Deve agradecer a Diana, ela me trouxe de volta e me libertou dos homens do Darius – a princesa dizia fitando a guerreira.

– Diana, eu agradeço do fundo do meu coração. Está aqui a recompensa. – Diana apenas pegou o saco de dinheiro e consentiu.

Sapphire sussurrava algo para seu pai e o mesmo sorriu e disse: Por quê não descansa um pouco hoje? Afinal, fizeram uma longa viagem.

– Eu agradeço, mas devo partir o quanto antes. Apenas alguns suprimentos serão suficiente majestade – ela disse.

Diana foi para o estábulo ajeitar o seu cavalo, Erbos, e os suprimentos que o rei havia lhe fornecido. Estava ajeitando a sela do animal quando aquela doce voz falou atrás de si:

– Então você vai mesmo embora?

Tudo o que Diana respondeu foi um sonoro sim.

– E para onde vai?

– Para o templo de Deméter, saber o motivo de tanta seca. - a mulher de longas madeixas albugínea encarou os olhos azuis da princesa que a encarava com curiosidade. - Eu sugiro que nem pense nisso.

– Pensar em quê?

– Em vir atrás de mim.

– Está enganada se acha que a seguirei. – Sapphire virou o rosto de gesto esnobe.

– Assim espero – Diana montou em seu cavalo e olhou para aquela princesa mais uma vez e quase que sorriu de lado – Adeus princesa.

Sapphire nada respondeu e quando Diana estava longe o bastante, ela disse baixo para si: Eu diria um até logo guerreira Diana.


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Notas finais do capítulo

O que vocês acharam? Agradeceria muito se comentassem. Assim ficaria mais animada para postar outro capítulo.Beijos



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