Seduction escrita por Devvy


Capítulo 5
Barulhos na cozinha


Notas iniciais do capítulo

Feliz Natal!...Atrasado! Já são quase 3 horas da manhã mas tá valendo!
Boa leitura!



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Estava chegando na escola, já acreditava que todos os alunos já haviam chegado mas, logo que entrei na sala, vi que me enganei. Haviam mais outros que, ou sua presença havia passado despercebido por mim, ou haviam chegado, de fato, após o inicio das aula. Estava parada na porta meio distraída com todos os novos rostos que não percebi que havia alguém atrás de mim.

–Encantada com a paisagem?-Disse uma voz feminina que, ao meu virar, percebi que vinha de uma garota loira.

–Eu...Hum... Acho que sim, quero dizer, há muitas pessoas novas que eu não vi antes...

–Que bom, mas eu não. Sai da minha frente que você está atrapalhando a minha passagem.- Ela disse me empurrando de forma grosseira.

–Me desculpe... Madame.- respondi rispidamente.

–Não se preocupe com ela. As vezes ela é assim mesmo. -Ao me virar deparo com uma garota com longos cabelos castanhos e brilhantes olhos azuis. -Sou Melody, representante de classe e você é...?

–Sou Devvy, prazer. Acho que não te vi antes.

–Ah, acabei de mudar de sala, acho que prefiro essa turma... São pessoas gentis sabe?

–Entendi.

O professor apareceu do nada e mandou-nos sentar. Melody e eu nos separamos e fui em busca do meu lugar que, por acaso, estava ocupado pela loira mal-educada. Tive que me sentar algumas carteiras atrás e, passando por uma das fileiras em direção a uma carteira vazia, senti o olhar pesado de alguém sobre mim, procurei apressadamente naquela sala quem seria o “culpado” e então... O vi, aquele garoto de olhos verdes me era familiar, mas, não sei da onde.

✤✤✤✤✤

–Sentei afastada da turma bagunceira que ocupava parte da cantina não me sentia muito bem brincado de jogar restos de salgadinho nos outros e então senti ao voar e bater diretamente na minha cabeça, algo molhou meu cabelo. Passei as mãos delicadamente e quando vi, parecia algum tipo de molho de Ketchup.

“Fala sério... Não...”

Olhei para trás a garota loira de novo, rindo como uma porca nojenta.

–Devvy!-Alguém me chamou, era Rosa.- Estive te procurando por toda... O que aconteceu com seu cabelo?

Estava vermelha, mas não vermelha de vergonha ou de vontade de chorar. Era de raiva. Eu mal havia chegado na escola e já haviam encrenqueiras ao meu redor.

–Nada Rosa. Já vou resolver.- Levantei de uma forma brusca da mesa onde eu sentava arrastando a cadeira, peguei meu copo de refrigerante e levei até ela.

–Acha isso engraçado?! Veja só isso!- Após isso, derramei um copo de quase 500 ml na cabeça dela, ela ficou furiosa mas não falou nada apenas saiu chocada do refeitório.

–Devvy,-disse Rosa parte segurando o riso, parte preocupada- vamos falar com o Nathaniel. Agora.

✤✤✤✤✤

–Mas não foi minha culpa!-Eu disse.- Foi ela que começou!

–E você revidou! Você foi tão errada quanto ela.

Eu estava irritada, como aquele garoto podia defender aquela garota, que por acaso, descobri que se chamava Ambre.

Despois de um tempo ele pareceu se tranquilizar um pouco.

–Tudo bem, até agora ela não veio reclamar. Você tem sorte, provavelmente ela sabe que se ferraria tanto quanto você.

–Ou está esperando pra dar o troco. Olha, eu não confio nem um pouco nessa guria. -Disse Kim que apareceu pouco depois de entrarmos no Grêmio.

A conversa durou pouco mais do que eu esperava, fiquei viajando boa parte dela, só sabia que mais cedo ou mais tarde acabaria me arrependendo do que fiz. Após isso, tirando o fato da minha cabeça estar cheirando a molho, a aula correu tranquila já que Ambre foi embora logo após o intervalo.

Alexy resolveu vir a minha casa. Disse que tinha tratamentos ótimos para o cabelo e que retirariam todo aquele mal cheiro. Agradeci e quando menos esperei, ele estava lá.

–Oi Dê!

–Olá, por favor, entre! Já comeu? Eu tenho... Hum... Pizza congelada.

–Obrigado, mas já comi.

O restante da tarde se seguiu com ele me ajudando com o cabelo e acabei ajudando retocar a coloração do seu cabelo. Foi muito divertido. Nunca imaginei que pudesse me divertir tanto com alguém que não fosse da minha família. Tantas escolas que fui e que acabei sendo agredida... Vai ver que revidar não foi tão ruim. Rimos e sujamo-nos quase por inteiro de tinta para cabelo azul. Acabamos tomando banho (cada um em um banheiro diferente, claro!) e quando terminei de me trocar, descemos e comemos um pouco de minha especiaria. Adivinhem? Pizza descongelada!

–Você fica sozinha a noite inteira?-Disse Alexy após terminarmos de comer.

–Não, minha tia vai chegar a qualquer minuto.

–Entendi... O que tem atrás daquela porta Devvy?

–Hum... Que porta?

Ele levantou do sofá em um pulo e apontou para uma porta no fui do corredor.

–Não sei. Minha tia nunca me deixou entrar.

–Por que?

Dei de ombros. Desde pequena eu queria entrar só que minha tia me falava que era proibida.

–Acho que tem armas ou algo do gênero.

–Por que sua tia teria armas?! -Alexy parecia assustado.

–Ela é policial.

Ele pareceu se tranquilizar um pouco.

–Por um momento achei que sua tia era uma terrorista.

Ri daqueles pensamentos esquisitos dele e ri mais ainda quando ele encostou a orelha na porta em busca de escutar alguma coisa.

–O que é isso? C.S.I. Alexy?!

–Esse lugar me da arrepios. Armas. Quem gosta de armas?!

Voltamos a nos sentar no sofá e logo após minha tinha chegou. Ela foi gentil e cumprimentou Alexy. Ele pareceu se esquecer da ideia que ela um terrorista quando chegou a vê-la e logo foi embora.

–Seu namorado?

–Tia! Claro que não!

–Ok, ok! Sem mais perguntas!

✤✤✤✤✤

Acordei, era quase meia-noite. Provavelmente Agatha estava dormindo. As luzes estavam apagadas, escutei um barulho vindo da cozinha. Meu coração acelerou-se ao máximo. O que era aquilo? O barulho de novo. Levantei da cama. Toda sonolência que senti a poucos segundos sumiu tão depressa que nem pude perceber. Coloquei os pés descalços no chão frio. O meu coração batia tão forte que podia escuta-lo. Parecia que algo estava pulsando em meus ouvidos. A cada batida frenética do meu coração, mais devagar eu descia a escada. Cheguei, por fim, ao ultimo degrau. Estava com tanto medo que só lembrei de ligar a luz quando me toquei que estava próxima da cozinha. Ouvi um barulho maior do que os outros. Algo havia caído.

Não havia interruptores próximos. O mais próximo era o de lá. Olhei para fundo daquela escuridão medonha. Tive vontade de gritar quando vi aqueles grandes olhos brilhantes no fundo da cozinha e minha mão correu rapidamente para o interruptor. Enfim, com a luz, pude ver o que me assombrava aquela noite.

–Duque?!- Duque era o gato da minha tia, ele foi por muito tempo um gato de rua, ele vive andando por ai mas, não sai do terreno da minha tia. Ele havia derrubado a lata de lixo no chão, acho que estava com fome.- Se fosse por mim, haveria patê de gato hoje!

Ele veio miando para mim. Segurei-o no colo alisando seus pelos. E coloquei-o no chão, ainda assustada com a bagunça. Recolhi o que ele derrubou e coloquei comida para ele. E voltei ao meu quarto para dormir e foi quando senti algo em meus pés, levantei-me depressa.

–Tudo bem, está perdoado. - E assim, dormi.

✤✤✤✤✤


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Notas finais do capítulo

✤ Se a imagem não aparecer: http://static.hsw.com.br/gif/siames-1.jpg
E, sim, esse ultimo conto realmente aconteceu comigo. Na hora eu tinha acabado de sair do banho e escutei algo caindo e o barulho vinha da cozinha. Quase matei meu gato depois disso. E sim, meu gato é igualzinho a esse mas, se chama Jack e sim, o encontrei na rua também (ele e mais um que tem o nome de Oliver mas, esse ultimo não me matou de medo).
Beijos até aproxima!