O Amor Retorna escrita por Rah Forever, Reh Lover


Capítulo 60
Capítulo 60 - Uma música incompleta


Notas iniciais do capítulo

Oi, gente ❤ Sabemos que o capítulo pode estar cansativo, nos desculpem se estiver, mas eu garanto que o que vai acontecer no próximo vai ser muito melhor ❤
Agradecemos as lindas que comentaram:
# Ana Clarinatica Ever
# Larissa 789
# Julietta
# Suh
# Rafaela Vieira
# Bih Silva
Amamos os comentários... ❤
Bjs e boa leitura ❤



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        VILU: Papai? — Perguntou cautelosa se aproximando, ficando ao lado do pai. 

GERMAN: Filha, pensei que tivesse ido para casa descansar. — Falou com a voz ainda afetada.

VILU: Eu fui, mas fiquei muito preocupada com o senhor. Você também precisa descansar e comer alguma coisa. — Disse deixando várias lágrimas rolarem.

Ela sentou no braço da poltrona e encostou a cabeça no ombro de German.

GERMAN: Calma, filha, vai ficar tudo bem. — Disse acarinhando os cachos da filha.

VILU: Eu não posso perder a Angie. — Balbuciou .

GERMAN: E quem disse que você vai perdê-la? Ela vai se recuperar logo, você vai ver. — Tentou acalmar Vilu.

VILU: A culpa é minha, eu deveria ter acompanhado ela, não devia ter deixado ela ir sozinha. — Falou, sentindo-se culpada.

GERMAN: A culpa não é sua, de maneira alguma. E se você tivesse ido junto talvez estivesse que nem a Angie nesse momento. Não quero nem imaginar como seria. — Falou com dor na voz. Ele não conseguia nem imaginar como seria ter as duas pessoas que mais amou na vida, internadas em estado grave. Ele não suportaria.

VILU: Foi horrível receber a notícia do que tinha acontecido com a Angie. A princípio eu nem conseguia acreditar no que estava ouvindo. — Contou com dificuldade.

GERMAN: Para mim também não foi nada fácil. — Confessou com a cabeça baixa. — Mas tudo isso é minha culpa.

VILU: Pai, nada disso é sua culpa. — Ela colocou uma das mãos nas costas de seu pai e continuou. — Você não pode ficar se culpando por isso.

GERMAN: Eu sabia que não deveria ter feito isso. — Falou ainda com a cabeça baixa.

VILU: Isso o que? — Perguntou confusa.

GERMAN: Que eu não deveria ter viajado.

VILU: Mas o que isso tem a ver com o que aconteceu? — Perguntou tentando ao mesmo tempo se recompor mesmo sabendo que seria difícil fazer isso diante de tal situação.

GERMAN: Se eu estivesse aqui para cuidar de você e da Angie ela não estaria nessa situação. — Explicou se sentindo culpado.

VILU: Pai, olha para mim. — Pediu se endireitando no braço da poltrona.

German atendeu o pedido da filha e olhou para ela mesmo com o sentimento de culpa o escravizando.

VILU: A culpa não foi sua. — Afirmou segurando uma das mãos do pai.

GERMAN: É, mas eu poderia ter evitado tudo isso.

VILU: Não, ninguém poderia prever que isso iria acontecer.

Violetta então recebeu uma ligação de Ludmila, ela saiu do quarto e foi atender o celular, deixando seu pai ali com Angie.

German se aproximou mais de sua amada e segurou delicadamente uma das mãos dela enquanto ficou observando o rosto angelical de Angie.

Depois de dez minutos Violetta voltou para o quarto.

VILU: Pai, eu sinto muito mas temos que ir agora. — Falou triste.

GERMAN: Eu não quero deixar sua tia aqui sozinha.

VILU: Eu sei, mas nosso horário de visita acabou. Uma enfermeira acabou de me avisar.

GERMAN: Tudo bem. — Concordou se levantando mesmo a contra-gosto.

Violetta se aproximou da tia e deu um beijo na bochecha dela.

VILU: Por favor, tia, melhora rápido. Eu te amo. — Falou deixando algumas lágrimas caírem e segurando a mão esquerda de Angie.

VILU: Bom, eu vou indo, pai. Te espero lá fora. — Disse enxugando o rosto com a palma das mãos.

German não falou nada só assentiu com a cabeça.

Vilu depositou outro beijo na bochecha de Angie e saiu do quarto.

GERMAN: Me desculpa por ter que ir, meu amor. — Disse acariciando o rosto de Angie. — Vou fazer de tudo para voltar o mais rápido possível. Eu te amo.

Após dizer isso mesmo que com dificuldade, ele deu um beijo na testa dela e saiu do quarto.

German não queria deixa-la sozinha novamente. Parecia que a cada passo que dava a caminho da sala de espera ele se afastava cem quilômetros de Angie.  Estava tentando ser forte, pois sabia que Violetta precisava de alguém para consola-la naquele momento. Mas estava sendo tão difícil ver a mulher que amava e que queria passar o resto de sua vida, deitada em uma cama e imóvel sem nem ao menos poder respirar sem a ajuda de algum aparelho.

Tudo o que ele mais queria era ver aqueles olhos verdes se abrirem novamente. Poder ver o brilho que emanava do olhar de Angie. Preferia estar no lugar dela ao ter que vê-la e não poder fazer absolutamente nada.

Ela não merece isso, por que ela e não eu? — pensou. Essa pergunta já estava martelando há um bom tempo em sua cabeça.

Quando finalmente chegou na sala de espera se aproximou de onde a filha estava e sentou-se ao lado dela.

                                               (...)

Já havia se passado quase uma hora e meia que os dois tiveram que sair do quarto de Angie, mas continuaram sentados ali.

Vários pensamentos envoltavam a cabeça de German. Queria tanto poder beijar Angie e ver que nada daquilo estava acontecendo.
Ultimamente tudo estava se encaixando perfeitamente. Ambos já não tinham dúvidas de que queriam passar o resto de suas vidas juntos. O casamento já estava marcado para dali a poucos meses. Mas quando menos esperavam Angie sofreu o acidente e todos os planos foram por água a baixo.

Já Violetta, não estava tão melhor. Havia perdido a mãe para um acidente, ela não queria perder a tia que era considerada uma mãe para ela em outro acidente.  Ela tentou tirar o pensamento de poder perder uma mãe novamente da cabeça, mas não conseguiu. Ver a tia naquela estado era horrível e não poder fazer nada era pior ainda.

Ela não aguentou mais e começou a chorar.

GERMAN: Calma, vai ficar tudo bem. — Falou na tentativa de consolar a filha.

VILU: E se não ficar? — Questionou.

GERMAN: Mas vai ficar, você vai ver. — Ele começou acariciar delicadamente o cabelo da filha.

VILU: Eu não iria aguentar perder ela.

GERMAN: Nem eu, filha. — Disse tentando fazer com que a dor não transparece-se em sua voz, mas sem muito sucesso.

VILU: Já basta eu ter perdido a mamãe. Não posso perder Angie também. — Falou com a voz embargada.

GERMAN: A Angie vai acordar, você vai ver. E em pouco tempo vocês já vão estar organizando os preparativos para o casamento.

VILU: Você está certo. — Ela levantou um pouco a cabeça para poder olhar para o pai. — Ela vai melhorar.

GERMAN: Sim, ela vai. 

Apesar de tudo, German tinha certeza do que tinha falado para a filha. Ele não estava falando aquilo só para a filha não ficar tão preocupada e triste, mas sim porque tinha esperanças e sabia que aquilo tudo iria se resolver mesmo que não aparentasse. Ele tinha fé de que Angie não demoraria a acordar. Ele não deixaria sua esperança morrer.

Em poucos minutos, Violetta se acalmou e acabou pegando no sono, pois estava muito cansada. Não conseguira dormir nem ao menos cinco minutos direito após o acidente.

Vinte minutos se passaram e Violetta acordou.

Mesmo estando acordada ela não se mexeu, só ficou ali se sentindo segura entre os braços do pai. Ela começou a olhar atentamente para o rosto cansado de German. Ela podia enxergar dor nos olhos agora sem vida dele. Ela sabia o quanto o pai e a tia se amavam e estavam lutando por aquele amor que antes parecia tão impossível, mas que não era e muito menos agora. A expressão de German, a fez sentir uma grande ponta de dor no fundo do coração.

Vilu então se ajeitou na cadeira e segurou uma das mãos do pai.

VILU: Pai? — Chamou com a voz um pouco baixa, mas ainda audível.

GERMAN: Sim, filha? — Respondeu despertando de seus pensamentos. — Você está precisando de algo?

VILU: Na verdade sim.

GERMAN: Pode falar, filha. — Disse se concentrando agora na voz da filha. — Do que você está precisando?

VILU: Que você vá para a casa e descanse.

GERMAN: Mas eu não estou cansado. — Ele negou.

VILU: Ah pai, conta outra. Seus olhos estão pesados de sono.

GERMAN: Eu não quero ir para casa. Se você quiser eu te levo e volto aqui depois de te deixar em casa.

VILU: Por favor, pai. Eu sei que você quer ficar aqui mas você tem que descansar primeiro. — Falou olhando diretamente para os olhos de German. — A viagem deve ter te esgotado.

GERMAN: Sim, mas isso não importa agora.

VILU: Pense na Angie, ela não gostaria de te ver assim.

A conversa se prolongou por mais alguns minutos até que depois de tanta insistência da parte de Violetta, German acabou cedendo, pois ele sabia que Angie não gostaria de vê-lo naquele estado.

Antes de eles saírem a mãe de Angie chegou e eles ficaram conversando por alguns minutos.

Angélica perguntou sobre o estado da filha e ficou muito mal depois de ouvir a resposta e pediu também desculpas por não ter chegado antes, pois havia viajado fazia alguns dias e fez de tudo pra voltar o mais rápido possível.

Os dois se despediram de Angélica e foram para o carro.

German não se sentia bem ao se afastar de onde Angie estava, mas sentiu um pouco de conforto ao saber que Angélica estaria lá e os avisaria sobre o estado de Angie e também claro, se tivesse melhora da parte de Angie, o que era o que ele mais queria ouvir.

O trajeto do hospital até a mansão foi silencioso. Violetta estava ouvindo a música Algo Se Enciende, pois estava sentindo muito a falta da voz da tia. No entanto que quando a música acabava ela a colocava para tocar novamente.

Enquanto isso, German ficava repassando várias e várias vezes a imagem de Angie naquele quarto branco.

Seus olhos estavam vazios. A única coisa a sua volta que ele realmente estava prestando atenção era no trânsito que não estava muito movimentado.

                           (…)

Logo que chegaram em casa, Violetta deu um beijo no rosto do pai e foi diretamente para o quarto de Angie, deixou lá os pertences dela e depois foi para o seu próprio quarto descansar.

Não restou nada a German ao não ser fazer o mesmo. Ele foi para o seu quarto, deitou-se em sua cama e devido ao cansaço acabou dormindo.

                       (…)

#12:00

Violetta levantou, foi até a cozinha, faz um prato com comida para ela e outro para o pai e levou para o quarto de German.

Ela entrou no quarto e encontra o pai acordado olhando para um ponto qualquer.

VILU: Pai? — Chamou afetivamente.

GERMAN: Oi, filha. — Falou saindo de seus pensamentos.

VILU: Oi pai, como o senhor esta? — Ela se sentou na cama de frente para German e colocou a bandeja com os pratos ao seu lado.

GERMAN: Não sei nem o que te responder. — Desabafou dolorosamente.

VILU: Esta sendo difícil para mim também. — Afirmou com a cabeça baixa.

GERMAN: Eu sei. E eu devia... — Ela o interrompeu.

VILU: Pai, esta tudo bem. — Ela segurou a mão do pai.

GERMAN: Vem aqui, filha. — Falou abrindo os braços.

Ela deu um abraço no pai e deixou algumas lágrimas rolarem. German por sua vez acariciou o cabelo dela.

Eles ficaram assim por um tempo e depois Violetta enxugou as lágrimas e se desfez carinhosamente do abraço.

VILU: E então vamos comer? — Perguntou com um pequeno sorriso no rosto.

GERMAN: Claro. — Simplesmente respondeu.

                       (...)

O resto do dia passou normalmente, German e Violetta passaram a tarde toda no hospital e depois voltaram para casa.

Já era de noite e German já estava deitado em seu quarto. Ele estava tentando dormir mas não estava tendo muito sucesso pois a falta de Angie estava fazendo um buraco irreparável em seu coração e bloqueando seu sono.

Ele precisava sentir Angie perto então foi até o quarto dela e entrou.

Logo que entrou e acendeu a luz sentiu um perfume doce no ar, o cheiro do perfume favorito de Angie. Aquilo o fez se sentir um pouco melhor.

Ele caminhou um pouco, sentou-se na cama de Angie e foi inevitável não lembrar de quando ela tinha ficado doente e ele ficou ali cuidando dela. Lembrou que até tinha acordado com uma baita dor nas costas no outro dia devido a ter dormido na poltrona do quarto. Essa lembrança o fez dar um leve sorriso. Como ele queria que o que Angie tivesse fosse só uma simples febre, que com um pouco de cuidado e paciência passava logo.

Ele observou o quarto atentamente e seu olhar se prendeu dentro do guarda-roupa que estava entre-aberto. Dentro dele uma peça se ressaltava. O vestido que Angie havia usado no baile da caridade.

Como não se lembrar daquela noite? A noite em que se resolveram e que decidiram que nada mais poderia se por entre eles.

Seu olhar se desprendeu do vestido, ele se levantou e se aproximou do mural de fotos que tinha no quarto e começou a olhar cada foto. Ali tinha muitas fotos, dentre as quais: algumas da festa de boas-vindas de Angie e outras da festa surpresa de aniversário que acontecera há um tempo atrás. Também tinha várias tiradas com Violetta e o pessoal do Studio e outras com German. Mas uma se destacava entre as outras. Uma foto que Violetta havia tirado logo após ficarem noivos, onde German estava com os braços ao redor da cintura de Angie e ela estava com as mãos apoiadas nos braços dele e ambos sorriam de forma radiante e apaixonada.

Naquela foto as alianças nas mãos deles reluziam de modo perfeito em contraste com a foto. Aquilo o fez lembrar de tudo o que passaram até chegar ali. Foram tantos obstáculos, mas todos foram superados um a um. E com certeza o que estavam passando seria outro obstáculo superado.

Ele já estava saindo do quarto quando reparou que tinha uma folha caída no chão. Ele se abaixou, pegou a folha e começou a ler.

Ele lembrou rapidamente do que estava escrito ali. Era a música que Angie tinha começado a compor há um tempo atrás.

German dobrou a folha e a colocou no bolso da blusa.

Ele foi em direção a porta, olhou mais uma vez para o quarto agora sem vida e sem a dona, apagou as luzes e saiu do mesmo.

                         (…)


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Notas finais do capítulo

Beijos e até a próxima ❤



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