O Amor Retorna escrita por Rah Forever, Reh Lover


Capítulo 5
Capítulo 5 - Surpresa!


Notas iniciais do capítulo

Oi, gente. Aqui está o próximo capítulo ❤ Muito obrigada a BIH SILVA por ter favoritado e a JÚLIA por ter comentado ❤ E obrigada também a vocês que estão acompanhando a fic. Boa leitura! ❤



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        Eles não precisaram andar muito e logo chegaram na casa de Angie. A caminhada fora extremamente silenciosa.

Angie ainda nervosa, se atrapalhou toda quando tentou abrir a casa usando a chave, por sorte — e pra surpresa de Angie — German pegou as chaves da mão dela e abriu a porta.

ANGIE: Obrigada. — Falou quase num sussurro.

German não respondeu, apenas deu um aceno de cabeça.

Quando entraram dentro da casa dela, ela foi até o banheiro rapidamente, pegou duas toalhas, voltou pra sala e entregou uma toalha para German.

ANGIE: Me espera aqui um pouquinho German, eu já volto. — Pediu, forçando um sorriso.

GERMAN: Tudo bem. — Ele retribuiu o sorriso, pra surpresa de Angie.

Então Angie foi para o seu quarto e pegou algumas roupas que ela tinha guardado que eram de um primo, que quando veio passar uns dias em Buenos Aires esqueceu na casa dela, e as colocou no banheiro pra German. Depois seguiu rumo a sala de estar.

Logo que adentrou a sala, Angie se pronunciou:

ANGIE: German, é melhor você ir tomar um banho. Se não você vai se resfriar. Eu coloquei algumas roupas que eram de um primo meu que as esqueceu aqui em casa no banheiro para você poder se trocar. — Explicou.

GERMAN: Obrigada Angie, mas acho melhor você ir primeiro. Não quero que você se resfrie também. — Preocupou-se.

ANGIE: Não. Tudo bem, German. Vai você primeiro. Eu tenho que fazer algumas coisa antes.

GERMAN: Certeza? — Ela assentiu. — Tudo bem então.

German foi para o banheiro, tomou um banho rápido, se trocou e foi para a sala, onde Angie o esperava sentada no sofá.

ANGIE: Pode ficar à vontade, German, sinta-se em casa. — Disse sorrindo ao se levantar.

GERMAN: Obrigado, Angie. — Falou retribuindo o sorriso.

Era incrível como o clima antes tenso, agora se mantinha calmo e agradável.

Angie foi para o banheiro, tomou um banho, se trocou e voltou para a sala, onde encontrou German olhando para uma foto dela com Maria.

German olhava atentamente para foto. As duas eram tão parecidas... Quando percebeu a presença de Angie na sala, perguntou:

GERMAN: Você ainda sente muita falta dela, Angie? — Perguntou percebendo que Angie se aproximava.

ANGIE: Todos os dias. — Começou. — Eu sinto muito a falta dela e até hoje ainda não consigo acreditar que ela não esta mais aqui. — Disse parando ao lado de German.

Ambos continuaram, silenciosamente, a observar a foto.

Angie se lembrava tão bem da ocasião em que tiraram aquela foto. Pelo que ela se lembrava, a foto fora tirada na formatura do colégio de Angie. A foto era antiga, mas tinha um valor inestimável pra ela. Ambas, Angie e Maria, eram bem jovens, mesmo assim tornando impossível não reconhecer elas como irmãs.

Angie soltou um suspiro trêmulo, uma lágrima sorrateira escorreu pelo seu rosto. Ela queria se manter forte, mas aprendera que às vezes era melhor encarar a dor. Já faziam anos que Maria falecera, mas pra Angie tudo aquilo parecia tão recente cada vez que se lembrava do ocorrido.

ANGIE: A pior parte é que eu nem pude me despedir dela. — Lamentou e outra lágrima caiu.

GERMAN: Eu sei. — Falou simplesmente.

German se virou para Angie, encarando-a. E sem que ela esperasse,  puxou-a para perto de si. Angie simplesmente deixou que seu corpo fosse em direção ao dele. Tocar naquele assunto a deixava com desgaste emocional.

GERMAN: Não chore, Angie. — Ela deitou a cabeça no peito dele. — Não gosto de te ver assim.

ANGIE: É que ainda é difícil ter que aceitar que eu não posso mais ter ela comigo. Pra me apoiar e me dizer o que fazer. — Fungou.

GERMAN: Depois da morte de Maria, eu comecei a me sentir perdido também. Ela sempre me dizia o que fazer, sempre me auxiliava.

Angie não disse nada, apenas balançou a cabeça.

GERMAN: Me desculpa por eu ter tocado nesse assunto. — Ele se amaldiçoou mentalmente por ter tocado em um assunto que trazia dor a Angie.

ANGIE: Tá tudo bem. Não tem problema. — Assegurou a German.

GERMAN: Pra mim também foi difícil, mas eu dei a volta por cima. Eu ainda sinto às vezes a falta dela, mas agora ela é uma boa e querida lembrança.

ANGIE: Eu sei que já faz bastante tempo que ela morreu mas... Nós tínhamos uma conexão muito forte e quando ela se foi meu mundo caiu e depois meu pai... — Ela soluçou.

GERMAN: Calma, tá tudo bem. — Acariciou os cabelos dela.

ANGIE: Eu já superei isso, mas quando as lembranças vêm, é difícil não ficar mal. Não consigo controlá-las. — Revelou se aconchegado ainda mais no peito dele.

GERMAN: Eu sei. É difícil, mas você tem que ser forte e enfrentar as lembranças até que elas se transformem em momentos felizes de se lembrar. — Contou. Foi difícil conseguir se desprender das lembranças; ele sempre se lembraria daqueles momentos, mas não deixaria que os mesmos o machucassem.

ANGIE: É que as lembranças são tudo o que tenho deles. — Acrescentou.

GERMAN: Não, eles ainda estão com você. Bem aqui. — Apontou para o seu coração.

ANGIE: Você está certo. É verdade. — Ela sorriu fracamente.

                                       

                   POV ANGIE

Quando German me abraça me sinto segura, sinto que posso confiar nele. Sei que ele sabe o que é melhor para mim. E além do mais quando ele me abraça me sinto viva, como se eu despertasse.

Foi muito bom ter essa conversa com ele. Ele entende o que eu passei. Se foi difícil pra mim a morte da Maria, pra ele que estava sempre com ela, deve ter sido pior. Não deve ter sido fácil criar Violetta sozinho.

                                   

                POV GERMAN

Agora percebo que não posso ficar longe da Angie, não aguento vê-la chorar, quando ela faz isso a única coisa que tenho vontade de fazer é abraçá-la. Sei que a fiz sofrer muito e me culpo por isso. Mas agora que ela está aqui, não vou deixar que nada a machuque ou a faça chorar.

                         (...)

German acariciou o rosto de Angie, enxugando suas lágrimas.

GERMAN: Por que você não canta para mim? — Perguntou na tentativa de fazer ela se animar. Ele sabia que se uma coisa podia fazer Angie se sentir melhor, era cantar.

ANGIE: Só se você cantar comigo. — Animou-se.

GERMAN: Sem problemas. — Assegurou a Angie, o que a fez sorrir.

German guiou Angie até o piano. Eles se sentaram.

GERMAN: Vamos começar? — Perguntou.

ANGIE: Claro. — Assentiu sorridente.

German não queria ver Angie chorar, então resolveu cantar com ela, pois quando Angie cantava uma alegria imensa transbordava dela e contagiava o ambiente.

Os dois cantaram várias músicas, riram, conversaram, que nem viram as horas passarem. Era tão fácil se distrair quando German estava com ela. Ele fazia com que seus problemas fossem embora, sumissem pelo menos por enquanto.

German também estava apreciando muito a companhia de Angie, ele cada vez mais estava convencido do quanto sentira falta dela.

Fazia tanto tempo que eles não sentiam uma paz tão grande. Era como se um vazio tivesse sido preenchido naquele momento.

Todas as vezes que eles começavam a tocar as teclas do piano juntos e suas mãos se tocavam, eles se olhavam e sorriam um para o outro. Mas na última vez que isso aconteceu, German parou de tocar e segurou a mão de Angie. Eles ficaram olhando um para o outro como se estivessem em transe. E provavelmente estavam mesmo.

German queria tanto beijá-la. Mas não queria apressar nada. Não agora, que ele estava conseguindo fazer com que ela se abrisse com ele.

As mãos de Angie estavam coçando para não tocar o rosto de German, e sentir sua barba, que já começava a crescer novamente. Queria se aproximar mais, sentir seu perfume revigorante e másculo.

E quando ela finalmente tomou coragem para corresponder ao simples toque, a campainha tocou, tirando-os totalmente do transe.

Angie foi acompanhada por German até a porta e ao abrí-la os dois se depararam com Violetta e Ludmila.

VILU E LUDMILA: Oiii! — Cumprimentaram em uníssono.

ANGIE: Olá, meninas. — Respondeu. — O que vocês duas estão fazendo aqui?

GERMAN: É, o que estão fazendo aqui? — Tentou disfarçar, pois sabia exatamente do que se tratava a visita inesperada de Violetta e Ludmila.

VILU: É que eu fiquei preocupada com vocês e liguei para o papai que disse que vocês estavam bem e na sua casa.

LUDMILA: É, também viemos aqui pois temos uma coisa para te mostrar lá mansão, Angie!

LUDMILA e VILU: Vamos. — Falaram animadas, e sem esperar por uma resposta puxaram os dois.

Então Ramalho, que trouxera as meninas, levou os quatro para a mansão.

Quando Angie passou pela porta da frente, ficou surpresa com o que viu.

TODOS: Angie, seja bem-vinda!!!

Angie ficara super emocionada ao ver tanta gente na sala. Eram tantos convidados, dentre eles tinham amigos de Buenos Aires, alunos e professores do Studio, todos da casa.

Tirando a decoração, que estava maravilhosa. Ela guardaria pra sempre aquele dia na sua mente. Era tão bom se sentir amada e especial.

ANGIE: Obrigada pessoal, fico feliz em ver vocês. — Falou emocionada. — Nossa, eu nem esperava que vocês fossem dar uma festa para mim.

VILU: Que isso, Angie. Você merece isso e muito mais. — A garota falou animada.

ANGIE: Obrigada, querida. Mas eu não estou vestida adequadamente para essa ocasião. — Falou, dando-se conta que não estava devidamente vestida para uma festa.

VILU: Não se preocupe, Angie. Nós já pensamos em tudo. Vamos até o meu quarto para você se trocar. — Disse e puxou a tia em direção as escadas.

Então Vilu, Cami, Fran, Naty e Ludmila subiram com Angie até o quarto de Vilu. Chegando lá, Angie ficou encantada ao ver em cima da cama de Vilu um lindo vestido florido e um sapato alto preto.

ANGIE: Nossa, meninas, vocês pensaram em tudo mesmo. O vestido é incrível. — Disse maravilhada com o look perfeito em cima da cama.

LUDMI: É mesmo, eu que escolhi. Quando o vi no manequim achei esse vestido a sua cara. — Respondeu, feliz por Angie ter gostado do look que montara e orgulhosa de si por ter feito a escolha certa ao ter comprado aquelas lindas peças.

ANGIE: Muito obrigada meninas, amo vocês. — Falou emocionada outra vez.

MENINAS: Também te amamos! — Falaram em uníssono.

FRAN: Eu sei que o papo está bom, mas temos que ajudar a Angie a se arrumar. Lembram? — Falou fazendo todas rirem do comentário.

                          (...)

Angie então se vestiu e as meninas começaram a maquia-la e arrumar seu cabelo enquanto conversavam. Ela ficou maravilhosa. Seu cabelo estava solto e enrolado. Sua maquiagem era clara, dando destaque ao seu rosto angelical.

Depois que Angie já estava pronta, as meninas e ela saíram do quarto.

Naty e Fran foram na frente e falaram:

NATY: A Angie está descendo e uma dica: ela está linda.

FRAN: É mesmo, pode vir Angie. — Chamou.

Angie veio e começou a descer as escadas. Ao mesmo tempo que German não conseguia parar de olhar para ela. E com Angie também não era diferente, ela não conseguia parar de olhar pra German. Ela percebeu que ele tinha trocado de roupa e colocado uma calça jeans e uma blusa social, que segundo ela, o deixava mais bonito ainda.

Antes dela terminar de descer as escadas German foi ao seu encontro e a impediu de continuar a descida.

GERMAN: Comprei esse presente especialmente para você. — Disse entregando a ela uma caixa aveludada vermelha.

ANGIE: Você não precisava ter se incomodado.

GERMAN: Que isso Angie, não foi incômodo algum. Abra.

ANGIE: É lindo… — Maravilhou-se com a jóia tão bela e delicada que tinha em mãos. — Mas não precisava German, isso deve ter custado muito caro.

GERMAN: Mas se é para você, não importa o preço.

ANGIE: Claro que importa. Você deve ter gastado um fortuna com o esse colar.

GERMAN: Mas você gostou dele, não gostou? — Perguntou.

ANGIE: Sim, mas... — Ele a interrompeu.

GERMAN: Mas nada Angie. — Disse com aquele sorriso, do qual Angie adorava. — Pare de ser teimosa e aceite, por favor.

ANGIE: Tudo bem, eu aceito. Obrigado, German.

GERMAN: Disponha. — Respondeu feliz por ter acertado no presente. Pelo sorriso deslumbrado que surgira no rosto Angie, ele já pode perceber que tinha acertado em cheio.

Como agradecimento, Angie deu um beijo na bochecha de German. E ele colocou o colar delicadamente no pescoço dela, ao que ela sentiu a pele exposta do pescoço se arrepiar, ao sentir as mãos de German passando por ali.

GERMAN: Posso te acompanhar até o final? — Perguntou, próximo ao seu ouvido, oferecendo-lhe um dos braços.

ANGIE: Claro. — Concordou, represando um suspispiro ao se dar conta da proximidade de German.

Ela aceitou e então, de braços dados, os dois terminaram de descer as escadas juntos.

Quando os dois chegaram lá em baixo, Angie foi recebida com uma salva de palmas.

                            (...)

A festa estava linda e todos estavam se divertindo muito.

De repente...

                            (...)


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Notas finais do capítulo

O que será que vai acontecer? ❤ Até o próximo capítulo e por favor, se puderem: COMENTEM, FAVORITEM e RECOMENDEM se estiverem gostando da fic. Bjs ❤