Ambas riram e logo começaram a cozinhar. Angie colocou o macarrão pra ferver, para logo depois começar a preparar o molho.

ANGIE: E então Vilu, como anda o seu namoro com o León? — A tia perguntou enquanto mexia o molho com uma colher de pau.

VILU: Anda muito bem, Angie. Ele é tão fofo. Você não acredita onde ele me levou esses dias! — Contou animada, depois de cortar o salmão e colocar um pedaço dele pra grelhar.

ANGIE: E onde ele te levou? — Quis saber, curiosa.

VILU: Num parque de diversões.

ANGIE: Imagino que você tenha ficado que nem uma criança quando ganha doce, do jeito que você adora parques de diversões. — Constatou, olhando para sobrinha que parecia estar nas nuvens ao lembrar do encontro.

VILU: É, eu simplesmente amo parques de diversões. — Contou super distraída, sem nem mesmo prestar atenção no salmão disposto na grelha.

De repente elas começaram a sentir um cheiro de queimado e não demorou nada para perceberem uma fumaça saindo do salmão. O alarme da cozinha tocou imediatamente.

VILU: Angie, o salmão queimou! O que eu faço? — Perguntou cutucando o peixe, tentando ver se alguma parte dele estava comestível.

ANGIE: Peraí Vilu, eu vou pegar água e jogar no salmão. — Disse abrindo a geladeira e pegando um cheio jarro d'água.

Em seguida, ela jogou a água na grelha onde o pedaço do salmão estava e a fumaça diminuiu consideravelmente.

Então German adentrou a cozinha por causa do barulho do alarme de incêndio. Logo que ouvira o alarme ser acionado, ele correu pra cozinha, temendo ser algo grave.

GERMAN: O que aconteceu aqui? — Perguntou, ainda alarmado.

ANGIE: É que um pedaço de salmão queimou.

VILU: É, eu me distraí e queimei um pedaço.

GERMAN: Que bom que não foi nada de mais, eu fiquei preocupado quando ouvi o barulho do alarme de incêndio. — Explicou.

ANGIE: Mas agora está tudo bem, não se preocupe. — Ela sorriu com a preocupação dele. German era tão fofo quando se preocupava…

VILU: É, fica tranquilo papai, não foi nada de mais. Pode voltar pra sala que a gente vai terminar o jantar.

GERMAN: Tudo bem então. — Deu de ombros. — Mas não queimem mais nada. Por essa semana chega de comida queimada, não acham? — Perguntou, sorrindo para as duas mulheres que amava tanto.

VILU E ANGIE: Achamos. — Concordaram rindo.

GERMAN: Já que está tudo bem agora, vou deixar que vocês continuem com o jantar. Nada de comida queimada, entenderam?

Angie e Vilu bateram continência brincando.

ANGIE: Tchau, amor — Disse e ela e German trocaram um selinho.

VILU: Tchau, papai — Falou e German deu um beijo em sua testa.

German voltou pra sala e elas continuaram cozinhando.

VILU: Não acredito que queimei um pedaço do salmão! — Disse, rindo de sua distração. Mas ninguém podia culpa-la; estava tão apaixonada por León que se distraía facilmente quando lembrava dos momentos ao lado do namorado.

ANGIE: Não tem problema Vilu, já perdi as contas de quantas vezes já queimei comida. — Contou. E era verdade; Angie já queimara a comida várias vezes até aprender a cozinhar de verdade. Sua sorte era que sua mãe era uma ótima professora e tinha uma paciência admirável com ela. — É que eu me distraio muito rápido.

VILU: Igualzinha à mim. Tal tia, tal sobrinha. — As duas riram. — Mas até que foi engraçado. — Confessou.

ANGIE: Verdade. Isso eu não posso negar.

Passado mais um tempo, elas terminaram o jantar e depois de prepararem a mesa, os três começaram a jantar juntos.

GERMAN: Nossa, vocês duas estão de parabéns. Está uma delícia. — Elogiou com razão. Apesar do problema que tiveram com o salmão, conseguiram fazer um bom jantar. Se Olga estivesse presente, com certeza ficaria orgulhosa de suas menininhas.

VILU: Sério? — Tinha ficado muito feliz ao receber o elogio do pai.

GERMAN: Seríssimo, filha. Até parece comida de restaurante.

ANGIE: Obrigada, amor. Que bom que você gostou.

                                   (…)

VILU: Eu tô muito curiosa pra saber o que vocês compraram de presente pra mim. — Contou. Ela sempre adorou presentes e surpresas.

ANGIE: É, mas você só vai saber depois de amanhã. — Avisou, mesmo estando também muito curiosa para saber o que Vilu e German compraram pra ela.

VILU: Vocês não vão nem me dar uma dica? — Fez uma carinha fofa, parecendo um cachorrinho que caiu da mudança.

GERMAN: Uma dica? — Fez uma cara de quem estava pensando seriamente em algo. — Hum... acho que você vai gostar.

VILU: Ah papai, essa dica não vale! — Cruzou os braços e se fingiu de brava. — Isso nem é uma dica.

GERMAN: Quando você abrir os seus presentes você vai descobrir o que é.

Vendo que não conseguiria nenhuma dica sobre o presente que o pai a comprou, ela tentou apelar para a tia:

VILU: Angie, tia linda e mais perfeita do mundo, que tal você dar uma dica pra sua sobrinha sobre o presente que você comprou pra ela? — Pediu, fazendo a mesma carinha fofa de antes.

ANGIE: Isso não vale Vilu, você só está fazendo essa carinha pra me fazer te dar uma dica porque você sabe que eu nunca resisto quando você faz isso.

VILU: Então me dá uma dica. — Tentou novamente.

ANGIE: Eu não vou te dar nenhuma dica, porque senão você vai descobrir rapidinho o que é.

VILU: Ah, tudo bem, eu desisto porque vocês não vão me dar nenhuma dica. — Fingiu estar brava, arrancando risos do pai e da tia.

                        (…)

             POV VIOLETTA 

Acordei super animada. Eu amava a véspera do Natal tanto quanto o próprio feriado. Como nem o papai e nem a Angie tinham acordado ainda, resolvi fazer uma surpresa pra eles, decidi fazer o café-da-manhã.

Ponderei e acabei optando por cozinhar panquecas, já que tanto papai quanto Angie adoravam.

                      (...)

Logo que chegou na cozinha, Vilu abriu os armários e a geladeira, certificando-se de pegar todos os ingredientes dos quais precisaria.

Ela fez a massa e sem querer fez uma bagunça. Ela pegou a bacia de vidro onde a massa estava e a derrubou no chão, fazendo assim muito barulho e sujando o chão, antes impecavelmente lustroso.

          Minutos depois Angie e German — que acordaram com o barulho que Vilu fizera — chegaram a cozinha alarmados e com a cara amassada de sono.

GERMAN: O que aconteceu, Violetta? — Perguntou, bocejando em seguida.

ANGIE: Está tudo bem com você? — Quis saber, a voz meia sonolenta ainda.

VILU: Eu estou bem sim, obrigada. É que eu queria fazer panquecas, mas como vocês viram não deu muito certo.

ANGIE: É, deu pra perceber — Disse analisando a cozinha.

GERMAN: Se a Olga estivesse aqui, ela teria um ataque com a bagunça que você fez.

VILU: Eu sei. Desculpa! — Pediu rindo de seu novo desastre culinário. Pelo visto era melhor ela seguir o ramo da música, pois cozinhar havia ficado claro que não era sua praia.

ANGIE: Não foi nada Vilu, mas você poderia ter pedido ajuda pra mim.

VILU: É que eu não queria te incomodar. 

ANGIE: Mas te ajudar pra mim nunca vai ser um incômodo. — Ela colocou as mãos nos ombros da sobrinha, em um gesto carinhoso.

VILU: Obrigada, Angie.

ANGIE: De nada, mas vai lá tomar um banho, você está cheia de farinha. — Falou sorrindo. Vilu parecia um fantasma com tanta farinha no rosto.

VILU: Okay, Angie — Ela sorriu e se dirigiu à escada.

ANGIE: Esta cozinha está um caos, nem sei por onde começar. — Brincou olhando ao redor.

GERMAN: Pode deixar que eu te ajudo. — Propôs sorrindo, de forma que derreteu o coração de Angie por meros segundos. Aquele sorriso…

ANGIE: Não precisa, eu consigo dar conta sozinha.

GERMAN: Mas eu faço questão de te ajudar. — Lançou um olhar tão convincente e penetrante a Angie, que a loira não teve escolha a não ser aceitar a ajuda que lhe era oferecida.

ANGIE: Tudo bem então, já que você insiste. — Concordou, por fim.

                        (…)

Depois de arrumarem a cozinha, German e Angie prepararam o café da manhã e quando terminaram foram até a sala para assistir TV, enquanto esperavam Vilu descer para tomarem café juntos.

German e Angie estavam assistindo TV abraçados, quando… 

                      (...)