Fullmetal Alchemist: After All escrita por Paulo Yah


Capítulo 9
#08 - Ameaça de Aço




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- Mil oitocentos e noventa e seis, mil oitocentos e noventa e sete... Argh... Mil oitocentos e noventa e oito. –

 

Ele contava as abdominais em cento e oitenta graus, deitado em um leito de concreto de mais de um metro e oitenta de comprimento. Penso no ar da cintura pra cima, sem as partes superiores das suas vestes, suando tanto que havia uma poça  a baixo de sua cabeça.

Descia até embaixo e erguia-se num ângulo reto e perfeito, e por mais que seu abdome latejasse graças ao esforço físico ele não iria parar até chegar a dois mil abdominais.

A Academia Militar ou Centro de Treinamento Militar de Amestris; M.A.T.C. era um grande terreno com todo o tipo de campo de treino exceto o de guerrilha. Ficava na divisa entre Rezenbool e a Central, costumava a se movimentar durante os fins de semana.  

Edward fora obrigado a vestir a calça, cintos e coturno do exercito e embora não gostasse, era confortável para exercícios,.

 

- É... Talvez eu estivesse enganado quanto ao treino dele. – Disse Roy desaforado.

 

- Realmente duas mil abdominais em cento e oitenta graus... Não é um exercício pra qualquer um. – Comentou Armstrong. – São poucos no exército que agüentam tudo isso. 

 

Enfim Edward havia terminado. Desceu do leito de concreto e caiu no chão ofegante, sob aquele sol da manhã quente que pairava sobre Amestris.

 

- Hum... Ele já terminou? – Perguntou Ling dando um bocejo enquanto arrumava o cabelo bagunçado. – Rapaz! Eu dormi como uma pedra.

 

- É... A primeira etapa do treinamento está completa. – Anunciou  Roy. – Eu só quero saber se ele vai agüentar três etapas todo dia. Fullmetal, levante, agora vai começar a segunda etapa.

 

Edward sem dizer nada apenas se levantou de vagar e ainda ofegante. Esperou de Roy a próxima parte do treino, mas antes que pudesse recebê-la, guardas correram até o Marechal, bateram uma rápida continência e disseram o ocorrido. O loiro estava um pouco distante para ouvir, mas notou a expressão tensa de Roy, e logo sentiu um mal presságio.

 

- Fullmetal! – Gritou Roy que correu na frente dos guardas logo em seguida. – Esquece o treinamento, venha!

 

- Droga... – Resmungou preocupado e pôs-se a correr.

 

Roy lhe cedeu uma camiseta, qual eles usavam por baixo da farda, elástica e justa ao corpo, enquanto estavam no carro. Dentro do automóvel também estavam, Armstrong, Ciel e Ling.

 

- Me sinto parte do exercito agora. – Disse Edward ironicamente. 

 

- Não há tempo para brincadeiras, agora Fullmetal. – Protestou Roy sério. – Rush Valley está sendo atacada pela nação inimiga, Aerugo.

 

Edward sentiu seu coração parar de bater por um minuto, lembrou-se que Winry não estava em casa. O desespero golpeou seu coração, e foi então que sentiu a mão de Roy em seu ombro, como um gesto de apoio.

 

- Vamos torcer pra que ela esteja bem. – Consolou-o Mustang.

 

Mas Edward sentiu uma firmeza enorme vinda de si, uma força que nem ele sabia que tinha sobre crer em algo; agradeceu a Winry por aqueles quatro anos junto a ela.

O rapaz tirou a mão de Roy de seu ombro e sorriu audaciosamente para o superior.

 

- Pare de besteiras, Roy Mustang. – Disse Edward. – Você não é de consolar as pessoas e eu não serei o primeiro de sua lista. Winry está bem! Você não conhece a força daquela mulher.

 

Ciel ao presenciar tal cena, lembrou-se do que Hohenheim havia dito sobre Edward. “ Ele é cabeça dura, e acha que tem a razão. Mas sabe reconhecer as pessoas, e jamais, jamais mesmo irá entrar em desespero ou preocupação sem antes acontecer aquilo que ele previu.”

O carro parou finalmente, e Edward saiu pela porta traseira, avistando algo que ele realmente não queria ter visto. A cidade de Rush Valley toda destruída.

 

Flashback on

 

- Winry... – Chamou o rapaz observando Amestris pela sacada.

 

- Sim? –

 

Winry se preparava para sair, dali à uma hora um carro a levaria para Rush Valley para o Atelier de Automails, que antes era de Garfield, este havia se mudado para Creta, abrindo um negócio muito maior que o antigo.

 

- Se eu partisse pra uma futura guerra, o que você faria? – perguntou cuidadosamente.

 

Ela encostou-se na parte de trás de um dos sofás, sorria para o loiro, mas este não via. Ela parecia decidida no olhar, mesmo sabendo que sua resposta não agradaria Edward.

 

- Eu iria com você. Você querendo ou não. – Ela disse carinhosamente. – Eu arriscaria minha vida junto de você, salvando a vida das pessoas.

 

Edward por sua vez não protestou, apenas refletiu sobre a resposta de Winry. Ele entendia perfeitamente o motivo, e não se importava tanto, já que mais que muitos, ele estava ciente de que a garota já não era mais aquela mecânica de automail indefesa e que só sabia fazer aquilo. 

 

- Seguir o caminho dos seus pais? – Perguntou. 

 

- Não Ed. – respondeu. – Me arriscar ao seu lado.

 

Winry ficou surpresa, achou que ia ouvir algo como “Baka, pare de besteiras, você não pode sair por aí achando que pode salvar todo mundo.”

Sentiu-se bem em não ouvir aquilo, pois sempre que ouvia um protesto como esse de Edward ou até mesmo de Al,  ela se sentia inofensiva, indefesa e fraca.

O rapaz se virou e caminhou até ela, pegou sua mão e olhou em seus olhos, reparando em como eles estavam decididos. 

 

- Você tem certeza que está preparada pra isso? – Perguntou Ed. – Tem certeza que quer encarar a morte dessa maneira? Ver pessoas morrendo?

 

- “Existem momentos em nossas vidas, que somos obrigados a aprender sofrendo, ou não morreremos sorrindo”. – Disse Winry. – Hohenheim me disse isso quatro anos atrás, ao ver você horrivelmente abalado pela morte de Al.

 

Edward sorriu abobado, desviando inclusive o olhar. Parecia que estava na hora de descobrir este homem sábio que nunca quis procurar em seu pai.

Winry enxergou por segundos a silhueta de Alphonse na face de Edward, notou finalmente que virtude do irmão ele havia herdado.

O rapaz voltou a olhar para Winry, ainda tocando sua mão...

 

- Você realmente mudou, Ed. – Comentou Winry. – Acho que... Que descobri o pouco do Alphonse que ficou em você.

 

Edward a abraçou, beijando-lhe a testa, aconchegando a cabeça de Winry em seu peito. Ele não queria saber por ela...

 

- Guarde pra você então. – Disse o rapaz decidido. – Eu tenho que descobrir sozinho. Por mim e pela memória dele. Winry...

 

- Promete que não vai morrer? – Perguntou.

 

- Não posso prometer isso, Ed. – Respondeu-o, a loira. – Você também não pode... Se não eu teria feito você prometer há muito tempo.

 

- Baka... – Ele murmurou. –  Mas no fim das contas...Você tem razão.

 

- Eu farei o possível pra estar viva até o fim de tudo isso. – Disse.

 

- Então vamos fazer uma promessa. 

 

Edward se distanciou novamente para olhar em seus olhos, entrelaçou sua mão esquerda na dela e colocou frente aos dois.

 

- Prometa pra mim, assim como eu prometerei pra você que vai lutar com todas as forças para viver até o término dessa guerra.

 

Ela observou a firmeza em seus olhos, encontrou neles o verdadeiro Edward. Aquele que há muito tempo atrás quebraria muitas barreiras e muitos automails pra proteger aquilo que ama.

Sentiu aquela firmeza lhe contagiar, e mais que tudo agora ela era capaz de manter aquilo com a sua palavra.

 

- Prometo. – Disse decidida.

 

Edward se assustou com aqueles olhos, o oceano calmo que eles guardavam se transformaram em ondas furiosas. E ele teve a impressão de ter visto a si mesmo ali.

Mas alguém tocou a campainha, ela correu pra pegar a bolsa e a mala com peças e projetos, voltou até ele, deu-lhe um beijo rápido e foi até a porta.

 

- Até hoje de noite. - disse dando uma leve piscadela e saindo.

 

Flashback off

 

- Não. – Tremeu Edward. – Ela não pode morrer...

 

Lembrou do que tinha dito para Roy e se arrependeu amargamente, sentiu-se num mar de agonia ao ver a cidade toda destruía e nenhum sinal de vida.

Sua mão se molhava ao suor frio, enquanto ele a apertava fortemente se segurando para não sair correndo precipitadamente para procurá-la, já que naquele momento ela seria apenas uma civil como todos os outros cidadãos de Rush Valley.

 

- Ed! – O grito fora reconhecido, alto claro e em bom estado.

 

O rapaz sentiu um alívio tão grande que até lhe faltou forças pra ficar em pé, e ela vinha correndo no meio da rua deserta para eles. Mas algo jamais imaginado por Edward aconteceu, uma criatura gigante feita de aço, de pernas longas com apoios parecidos com pés de três dedos, apareceu. Tinha um disco enorme em seu topo, e uma cabine logo acima. Dois braços longos e cada um deles portavam mãos com três barras de metal articulados que simulava os dedos.

 

- Winry, CUIDADO! – gritou Edward.

 

A máquina gigantesca abriu centenas de compartimentos com todo o tipo de armas. Como um impulso, Edward bateu as palmas das mãos estalando muito alto e colocou-as no chão, levantando um muro de minerais sólidos, pedras retiradas das profundezas do solo. As armas foram disparadas, mísseis, tiros automáticos de todos os tipos e calibres, bombas, granadas e etc.

Ele sabia que não ia durar muito, correu o mais rápido que pode, chegou até Winry que se abaixou graças ao impacto que fez o chão tremer. Pegou-a em seu colo e saiu de lá, voltando para onde estavam.

A parede de rochas e cristais explodiu, fazendo voar cacos e pedaços de minerais pra todo lado, mas Armstrong agiu dessa vez com suas luvas, erguendo uma parede de rochas ainda mais resistentes na frente dos soldados e oficiais de Amestris.

 

- Mas que droga é aquela? – Perguntou Roy pasmo ao ver a criatura de aço.

 

- Eu disse que eles não estão pra brincadeira, mesmo usando brinquedinhos como aquele. Não querem assustar, Marechal... Eles querem destruir.

 

Edward abaixou com Winry em seus braços, e ela abriu os olhos.

 

- Você ta bem? – Perguntou Edward desesperadamente. – Baka! Não seja tão precipitada.

 

- Não se preocupe comigo, vocês estão atrasados. – Protestou. – Reuni o máximo de feridos que eu pude, no deposito subterrâneo da terceira rua a direita, ainda tem muito mais que o que eu consegui. Por sorte havia macas no hospital da cidade, e pessoas pra ajudar.

 

Roy fez uma rápida análise do que podia ser feito, não poderia demorar muito, já que aquela maquina logo os encontraria sem que pudessem se defender

 

- Ling, você está autorizado a comandar homens para a busca dos feridos de um lado da cidade, Ciel, auxilie-o! Armstrong, você vai para o lado oposto de Ling com o resto dos homens, leve Winry e a deixe no local onde estão os feridos. Fullmetal, você vem comigo, vamos relembrar os velhos tempos!

 

Outro carro chegou, freando bruscamente, de lá apareceram Falman, Breda e Fuery que logo desceram do carro. Breda tirou do porta-malas uma cadeira de rodas e junto de Falman tiraram Havoc do carro, sentando-o em seu meio de locomoção.

 

- Senhor! Soubemos que estava aqui. – Disse Falman batendo continência.

 

- Chegaram na hora. – Disse o Marechal. – Montem os Equipamentos na entrada da cidade, existe um posto de vigilância lá.

 

- Sim senhor! – Disseram os três, batendo uma rápida continência.

 

- Droga, porque me tiraram do carro? – Reclamou Havoc. – vai gastar tempo pra me colocarem de novo.

 

Breda chutou-o novamente para o banco de passageiro, guardou a cadeira de rodas rapidamente e retirou uma maleta com vários comunicadores, os quais foram entregues para os oficiais.

 

- Marechal... – Disse o homem antes de entrar no carro. – O Coronel não sabe que você está aqui, a gente... Deu uma enrolada. Então preserve nossa vida, não morra, se não morreremos logo em seguida.

 

- Certo. Vocês também tomem cuidado. – Disse o homem, vendo-os partir. – Atenção! Iniciar operação, todos aos seus postos!

 

Ling, Ciel e metade do pelotão se locomoveram para um lado, enquanto Armstrong e a outra metade juntamente de Winry tomaram a rota oposta, deixando Roy e Ed de frente para a parede de rochas que estava transmutada ali.

 

- Essa é a sua segunda sessão de treino, Fullmetal. – Disse o Marechal – Vamos ver como está a sua alquimia.

 

- Eu ainda não entendo porque ainda duvida de mim. – Resmungou Edward. – Mas se quer ver tanto assim, não vou esconder.

 

O gigante de aço quebrou a parede que o barrava levantando poeira pra todos os lados e pedaços de rochas de todos os tamanhos.

Roy se escondeu esgueirando-se em alguma parede ainda em pé de um lado da rua, e o mesmo fez Edward do outro lado.

 

- Precisamos de um plano, Marechal. – Disse o loiro, pensando. – Será que é só essa maquina que veio?

 

- Não avistamos mais nenhuma aqui, Fullmetal. – Respondeu Roy olhando de esguelha para o enorme gigante de aço.

 

Edward rolou para o meio da rua e saiu correndo em direção do inimigo. Este se pôs a atirar contra o alquimista, mas o rapaz desviava dos projeteis, sem tomar se quer um tiro.

 

- Mustang! Me dê cobertura, eu vou derrubar essa máquina! – Gritou de onde estava sem parar de correr.

 

- Droga! Garoto precipitado. – Roy entrou na frente tentando distrair ao máximo com suas chamas.

 

A máquina desviou a atenção para o Alquimista das Chamas, que apenas explodia ao redor da mesma. Ele estava ciente de que eles teriam que achar o núcleo de energia para destruí-la por completo. Suas chamas não seriam úteis agora.

Edward bateu as palmas das mãos e estas se encheram de carga positiva. Ele grudou na base da máquina e começou a escalar,  tinha certeza que aquilo estava sendo controlado por alguém, e o dilema sobre matar e não matar lhe atingiu o pensamento. Sacudiu a cabeça tentando se concentrar... Ao chegar no topo das pernas do gigante de aço, ele avistou uma escada que dava direto para a cabine de controle.

 

- Vai logo, Fullmetal! – Dizia Roy fazendo o possível pra escapar dos tiros, sem parar de mandar explosões.

 

O loiro contou até três para pular até a escada. Por um momento achou que não ia conseguir, mas o pulo foi perfeito e ele conseguiu se prender nas barras de ferro. As ondas eletromagnéticas em suas mãos estavam ainda carregadas, fixando-o na escada.

Abriu a cabine jogando a tampa para baixo, para sinalizar que havia encontrado uma forma de se infiltrar ali, e pra sua surpresa e sorte, não havia ninguém ali.

Roy notou assim que viu, e tentou se locomover até lá... Mas parecia que a munição daquilo não acabava nunca. Ele era obrigado a se jogar em outros lugares pra poder chegar ao seu destino. Passou a correr por outras ruas para despistá-lo.

 

- Roy! – Havoc o chamou pelo transmissor. – Conexão estabelecida.

 

- Achei que nunca iria dizer isso, Primeiro Tenente. – Comentou Roy irônico, tirando o sobretudo da farda, em uma das ruas a qual a máquina não o avistava. – Preciso das coordenadas pra chegar por trás daquele demônio de aço.

 

- Por sorte temos o mapa completo da cidade e sabemos pelo transmissor, onde você está. – Disse Havoc em tom de alivio. – Abençoada seja a tecnologia roubada de Aerugo! Demorou tanto pra aprender a operar isso...

 

- Apenas diga o que tenho que fazer, Primeiro Tenente! – Disse Roy estressado. – Lembre-se, se eu morrer aqui, vocês não serão poupados pelo coronel.

 

- Wow, não me lembre disso... Você está localizado ao centro-oeste da cidade, se seguir pela esquerda e dobrar uma esquina pela direita, a gente pode resolver o resto depois.

 

- Como assim, Tenente Havoc, eu não estou entendendo. – Roy já fazia o que era pedido.

 

- Hei! Major Breda! Seu gordo insano! – Roy apenas ouviu a cadeira de rodas cair.

 

- Havoc? Havoc?! – Chamava-o, o Marechal.

 

- Senhor, Major Breda na escuta. – Dessa vez era o Major. – Peço que pare de seguir o curso para ouvir as informações.

 

- Afirmativo. – Declarou Roy encostando em uma parede de uma casa em ruína.

 

- Fullmetal esta na cabine de controle, não há ninguém lá fora ele. Segundo a lógica, a máquina está sendo movida de longe. Não encontramos ainda um ponto cego para ela, e não podemos desligá-la por falta de informações. – Informava-o, o Major. – O núcleo de energia da Máquina está localizado no interno da cabine, Edward já o avistou.

 

O comunicador deu interferência do nada, e aquilo causou certo desespero em Roy, algo que ele não sentia há tempos.

 

- Marechal! – A voz gritante de Edward foi transmitida. – Venha logo pra cá!

 

- Negativo. – Respondeu. – Se eu me aproximar de mais, essa merda vai me acertar.

 

- Droga... Eu estou te vendo daqui. Mas ela parece não estar mais te rastreando. 

 

Edward estava no meio de controles e painéis que não paravam de apitar. Havia muitos botões e alavancas, que ele não se arriscava a mexer, mas olhava para o núcleo de energia ao seu lado. Uma cápsula com um símbolo estranho num fundo amarelo. Havia um “U” e logo em baixo o símbolo de uma caveira.

 

- Ah droga, se isso aqui explodir vai ser o fim. – Disse Edward pra si mesmo, ligando o transmissor para a base. – Base na escuta?

 

- Base todo ouvidos. – Fuery atendeu dessa vez.

 

- Não tenho boas noticias. – Disse Edward ainda olhando para a cápsula. – A composição do núcleo de energia desse monstro é um problema e tanto. Pensei em transmutar a lataria dele em algo imóvel, mas qualquer queda brusca pode resultar em explosão.

“ A cápsula de energia é composta de um mineral altamente tóxico e explosivo, chamado Urânio. Informe o marechal para ficar longe, eu vou dar um jeito aqui.”

 

...

 

Haviam terminado de deslocar os feridos de um lugar para o outro. Graças a agilidade da patrulha de resgate tudo ocorreu de forma rápida e eficiente. Evacuaram pra uma área mais segura. Médicos vindos da central chegaram para auxiliar Winry que estava sozinha.

Muitos estavam gravemente feridos, mas a equipe de médicos que estava recém chegada fazia o possível, e o efeito não era totalmente um sucesso, mas já haviam salvado muitas vidas.

 

- Ed... – Ela dizia olhando para o horizonte, vendo aquele monstro de aço se locomovendo freneticamente pela cidade destruída.

 

Armstrong depois de ajudar com o carregamento de feridos, deu um passo a frente olhando para o mesmo lugar que a garota. Ciel e Ling encontraram os dois logo em seguida.

 

- Não podemos deixá-los lá. – Disse Armstrong preocupado. – Aquela coisa vai acabar matando os dois.

 

- Sim, Alex-san. – Afirmou Ciel. – Precisamos ir lá, eles não vão agüentar sozinhos.

 

Ling ficou em silêncio, mas sabia que estavam certos, jamais deixaria seus amigos sozinhos.

 

- Atenção, equipe de resgate! – Falman chamava pelos três. – Tenho informações de gravidade nível S.

 

- Pode dizer, Major. – Alex liberou-o para falar.

 

- A máquina inimiga está abastecida com urânio, mantenham os feridos longe daí e se for possível dêem reforço aos dois em campo.

 

- Certo, uma frota de carros de resgate blindados está a caminho, não se preocupem. E nós já estamos a caminho. – Respondeu o General de Brigada.

 

Numa questão de reflexo e graças ao som, Ling viu outro carro se locomovendo até eles. Este ao chegar perto derrapou executando um cavalo-de-pau. O olhar mortal e furioso de Hawkeye fez até mesmo Ling tremer.  A mulher se sentia realmente traída pelos amigos.

 

-Vamos! Depois conversamos. – Bradou a mulher sobre o volante. – Edward  e o Marechal são mais importantes agora.

 

Os três se dirigiram até o carro branco conversível de Riza e esta acelerou em direção da cidade.

 

- Como soube que estávamos aqui? – Perguntou Ling curioso.

 

- O exército estava muito movimentado... Não achei o marechal em lugar nenhum. – Explicou. – temos que nos centrar em desligar aquilo. Eu já estou ciente sobre tudo.

 

...

 

- Fullmetal, está na escuta? – Perguntou Roy dando a volta por trás da Máquina.

 

- Pode falar, Marechal. – Edward continuava ali dentro procurando algo que desconectasse a cápsula de energia.

 

- Eu estou chegando... Parece que Armstrong, Ling e Ciel estão vindo, agüente mais um pouco aí, logo estarei te ajudando.

 

- Afirmativo. – Disse procurando a alavanca, o botão, ou qualquer coisa que desconectasse a cápsula.

 

Edward suava frio, enquanto vasculhava tudo. Não se atrevia apertar nenhum botão. Mas continuava a procurar, sem sucesso algum o dispositivo.

Ouvia um barulho estranho, vindo de algum lugar da cabine, mas não conseguia identificar de forma alguma.

Foi então que passou a seguir o barulho mais atentamente, vinha do chão perto de uma caixa de metal perto da cápsula. Ele quebrou a portinhola e viu o que havia ali dentro. Arregalou os olhos assustado, olhou para o lado vendo a combinação de fios que levava até a cápsula. Seu coração entrou em disparada, vendo os números do painel contando regressivamente sessenta minutos.

 

- Marechal! Está na escuta? – Ligou o comunicador novamente.

 

- Informe, Fullmetal. – Pediu.

 

- Aquilo... A cápsula não é só uma simples fonte de energia. – Disse Edward.

 

- O que isso significa? Dê-me detalhes! – ordenou-o, o Marechal

 

- Sim Marechal... É uma bomba nuclear. – Edward respondeu.


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Notas finais do capítulo

Notas do Autor
 
 
Olá! Nossa! A princípio eu havia escrito esse capitulo e nem dei muita bola, mas logo que eu reli para postá-lo, percebei o quanto havia gostado dele! Eu dificilmente escrevo cenas de ação, e este nunca foi o meu forte, mas desta vez ao meu humilde ver e com toda modéstia do mundo, achei que realmente ficou bom. Agora eu quero a opinião de vocês, preciso saber se meu esforço realmente agradou a todos.
Bom, fora isso, gostaria de colocar aqui algumas suposições de planos futuros... Acho que vou acabar dividindo essa fanfic em mais de uma história.
O título “After All” logo ficará vago, já que antes eu visava escrever apenas as conseqüências do final que havia imaginado para FMA. Estou pensando em algo como Fullmetal Alchemist: Another Story, ou Another Journey, algo que marque algo que indique uma nova história, se puderem; gostaria que me ajudassem nisso.
Aos que estão acompanhando semanalmente, não sei quando vou publicar o nono, não terminei o décimo ainda e preciso terminá-lo pra continuar postando o resto. Mas não se preocupem, pois o hiatus vai ser bem curto, eu estou reunindo idéias de novo e a situação não está tão crítica quanto estava antes.
Acho que essa fic vai acabar tendo bem mais que trinta capítulos, se bobear!
Ah, deixa eu aproveitar pra dizer que, em breve eu começarei uma fic nova, diferente dessa, ela será original e mais voltado para o romance e o drama. ( fazer propaganda é bão tamém, uai!)
Muito bom pessoal, até o próximo capítulo!