P.O.V Bianca

Fugir do Newt havia se tornado meu lema, eu não conseguia olhar pra cara dele. Na ultima semana tudo havia ficado extremamente confuso, eu sempre achei que sentia algo por ele, pelo menos um pouquinho de amor, mas pensando bem não havia nada, não havia amor ali, eu via o Newt como um amigo. E o pior eu sabia que ele sentia o mesmo.

Mas isso não era o mais confuso, o que mais me fazia ficar confusa era o fato de que nos últimos dias invés de pensar no Newt, eu pensava no Minho. Quando terminei com o Newt, a primeira coisa que pensei foi no Minho.

Eu sentia algo pelo Minho?

Eu não sabia, sinceramente nunca havia me apaixonado, não sabia a sensação, todos os namoros foram falsos, apenas ilusões que construía para fugir do que mais me fazia sofrer, eu nunca havia encontrado a pessoa certa, nunca havia amado. Quando os namoros acabavam, eu sabia que era por minha culpa, eu me fazia de louca, ficava com fama de louca, os garotos fugiam de min. Mas um sempre estava ali, mesmo que não vesse.

Minho.

Mesmo eu o afastando ele estava ali, sempre me apoiando, sempre de canto. Eu sabia disso, sabia que podia contar com ele. Mas não conseguia pensar, tudo era uma confusão na minha cabeça.

– Bianca- chamou uma voz, era ele- Você esta bem?

– Estou sim- disse virando e o encarando. La estava Minho

– Não é parece. – Ele se sentou ao meu lado- Fugindo?

– Mais ou menos- digo- Estou confusa só isso- Eu o olho, seu rosto tem um expressão solidaria. - Obrigada Minho.

– Obrigada? Pelo que?

– Por tudo você sempre esteve ao meu lado- digo encarando o nada.

– Bianca Pullman você esta bem?- perguntou ele com uma onda de sacarmos na voz.

– Claro que estou. Por que não estaria? – pergunto sorrindo

– Você me agradeceu e não gritou nenhuma vez- disse ele- Meu deus, agora posso morrer já vi tudo.

Eu rio.

–É, parece que podemos ficar juntos mais de 2 minutos sem se matar- digo- oficialmente comprovado.

– Estávamos parecendo o Thomas e a Brenda- diz ele.

–Aqueles dois se amam- falo com toda certeza.

– Eu shippo Trenda, claro sem o Thomas saber.- Ele fala.- Sabe gosto de viver.

Eu gargalho.

– Só você- digo e me levanto e arrumo o shorts- Acho bom voltar lá para dentro, não vou ficar aqui parecendo uma derrotada.

– Vai lá- diz ele- estou logo atrás.

E assim saio de perto do Minho, por um único e pequeno motivo: tenho medo do que sinto...

P.O.V Thomas

O churrasco estava indo muito bem até que eu vi Brenda. Ela estava sentado em uma mesa próxima à piscina. Ela sorria e tomava seu suco de laranja. Quando ela me viu, seu sorriso desapareceu. Ela me encarou e fez uma cara triste, como se eu tivesse feito algo ruim. Eu a olhei e fiquei sério.

–Oi. -falei quando me aproximei da mesa que ela estava. A Melaine, que estava sentada ao lado de Brenda, olhou para mim e saiu da mesa, como se ela falasse "Olha Thomas, nada contra você, mas se vacilar com a minha amiga... Não vamos entrar em detalhes."

Sentei - me na cadeira ao lado de Brenda e falei:

–Tudo bem? -essa era nossa conversa: Oi, tudo bem? Tchau.

–Aham- respondeu ela olhando para o outro lado. Perdi a paciência:

–Olhe Brenda, se você vai continuar fingindo que eu não existo, me explica pelo menos o porquê !

Ela me olhou surpresa e sussurrou:

–Teresa.

Eu a encarei com uma cara de dúvida:

–Como assim Teresa? Eu te faço uma pergunta e você me responde Teresa? Eu não quero um nome, eu quero uma resposta completa!

–É por isso que a gente nunca se deu bem! Eu falo a resposta e você fica me encarando com cara de "O quê?" Thomas do céu, porque mesmo eu vim a esse churrasco?!

Agora ela tinha exagerado não ela como se estivesse estrito Lerdo na minha testa certo?

Eu cheguei mais perto e disse:

–Porque você me ama. – tinha sido um comentário irônico, o típico que você faz para zoar a seus melhore amigos inimigos.

Quando eu disse essas palavras percebi que era verdade, não tipo completamente verdade, mas havia uma pontinha das duas partes de mim e Brenda.

Ela negou com a cabeça:

–Não, Thomas. Se isso fosse verdade, você já teria ido atrás de mim.- eu olhei para ela, ela levou a brincadeira para o lado bem pessoal

Ela se levantou e foi para a piscina.

Fiquei pensando no que ela queria dizer e a resposta veio em minha mente. Nós tínhamos apenas seis anos. Éramos crianças.

Brenda estava linda naquele dia, o cabelo caia sobre os ombros e ela tinha aquele sorriso nos lábios que fazia eu me derreter.

–Thomas. -disse ela- Você tem namorada?

–Não. -falei.

Ela me encarou com aquele ar desafiador que ela tinha quando ia fazer alguma proposta:

–Você. Eu. Beijo.

Eu a olhei:

–Isso é um desafio?

–Considere que sim.

–Ok. -falei. Eu não ia deixar a Brenda espalhar para a escola inteira que eu não tinha aceitado seu desafio e que era um covarde.

Quando eu ia beijar ela, pensei na Teresa Agnes. A garota mais linda do colégio. Todo mundo queria namorar ela. Eu queria namorar ela.

–Desculpa, não dá.

Ela me olhou:

–Você não gosta de mim?

–Não. Quer dizer, sim. Quer dizer... ah, por favor...

–Eu sei. -ela falou.

–Sabe?

–É ela, não é?

Fiz que sim com a cabeça.

Ela se levantou:

–Você não gosta de mim.-afirmou ela- Nunca mais fale comigo.

Ela foi embora.

Falando assim, parece uma coisa besta de se dizer. Mas Brenda tem problemas em perdoar as pessoas. Eu não sabia naquela época, mas... A garota linda de seis anos de idade... Ainda é a garota linda, só que com dezesseis anos de idade. E eu a deixei escapar. De novo. E o lerdo do Thomas comete novamente o mesmo erro depois de 10 anos.

P.O.V Melanie

Resolvi ficar na piscina com a Brenda, já que o Minho e o Newt estavam meio que me ignorando.

–Vida complicada? -perguntou Chuck, que vinha vindo em minha direção.

–Está tão óbvio assim? -perguntei.

–Pois é... Mas, se te serve de consolo, minha vida também não anda lá as mil maravilhas.

Chuck falando de problemas comigo? Porque o mundo resolveu mudar a órbita?

–O que houve? -perguntei, tentando parecer interessada; Já tenho problemas de mais.

–Notas. -respondeu ele, como se isso bastasse pra uma explicação completa.

–Notas... ?

–Notas baixas, Melanie. Não posso reprovar de novo!

Notas? Esse é o problema dele? O meu problema envolve dois garotos, dois corações partidos e quatro pessoas pra lá de confusas!

–Ok... -falo, pensando no que dizer- Você recupera! -acrescentei, tentando parecer amigável.

–Sério, Melanie? Nem eu acreditei nessa. -falou ele revirando os olhos.

–Hmm... É... Desculpa. Não sou boa em conselhos.

–Tá, tudo bem. -falou ele, um pouco desapontado.

–É, ok.

Respiramos fundo ao mesmo tempo. Pelo jeito a vida não tá muito boa para ninguém.

Levanto-me e procuro alguém que possa me animar, mas o que eu encontro é exatamente o contrário do que eu queria... Newt. Ele precisava mesmo esbarrar em mim?

–Desculpa. -falou ele rapidamente.

Ai Newt! Porque mesmo quando estou brava você?

– Não foi nada disse- soltando um sorriso de canto o qual claro ele retribuiu.

Aquele sorriso, os olhos brilhantes me faziam lembrar o passado, e cá em entre nós eu odiava lembrar o passado.

Quando eu tinha cerca de 12 anos eu não morava aqui, nos Estados Unidos, na verdade nem sou americana, eu vivia em Brighton na Inglaterra e lá no colégio que estudava todas as garotas da minha idade só pensavam em namorados, não ser mais B.V (boca virgem) e coisas do tipo. O que eu sempre cheio ridículo, serio para que garotas com 12 anos de idade tem que se preocupar com isso? Elas tem a vida inteira pela frente e era a época de estudar e ser alguém na vida, ao invés disso ficam pensando em namoricos, AFF fala serio.

E por isso la, eu era sempre a excluída.

Quando eu tinha 12 para 13 anos meu pai recebeu uma promoção de vir morar em Long Island (U.S.A) e quando entrei no C.R.U.E.L School pela primeira vez na minha vida Newt veio me receber. Ele todo simpático e eu a excluída com sotaque britânico.

Os tronamos amigos logo de cara, eu passava o tempo todo comigo e ele era o único que não reclamava do meu sotaque, então eu estava à vontade com ele. Então fomos em uma festa 1 ano depois e estávamos dançando ai ele me beijou. Foi incrível e tal mas eu não queria perde-lo, foi ai que fugi. Newt pediu desculpas e tudo e nos afastamos.

– Você não te mais aquele sotaque- disse ele me tirando do momento passado- Eu adorava.

– Eu aprendi a disfarçar em lugares públicos- brinquei- As pessoas nunca acharam legal ele.

– Desde quando Melanie Odair se importa com a opinião alheia?- ele disse.

– Desde nunca- disse- Ele ainda é uma parte de mim assim como sempre será.

Newt sorriu.

– Ainda vou para Liverpool e você terá que ser a guia- disse ele lembrando da promessa que havia feito- E depois vamos a sua cidade andar naquela montanha russa.

– Estou esperando ansiosamente- declarei e me afastei

P.O.V Brenda

Pego uma bebida e me sento em uma daquelas cadeira super grande e chique, abaixo os óculos com a intenção de disfarçar o quando me sinto solitária ali.

Sinceramente eu não sabia o que estava fazendo aqui. Nem queria cogitar a ideia de pensar no que estava fazendo aqui porque surgiria um nome, um nome que não deveria pensar, muito menos conversar com ele. Eu deveria aceitar de uma vez que eu era uma excluída e que como excluída eu nunca, nunquinha mesmo, deveria me misturar com populares e muito menos estar em uma festa de populares.

Eu tinha que aceitar o clichê que vinha junto quando se aceitava o rotulo de NERD.

Fechei os olhos e senti a luz do sol fazer cócegas na minha pele. Ate que ficando assim, sem olhar para nada a minha volta tudo pareia melhor ate gostoso ficar ali.

Ate que eu ouvi um grito, rapidamente abri os olhos e sentei assustada. E a estava Teresa Agnes berrando como se fosse uma garota mimada, o que, claro ela era.

– Como ousa Tom?- ela berrou- Você é meu e sempre será!

– Teresa por favor vamos conversar lá dentro e resolver isso – Thomas disse pegando sua mão.

– Agora quer esconder? Deixe que todos sabiam Thomas- ela continuava a gritar e Thomas ficava mais vermelho- ESSE DAQUI, MEUS QUERIDOS, ME TRAIU. SIM, SENHORAS E SENHORES, THOMAS TRAIU TERESA AGNES E IRA SE ARREPENDER DISSO.

– Eu não te trai, Teresa- gritei

– MENTIROSO SEM CORACAO-Teresa fingiu chorar

Umas das escudeiras de Teresa se aproximou e tentou envolver seus ombros.

– Teresa vamos sair daqui- A ruiva disse.

– Ainda não- disse a morena.

E ela tirou o salto 15 e atiro em direção a Thomas, depois tirou outro pé e se virou em minha direção e tacou.

Ufa que a tempo eu abaixei, e ele se ficou na parede perto de mim.

–É tudo sua culpa Nerd dos infernos- e ela saiu jogando o cabelo e me deixando se ar.

Thomas e eu trocamos olhares, nos perguntado o que havia sido aquilo