Last Time escrita por Davina Claire


Capítulo 4
Arque-Inimiga


Notas iniciais do capítulo

Pipoquinhas, obrigado pelos comentários:

MLBVC Portugal
LeonettaForever
Cah Castillo Vargas
Larissa lima
Kelly Santos
jenni
RohLeonetta
ViihStoesselBlanco
Violetta Vargas
SaahVioletta


Espero que gostem !

Boa Leitura !



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Violetta olhou para o nada e deu um doce sorriso, Camila estava certa a vida seguia e ela a acompanharia, seguindo a tradição, ele amassou mais uma de sua dezenas de cartas e jogou-as no lixo ao lado, mas tendo uma leve sensação estar sendo observada.

Violetta encontrava-se em frente ao seu notebook, seu próximo destino ainda era incerto, mas cogitava visitar ou Federico ou Ludmila, mas sua maior curiosidade era saber o que havia passado com a loira, que tempos antes do acidente havia tornado-se sua amiga, era algo inacreditável de ter acontecido, mas aconteceu e Violetta necessitava vê-la, mas também morria de saudades de Federico, ela sempre o considerou um irmão mais velho, necessitava de um conselho, um conselho que sabia que ele a daria, claro se não tivesse mudado muito.

Logo sua busca na internet foi cessada, havia conseguido o endereço de ambos. Mas não iria sair agora para procurá-los, preferiu mirar-se no espelho por um instante, suspirou e levantou-se sabia o que deveria fazer, naquele dia estava decidida a conversar com seu pai e depois fazer uma visita a Leon, realmente a visita que ela fizera a Camila havia a motivo, bem mais do que ela antes achava. Guiou-se até o escritório no andar de baixo.

Violetta bateu na porta:

–Entre Violetta -Ela não conseguiu compreender o sentimento apenas pelo soar da voz do pai. Ela adentrou no local, que agora estava bem diferente, antes as paredes eram azuis agora estavam cinzas, antes encontravam-se diversos porta-retratos agora tinha apenas papeis, os objetos foram retirados, era um local de clima conturbador.

–Papai -Violetta deixou um murmurio escapar de seus lábios rosados.

–Por está aqui ? -Perguntou sem mirá-la e aquilo a incomodou.

–Vi vê-lo.

–Por que ? Moramos na mesma casa -Comentou seco.

–Pois não parece -Violetta aumentou o tom de voz, roubando para si a atenção de German.

–Tenho muito trabalho -Afirmou a olhando.

–Não, não tem, antes você me dava atenção, antes do acidente nos eramos uma família -Violetta afirmou olhando para os olhos negros do pai que começaram a brilhar, mas demonstrando felicidade ou surpresa, ele começaram a lacrimejar.

–As coisas não são fáceis Violetta -Afirmou German.

–Papai...sei o que a morte da Angie significou para você, mas...esse definitivamente não é o caminho...isolar-se do mundo e de sua filha que tanto o ama, não é o caminho -Afirmou dando-lhe as costas e saindo, havia conseguido seu objeto, ela não queria que ele mudá-se de cara, pois sabia que não seria possível, mas queria que ele pensasse e repensasse sobre seus sentimentos e suas ações e conhecendo seu pai como o conhecia tinha uma única certeza: Havia conseguido, aquilo não sairia da cabeça dele por semanas.

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Violetta estava diante de uma cara bem simples, azul, sem cerca, era uma casa de aparentemente dois andares e segundo o papel em sua mão, era a nova residência de Ludmila, por um momento recusou-se acreditar, mas logo após dar-se conta que assim como a casa de Camila não havia campainha, bateu palma duas vezes e uma doce voz que ela reconheceria de qualquer lugar e que julgava ser de Ludmila exclamou:

–Já vou, um instante ! -Sua dúvida foi confirmada, quando a loira atravessou a porta esboçando uma expressão surpresa -Violetta ?

–Olá Ludmila -Respondeu, de certa forma havia confirmado o que Ludmila a perguntara.

–O que faz aqui ? Como conseguiu meu endereço ? -Perguntou um tanto confusa.

–Pesquisei na internet -Revelou dando um pequeno sorriso -Vim te ver, não nos víamos já faz um considerável tempo, afirmou olhando para baixo.

–Sim, já faz um considerável tempo -Afirmou assentindo e aproximando-se de Violetta, a abraçou.

Por um instante Violetta se surpreendeu, Ludmila estava a abraçando sem nenhuma falsidade, estava demonstrando que realmente a considerava uma amiga. Mas o que mais a espantou foi o novo traje da -pelo o que parece- amiga, as longas e brilhantes madeixas de Ludmila estavam no ombro e era um loiro ofuscado , as roupas que sempre seguiam o padrão de rosa, dourado, branco ou prata eram cinzas e largar, seu rosto era natural, era uma Ludmila reversa. Aparentemente uma Ludmila inofensiva.

–Entre Vilu -Disse Ludmila separando-se do abraço, sorrindo e dando passagem a Violetta.

–Como está Ludmila ? -Perguntou ao adentrar na bela casa da antiga arque-inimiga.

–Estou indo...a vida às vezes é meio confusa -Afirmou sorrindo -Principalmente quando perde-se tudo em um incêndio -Afirmou fitando o nada.

–Eu sei bem como é isso -Confessou não contendo um risinho irônico -Sentir-se perdida, sem saber o que fazer para voltar a ser feliz e curar-se da dor que você não sabe o porque de entre tantas pessoas no mundo ter de atingir justo a você -Afirmou Violetta mostrando que compreendia-a .

–É, a pouco tempo visitei meu pai na Africa -Contou-lhe -Ele casou-se e está feliz, até ele está feliz, antes só importava-se com sua fortuna e agora é verdadeiramente feliz e concretizado, tem uma vida sólida...-Ludmila suspirou pausando -Encontrou o amor, coisa que eu perdi...-Ludmila sorriu sem graça, pelo jeito a última parte escapa-rá por acidente.

–Também sinto falta da verdadeira felicidade -Contou Violetta e ambas sentaram-se no sofá -Agora quero tentar algo novamente com Leon -Confessou sorrindo.

–Pensei que ele havia sofrido amnésia -Confessou Ludmila.

–E sofreu mas...quero reconquistá-lo -Admitiu sorrindo -Tentei me distanciar, mas...simplesmente não consigo, preciso dele, sei que no fundo ele sente minha falta, preciso tê-lo novamente comigo -Continuou sem conter o sorriso bobo em sua face -Mas e você...nunca pensou em mais ninguém ?

–Na verdade...irei me casar -Violetta surpreendeu-se -É um casamento arranjado, não pretendo passar o resto da minha vida sozinha -Confessou e levantou-se abrindo uma gaveta -Pra você ! -Exclamou entregando a Violetta um envelope -O convite para o meu casamento com Felipe...Felipe Díaz -Afirmou.

–Meu parabéns -Disse Violetta forçando um sorriso.

–Obrigada...eu acho -Ludmila riu.

–Teve alguma notícia de alguém ? -Indagou Violetta, Camila não pode ajudá-la muito nesta questão, mas pelo jeito Ludmila parece ter mais sorte.

–Hum...soube que Maxi casou-se -Contou mudando a feição.

–Com quem ? -Violetta indagou.

–Uma polonesa, chamada Matylda -Afirmou com um olhar meio distante.

–Você ainda ama o Federico -Violetta perguntou sendo direta, Ludmila a olhou surpresa.

–O que ? -Ludmila ficou estática.

–É uma pergunta simples: ainda o ama ?

–Não é tão simples -Afirmou Ludmila olhando para o chão.

–Mas o ama ? -Perguntou novamente.

–Sim...-Ludmila confessou -O amo...-Suspirou.

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Violetta estava em frente da casa de Leon, já havia tocado a campainha, e aguardava alguém atender. Estava prestes a desistir quando sentiu uma mão tocar em seu ombro.

–Sorte que eu cheguei -Disse. Violetta virou-se e Leon estava sorrindo com sacolas na mão, indicando que havia ido ao supermercado.

–Por que ? -Indagou Violetta.

–Alem de supor que havia vindo me ver, meus pais foram viajar e eu prometi não sair de casa, mas também preciso comer Vilu -Disse Leon rindo.

–Ah...-Murmurou sem graça.

–Vamos, entre ! -Exclamou abrindo o portão e dando passagem a Violetta

–Obrigada -Agradeceu adentrando a casa que nos últimos meses tanto visitou.

2 horas depois...

–E no final fizemos uma guerra de tinta, e ela só começou porque você pintou o meu nariz -Violetta estava a muito tempo contando a Leon milhares de histórias para Leon sobre as coisas que eles aprontavam quando adolescentes.

–Só porque eu pintei o seu nariz meu amor ? -Leon começou a rir mas logo deve ter raciocinado o que disse -Er...que dizer...hum...-Violetta cortou-o.

–Tudo bem Leon, tudo bem -Afirmou dando um pequeno sorriso que prontamente foi correspondido -Leon, eu tenho que ir -Afirmou aproximando-se.

E deu-lhe um beijo na bochecha, quando separou-se o olhar de ambos se encontraram e Violetta sentia a respiração de Leon em seu rosto assim como ouvia o coração dele bater, ousava dizer que no mesmo ritmo que o seu. Lentamente foi fechando seus olhos, e sentindo os lábios de Leon junto aos seus, foi um beijo breve -Tchau -Murmurou saindo e ouviu-o murmurar:

–Tchau Vilu.

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Violetta depois de uma longa caminhada sentou-se em seu velho e querido banco, pegou o papel e a caneta que sempre levava consigo e começou a escrever como de costume.

Querida Francesca,

Hoje muitas coisas aconteceram e digo que foram boas, até melhores do que quando reencontrei a Camila, conversei com o meu pai, foi algo breve, mas foi um bom começo.

Visitei a Ludmila, você não faz a minima ideia de como ela realmente mudou, sem roupas chamativas, sem cabelo loiro até demais, ela até está de casamento marcado, um casamento arranjado e confessou-me ainda amar Federico. E ela me contou que Maxi casou-se com uma tal de Matylda, ela não me pareceu gostar dessa garota. Acho que ela tem a impressão que Maxi esqueceu-se de Natália e que está a substituindo, mas não sei, não perguntei.

Mas o melhor de tudo foi ver Leon, hoje tive uma confirmação tenho que estar com ele novamente, o amo tanto Francesca, nos beijamos e esse beijo foi minha confirmação, não posso parar de lutar por ele, simplesmente não posso. Sobre Julliard ainda não tenho uma resposta, mas acho que não é o meu caminho, acho que meu caminho é aqui em Buenos Aires,com o Leon, meu pai, a Camila, Ludmila e quem mais eu reencontrar.

Seguindo a tradição a carta foi amaçada e jogada na lixeira ao lado, Violetta se levantou, depois de um bom tempo teve uma pequena certeza de algo: ela estava começando a ficar bem. E devia isso a Camila que a aconselhou de fazer o que está buscando fazer.


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Notas finais do capítulo

Pipoquinhas espero que tenham gostado. Então me digam: O que estão achando ? Devo mudar algo ?

Espero que estejam gostando da fic

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