O quarteto escrita por Miuphia Sun


Capítulo 2
Capítulo 1 — Uma dupla de espiões.




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Após saírem da sala do diretor, os irmãos Okumura apresentaram cada parte da escola Vera Cruz, até mesmo aquela em que os humanos costumam frequentar — e o próprio Rin.

— Vejamos, Johann nos disse que ficaremos no abandonado prédio da escola, onde fica os dormitórios.

Diz Mato contente... digamos que ela é fã de coisas abandonadas — pois ela acredita que tem fama de ser mal assombrado.

Os quatro caminharam até lá tranquilamente, entretanto, não disseram uma palavra sequer. Por ordens do Mephisto, as duas garotas passariam a ser suas vizinhas. Claro que houve muita revolta em questão desta ordem, assim como muitas outras, porém não se podia fazer nada além de obedecer.



Enquanto Rin se aprontava para dormir, Yukio se perguntava algumas coisas e então teve uma ideia.

— Ei, Rin... amanhã depois da aulas, por que não vamos dar uma olhada nessas duas?

— O que está sugerindo? Que nós devemos espiona-las?

— Sim...

Respondeu-lhe o mais novo um tanto irritado, pois era exatamente o que estava sugerindo.

— Hum... eu não sei, aquelas duas me parecem que se irritariam com isso.

Rin pareceu pensativo, mas o que se passava pela cabeça de Yukio o deixava com a moral para baixo.

"A...ah! Você tem toooodo o direito de pensar assim, irmãozão! Já que, com suas habilidades de ser um grande palerma, faria um grande barulho!" — E essa foi sua conclusão.

— Ok, irei sozinho. Sei que você não tem capacidade para tal coisa.

E ao disser isso, Rin se enfureceu.

— Eu vou te mostrar Yukio! Eu consigo ser melhor que você!!

Rin berrou, serrou os punhos e segurou-se para não dar um soco no meio do rosto de seu irmão mais novo, resmungou mais algumas palavras e foi dormir.


Na manhã seguinte, após as aulas...

— Vamos logo ou perderemos ela de vista.

Murmura Yukio para o irmão. Assim, ambos saíram apressadamente da sala e se puseram a espiona-las.

— Ei, vamos comer alguma coisa? Tô morrendo de fome.

Resmunga Mato, se apoiando no ombro de Salomon, que continuava com o mesmo semblante... inexpressivo.

— Está bem, mas hoje é o seu dia de pagar.

— Eh?!! Droga...

Mato começa a choramingar.

— Olhando assim, as duas parecem ser bem normais.

Murmura Rin, ainda às observando.

"Elas parecem nossas versões femininas..." — Assustou-se Yukio, nunca chegou a pensar que uma dupla como ela poderia existir.

— Ei, o que você achou daqueles dois?

Os ouvidos de ambos se puseram a ouvir detalhadamente.

— Tenho nada à declarar até nosso relatório.

— Eeh... nadinha? Vamos lá Salomon, diga alguma coisa à respeito. — Insistiu sua parceira.

— Você irá saber no relatório.

E assim, Mato ficou de cara emburrada.

— Aah... que saco! Enfim... eu os achei infantis demais, quer dizer, não tenho o direito de falar nada, mas eles parecem brigar por qualquer coisa. Nós duas ouvimos aquela discussão frustrante dos dois, mesmo não querendo saber. Na minha opinião, eles parecem agir imprudentemente em suas batalhas... assim como aquele garoto do óculos disse, apesar de que, o irmão mais velho dele não é o único culpado. Acho que ele deveria rever os próprios passos também.

Dito o mini-discurso, ambos os irmãos ficaram chocados ao ouvi-la, além de deprimidos.

— Realmente foi algo que muitos devem perceber... — Salomon senta no banco em uma parte do pátio da escola e retira de sua mochila uma lancheira — Não precisa pagar hoje, sabendo que iria esquecer o dinheiro, preparei antecipadamente nosso lanche após á aula.

— Você é um anjo Salomon!!

Exclamou a amiga abraçando-a.

— E nós duas sabemos que não sou um anjo, inclusive você.

— Afê, foi um modo de expressão! Deveria tentar ser um pouco mais divertida, tentei lhe dar vários apelidos na época mas nem quis saber... e no fim...

— Não escolhi nenhum, no entanto, apelidos não nos fez nos tornar amigas.

Mato sorriu, abriu a lancheira e olhou para amiga.

— Hum... realmente, nós não nos tornamos amigas por isso.

Um semblante melancólico pairou no rosto de Mato. A garota tão animada se pôs a comer quietamente, pois sua mente estava cheia de lembranças... boas e ruins.

Os irmão se entreolharam, conforme se passava o tempo espionando as duas, mais curiosos ficavam e é claro, seus corações eram frágeis a críticas, pois a cada momento que seus nomes eram citados, flechas pareciam atravessar seus corações.

— Kuroi... — Chamou Salomon — Estou sentindo uma presença estranha desde hoje cedo.

Dito aquilo, Yukio e Rin ficaram petrificados.

— Hum... eu também.

Afirmou a outra.

Kuroi se levantou, estendeu sua mão ao lado do corpo e sua foice apareceu. Grande, negra e brilhante... são palavras que a descrevem. Salomon fez o mesmo, mas sua arma é uma espada longa e parecia extremamente pesadas.

Os dois se encolheram, será que elas descobriram? Tinham medo de que tivessem eles fossem seus alvos. Todavia, este não era o caso. Uma figura molenga e cheia apareceu de tamanho absurdo apareceu diante delas.

— Oho, finalmente encontrei... Black Rock Shooter e Dragon Slayer!!

O demônio exclamou, aproximou seu rosto pegajoso do delas, próximo o suficiente para sentir o ar quente de suas respirações. Rin estava indo atacar, mas Yukio foi mais rápido e o puxou de volta para si.

— Está maluco? Elas podem nos matar se souberem que estávamos aqui, pois teríamos de contar a verdade.

Murmura Yukio, seu irmão virou a cara e deixou acontecer.

— O que quer, demônio insignificante?

Perguntou Salomon, pondo sua espada diante dele, que recuou de imediato.

— Ora, ambas tem algo que me pertence por direito. Pois, já que o trato era... Se conseguirem realizar seus desejos, que em minha humilde opinião, eram inúteis e idiotas... ambas as almas me pertenceriam. Este foi nosso trato. Agora que está tudo feito, quero meu tão esperado pagamento.

— Você realmente acreditou em nossas palavras? — Perguntou Mato com um sorriso ameaçador — OH!! Que belo demônio e fiel temos aqui!! — Sua personalidade extrovertida foi totalmente tomada por uma pessoa diferente. Algo como, sarcástica e debochadora — Me diga, demônio...

Kuroi correu em sua direção, deu um salto e parou exatamente em seu focinho pegajoso. Girou sua foice em suas mãos e aproximou no ponto fraco de seu inimigo.

— Kuroi!! Controle-se!!

Gritou Salomon, porém, a garota já estava presa em seus outros pensamentos.

— Como alguém como nós... devemos dar nossas almas? — O demônio paralisou, estava confuso e tentava compreender — VOCÊ REALMENTE PASSOU A CONHECER NOSSA HISTÓRIA?!!

Mato estava prestes a dar um único e último golpe para acabar com aquilo, mas foi parada por Salomon que se pôs em sua frente.

— Kuroi, pare... ele não merece esse final, sabemos que ele irá sofrer assim que sua revolta voltar contra si, não viemos causar danos a nada. Viemos ajudar esta escola... este miserável demônio não precisa saber de nossa história também.

— Salomon... desculpe... — Mas algo estranho aconteceu, a garota se contorceu e deu uma risada perturbadora, como se houvesse outra pessoa ali. — Idiota, demônios como este devem apodrecer!! EU QUERO DESTROÇA-LO!!

Salomon virou o rosto, suspirou fundo e acertou um chute no estômago de Mato, fazendo ela colidir com uma árvore e desmaiar imediatamente.

— Isso lhe dará um jeito por alguns minutos... — Murmurou. Ela voltou a olhar o demônio gosmento, que estava amedrontado — Perdoe-a, sabemos que ela não é assim... enfim, não podemos dar o que quer, mas posso lhe oferecer algo melhor. — Ela estendeu sua mão em frente ao rosto dele — Fique com isto, é algo de extrema importância, então... o poder que está aí guardado tem um grande valor.

— O-Obrigado!

E assim, o enorme demônio desapareceu.

Salomon se dirigiu até Mato, que estava recobrando a consciência.

— S-Salo... e-eu... desculpe, e-eu ainda não consigo controlar isso completamente, mer perdoe Salomon!! Me perdoe!!

— Ei, não chore... você não tem culpa disso. Você não tem culpa...


Os irmãos que voltaram para o quarto antes das garotas, ficaram em um silêncio constrangedor. Não sabiam o que pensar sobre o ocorrido e muito menos tinham coragem para perguntar a Mephisto sobre aquelas duas, mas de uma coisa eles tinham certeza... elas não tinham sido enviadas apenas para ajudarem sua escola. O dever deles também, era ajuda-las em seus verdadeiros problemas que as dominam.


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Notas finais do capítulo

Olá! Me desculpem a demora... eu desejo um feliz natal e ano novo para os leitores e que me perdoem sobre o meu atraso. Não tenho muito o que dizer, então é isso. Obrigada.