P.S. Não me deixe acordar escrita por brokenblack


Capítulo 1
Prefácio




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/564385/chapter/1

Era uma típica tarde tediosa de domingo, aonde ninguém fazia absolutamente nada de interessante. Bem, as pessoas mais "antigas" achavam muito interessante ficar em casa e ver aqueles "programões" de fim de semana, com nomes tão óbvios que já me fazem perder a vontade de assisti-los.

Eu olhei para o celular para ver se tinha alguma mensagem de texto ou um novo vácuo no WhatsApp, e me surpreendi ao ver o nome da Giovanna e logo abaixo "19 novas mensagens".

—Caraca, como ela consegue?!

Arregalei os olhos abrindo a pagina das mensagens sem pestanejar. Ficou meio difícil de ler no começo, pois ela continuou me mando mensagens, umas três ou quatro. Aquilo estava mexendo com meus neurônios, fazer o quê? É a vida.

"Istéfani eu e o Diego iremos à sorveteria matar o tédio, porque né KJDAIOSDJADJAJD vem logo senão a gente acaba com o sorvete!"

Quão excitante é a zoação com o meu nome, hein? Desci mais a conversa e li o local e a hora que eu deveria estar lá. Mas quando vi que horas eram no meu celular quase cai do sofá: faltavam apenas alguns minutos. Eu não deveria me preocupar tanto, deveria? Já estava com a minha roupa preta mesmo.

Mesmo assim, sai correndo da sala e fui ao banheiro. Penteei o cabelo o mais rápido que pude, e, como ele é curto, isso realmente foi rápido. Quando fui ao meu quarto, além de pegar o dinheiro e colocar no meu bolso, peguei também uma blusa vermelha quadriculada, qual amarrei na cintura para dar uma "variada" (como se eu não fizesse isso todos os dias).

Passei novamente correndo pela sala e despedi-me de minha mãe quando já estava do lado de fora da casa, nem escutei o que ela falou. Desci parte da ladeira andando, mas quando olhei novamente a hora, comecei a correr no mesmo instante. Era preciso, afinal, o sorvete estava em jogo.

No caminho, encontrei com Rafael, aparentemente, indo na mesma direção que eu.
Eu estava indo demasiadamente rápido para tentar parar e dizer um simples "oi". Acabei por tropeçar e jogar o peso do meu corpo em cima dele (não que eu tivesse algum, mas...), porém como ele não era nenhum menino esquelético de um metro e meio, o máximo que aconteceu com ele foi se desequilibrar e dar alguns passos à frente.

—Tá que tá, hein? —brincou, ajudando-me a me recompor.

—Aish, não amola. —dei uma pausa, arrumando minha franja. —Tá indo pra sorveteria também?

—Tô, o Diego acabou de me mandar uma mensagem.

—Vamos logo então! Senão não vai sobrar sorvete pra mim. —resmunguei e comecei a andar novamente, sem me certificar de que ele estava me seguindo.

—Relaxa, no mínimo eles devem estar se agarrando.

—Té parece.

Ele riu, o sol contrastando a sua pele. Eu o olhei de soslaio, tentando ser o mais discreta possível, mas ele deve ter percebido, logo parou de sorrir e se pôs a olhar a paisagem ao nosso redor — apesar de não ser muito atraente.

Giovanna POV

—Onde será que os dois se meteram?

—Sei lá, Gii, já devem estar chegando, você também escolheu uma sorveteria que fica do outro lado da cidade...

—Ah, qual é, Diego.

Estalei a língua e cruzei os braços, enquanto ele ria do modo como eu estava agindo. Ele costumava ser mais legal pela web. Soltei um sorriso com tais pensamentos.

Estava pesando em pedir logo o meu sorvete, mas Diego insistiu em me fazer esperar até o Rafael e a Ste chegarem. E que demora, hein?
Ergui meu rosto para ver se eles já estavam chegando e os vi, finalmente, no final da rua. Me surpreendia o fato de, num calor insuportável, a Stephany estar vestida de preto até o estômago!

—CHEGAY! —ela gritou, abraçando-me pelo pescoço. —Oi pizzaa! —cumprimentou o Diego.

—E ai, beleza? —olhei para o Rafael com uma cara do tipo "o que você estava fazendo com a minha Bacon, para terem demorado tanto?"

—Vocês demoraram. —conclui, por fim, como se aquilo já não fosse óbvio.

—Ihh, a Gii ta assim porque eu não deixei ela tomar sorvete.

Diego riu novamente, empurrando a cadeira em que estava sentado e se levantando. Quando me dei conta, Stephany já havia me largado e ido fazer o seu pedido. Como de costume, era preciso que alguém a ajuda-se a colocar a cobertura depois.

Levantei-me também, acompanhando os meninos para dentro da sorveteria. Aquele estresse costumeiro quando algo que eu não queria acontecia já estava passando, ver todo mundo se divertindo me animava de um modo surpreendente.

Pedimos nossos sorvetes e voltamos para a mesinha do lado de fora da sorveteria. E por incrível que pareça, começou a ventar, não que isso fosse nos tirar dali...

—Hei, seis' tão afim de ir lá em casa depois? —Stephany rompeu o silêncio, movendo os lábios melecados de calda.

—Hum, talvez... —falei, observando a cara de choro que já estava se formando na face dela. —Brincadeirinha, a gente vai sim, né? —sorri.

—Claro. —responderam os meninos, mas depois somente a voz de Rafael ficou audível. —Só vou passar em casa para pegar meu violão.

—Yay! —ela sorriu, colocando uma colher de seu sorvete na boca.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "P.S. Não me deixe acordar" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.