Eternamente escrita por Mayara


Capítulo 58
Epílogo


Notas iniciais do capítulo

Oi, amores!
Chegamos ao fim de mais uma etapa da minha vida! Mais uma história finalizada, e um filho completo!
Eu quero agradecer imensamente o enorme carinho que vocês tiveram com o Gabe e a Emy durante esse 1 ano e 7 meses de história. Eu me senti completamente apaixonada por eles, e escrevia cada capítulo com muito amor e dedicação.
Obrigada com lerem toda a história, terem rido das bobagens do Gabe, e por terem se apaixonado pela meiguice da Emy. Vocês são demais!
A história não termina por aqui. Teremos mais dois livros, que já estão aqui no meu perfil: Eternamente apaixonados e Eternamente com você.
Eu espero que gostem muito!
Beijos e até logo! ♥



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11 anos depois

 

Os raios do sol atravessavam as enormes janelas e as cortinas brancas do quarto. Virei-me de lado, e senti o corpo quente e nu da minha bela esposa. Alisei as suas costas nuas, fazendo-a se arrepiar com o simples toque da minha mão. Ela virou-se para mim, e sorriu. Aquele sorriso que quanto mais ela dava, mais eu me apaixonava. O sorriso que poderia passar anos, mas sempre seria o sorriso que me fazia parar tudo e admirar o quão linda ela é. Passaram-se 11 anos desde o nascimento dos nossos filhos, e quase 12 do nosso casamento, mas isso só fortaleceu algo que é inquebrável. Não tivemos a famosa crise dos sete anos de casados, porque nós contruímos o nosso casamento todos os dias. Eu a conquisto a cada dia, nós renovamos o nosso amor a cada gesto e sempre deixo claro o quão importante ela é na minha vida. Ela sempre foi a peça fundamental do meu quebra cabeça. Sem ela, eu apenas uma sombra de homem.

— Bom dia, meu amor. – sorriu para mim, e me olhou com aqueles olhos azuis, que eu amava.

— Bom dia, princesa. – sorri.

Já me perguntaram se eu iria parar de chamá-la desse jeito, já que eu estou com 35 anos e ela com 32. Mas, como eu vou mudar um hábito de uma vida toda? Como eu vou mudar um sentimento de uma vida toda? Impossível! Ela sempre será aquela princesa que roubou o meu coração quando eu era apenas uma criança.

— Pronto para mais um dia? – perguntou.

— Se eu estou ao seu lado, eu estarei pronto para tudo. – levantei-me pegando-a no colo e a beijando.

— Gabe! – ela gargalhou.

— Nosso banho, princesa. Primeiro temos que nos lavar, ou nos sujar. Ah, não importa. Um bom sexo matinal para o dia ficar bem melhor.

Levei-a até o nosso banheiro, me certifiquei de trancar a porta, e começamos o nosso banho matinal, com direito a um bom sexo, e beijos ardentes.

Depois do nosso demorado banho, ela foi acordar as crianças, enquanto eu me arrumava para ir ao escritório. Eu e o meu pai abrimos uma sociedade, e estamos trabalhando juntos. Eu fechei o outro escritório porque não dava para ficar viajando sempre por lá, então resolvi ficar por aqui, junto com o meu pai. A Emy acabou abrindo uma escola infantil junto com uma amiga da faculdade que ela encontrou por aqui. Isso era um sonho dela, e eu dei apoio a ela, que ficou tão feliz ao saber que poderia seguir o seu sonho. A escola ainda era apenas para os pequenos, mas aos poucos ela iria aumentar.

Olhei-me novamente para o espelho, ajeitando a minha gravata e fechando o meu terno. Eu continuo lindo, e sou igual a vinho: quanto mais velho, melhor. Perguntem para a Emy, porque ela adora, prova e pede bis.

— Prontinho. Agora eu estou atrasada por causa das nossas brincadeiras. – disse, correndo dentro do closet, pegando o seu vestido e sapatos.

Virei-me sorrindo para ela, e cruzei os meus braços, rindo de toda aquela agitação. Ela poderia chegar um pouco atrasada, mas ela odiava.

— Está rindo porque você pode chegar a hora que quer, né? – pegou a escova, penteando os cabelos.

— Não é isso. Eu estou rindo porque você está se arrumando tão rápido, mesmo sabendo que pode chegar um pouco atrasada.

— Não, eu não posso, Gabe. Eu não gosto de chegar depois dos alunos. – suspirou. – Droga de sapato que não fecha. – reclamou.

Fui até ela, e abotoei os seus sapatos, alisando a sua perna, deixando-a arrepiada novamente.

— Nem tente, Gabe. Eu já estou atrasada.

— Mas eu não estou fazendo nada. – eu ia subindo os meus beijos por todo o seu pescoço, vendo a vontade que ela estava de repetir o que fizemos no banho.

— Gabe... – sussurrou o meu nome, deixando em alerta.

Eu agarrei a sua cintura, colocando os seus cabelos para o lado, deixando a sua pele exposta para mim.

— Você não vai se atrasar, princesa. – sussurrei em seu ouvido.

Quando eu ia tirar a sua roupa, ouvimos um grito vindo lá de baixo.

— Mamãe! Eu vou chamar o papai e a mamãe, Lucas! Devolve isso aqui!

Era a Sophie eo Lucas discutindo por alguma coisa, e eu queria coisar aqui. Emy se afastou de mim, arrumando o vestido, e rindo.

— Lucas! Eu não vou falar de novo! – Sophie gritou mais uma vez.

— Parece que estamos com problemas lá em baixo. – suspirei, rindo em seguida.

— O que será que eles estão aprontando dessa vez? – ela perguntou.

— Eu não sei. Você vai lá ver?

— Eu? Nada disso! Você não se glorificava por ter feito dois de uma vez. Que quando o assunto era criança, você já tinha feito duas porque você não brincava em serviço? Pois bem, a encrenca dessa vez é sua, usando o seu método de ensino.

— Quem falava isso? Eu? Desde quando? – fiz o inocente.

— Não se faça de inocente, Gabe. – sorriu. – Pode ir lá, e pedir para eles pararem de brigar.

Jura que eu iria ter que usar o meu método de ensino? Ok! Eu vou até lá!

—Mas esse sexo ainda fica pendente no meu caderno do sexo, entendeu, Emy?

— Sim senhor! – sorriu.

Desci a escada, e escutava cada vez mais a briga dos dois. Eles não eram de brigar tanto, mas quando isso acontecia, era por besteira.

— O que é está acontecendo nesta cozinha? – já quero os fatos.

Eles me olharam assustados, porque sabiam que comigo o negócio são os métodos.

— Pai, o Lucas sabe que eu não gosto deste cereal, mas ele fez questão de comer o meu preferido, deixando pra mim o que eu menos gosto.

— Para de frescura, Sophie! Se você não ficasse nesse celular, você teria comido o de cholocate primeiro.

— Eu estava falando com a Lara, só que você foi guloso demais, e não quis me dar, comendo tudo sozinho. Agora eu vou ficar com fome, e a culpa a sua.

— Eu não tenho culpa que você é fresca!

— Você é um bobão! Eu odeio ser a sua irmã!

— E eu odeio ser o seu irmão!

Fatos apresentados pelas testemunhas. Agora eu entrarei em cena, sendo o pai advogado.

— Ok! Já se acusaram, reclamaram e fizeram caretas um para o outro. Agora eu irei falar.

— Pai, você não vai bancar aquele método de advogado, né? – Lucas perguntou.

— Fato número um: o que eu falei sobre não ficar no celular logo pela manhã? Esse é o horário de estarem se preparando para irem à escola, tomando o café da manhã tranquilamente, sem tecnologia nas mãos, ok?

— Pai, era a Lara que...

— Sem tecnologia nas mãos! – repeti. – Fato múmero dois: O que eu falei sobre o pecado da gula? Devemos dividir, aprendemos isso com Deus, não é? Nada de comer tudo por gula, porque depois irá ficar com peso na consciência e com barriga de pochete, tendo que fazer abdominais infinitos para tirá-los do nosso corpo, ok? Ok!

Eles estavam escutando atentamente as minhas explicações.

— Fato número três: não devemos falar que não gostamos se não experimentamos. Sophie, muita gente não tem o que comer, e você não pode reclamar do que tem. Se você não gosta, coma outra coisa que goste. Não fique fazendo careta para a comida, porque comida é sagrada, até mesmo as que nos fazem engordar, porque elas são as melhores. Ok?

— Ok! – repetiu.

— Fato número quatro: o que eu cansei de falar sobre o ódio. Que coisa feia de falarem que se odeiam. Vocês dois são irmãos! Nasceram da... Da flor da mãe de vocês, e ainda se odeiam? Vocês sabem o que a mãe de vocês passou no parto?

— Ah, pai, de novo essa história?

— Sim, Lucas, de novo essa história. A mãe de vocês sofreu uma dor tão forte, que a fez chorar, tudo para colcocá-los no mundo. Ela gritava sem parar, e...

— Nós já sabemos da história, papai. Sobre o fato da mamãe quase desmaiar de dor, e você foi um herói, correndo contra o tempo, e sem ficar nervoso com o fato de estarmos nascendo. – Sophie disse.

— Isso mesmo! Eu fui um herói, e a mãe de vocês uma heroína, mas vocês vivem brigando por ai. Sabem o que eu vou fazer?

— Não! – falaram.

Fui correndo até o meu escritório, pegando a camiseta que eu tinha feito para as brigas dos dois.

— Se vocês brigarem mais uma vez, eu faço vocês usarem o camisetão da união. Querem isso? Querem usar a camiseta do amor?

Eles me olharam assustados, e se olharam.

— Não! – disseram.

— Se não pararem de brigar, vocês irão vestir a camiseta, até se amarem para o resto da vida de vocês, ok?

— Sim! – disseram juntos.

— Ótimo! Agora eu quero um abraço, um pedindo desculpas sinceras para o outro, e falarem eu te amo, mas que seja verdadeiro, senão terão que usar a camiseta.

Os dois suspiraram, e fizeram o que eu pedi, sorrindo de volta pra mim.

— Olha que lindos! Nem parece que saíram dos meus testículos!

— Gabe, por favor!

— Eu não falei nada. – dei de ombros. – Só estou acabando com a briga deles.

Ela olhou para os dois, que sorriam para nós, como se não estivessem quase se matando por causa de um cereal agora pouco.

— Então os dois estavam brigando?

— Nós já estamos de bem, mamãe! Foi só uma pequena discordância matinal de opinião sobre alimentos. Já estamos de bem, nos amando para sempre. – Sophie falou, piscando pra mim.

— Eu espero que continuem assim. Eu não gosto que vocês fiquem brigando por ai. Vocês sabem como foi difícil o parto de vocês, para que fiquem brigando por coisinhas?

— Nós sabemos, mamãe. – Lucas confirmou.

— Ótimo! Vão pegar as mochilas, não se esqueças dos lanches que eu preparei para vocês, que estão aqui na mesa.

— Ok, mãe! – gritaram, indo para o quarto.

Emy virou-s epara mim, enquanto eu tomava um pouco de café.

— Você usou o método do camisetão da união, não é?

— Sempre funciona. – sorri.

Não sei qual era o medo deles com essa camiseta. Eu apenas fiz uma camiseta bem grande, desenhos de corações, escrito união entre irmãos. Só isso!

— É um ótimo método de ensino. – piscou, tomando um pouco do café. – Eu preciso ir. Você pode Levá-los à escola, por favor?

— Claro, princesa. Pode ir tranquila.

— Obrigada, meu amor. – beijou-me rapidamente. – Depois eu te pago com um bom sexo, e com juros.

— Juros altíssimos?

— Altíssimos e com inflação lá em cima. – sussurrou, dando-me um beijo e saindo correndo, porque sabia que eu não iria deixá-la ir se fosse por mim.

Arrumei a mesa, deixando tudo na pia para a moça que trabalha aqui poder limpar. Escutei os passos dos dois, e os chamei, dando o lanche para cada um.

Entramos no carro, e saímos de casa. Estávamos no meio do caminho, quando me lembrei de avisar a Sophie sobre o lanche.

— Sophie, querida, não se esqueça de que você não pode comer nenhum alimento com amendoim e castanhas, por favor. – pedi.

— Pode deixar, papai. Eu não irei comer nenhum lanche que tenha isso. – sorriu.

Sophie nasceu com as mesmas alergias da Emy. Ela não podia comer amendoim, castanhas, pimenta e nada muito cheio de temperos. Sofremos com essa alergia, porque nunca descobríamos o que era, até fazer vários exames.

— Eu ficarei de olho nela, papai. Eu cuidarei da Soso. – sorriu pra mim, abraçando a irmã.

Nem parece que minutos atrás estavam se matando por um cereal, mas que agora estão se amando.

Parei o carro, os ajudei a descer, dando um beijo em cada um, desejando um bom dia na escola. Os dois me abraçaram, e entraram. Fiquei olhando os dois, e me senti orgulhoso. Eles tinham 11 anos, mas a maturida bem superior. Brigavam, mas já estavam se amando logo em seguida. Quando um dos dois ficava doente, o outro sentia e não saía do lado, até melhorar. Apesar de tudo, eles sabiam dividir quando queriam, e se amavam acima de tudo, e eu os amava acima de qualquer coisa.

***

O escritório estava uma turbulência. Cresciamos a cada dia, e tínhamos milhões de contratos e clientes. A nossa sociedade estava dando tão certo, que eu pensei porque eu não tinha feito isso antes. Estava dando tudo muito certo, e no tempo certo que tinha que acontecer. Escutei o meu celular, e vi que era a Emy.

— Oi, minha princesa! – falei, sorrindo.

— Oi, meu amor. Olha, eu só te liguei para avisar que você não precisa buscar a Sophie na escola.

— Como assim? Porque eu não buscaria a nossa filha na escola? O que aconteceu com ela? – perguntei desesperado, levantando-me rapidamente da cadeira.

— Não aconteceu nada de grave, Gabe. É que, bem, ela ficou menstruada pela primeira vez.

O que? Ela ficou... Ela está... Ok! Essa palavra ai. A minha filhinha está com isso? Não!

— Estou indo para a casa.

— Não precisa, Gabe. É só...

— Eu estou indo! – desliguei o celular, peguei as chaves e fui avisar o meu pai que estava indo para casa.

— Pai, eu estou indo embora. – falei, rapidamente.

— Está tudo bem, filho? É alguma coisa com as meninas ou o Lucas?

— É com a Sophie, mas é coisa de mulher. Eu não sei explicar muito bem.

— Ok! Qualquer coisa você me liga.

Assenti, e sai correndo até a minha casa. Não demorou muito, até que estivesse chamando pelas duas, e escutei a voz da Emy.

Fui até o nosso quarto, e ela estava sentada com a Sophie, que me olhava assustada.

— Meu amorzinho! Minha filha! – abracei-a, que começou a chorar. – O que foi, princesa do papai?

— Eu fiquei tão assustada, pai. Eu fui ao banheiro depois da aula, e vi que um negócio vermelho na minha roupa. Pedi que a Lara chamasse a professora de ginástica, e ela veio rapidamente, me ajudando, até que ligaram para a mamãe. Eu não quero ter isso aqui. – chorou.

— Oh, meu amor. Eu já conversei com você, querida. Isso é natural na vida da mulher. Isso é sinal que você está virando mocinha, e que está entrando na adolescência.

Adolescência? Eu não quero que a minha filha entre nesse negócio. Eu quero que ela fique criança, para sempre. Acho que vou pedir a receita para o Peter pan, já que ele não cresce mesmo.

—Porque aconteceu comigo? A Lara não tem isso.

Lara é a filha do Alex e da Beck chatinha. Sim, a Beck chatinha teve uma filha, e eu adorei. A Lara era uma gracinha, mas eu acho que ela irá puxar o jeito da mãe. Coitado do Alex! As duas eram melhores amigas,mesmo com um ano de diferença, elas faziam algumas aulas juntas.

— Mas vai acontecer com ela, mais cedo ou mais tarde. Isso depende de cada uma.

Eu continuava abraçado com a minha filha, que não estava chorando mais.

— Vá se deitar um pouco. Escolha um filme, que logo, logo eu estarei com um doce bem gostoso pra você, ok?

— Tudo bem! – ela saiu do quarto, deixando apenas eu e a Emy.

Olhei para a minha esposa, que sorria comose tivesse ganhado alguma coisa.

— A nossa filha está ficando adolescente. Logo ela estará usando sutiã, falando como uma garota de 15 anos, saindo com as amiguinhas. Ah, tudo o que eu passei nessa fase. Não é legal, Gabe?

— Legal? Eu acho um absurdo a nossa filha estar ficando adolescente. Acho isso uma brincadeira do destino. Uma puta sacangem da vida! O que eu fiz de ruim? Não sei!

— Gabe!

— Emily, a barreira do mar vermelho se abriu, e você acha isso lindo? Ela vai sangrar por não sei quantos dias, e você está sorrindo? Eu estou desesperado por dentro só de imaginar. Adolescência chama menino, menino chama sexo, sexo chama perda de virgindade, perda de virgindade chama a morte crucial por violar a minha filha. Emily, isso não é legal! Ela terá peitos. Peitos! A minha filhinha! A minha Soso linda! O meu bebê saindo por ai?! Não! Eu não dou conta! Isso é demais para o coração de um pai.

— Que exagero, Gabe! Você sabe que isso iria acontecer com ela. A Sophie está na idade certa, e ela não irá perder a virgindade assim, Gabe. Você é que se desespera por qualquer coisa. Ela está bem, mesmo com a barreira do mar vermelho se abrindo. – riu. – Ela só está assustada, mas é normal. Eu conversei com ela, ensinei como se colocar um absorvente, e eu irei marcar um médico pra ela.

— Pra que? Se ela não está doente.

— Esses são os meus métodos, Gabe! – ri. – É bom ela ir ao médico, ok?

— Médica! É bom ela ir a uma médica.

— Ok! Eu vou fazer alguma coisa para ela comer, enquanto você fica com ela.

— OK!

Fui até o quarto da Sophie, ou melhor, dos dois, porque eles ainda dormiam juntos, e era por opção pópria, mesmo eu achando que logo, logo eles não vão querer mais dividir o quarto. Ela estava deitada na cama, com o celular nas mãos. Sentei-me ao lado dela, que sorriu pra mim.

— Você está bem, princesa?

— Sim! Só com um pouco de dor, mas a mamãe me deu um remédio para a cólica, e disse que logo vai passar.

— Que bom! – suspirei.

— Eu não quero ter isso no meu corpo, papai.

— Nem eu queria que você tivesse, filha, mas é a lei da vida de toda mulher. Eu não entendo dessas coisas ai, mas apenas fique afastada dos meninos, por favor.

Ela riu, sentando-se do meu lado.

— Eu não quero namorar, papai. Eu ainda sou muito nova para isso. Eu quero realizar os meus sonhos, estudar e viajar com o Nathan.

— Nathan? O que o Nathan tem a ver com isso? – perguntei, já querendo saber os fatos.

— Ele é meu melhor amigo, papai. Mesmo longe, ele continua sendo como um irmão pra mim. Ele disse que quer viajar um dia, e disse que queria que eu fosse com ele, já que somos melhores amigos.

Nathan é o filho da Lis, e do abelhudo do George, que agora estava ficando legalzinho. Nathan era um bom menino, e era melhor amigo do Lucas. Eles não moram mais perto de nós, porque parece que o George arrumou emprego em outra cidade. Ele era três anos mais velho que os meus filhos, mas se davam muito bem. Bem demais para o meu gosto.

Não estou gostando disso. Que assunto é esse de viagem por ai? Por um acaso ele virou dono de excursão para querer levar a minha filha?

— Preciso conversar com esse menino.

— Não precisa, pai. Eu não gosto dele desse jeito. Ele é meu melhor amigo!

E eu sou o melhor amigo da Emy, o que acabou em casamento.

— Eu fiz um doce de chocolate para a minha filhinha. – Emy entregou o pote para a Sophie, e sorriu ao ver o chocolate.

— Você pode buscar o Lucas na escola? Eu vou ficar com ela, caso ela precise de alguma coisa.

— Sem problemas. Eu vou buscá-lo.

Fui até a escola, esperando o Lucas sair. Ele me viu, e eu fui até ele.

— Pai, eu procurei pela Sophie, mas a professora disse que ela tinha ido embora. Por quê?

Eu o coloquei no banco de trás do carro, amarrando o cinto de segurança. Voltei para a direção, e olhei o Lucas, que esperava pela minha resposta.

— Bem, digamos que ela está com um problema de mulher.

— Ela ficou assim depois da nossa briga de manhã? Eu juro que eu não faço mais isso, papai. Se a Sophie ficar mal por minha causa, eu vou chorar. Ela é a minha irmãzinha.

— Lucas, meu amor, o que aconteceu com a Sophie não é a sua culpa. Ela ficou menstruada, e isso é coisa de meninas.

Ele me olhou estranho, e sem entender nada.

— O que é ficar menstruada, pai? É uma doença?

— Menstruação é quando as meninas ficam um pouco machucadas pela coisinha que só as meninas têm. Lá, quando a coisinha decide chorar, ela chora de uma vez, e saem um pouco de sangue, ou muito sangue. Isso depende, eu acho. Mas logo passa, e elas ficam bem, e tudo fica ao normal.

— Eu acho que eu não entendi, pai.

— Quando você ficar mais velho, o papai explica pra você.

— Tudo bem! – deu de ombros.

Que explicação foi essa? Eu não sei como explicar uma menstruação. Isso é coisa de se perguntar pra mim?

Lucas nem esperou eu tirá-lo do carro. Ele correu para dentro de casa, esquecendo-se da bolsa. Eu a peguei, e a levei até o quarto dele, que era onde ele estava ao lado da irmã.

— Você vai ficar bem, Soso. A sua coisinha logo para de chorar, viu! Já sei, nós podemos contar piadas para ela, já que ela irá rir, igual quando o papai conta piadas pra gente.

— Eu não sei se vai dar muito certo. – deu de ombros.

— Ei, desse jeito não dá certo, ok? Logo a Sophie fica bem. Lucas, você vai tomar um bom banho, que logo iremos jantar.

Ele assentiu, e eu deixei a Sophie no quarto. Emy estava acabando o jantar, quando em viu chegando à cozinha.

— Minha mãe a madrinha não poderão vir ao jantar. Terão um jantar de negócios, junto com o meu pai e padrinho. – sorriu.

A minha mãe e a minha madrinha abriram um pequeno Buffet para festas. Elas que adoravam fazer isso, acabaram fazendo um negócio, e sempre tinham eventos. Meu pai e meu padrinho que sempre acompanhavam, e adoraram ver as suas respectivas mulheres tão felizes.

— E eu disse que a Sophie estava bem, já que a minha mãe e a madrinha perguntaram. Como foi com o Lucas?

— Tranquilo. – sorri.

— Ótimo! Arrume a mesa, que logo jantaremos.

Obedeci prontamente, arrumando como ela gosta. Chamei os dois para jantarem, que estavam rindo de algum filme que a Sophie estava vendo. Jantamos, e eu ajudei a Emy com a louça.

Era tarde, quando eu coloquei os dois para dormir. A Emy sempre fazia isso, mas ela disse que estava ocupada com alguma coisa, então eu me ofereci. Cobri os dois, dei um beijo e fiquei esperando na porta. Lucas deu boa noite para a irmã, e a Sophie fez o mesmo. Esses dois eram tão unidos, que eu estava orgulhoso com a educação que nós estávamos dando para eles. Eles tinham de tudo, mas acima de qualquer coisa, eles tinham amor, união e alegria na vida deles. Os dois se amavam muito, e eu me orgulhava disso.

Fechei a porta, e fui até nosso quarto, que estava tudo apagado. Fechei a porta do quarto, e vi algumas velas acessas. Opa, hoje tem!

— Gabe! – escutei a voz da Emy, e já fiquei animado.

— Emy, onde você está?

— Deite-se na cama, Gabe!

Eu obedeci, e me sentei na beirada da cama, morrendo de vontade ir atrás dela, e ver o que ela estava aprontando. Eu estava ansioso em todos os níveis possíveis e impossíveis. E duro! Bem duro! Olhei para a porta do closet, e vi uma das suas penas, coberta por apenas uma cinta liga vermelha, e uma meia que ia até a metade da sua coxa. Do nada, ela sai de lá, mostrando o que está vestindo. Porcaria, eu estou mais que ferrado! Eu estou completmente ferrado, graças a Deus!

— Gosta do vê, senhor Hunter? – ela ainda me pergunta?

Ela está usando o meu terno uma gravata minha. O maldito terno está apenas abotoado os botões de baixo, deixando os de cima bem abertos, dando uma bela visão rápida dos seus seios. Sua calcinha minúscula, com a cinta liga e meias. Porra! Ela está de salto, deixando as suas longas penas mais sexys ainda. Hoje eu morro!

— Eu amei, princesa!

— Senhora Emily, advogada do prazer. – ela estendeu a mão pra mim, e eu tentei puxá-la, mas ela não deixou. – Vamos ver os crimes que você cometeu?

— Sim! Com certeza! Eu quero! Cometi vários! – fui falando sem parar.

— O primeiro crime é ser bonito demais. Isso é bom pra mim, não para as outras mulheres que vivem te secando. Concorda?

— Sim! Claro!

— O segundo é por ser engraçado demais, e isso atrai as mulheres. Não gosto disso, ok?

— Sim! Parei com a piada! Nem sei o que é isso.

— O terceiro é que você está me devendo um bom sexo, que foi interrompido hoje cedo. Estamos de acordo?

— Totalmente. Eu não discordo com nada do que você falou. – assenti.

Ela sorriu, passando a língua pelos lábios. Ai, meu Deus! Desse jeito eu não aguento.

Ela fechou os olhos, passando as mãos pelo seu corpo. Descia e subia no mesmo ritmo que o som estava tocando. Uma música leve, assim como a sua doce. Ela abria os botões do terno, enquanto gemia, como se eu estivesse a tocando. Eu estava hipnotizado com aquela cena tão erótica, e me segurava para não ir até ela, para tocá-la de verdade.

Ela parou, e olhou com aquele olhar sedutor, que me deixava em alerta. Foi andando até onde eu estava, parando entre as minhas pernas e pegando as minhas mãos, que tocaram a sua cintura. Ela pegou a gravata, e colocou no meu pescoço. Sentou- se em meu colo, cruzando as pernas na minha cintura. Sua pequena calcinha não tampava nada, e só ascendia ainda mais o fogo que eu estava sentindo por ela.

Joguei-a na cama, abrindo o terno, querendo ver os seus belos seios, pelos quais eu era doido. Abaixei, e acaricei um deles e o outro eu mordi de leve, dando beijos e colocando em minha boca. Ela fechou os olhos, sentindo toda a minha boca por aquela maravilha.

— Gabe...

— Senhora advogada do prazer, eu sou o mestre do prazer. Do seu prazer! – sussurrei.

Tirei o terno, deixando apenas com a parte de baixo coberto. Desci os meus lábios pela barriga dela, enquanto ela se contorcia, e pedia por mais. Eu sempre daria mais para ela. Tirei a cinta liga, a sua calcinha, deixando-a apenas de meia e saltos. Levantei-me, tirando rapidamente a minha roupa, e olhando por alguns minutos aquela bela mulher que, por destinos ou o que for, era a mulher que eu acordava todos os dias, e que me fazia feliz e completo.

— Gabe! Eu preciso de você! Preciso muito! Muito mesmo!

— Tudo o que você me pede eu faço, Emy. – tirei a minha cueca, e ela sorriu ao ver o quão excitado eu estava.

Fui até ela, coloquei a gravata em volta do seu pescoço, deixando-a cair em seus seios.  Coloquei as suas pernas em volta da minha cintura, entrei de uma vez. Não quero ser bruto, mas nós dois estamos prestes a explodir se isso não acontecer rapidamente.

Ela apertava as minhas costas, e eu tinha certeza que ficaria umas boas marcas das suas unhas. Olhamos uma para o outro, enquanto eu entrava e saía dela. Seus olhos já estavam revirando, sua pele começando a suar e a sua respiração ofegante. Acelerei mais o nosso ritmo, beijei a sua boca, escutando-a gemer nela.

— Isso, Gabe! Oh, meu Deus! Oh... Está tão bom! Está perfeitamente bom! – ela sussurrava de olhos fechados, e eu me focava somente nela. – Isso!

— Isso, meu amor! Mais! Pode vir pra mim! Pode gritar o quanto você quiser, eu quero escutar você, princesa. Escutar os seus gemidos!

Ela não esperou nenhum minuto a mais, e chamou o meu nome, e eu o dela. Ficamos ofegantes, suados, mas completamente preenchidos de amor. Coloquei-a por cima de mim, e ela deitou a sua cabeça em meu peito. Ficamos em silêncio por alguns minutos, apenas no nosso mundo. Eu acariciava os seus longos cabelos, e ela acariciava o meu peito, e braços. Ela levantou a sua cabeça, olhando para mim, e sorrindo.

— Eu te amo tanto, sabia? – falou.

— Eu te amo muito mais, meu amor! Muito mais do que eu posso suportar! Nós nunca ficaremos separados um do outro, porque somos feitos para ficarmos encaixados. Um não funciona com o outro. – sorri.

— Promete que sempre vai ficar comigo, Gabe. Que não deixaremos o tempo acabar com o que contruímos desde quenos conhecemos. – suspirou. – Eu sei que é bobagem, mas eu tenho medo disso. De deixarmos cair na rotina, de não nos conhecermos depois de tantos anos de casamento.

— Emy, quando eu descobri que teria mais um bebê na nossa família, eu fiquei tão feliz, porque eu poderia jogar bola, brincar com os meus carrinhos e fazer coisas de meninos, mas quando eu descobri que era uma menina, eu senti o meu coração se encher de felicidade. Eu poderia fazer coisas de meninos, mas eu poderia brincar com coisas de meninas. Aprender a brincar de maquiagem, bonecas e assistir desenhos de princesas. Eu me lembro de quando eu conversei com você pela primeira vez, quando você ainda estava na barriga. Eu prometi que iria te proteger de tudo! De todo o mal que poderia nos assombrar, de todos os monstros que poderiam te machucar e de todos os seus medos. Você foi crescendo, e eu continuei com essa promessa, e ficarei com ela até depois da morte, porque a minha missão aqui é te fazer feliz. É te ver sorrindo todos os dias, te ver brava, sexy, durona, mas te ver ao meu lado.  Eu vou enfrentar todos esses medos. Acabar com todos os monstros que aparecerão para o resto das nossas vidas. Nós não iremos deixar nada atrapalhar o que contruímos antes mesmo de você nascer, porque somos um só. Um só coração. Um só corpo e alma. – eu mostrei o meu dedo mindinho, e ela riu. – Promessa de dedinho, para o resto das nossas vidas.

Ela cruzou o seu dedinho com o meu, e sorriu.

— Promessa de dedinho para o resto das nossas vidas.

Eu a puxei para o meu colo, beijando-a.

— Vamos para os egundo rodada, senhora Hunter. – mordi a sua orelha, fazendo-a rir.

***

8 anos depois

 

Aquele jardim enorme, com árvores maiores ainda, estudantes para todos os lados e barulhos de conversas de adolescentes me fez voltar no tempo em que eu estava nesse mesmo gás que eles estão. Nessa mesma vontade de estar aqui. Coitados! Logo essa vontade passa. No segundo dia de aula já irão querer ir embora. Pelo menos a partir do segundo semestre. Olhei para a Emy, que sorria para mim, e estava mais animada do que líder de torcida.

— Isso não é incrível, Gabe? É tão lindo! – falou, abrançando-me.

— É lindo, princesa, mas não é incrível. –resmunguei.

— Vai reclamar de novo? Quando que você vai tirar essa carranca desse belo rosto?

— Quando a minha filha voltar pra casa, e desistir de estudar tão longe.

— Gabe, ela não está longe. Ela está perto do irmão, das amigas e do Nathan.

— Mas não está perto de nós. De mim! – respirei fundo. – Eu sei que é bom pra ela, que o Lucas está aqui, mas eu sinto alguma dentro de mim, Emy. Eu sinto que alguma coisa vai acontecer.

— Que drama, Gabe! O que pode acontecer com a Sophie na faculdade?

— Faculdade chama meninos, meninos chama a bebida, bebida a sexo, sexo a querer a minha filha, querer a minha filha deixará um pai morto. Morto! É isso que você quer? Quer que eu morra do coração? Deve ser isso mesmo! Tudo bem! Eu fico sentido com isso, Emily.

— Incrivel, Gabe. Pode passar o tempo que for, mas você nunca irá mudar. Sempre com os seus dramas.

— Eu não sou dramático. Eu sou realista. – resmunguei.

— Meu amor, a Sophie vai estar ótima aqui. Ela escolheu uma faculdade perto de casa, ela estará com pessoas que ela conhece, e ficará perfeitamente bem, ok?

Eu concordei, mesmo relutante e achando que irá acontecer alguma coisa.

Sophie e Lucas já estavam com 19 anos, e decidiram cursar a faculdade. Lucas veio um ano antes, assim que ele terminou o ensino médio. Ele está cursando direito, porque disse que se inspirou em mim. Que orgulho! E a Sophie decidiu por administração, mesmo achando que ela irá mudar com o tempo. Não que eu não queria que ela faça administração, mas a Sophie sempre gostou de cuidar das pessoas e sempre foi uma artista na época da escola. Lara decidiu cursar moda, e está na mesma faculdade que os dois, e o Nathan também está por aqui, mas em uma turma mais avançada.

— Isso aqui é incrível, mamãe! – sorriu. – O Lucas me mostrou algumas coisas, e eu amei! – abraçou a mãe, e sorriu pra mim.

— Você vai adorar ainda mais, Soso. Isso aqui é muito legal!

Não inventa, Lucas.

— Está tudo bem, papai?

— Sim, minha filha. Eu fico feliz que você esteja bem por aqui, e feliz com a sua escolha. – sorri. – Principalmente porque terá o seu irmão ao seu lado.

— Isso mesmo! Quando eu puder, eu terei a Sophie em meu olhar.

— Não precisa disso, Lucas. Eu posso demorar, mas eu vou aprender a me virar sozinha por aqui. Você tem as suas coisas para fazer.

— Mas você é a minha irmãzinha mais nova. – chegou perto dela, e a abraçou.

— Nós somos gêmeos, Lucas. – riu.

— Mas eu sou mais velho!

— Cinco minutos, só isso.

— Mas eu sou mais velho mesmo assim

Sophie bufou, e a Emy sorria de tudo aquilo. Eu olhava para aqueles três, que eram a minha vida. Eram tudo o de melhor que eu tinha!

— Ótimo! Já que você já se matriculou, sabemos que está bem, e a Lara também, que deve estar no apartamento, nós precisamos ir. – Emy foi até a nossa filha, e a abraçou. – Que Deus te abençoe, minha filha! Que ilumine todos os seus caminhos, e te dê sabedoria! – beijou a sua bochecha, e começou a chorar. – Eu sei qe você ficará bem. Você e o Lucas.

— Nós ficaremos, mamãe! – Lucas abraçou a mãe, que chorava mais do que final de novela.

Sophie veio para o meu lado, e eu me segurei para não chorar. Não chora! Não chora! Não chora! Porcaria de lágrima traidora! Não era para escorrer agora.

— Papai, eu vou sentir muita falta do senhor. Das suas brincadeiras, das piadas ao invés de histórias, do camisetão da união e de ficar todos os dias ao seu lado. Eu estou aqui, mas saiba que estou lá na nossa casa, porque eu sempre serei a sua menininha, pai. Sempre estarei com você. – me abraçou, e eu já não sei se era catarro, lágrima ou qualquer outra coisa que molhava o meu rosto. Eram só lágrimas.

— Eu te amo muito, filha. Você e o seu irmão são as melhores coisas que eu fiz na vida! Eu chorei quando deixei o seu irmão aqui, e estou chorando por você, porque é difícil ver um filho criar as próprias asas e voar depois de muito tempo com a gente, mas eu sei que é importante para vocês. Mesmo achando que você deveria ir para um convento, eu sei que você vai se sair bem por aqui. Eu confio na educação que nós demos para vocês. – sorri. – Não saia de perto do seu irmão. Não pegue nada de estranhos. Não beba nada que não seja água. Não beije. Não transe. Não use drogas. Ok?

— Ok, pai. – riu. – Como eu vou sentir falta disso. Como eu vou viver sem esse seu drama?

— Eu não sou dramático...

— Eu sou realista. – ela completou, rindo. – Vem Lucas e mamãe. Vamos tirar uma foto.

Sophie tirou o celular do bolso, tirando uma foto de nós quatro.

Ela olhou para nós três, e nos abraçou. Nós quatro estávamos chorando, mas dessa vez era de alegria. Um novo momento estava chegando. Eu sei que ela será feliz aqui, mesmo sendo difícil de admitir.

— Eu preciso ir. Daqui a pouco a Lara irá vir para pegarmos a grade curricular das aulas, e eu preciso ajeitar as coisas no apartamento.

— Tudo bem, minha filha. Nós precisamos ir também. Ah, seus avó te mandarm um beijo, e pediram desculpas por não virem. Teve atraso no voo deles para cá, e ficaram presos no aeroporto.

— Tudo bem. Depois eu ligo para eles.

Sophie e Lucas se despediram de nós, e saíram abraçados. Entraram na faculdade, e sumiram da nossa vista.

Abracei a Emy, e ficamos olhando tudo aquilo. Aquele momento era importante para os nossos filhos. Era um crescimento pessoal e profissional. Nossos pais fizeram a mesma coisa com a gente, mas eu nunca achei que fosse tão difícil fazer isso. Olhando para trás, era como se eu estivesse revivendo cada passo que eu dei. Eu achei que aqueles eram os melhores momentos da minha vida, mas eu estava enganado. Os melhores momentos eu passei com a minha esposa, e depois os meus filhos. A melhor história de amor, melhores piadas, melhores brincadeiras e lembranças foram ao lado dela. Da mulher mais incrível que Deus colocou na minha vida. Isso que nós vivemos é eterno. Algo que não se quebra por ninguém. Algo nosso, e que só quem ama de verdade sabe o que é.

— Melhor irmos, Gabe. Por aqui já acabou para a gente. – deu de ombros.

— Não! Nunca terá fim, princesa. Um fim nem sempre quer dizer que acabou. Esse fim quer dizer que acabou o livro, mas não a história. Uma história de amor igual a nossa sempre será lembrada. Eu sou eterno para você, e você será pra mim. Nunca teremos um fim, porque sempre seremos lembrados de alguma forma.

Ela sorriu, me abraçando mais forte.

— Eu te amo muito! Eternamente para toda a minha vida! – sorriu.

— Eu te amo muito! Eternamente para todas as vidas que iremos ter! – beijei-a, delicadamente, sentindo o seu cheiro inesquecível.

Seguimos para o carro, e fomos a casa. Onde começaremos uma nova etapada das nossas vidas. Um novo começo, que eu sei que será mais inesquecível ainda!

FIM


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