2 escrita por agarotadoforninho


Capítulo 8
Proximidade




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[Notas iniciais aqui de novo, porque o Nyah! ta de palhaçada com a minha cara: Oi pessoal.... MIIIILLLLL MILHOES QUADRILHOES DE DESCULPAS!!! Seguinte: Esse fds vou me dedicar e escrever uns 30 mil caps pra não deixar vcs na mão mais. Não me abandonem por eu ser ruim... Vou tentar compensar ♥ Vamos a leituraaaaaaa... que hoje TEM!!!!]

"Grandes coisas não se fazem por impulso, mas pela junção de uma série de pequenas coisas."

MAS QUE INFERNO DE SOM É ESSE?

Eu tentava tapar meus ouvidos com o travesseiro, mas era inútil. Me levantei, transtornada, indo em direção ao som e quando percebo ele vinha do quarto ao lado.

— JOÃO, ABAIXA ESSE RÁDIO AGORA!— entrei gritando sem nem bater na porta. Só então eu percebo que o som não vinha de um rádio.

Pedro estava lindamente tocando uma guitarra.

E eu? Eu deveria estar parecendo uma louca com os cabelos pro alto, cara amassada, sem falar no meu pijama minúsculo, composto de um top e um micro short.

— Bom dia, minha esquentadinha!— ele deu aquele sorriso perfeito e eu corei morta de vergonha.

— Bom dia.— respondi baixo e já saí correndo de volta pro quarto.

— Ka, espera!— ele me parou bem na hora que consegui abrir a porta do quarto.— Ta correndo por quê?

— Porque eu tô ridícula Pedro, acabei de acordar e além disso tô quase pelada.— eu disse cruzando os braços para me tapar um pouco. O que foi pior.

Pedro olhou diretamente pros meus seios e eu senti meu rosto queimar de tão vermelho que deveria estar.

— Beijinho de bom dia!— ele deu um beijo carinhoso na minha bochecha.— E abraço de bom dia!— ele envolveu os braços largos pelo meu corpo e por um instante era ali que eu queria estar pra sempre.— Pra começar bem o dia!

— Você é demais, garoto!— eu ri e apertei o abraço. Nossos corpos quase se fundiam de tão apertado que o abraço se tornou.

Me permiti recostar a cabeça em seu ombro e fiquei uns segundos sentindo seu cheiro.

— Ka...

— Oi...

— Eu to amando ficar assim com você...

— Eu também...— respondi toda boba, ainda sem olhar pra ele.

— Mas tá ficando difícil me controlar com você assim... tão grudada. Não sou de ferro, né?— ele sorriu sem graça.

Me afastei na hora.

— Deixa eu ir tomar um banho, arrumar as coisas...— comecei mudando de assunto e já voltando a abrir a porta do quarto.

— Ok. Vou te esperar pra descer. Tô meio sem jeito com seu pai.

— Tá bom.— dei um beijo em sua bochecha.

Pedro passou um dos braços em minha cintura só pra manter o contato físico e disse no meu ouvido:

— Você é perfeita até quando acorda.— abri um sorriso do tamanho da sua fofura, lhe deu um selinho e entrei no meu quarto.

— HUMM... o cheiro tá bom hein, o que é?

— Bolinho de chuva. Tô fazendo pro nosso cine-pipoca.— Dandara me respondeu.

O dia tinha passado tranquilo e todos decidiram fazer um cine-pipoca na academia.

Fiquei animada de pisar lá depois de uma torturante semana sem treinar.

— Pê, você vai adorar lá, todo mundo é muito gente boa!

— Claro que ele vai adorar. Pedro adora lugar cheio de homem suado, exalando testosterona.

— Cala boca, João.

— Só tem você de mulher lá?

— Não, tem várias meninas. A Fabi, por exemplo, também faz Muay Thai.

— Aé, tem uma gostosinha, como é o nome dela... Priscila?

— João, na próxima eu te dou um soco!

— Ta vendo como ela é brava? Sem violência, irmãzinha.

— Vocês dois se amam, hein.

Pedro, João e eu andávamos até a academia. Pedro estava abraçado comigo.

Chegamos lá e já estava tudo preparado. Dandara havia feito vários petiscos e coisas gostosas, além das coisas que o pessoal tinha levado. A mesa estava bonita.

A academia estava escura e todos estavam esparramados pelo chão com baldes de pipoca. Os casaizinhos todos grudados.

Bianca e Duca, Wallace e Sol, Mari e Jeff, meu pai e Dandara, Cobra e Jade. Zé estava de rolo com a Pri e até a Fabi estava se arranjando com o Marcão.

João tratou de se juntar a um grupo de meninas que conversavam à parte.

Esse garoto não perde tempo mesmo.

Até Dona Dalva tinha vindo participar.

— Oi, famíliaaaa!— eu disse feliz.

— Ka!

— Que saudade hein!

— Fala aí, lutadora!

— Achei que não vinha mais!

— Amiga, se ajeita aí que o filme já vai começar.— Fabi foi quem falou por último.

— E não vai apresentar o boyzinho aí?— Marcão perguntou com aquele sotaque dele.

— Esse é o Pedro, gente.— eu dei um sorriso, ainda estávamos abraçados.

— Namorado da Karina!— Fabi disse tossindo, fingindo disfarçar.

Assobios e gritinhos vieram de toda parte.

— Aê Karina!

— Hoje tem!

— Yo! Quietos! Todo mundo calado agora ou amanhã no treino vocês vão ver Deus de perto. Decoraram?

— Sim, Mestre.— responderam todos juntos.

O filme era de ação, mas tinha uma pitada de comédia. O que fazia com que academia se enchesse de risos a cada nova piada.

O clima estava tão bom que eu não queria sair dali nunca.

Eu estava agarradinha com Pedro num canto. Ele me fazia carinho, passando a mão pelos meus cabelos.

— Tá tão bom... Tá me dando um soninho...

— Não dorme não, mocinha.— Pedro repreendeu, me beijando.

— Ah, então vai ter que me dar muitos beijinhos pra eu ficar acordada.

— Não seja por isso.— Pedro começou a se levantar, me levando junto.

— Tá fazendo o quê?

— Vem!— ele me chamava sussurrando também.

Olhei envolta e estavam todos absortos no filme, inclusive meu pai que estava aninhado no colo de Dandara.

— Tava querendo namorar um pouquinho.— Passei os braços por seu pescoço quando ele disse isso.

Estávamos na porta do banheiro feminino. Pedro esbarrou nela.

— O que é isso aqui?— ele perguntou espiando pela porta.

— Banheiro feminino.— respondi.

— Vem!

— Tá maluco? Se meu pai pega a gente aqui dentro?

— Ah, só um pouquinho, Ka. Tá todo mundo vendo o filme, anda.

Logo que entramos fui tentar acender a luz. Tentar.

Pedro segurou minha mão e me empurrou contra a porta, a fechando atrás de mim.

— Eu fui namorar logo com um louco!

Pedro colou nossos lábios num beijo calmo, porém cheio de paixão.

Suas mãos seguravam as minhas, acima da minha cabeça. Nossos corpos se chocavam.

— E eu uma louca.— ele riu, afastando nossos lábios, ofegante.

Pedro colou nossos lábios uma segunda vez. Dessa vez um beijo urgente e convidativo.

Sua língua procurava a minha, buscando passagem. Seus lábios devoravam os meus, enquanto suas mãos se depositaram na minha nuca e cintura.

Segurei em seus cabelos com minhas mãos e aprofundei mais o beijo, a medida que respirar se tornou mais difícil.

Ambos já estávamos ofegantes, mas não queríamos, nem por um segundo sequer, separar nossos lábios.

Aquele deveria ser o melhor beijo do mundo.

Pedro foi me guiando pelo cômodo escuro. Esbarrávamos em tudo, sem nos desgrudarmos.

Consegui encontrar as pias e Pedro como que por instinto me colocou sentada em uma delas.

Nesse momento fomos obrigados a nos separar, exaustos.

— Sua boca é tão gostosa.-—eu disse maravilhada.

— E a sua é deliciosa.

Pedro voltou a me engolir e acabei por envolver seu quadril com minhas pernas, nos aproximando.

— Pedro...— eu tentava falar em meio aos beijos.— ... acho melhor...— ele não me permitia.— ... a gente ir.

— Ok.— nesse momento ele fez o movimento para me retirar da pia, porém com minhas pernas enlaçadas em seu quadril, aquilo havia se tornado uma tortura.

Arfei ao sentir nossa proximidade e Pedro mal conseguia se mexer.

— Me coloca no chão, por favor.— eu implorei, quase enlouquecendo.

Pedro me puxou da pia e pude me desvencilhar.

Estávamos suados. Aquilo definitivamente tinha passado dos limites.

— Desculpa.

— Não tem que se desculpar.— respondi me recompondo.— Vamos.

Voltamos para nosso lugar e dava graças a Deus por todos ainda estarem vidrados no filme.

Tenho certeza que a tensão sexual entre nós dava pra ser vista à quilômetros.

Cada parte do meu corpo onde Pedro havia tocado, parecia estar em chamas.

Aquilo era insano.

Nunca passei por isso e nem ao menos sabia como lidar.

Passamos o resto do tempo sem mal nos tocarmos. Tanto eu, quanto Pedro, estávamos pensativos e no mínimo sem graça com o que havia acontecido.

Fomos de mãos dadas até em casa e na hora do boa noite, tive que quebrar o silêncio.

— Pê.— comecei logo que terminamos de subir as escadas.— Eu percebi que ficou calado depois do que aconteceu no banheiro...

— Olha Ka, desculpa mesmo. Eu sei que passei dos limites. Eu sou inexperiente nesse lance de namorada e todo esse lance de como lidar com certas... coisas.

— Mas você não tem que se desculpar por nada. Não teria acontecido se eu não tivesse permitido. Tudo num namoro é um consenso.

— Não ficou chateada?

— Lógico que não, Pedro.— eu o abracei, lhe dando um beijinho.— Só temos que ir com calma.— sussurrei em seu ouvido.

— É um pouco difícil ir com calma com você me provocando desse jeito.—Pedro sussurrou de volta e depositou um beijo no lóbulo da minha orelha.

Fiquei arrepiada dos pés a cabeça e Pedro percebeu.

— Vamos dormir, vamos.— ele riu.

Ri junto, nervosa.

— O perigo aqui é você.— brinquei com ele.

— Aham. Vai dormir vai, Karina.— ele foi me empurrando até meu quarto.

— Se eu não for, você vai fazer o quê?— parei com as mãos na cintura e uma sobrancelha levantada.

Pedro me olhou de cima abaixo, examinando.

Estava com um dos meus shorts pretos larguinho, super curto, e uma camiseta também preta customizada, o que deixava meu sutiã da mesma cor á mostra. Meus cabelos estavam soltos e pendiam dos dois lados do meu rosto até meus seios.

Pedro sorriu de lado, malicioso.

— E depois eu que sou perigoso.


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Notas finais do capítulo

E ai genteeeeeeeeee???? Deu pra esquentar um pouco? hahahah
Aqui no Rio tá só 40º ....
TEMPERATURA SUBINDO, PERINA SE ENGOLINDO!

Beijuxxxx, até a próxima e C-O-M-E-N-T-E-M!