Não nos falamos mais pelas próximas horas. No caminho para o estúdio, eu conversei e destraí meus pensamentos com o resto da banda. Jeph encheu meus ouvidos, sentidos e ambiente dizendo o quanto minha amizade com Quinn era invejável e que nossa 'briga' passaria rápido; palavras que voaram de seus lábios para o ar e morreram ao chegar aos ouvidos do nosso assunto principal. Quinn parecia estar distante, já que não ouvimos nenhuma de suas brincadeiras que eram-me normais quando nosso assunto era sobre algo sério. Dan só balançava afirmativamente a cabeça, concordando com o que Jeph dizia.

À medida em que os segundos passavam, o silêncio de Quinn tornava-se algo quase insuportável. Não que eu sentisse falta de alguém para conversar. Embora ninguém fosse tão íntimo de mim quanto ele, ainda haviam bastante pessoas com quem eu conseguia puxar conversa fácilmente ou até mesmo manter um assunto sem me esforçar. Mas era como se todas essas pessoas não me fossem suficiente, como se nem todas elas juntas fossem capaz de apagar a presença agora tão muda e inexpressiva de Quinn no outro lado da rua. Eu odiava admitir, mas estava sentindo sua falta.

Quando chegamos no estúdio, o silêncio se prolongou por mais tempo do que eu achava ser possível. Seus lábios permaneciam fechados em uma linha rígida e seus olhos castanhos perdiam-se nas cordas da guitarra enquanto ele à estudava, certamente planejando os movimentos iniciais para começar a música no ritmo certo. Quando ouvimos a ordem do instrutor para começar, os dedos de Quinn deslizaram habilidamente sobre aqueles pequenos e finos fios e sua música soou em som explosivo, maravilhando meus ouvidos com a sonoridade. De certa forma, Quinn conseguia falar, ou ao menos se expressar, quando tocava.