Love Chealleging escrita por Kaka


Capítulo 9
Tudo Muda




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Oie meus queridos... Como vocês estão? Sentiram saudades? Não né... Eu nem demorei tanto assim...

Eu só quero avisar algumas coisas... Esse capítulo é meio... Dramático, emo, sentimental... Chamem como vocês quiserem... É que ele vai dizer como o Edward se sentiu e se sente depois do fora que ele deu na Bella... Agora se vocês acham que esse capítulo é SÓ o Pov. do Edward, fiquem tranqüilos, pois tem mais coisa...

Hoje eu estou falante né... Bom... Vamos deixar isso para o final da fic...

Boa leitura!!!

Love Chealleging

Capítulo Nove.

Edward Pov.

Engraçado como quando queremos nos lembrar o que sonhamos, não conseguimos e quando queremos esquecer, as imagens não saem da nossa mente, não é? Não. Eu considero frustrante.

A última semana eu venho sonhando com ela. Na verdade, o último ano ela não saía da minha cabeça. Mas o último mês foi o mais agonizante. Fingi frieza, escondi meu amor por ela, tentei ignorá-la, e lhe lançava olhares furtivos para saber, ou tentar saber o que ela estava pensando. Mas de uns tempos para cá, não sei dizer exatamente quando, ela, que antes era um livro aberto, se fechara em uma bolha só dela. Faria qualquer coisa para saber o que povoava seus pensamentos.

Fiz tudo isso ainda tendo de agüentar Tanya no meu pé. Depois do dia que ela me flagrou olhando para Bella, se tornara ainda mais grudenta e começara a ofender Bella, sempre dizendo o quão imperfeita ela era, com os cabelos desalinhados, a pele muito branca, os olhos castanhos comuns, e o corpo que devia ser feio, para ela ter de esconder embaixo de tanta roupa. Tanya achava que assim ela conseguiria me fazer parar de pensar em Bella. Ledo engano.

Quando dizia que sues cabelos eram desalinhados, eu pensava nos cachos que, tenho certeza, nunca foram tocados por uma prancha de cabelo. A pele clara ajudava a contrastar com os lábios vermelhos e os cabelos escuros. Os olhos dela eram o que mais me chamava à atenção. Eles pareciam um mar de chocolate derretido, onde eu acabava me perdendo quando os olhava fixamente. Dizem que os olhos são os espelhos da alma. É por isso que acho que ela tem uma alma linda. Ela não me tratava como eu gostaria que tratasse, mas eu via como ela se portava aos outros, e isso me fascinava. E quanto ao corpo, eu sabia que era perfeito, pois já a vi na praia quando fomos viajar. Ela apenas não era vulgar e fútil como as outras garotas. Se isso a fazia perfeita, então Bella era imperfeita. Mas a minha eterna imperfeita.

Doía-me admitir que ainda a amava, mas era a verdade. E acho que essa condição em que eu me encontrava nunca mudaria, já que ela não correspondia ao meu amor, e eu duvido que um dia vá deixar de amá-la.

Levantei-me da cama e percebi que já eram 6hs 45min. Eu tinha que estar na escola às 7hs, mas não me importei. Dirigi-me para o banheiro para fazer a minha higiene matinal. Demorei menos de 10min para me arrumar. Eu fazia as coisas com extrema lentidão, esperando que o tempo passasse mais rápido, mas ele não passava. Arrumei minha mochila, não esquecendo o caderno onde eu escrevia tudo o que eu não podia expressar em palavras e gestos.

Peguei meu Volvo e saí de casa. Dirigi na última velocidade. Já que o tempo não colaborava, pra que vou ficar me desgastando fazendo tudo devagar? Quando cheguei à escola vi que a aula já começara. Estacionei meu carro em uma vaga qualquer e entrei quando estava passando pelos portões vi a caminhonete da Bella parada por perto, mas o que me surpreendeu foi que ela ainda estava dentro. Ela que sempre fora certinha e nunca chegava atrasada nas aulas estava cabulando. Vi ela apertar o botão do rádio com força, e quando ela virou para olhar o estacionamento eu já estava dentro da escola. Eu sei que foi covardia minha, mas não queria que ela me pegasse a espionando.

Entrei na sala, pedindo licença ao professor. Fui para o meu lugar, que agora era no canto da sala. O professor estava passando a matéria, mas eu não prestava muita atenção. Eu poderia pegar depois com algum colega como eu sempre fazia. Peguei o caderno que eu começara a escrever há um mês, e ao invés de escrever algo, comecei a lê-lo. Não parecia que havia sido eu quem escrevera aquilo. Tinha várias vezes o nome dela, as palavras amor, paixão, solidão e muitas outras que estavam ligadas ao nosso relacionamento, se é que se pode chamar os meus pedidos e seus foras de relacionamento.

Senti um bolo na minha garganta e fiz o máximo que pude até engoli-lo. Eu só choraria no silêncio do meu quarto, ou quando estivesse sozinho. Era nessas horas que eu desejava não ser popular.

De repente o sinal tocou anunciando o término da aula e o começo de outra. Respirei fundo e olhei para a porta esperando que Bella entrasse. Mas quem apareceu foi à professora, e logo depois Bella. Fiquei olhando-a por míseros segundos, depois baixei meus olhos para o caderno e fui passando a caneta por cima de seu nome, ando mais destaque a ele. Não levantei meu olhar pelo resto da manhã, mesmo querendo muito ver o rosto da minha Bella. Pelo menos, pensei, nos meus pensamentos eu posso chamá-la de minha.

A manhã passou lentamente, eu não prestando a menor atenção na aula, e rabiscando no caderno dela. Quando o sinal tocou anunciando o final da aula eu saí mais rápido que o normal. Não queria ter que olhar para Bella de perto. Já fora da sala senti uma mão me puxando e logo fui jogado para dentro de uma sala vazia. Senti lábios cobrindo os meus, e coloquei as mãos no rosto da pessoa para saber quem era. Tanya. Correspondi ao beijo sem muito ânimo, mas ela exigia mais. Eu não poderia dar mais a ela, pois a minha vontade não era estar naquela sala com ela. Separei-me tentando não ser rude.

- Tanya, eu preciso pegar a matéria com alguém, perdi a aula inteira. – Disse, me distanciando, tentando fugir.

- Porque você perdeu a aula? O que você estava fazendo? – Momento namorada ciumenta. Eu mereço... Devo ter jogado pedra na cruz.

- Eu estava pensando em... – Hesitei por alguns segundos. – Você. Você na saía da minha cabeça e eu perdi a aula.

- Ah Eddie. Isso é tão fofo. – Eu odeio esse apelido e esse tom de voz dengoso, como se ela fosse uma criança. - Mas porque você não faz depois? Agora fica aqui comigo.

- Não é que... – Pensa Edward, pensa. – Eu estou escrevendo uma coisa pra você, então vou ficar a noite inteira fazendo, não vou ter tempo de copiar a matéria.

- Ah... – Ela pensou um momento e depois abriu um sorriso enorme. – Então hoje à noite eu posso ficar falando com você pelo telefone. Isso é tão lindo. É tipo aqueles casais que vivem pendurados no telefone... Acho tão fofo...

- Claro. – Não se esquecer de desligar os telefones de casa e os celulares. – Agora eu preciso ir.

Já estava na porta quando ela me chamou, perguntando se eu não ia dar um beijo de despedida nela. Respirei fundo, me perguntando o porquê de eu estar com ela. Fui até lá e dei um selinho em seus lábios e logo já estava fora da sala.

Na sala deu aula fiquei sentado no meu lugar sem fazer nada de interessante. Deitei minha cabeça nos braços e estava quase dormindo quando o sinal tocou. Recuperei-me e vi a professora entrando na sala e escrevendo na lousa que hoje iríamos ao laboratório.

Droga.

Eu me sentava com Bella nessa aula. Fazia tempo que não íamos ao laboratório, então não tive problemas antes.

Assim que Tayler entrou pedi para ele trocar de lugar comigo. Ele e Mike sentavam-se na minha frente. Ele disse que não poderia, pois tinha problema de vista. O jeito era pedir ao Mike. Eu não queria sentar ao lado de Bella, mas queria ficar perto. E como sentávamos nas últimas carteiras, do lado da janela e com Alice e Jasper do nosso lado, não teria ninguém com quem trocar de lugar. Respirei fundo. Eu estava fazendo muito isso. Quando Mike entrou, pedi a ele, que aceitou logo de cara.


Qual será o barulho do seu nariz quebrando?

Eu estava praticamente entregando a Bella de mão beijada. Mas como perder uma coisa que você nunca teve?

Sentei-me ao lado de Tayler e ele tentou falar comigo, mas não prestei muita atenção, apenas acenava com a cabeça. Meus ouvidos estavam atentos as minhas costas, tentando ouvir o que Bella e Mike conversariam.

- O que você está fazendo aqui? – Ouvi Bella dizer, sua voz meio rouca. Seria o nervosismo de falar com o Newton?

- Edward pediu para sentar-se com o Tayler, e eu vim para cá. – Assim que ouvi meu nome, fingi prestar atenção ao que Tayler falava. Algo sobre carros. Esse era um dos meus assuntos favoritos. Mas não hoje.

- Bella, sobre o nosso encontro – Começou Mike. Respirei fundo tentando conter o ciúme que me assomou. Lembrei-me que Bella dissera sim a ele. Justamente a ele. Se ela aceitasse sair com alguém que fosse melhor que eu, eu até entenderia, mas Mike era... Mike. Totalmente genérico e atirado. – Quando você quer ir ao cinema?

- Mike eu... – Bella foi interrompida pela professora que chamou a atenção para poder começar a aula. Eu estava... Frustrado. Essa era a palavra certa para o meu estado. Quando eu reunira esperanças que Bella fosse dar um fora no Mike, a professora vem e atrapalha. Mas ela podia ter feito um bem a mim, pois Bella também poderia começar a combinar animadamente o encontro com ele.

A aula inteira eu fiquei olhando para o nada.

Porcaria de escola. Porcaria de sala de aula. Porcaria de Mike. Porcaria de ciúme. Porcaria de sentimentos. Porcaria de vida.

Só de pensar em Bella e Mike em uma sala escura, ele e sua fama de mão boba, eu já ficava com raiva.

Raiva do Idiota, por ser quem era e por ter a audácia de chamar a minha Bella para ir ao cinema. Raiva de mim mesmo por ser tão burro e amar alguém que me despreza. E raiva da Bella por ter aceitado sair com o traste.

Mas talvez ela gostasse de garotos assim, a nova moda. Era só beijar, sair de vez em quando, e ter alguém para nomear como seu namorado. Como se essa palavra ainda valesse hoje em dia. Agora era ficante. Como eu comecei a odiar essa palavra.

O sentimento de possessão que me tomou foi muito forte. E o da decepção também. Pensar que Bella não era quem eu realmente achava que fosse doía. Eu que pensei conhecer toda sua vida, me enganei.

Tocou o sinal para avisar o começo da próxima aula e eu me dirigi para a porta quase que correndo. Segui para a sala e sentei-me no lugar que agora eu estava acostumado e continuei olhando para o nada me obrigando a não olhar para trás para ver como estava à expressão da Bella. Deveria estar feliz por causa do encontro tão esperado com Mike.

As aulas do dia acabaram e eu comecei a guardar o material lentamente e sem vontade alguma.

Assim que saí da sala fui puxado por uma mão. Tanya. Só podia ser ela. Soltei-me de suas mãos que estavam segurando o colarinho da minha camisa e encostei-me à parede, conseguindo uma visão da porta. Eu estava morrendo de curiosidade para ver como Bella estava reagindo ao futuro encontro.

- Sabe o que estão falando por aí? Que a Bella vai sair com o Mike. – Somente em uma cidade pequena como essa isso seria uma grande notícia. Grande notícia seria se a Bella saísse comigo. Eu que passei um ano atrás dela, eu que me humilhei na frente de várias pessoas para ter uma chance com ela, fora eu quem sofrera durante e depois do nosso ‘relacionamento’. Mike não a merecia. A raiva já tomava conta de mim. Mas né, a escolha é dela. Mas se fosse por mim, ou era eu, ou nada. Ela que ficasse solteira, mas é claro, trancada em algum lugar as minhas vistas. (N/A: Quanta possessão... Adoro esse detalhe do Edward... Eu sei que sou meio louca... XP) – Não sei como o Mike quis sair com ela. – Continuou Tanya. – A Bella é tão sem sal.

Estava tão entretido nos planos de captura da Bella que nem percebi a mesma a nossa frente.

- Edward, eu posso falar com você? –Perguntou Bella. Tanya olhou para ela, não sei dizer exatamente como, pois estava tentando decifrar o que seus olhos diziam. Não consegui– Em particular. – Nessa hora meu coração deu um salto. Bella estava me chamando para conversar em particular. Mas do mesmo jeito que a esperança veio, ela se esvaiu. Meu coração e orgulho estavam perfurados. Ela me rejeitava não sei quantas vezes e agora queria falar em particular comigo?

- Ele não vai a lugar algum com você. – Respondeu Tanya com uma expressão estranha.

Eu queria e não queria ir com a Bella. Queria, pois estava curioso para saber o que ela queria comigo, e admito, com certa esperança de que fosse o que eu sonhara certa vez. E não queria, pois poderia sair mais machucado.

- Achei que tivesse falado com o Edward. –Disse Bella, olhando em meus olhos. Eu continuava encarando-a, tentando saber o porquê daquilo. Sua expressão era insondável. Estava quase aceitando quando me veio à mente o bilhete que ela me respondera, dizendo que eu era esmola. – Posso falar com você em particular, Edward? – Enfatizou o meu nome.

- Não sou mais seu brinquedo Swan. – Respondi rudemente. Doía-me dizer essas coisas para ela, tanto quanto quando eu tive que escrever a carta que mandei a ela no Natal. Eu não ia mais ser o seu capacho, seu brinquedo. Ela que fizesse o Mike disso. Cansei de ser idiota. – Por que não vai procurar o Mike? Vocês não têm um encontro para marcar? Só tome cuidado com a mão boba dele. Ou talvez você goste disso. Nada de cavalheirismo. Eu devia ter percebido isso antes ao invés de tentar ser romântico com você. – Despejei tudo o que fiquei guardando hoje, com raiva e tristeza. Ela parou estática. Só eu tinha que sofrer? Não. Ela me deve muito, e se não pretende me pagar do jeito que eu quero, então vai ser na mesma moeda. Continuei concretizando meus pensamentos mais desprezíveis em palavras. - Achei que você fosse diferente. Fica com qualquer um e com todos ao mesmo tempo? Só se fazendo de santa todo esse tempo não é?

Bella me encarava assustada e chocada. Olhei mais uma vez para o mar de chocolate que eram seus olhos e peguei na cintura de Tanya, levando-a para o estacionamento.

- Ela mereceu. Como se você fosse ir com ela, sendo que você tem namorada. – Tanya disse. Se fosse em outra ocasião, eu largaria tudo e todos pela Bella, mas não agora. – Ela tinha você aos pés dela, mas não deu valor, agora vem tentar tirar você de mim.

Se Tanya tivesse um pouquinho mais de cérebro e tato, veria que aquelas palavras haviam me machucado.

Dirigi-me para o meu Volvo sem nem dar muita atenção a Tanya que tagarelava sobre a nova bota da Channel que ela comprara. Encostei-me no banco do carro esperando que a madame entrasse. Respirei fundo e liguei a ignição e o rádio colocando pen drive com a música clássica que eu ouvia para me acalmar. Fechei os olhos e coloquei os dedos nas têmporas. Sobressaltei-me quando a música mudou e foi para uma batida muito forte. Pussycat Dolls... Tanya sempre fazia isso, mas hoje eu estava sem paciência. Abri os olhos e coloquei na música clássica novamente aumentei o volume e olhei para ela, para ver se ela teria coragem de me desafiar.

Ela me olhou e deu um selinho, saiu dizendo que ia com a amiga, Lauren, porque ela se esquecera, mas ia ao shopping com ela hoje. Não disse nada e nem retribui ao beijo. Assim que ela saiu. Eu dei ré no carro o mais rápido que pude fez até barulho e consegui sentir o cheiro de borracha queimando.

Dirigi a 140 km por hora até em casa. A cidade era pequena, então não pude aproveitar muito. Assim que saí do carro bati a porta do meu Volvo. Eu sei que vou me arrepender depois por fazer isso com meu carro, mas agora estava com muita raiva. Entrei em casa e vi que minha mãe estava se arrumando para um evento que teria no hospital, ela perguntou se eu não queria ir junto, mas eu neguei.

Entrei em meu quarto e me joguei na cama, pensando em como eu não devia nem ter saído de lá. Acabei cochilando e acordei 15hs. Levantei da cama e fui até a cozinha comer algo e ver se meus pais já haviam saído. Parecia que sim.

15hs e 30min fui sentei no sofá e decidi ligar para o Emmett, já que eu não o vira desde o Natal, quando ele fora para a viagem com Jasper, Alice e Rose.

- Emmett falando. – Ouvi meu amigo urso e seu tom brincalhão de sempre.

- Oi Emm, é o Edward. – Disse, tentando parecer animado.

- Até que enfim você ligou, já estava achando que você tinha se esquecido dos amigos. A Bella já te deixou sem memória é?

- Posso ir aí hoje? – Perguntei sem fazer nenhum comentário sobre a piada da Bella.

- Claro. Nós estávamos mesmo pensando em te chamar, e a Bella também, mas ela não atende. Estamos todos aqui, fazendo uma seção cinema. Vamos assistir A Grande Bosta Ambulante – Esse era o nome que o Emmett dava para o filme que nós assistíamos quando tínhamos doze anos, na verdade, o nome do filme era A Viagem de Trailer. - E depois O Melhor amigo da Noiva. Sabe como é né, as garotas que mandam em nós.

Não, eu não sabia, mas queria saber.

- Claro. Chego aí em trinta minutos. Tchau. – Despedi e fui para o meu quarto colocar outra roupa, e depois ao banheiro para lavar o rosto.

X.x.X.x.X.x.X.x.X.x.X.x.X.

Toquei a campainha e fui recebido por um par de mãos que me puxou para dentro e me abraçou me tirando o fôlego de tão apertado que eu estava.

- Oi Edward! – Disse Emmett quase gritando. – Tudo bem?- Ele não havia me largado ainda.

- Tudo, mas se você não me soltar acho que terei de mudar a resposta. – Disse, brincando.

- Desculpe. – Disse ele, e me soltou. Virei-me e atrás de mim estava Rose sorrindo. Dei um abraço e um beijo em sua bochecha.

- Edward! – Senti dois braços ao redor do meu pescoço assim que soltei Rose. Alice. Sorri para ela, e retribuí o abraço, rodando-a.

- Como vai minha baixinha? – Cumprimentei bagunçando seus cabelos espetados. Eu a chamava assim só para irritar o Jasper.

- Sua nada. – Sempre funciona. Soltei Alice e fui dar um abraço em Jasper. – Lembra? Combinamos que a baixinha era minha, a loura do Emmett e a sua era a morena.

Abaixei os olhos e consegui ver pelo canto de olho que Alice fuzilava Jasper com o olhar, e depois fez uma expressão confusa.

- Chega de melação né gente. Vamos ao filme. – Disse Emmett muito animado.

Olhei para Alice, estranhando que ela não se manifestasse, mas ela parecia pensativa.

X.x.X.x.X.x.X.x.X.x.X.x.X.

Em casa, logo após voltar da seção cinema na casa do Emmett, me joguei no sofá e comecei a passar os canais. Nenhum me interessou então desliguei e fui para o quarto. Tirei a roupa e coloquei o pijama, deitei na cama e estava quase dormindo quando ouvi o telefone tocar. Olhei o identificador de chamadas.

Alice.

- Alo? – Atendi meio grogue graças ao cansaço, apesar de ser apenas 22hs 40min.

- Que besteira que você fez Edward? – Alice começou. Não entendi nada do que ela estava dizendo. Que besteira? Eu já fiz várias besteiras na vida, de qual ela está falando?

- O que? – Foi a única coisa que u consegui pensar.

- Não se faça de burro, porque eu sei que você não é. – Ela disse quase me ameaçando de morte. – O que você fez pra Bella, ou ela ainda não falou com você?

- Alice, fala a minha língua. – Pedi, já perdendo a paciência. Mas agora eu já estava mais desperto. Ouvir o nome da Bella e perguntar o que eu fiz a ela, ou deixei de fazer, me deixou alerta.

- A Bella, Edward! Ela ia te falar uma coisa muito importante hoje. Acho que ela nem teve coragem. – Disse Alice, pesarosa.

- Eu ainda estou aqui. – Tentei juntar tudo o que Alice me disse e tirar uma conclusão. Nada. – Me explica isso direito. O que a Bella queria falar comigo? O que tinha de tão importante.

- Sinto muito, mas se ela não te disse, então não sou eu quem vai dizer. – Alice falou com certo tom de tristeza.

- Ela tentou falar comigo, mas eu não deixei. – Disse, timidamente. Pode ser que Alice soubesse o que ela queria me dizer, assim eu poderia matar a minha curiosidade.

- O QUE?! – Afastei o celular do ouvido graças ao alto volume que a voz da Alice atingira. – Edward você é um idiota, retardado, imbecil! EU NÃO ACREDITO! Você que esperou tanto tempo para ficar com ela, agora vai me dizer que não deixou nem ela falar. ELA IA SE DECLARAR PRA VOCÊ SEU IDIOTA!!!

Parei estático.

Bella. Bella Swan. A garota que povoava meus pensamentos conscientes e inconscientes desde que chegara a cidade, ia se declarar para mim e eu não deixara.

O que foi que eu fiz?

- O que foi que eu fiz...? – Disse Alice, quase chorando. – Meu Deus. Edward, você não ouviu isso de mim. A Bella vai me matar se descobrir que fui eu quem disse isso a você.

- Preciso desligar Alice. Vou ligar para a Bella. – Eu já estava tirando o telefone de perto da orelha quando ouvi Alice gritar.

- NÃO! Espera. O que você vai dizer a ela? Que do nada você quer ouvi-la, depois de rejeitá-la... Peraí... O que foi que você disse a ela... Exatamente?

Relatei o dia de hoje para Alice, e tudo o que eu disse a Bella. Ela parecia horrorizada. E eu estava envergonhado.

- Eu não acredito. – Disse ela, lentamente. – Você quer morrer sozinho mesmo né? – Disse ela, com raiva. – Ela só marcou aquele encontro com o Mike para ver se você reagia. Depois daquela carta que você mandou para ela, ela abriu os olhos e viu que amava você. E você, sendo o tapado que é não deixou nem a garota se explicar. Agora, além de os dois ficarem sem um ao outro, tem que agüentar dois pesos. A Tanya e o Mike. Você jogou a Bella pra boca do jacaré.

Alice despejou tudo em dois fôlegos, e eu estava calado igual a um idiota. O que eu era. Burro, burro, burro!

- E nem adianta tentar ligar pra ela, o celular está desligado. – Disse Alice, estragando um dos meus planos, mas eu tinha vários outros. – Edward, bota nessa sua cabeça que você não vai conseguir falar com ela hoje. Espera até amanhã.

- Mas Alice...

- Sem mais nem menos mais. Já que você tem a te amanhã eu posso te explicar umas coisinhas, pra que você não erre com a Bella.

- Pode falar. – Disse ávido por saber mais coisas sobre a minha Bella. Agora eu podia chamá-la assim, não em voz alta, mas podia pensar, e sabia que era correspondido. Era uma sensação ótima pensar que o amor nutrido por um ano era correspondido. Estava muito feliz, poderia até sair cantando pelo quarto, coisa que eu não fazia há muito tempo.

- Edward, presta atenção. A Bella não gosta de nada atirado, você tem de ser romântico, tem de ir devagar. Não pode tratá-la como a tratou hoje. Ela não é a Tanya, e não vai te perdoar assim tão facilmente. Na verdade, nem sei se ela vai te perdoar. Teimosa do jeito que ela é. Mas isso não vem ao caso. Isso vai ser mais difícil do que o ano todo que você passou atrás dela. Provavelmente ela deve estar muito chateada com você.

Ouvir que Bella poderia estar triste por minha causa me fez sentir um aperto na garganta. Não era isso que eu queria. Queria que ela fosse feliz. Comigo é claro. (N.A: O bom humor do Edward está voltando... =D)

Alice continuou me dizendo coisas que eu já sabia sobre a minha Bella. Mas eu não a interrompi. Estava em um estado que tudo o que eu ouvia entrava por uma orelha e saía pela outra. Quase em coma. Alice estava praticamente falando sozinha. Eu apenas fazia barulhos de concordância, pois tudo que ela dizia, era o que eu decorara através dos anos, graças aos momentos em que ficava observando a Bella.

A única coisa que eu conseguia pensar era: Ela me ama.

N/A: So??? O que acharam???

Eu sei, eu sou má por parar agora... Mas somente se vocês me mandarem reviews eu postarei o próximo capítulo...

Eu quero dar algumas notícias...

Esse é o penúltimo capítulo... Não me matem... E eu estou pensando em fazer um bônus... É provável que eu faça sim, mas só se tiver reviews...

O próximo capítulo é o capítulo do beijo... Então... Já sabem né...

Acho que é só... Pouquinha coisa né... XP

Beijos,

Kah Reche.


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